terça-feira, 31 de julho de 2018

EUA notam atividade em fábrica de mísseis na Coréia do Norte

Imagem de satélite da fábrica de mísseis de Sanumdong, nas proximidades de Pyongyang

As imagens captadas pela Agência Nacional de Informação Geoespacial dos EUA mostram o que aparenta ser trabalho de construção de um ou dois novos mísseis balísticos intercontinentais de combustível líquido.
As fotografias mostram veículos entrando e saindo do centro de pesquisa de Sanumdong, perto de Pyongyang, onde foi produzido o primeiro míssil supostamente capaz de atingir a costa leste dos Estados Unidos. Os veículos aparentam ser iguais aos usados em transportes anteriores de mísseis balísticos intercontinentais.
O Washington Post escreveu que "esta nova informação não sugere um aumento nas capacidades da Coreia do Norte, mas mostra que o desenvolvimento de armamento continua várias semanas depois de o presidente Donald Trump ter escrito no Twitter que Pyongyang 'não é mais uma ameaça nuclear'".
A partir das imagens não é possível saber se os possíveis trabalhos de construção estão avançados. A Casa Branca se recusou a comentar as informações divulgadas pelo jornal.
O diplomata Joel Wit, ex-negociador do Departamento de Estado dos EUA e criador do grupo de monitoramento da Coreia do Norte 38 North, afirmou não ser realístico esperar que Pyongyang encerre suas atividades nucleares "até que a tinta de um acordo esteja seca".
No encontro que teve com Trump em Cingapura, o líder norte-coreano, Kim Jong-un, prometeu adotar o rumo da desnuclearização. Desde então, porém, a Coreia do Norte deu poucos sinais concretos de o que isso significa na prática. Não está nem mesmo claro se americanos e norte-coreanos têm uma definição semelhante de desnuclearização.
As imagens de satélite também não são o primeiro sinal de que a Coreia do Norte mantém o desenvolvimento de suas capacidades nucleares e de mísseis. Em junho, funcionários do governo americano disseram que as agências de inteligência duvidam que a Coreia do Norte pretenda abrir mão de seu arsenal nuclear e que o país elevou a produção de combustível para armas nucleares.
O secretário de Estado, Mike Pompeo, também afirmou, na semana passada, que a Coreia do Norte continua produzindo combustível, apesar de suas promessas de desnuclearização.
Em junho, Trump e Kim protagonizaram o primeiro encontro entre um presidente americano e um líder norte-coreano, depois de meses de troca de agressões e ameaças de guerra, em meio aos avanços do programa nuclear e de mísseis da Coreia do Norte e uma série de testes e lançamentos de mísseis por Pyongyang.
 

segunda-feira, 30 de julho de 2018

As megamáquinas com as quais a China está ligando o mundo

A China está criando uma ambiciosa rede de conexões de transporte terrestre e marítimo para interligar sua economia em expansão às economias da Europa e da África. E sem perder tempo, o país está projetando incríveis máquinas de construção sob medida para executar rapidamente esse trabalho.
 
Image of the bridge builder
Chamado Belt and Road Initiative (BRI) - o que em português poderia ser traduzido como "Iniciativa Um Cinturão, Uma Rota" - o projeto do presidente chinês Xi Jinping foi lançado em 2013 e visa a conectar dois terços da população mundial em 70 países por meio de uma rede de ligações terrestres (o "cinturão") e vias marítimas (a "rota").
Autoridades falam em investimentos de longuíssimo prazo, estimados em trilhões de dólares, provenientes de bancos, dos países envolvidos e do governo chinês.
O plano de infraestrutura, porém, não está livre de polêmicas.
Críticos apontam que ele sobrecarrega países pobres com bilhões de dólares em dívidas com a China, e também o apontam como uma pretensão expansionista da política externa do país.
Apesar disso, o projeto avança.
Sinais disso podem ser vistos em território chinês e além de suas fronteiras, onde uma frota de novas máquinas está construindo ferrovias a um ritmo impressionante.
Mapa mostra a extensão da "Iniciativa Um Cinturão, Uma Rota"

Construindo pontes

Como construir ferrovias de alta velocidade rapidamente onde grandes trechos da rota devem ser suspensos sobre vales e desfiladeiros para evitar curvas?
Para isso, foi construída a máquina de construção de pontes SLJ900/32 - localmente apelidada de Monstro de Ferro.
A SLJ é uma máquina multifuncional capaz de transportar, elevar e posicionar seções de trilhos, conectando eixos com pesados ​​blocos de pedra.
É assim que ela funciona:
Depois de assentar cada seção, o veículo de 92 metros - com a ajuda de suas 64 rodas - volta para pegar outro bloco. Em seguida, ele rola para frente sobre a parte que acabou de assentar para inserir outra seção.
Cada roda está em um bloco totalmente giratório, o que significa que também pode se mover lateralmente.
Mesmo com carga completa, ela pode se mover a 5km/h, garantindo que todo o processo seja muito mais rápido que os métodos tradicionais, que precisavam de guindastes enormes para serem construídos.
Com 580 toneladas, a máquina é muito mais pesada que qualquer composição ferroviária que atravessará os trilhos no futuro, garantindo que as pontes tenham resistência suficiente para aguentar o tráfego.
A SLJ já contribuiu para vários projetos ferroviários de alta velocidade, incluindo uma nova ligação entre a Mongólia Interior e o restante do país, impulsionando a China em direção à meta de 30.000 km de ferrovias de alta velocidade até 2020.
 
Números sobre a máquina apelidada de 'O monstro de ferro'
 

Escavando túneis

Mais ao sul, o projeto da Rodovia Su'ai em Shantou, não muito distante de Hong Kong, tem a ambiciosa missão de perfurar 5 km de uma rodovia subterrânea de seis pistas através de uma zona de terremotos.
Quando o túnel for inaugurado, em 2019, as autoridades esperam que ele modernize as conexões de transporte de Shantou a tempo de se tornar um dos chamados "15 portos-chave" ao longo da Rota da Seda marítima - cujo nome é inspirado na antiga rota comercial que ligou o Oriente e o Ocidente há dois mil anos.
Essa rota tem como objetivo melhorar conexões comerciais entre Ásia e Europa e Ásia e o leste da África, promovendo desenvolvimento, com a construção ou expansão de redes de ferrovia de alta velocidade, gasodutos, oleodutos, portos e centros logísticos.
Anteriormente, o maquinário necessário para o projeto da rodovia teria sido feito no exterior, mas a China começou recentemente a fabricar suas próprias máquinas de perfuração de túneis. São as chamadas TBM, ou Tunnel Boring Machine, em inglês.
O resultado dessa investida chinesa é uma TBM de 15,3 metros construída pela China Railway Engineering Equipment Group Company - que se apresenta como a maior empresa especializada no ramo de obras subterrâneas - com a ajuda de engenheiros alemães independentes e apresentada em outubro de 2017.
 
Números sobre a máquina chamada de TBM Slurry, usada no projeto da Rodovia Su'ai em Shantou, na China
 
Como suas equivalentes alemãs, a máquina tem um gigantesco disco giratório na frente, capaz de cortar a terra e rochas.
Pesando 4 mil toneladas, ela possui 100 metros de infraestrutura traseira que permite aos trabalhadores instalarem as paredes do túnel conforme a broca vai se movendo gradualmente, impulsionada por cilindros hidráulicos.
Tal como acontece com outras máquinas do tipo, os fragmentos da perfuração são misturados com uma solução de Bentonite (uma mistura de argilas) dentro de uma câmara, antes de serem bombeados para fora em canos.
Não é a maior TBM do mundo - esse título vai para a Bertha, uma TBM de 17,4 metros construída para uso na Alaskan Way Viaduct, uma rodovia elevada em Seattle, nos Estados Unidos.
No entanto, máquinas como esta evidenciam a intenção da China de se tornar protagonista na construção de túneis:
 
Imagem mostra como funciona a TBM Slurry, máquina que tem um gigantesco disco giratório na frente, capaz de cortar a terra e a rocha e que é usada em projeto de rodovia subterrânea na China
 

Implantando trilhos

Enquanto as bases do projeto "Um Cinturão, Uma Rota" são estabelecidas na China, grandes projetos de infraestrutura financiados pelo país já estão em andamento a milhares de quilômetros de distância.
A ferrovia Mombaça-Nairóbi, no Quênia, recebeu atenção internacional quando foi concluída em maio de 2017, entre outras coisas, porque estava 18 meses adiantada.
A ferrovia de 480 km é a primeira linha nova para o Quênia desde a sua independência, concretizada em 1963.
Com 90% de seu financiamento procedente do banco chinês Exim, é a primeira ferrovia fora da China construída de acordo com os padrões de construção e maquinário chineses.
Para entender como a ferrovia foi construída a um ritmo de 700 metros por dia, basta olhar a máquina que colocou os trilhos.
A máquina transporta trechos pré-fabricados de trilhos ao longo de uma linha férrea, implanta um deles e rola ao longo da pista recém-colocada para implantar o próximo.
Quando os pedaços de trilho estão no lugar, os trilhos curtos anexados a cada eixo são substituídos por trilhos mais longos, que possibilitarão aos trens que circulam por essa rota uma condução mais suave.
Leva apenas quatro minutos para instalar cada eixo de trilho.
 
Imagem mostra dimensões e outros números de máquina implantadora de trilhos criada pelos chineses para impulsionar a construção de ferrovias
 
Apesar de toda a sua magia técnica, essas máquinas ainda exigem uma enorme quantidade de mão de obra.
Trabalhadores locais - supervisionados por engenheiros chineses - trabalham para criar eixos de trilhos em fábricas temporárias ao longo da rota da ferrovia.
Eles devem, então, cuidadosamente garantir que o eixo esteja preso no lugar certo, com uma margem de erro menor que 2 centímetros.
Existem preocupações quanto à segurança desses trabalhadores. No ano passado, um engenheiro chinês que trabalhava na linha Mombaça-Nairóbi disse à agência de notícias estatal Xinhua que "acidentes no local são comuns".
"Quando eles acontecem, são quase sempre graves e frequentemente fatais."
Enquanto isso, o trabalho já começou a estender a linha mais a oeste, em Kisumu, graças a outro empréstimo de US$ 1,5 bilhão do Banco Exim. A expectativa é que essa linha conecte Uganda, Ruanda, Sudão do Sul e Etiópia.
Se tudo correr conforme o planejado - dada a velocidade de construção possibilitada por essas mega-máquinas - não demorará muito para o Quênia se encontrar no centro de uma rede ferroviária da África Oriental financiada pela China.
BBC Brasil

Sarcófago no Egito com múmia desconhecida de mais de 2 mil anos intriga arqueólogos

Arqueólogos egípcios descobriram neste mês um misterioso sarcófago preto de quase 2 metros de altura na cidade de Alexandria, na costa norte do Egito.
 
Sarcófago preto de granito encontrado na cidade de Alexandria
A descoberta intriga os especialistas pelas dimensões do túmulo e por ele parecer estar intacto há mais de 2 mil anos - ao contrário de outros do antigo Egito que, ao longo dos séculos, foram saqueados e danificados.
É o maior sarcófago já encontrado na região de Alexandria.
O anúncio foi feito pelo secretário-geral do Conselho Supremo de Antiguidades egípcio, Mostafa Waziri.
O sarcófago de granito preto, com 1,85 metros de altura, 2,65 metros de comprimento e 1,65 metros de largura, foi encontrado em uma tumba a 5 metros de profundidade. Uma cabeça de homem esculpida em alabastro também foi encontrada no local.
Segundo o Ministério de Antiguidades egípcio, o objeto provavelmente retrata o dono do túmulo, que ainda não foi identificado - de acordo com especialistas, possivelmente se tratava de um nobre daquele período.

Escultura de cabeça encontrada junto ao túmulo em Alexandria

A descoberta foi feita por uma missão de arqueólogos do Conselho Supremo de Antiguidades do Egito durante escavações para inspecionar o terreno de um morador de Alexandria - ele pretendia fazer os alicerces de uma construção na área.
Acredita-se que o túmulo remonte ao período ptolemaico, que começou após a morte de Alexandre, o Grande, em 305 a.C. e durou até 30 a.C, quando a rainha Cleópatra 7ª foi derrotada e o Egito se tornou província do Império Romano.
"Há uma camada de argamassa entre a tampa e o corpo do sarcófago, indicando que ele não é aberto desde que foi lacrado na antiguidade", diz Ayman Ashmawy, o chefe do Setor de Antiguidades do Egito Antigo, em uma mensagem postada pelo Ministério de Antiguidades do Egito, em seu perfil oficial no Facebook.

Sarcófago encontrado em Alexandria, a uma profundidade de 5 metros abaixo do solo

Agora, o túmulo está sob vigilância enquanto especialistas se preparam para descobrir o que há exatamente dentro do sarcófago.
"Esperamos que este túmulo seja de um dos altos dignitários do período", disse Ashmawy, em entrevista publicada no jornal britânico The Guardian. "A cabeça de alabastro é provavelmente a de um nobre em Alexandria. Quando abrirmos o sarcófago, esperamos encontrar dentro dele objetos intactos, o que nos ajudará a identificar essa pessoa e a posição que ocupava", acrescentou.
Ashmawy observa que abrir o sarcófago pela primeira vez é um trabalho delicado e que possivelmente isso será feito no próprio local, dadas as dificuldades de movê-lo para um museu, por exemplo.
"São cinco metros de profundidade e a coisa toda pesa mais de 30 toneladas. A tampa sozinha tem 15 toneladas", exemplificou ele, ainda na entrevista ao Guardian.
Uma equipe de engenheiros deverá visitar o local nas próximas semanas. A expectativa é que forneçam os equipamentos e suportes necessários para que a tampa do sarcófago seja removida.
Especialistas em mumificação e restauração também devem participar da abertura do túmulo para garantir que o conteúdo seja preservado.
BBC Brasil

sábado, 28 de julho de 2018

População esgotará recursos da Terra para o ano em 01/08

Dia da Sobrecarga do planeta acontece cada vez mais cedo

Dia da Sobrecarga do planeta acontece cada vez mais cedo

No próximo dia 1º de agosto, a população mundial terá consumido todos os recursos naturais - frutas, verduras, carnes, peixes, água, madeira e etc. - disponíveis para 2018 e começará a retirar do planeta mais do que ele pode oferecer.

terça-feira, 24 de julho de 2018

Cientistas descobrem indícios de que Amazônia tinha agricultura há 4,5 mil anos

Pesquisadores da Universidade de Exeter fizeram estudo que descobriu presença do homem na Amazônia há 4,5 mil anos
 
Agricultura de vários vegetais diferentes. Fogo. Desmatamento controlado. Uso de fertilizantes. Em pesquisa conduzida pela Universidade de Exeter, do Reino Unido, arqueólogos, ecologistas, botânicos e paleoecologistas descobriram que a Floresta Amazônica, ao contrário do que se supunha, não era um santuário verde intocado pelas mãos humanas há 4,5 mil anos.
Desde essa época, no mínimo, houve interferência do homem na natureza da região. E, conforme o estudo mostra, efeitos dessa interação estão presentes ainda hoje.
"Os agricultores ancestrais da Amazônia souberam como enriquecer o solo com nutrientes, criando a chamada Amazon Dark Earth (ADE)", comenta a paleoecologista e arqueóloga Yoshi Maezumi, da Universidade de Exeter. "Em vez de expandir a terra desmatada, para aumentar a agricultura, eles melhoraram o solo, em uma forma mais sustentável de produção."
Sim, havia sustentabilidade na mentalidade dos primeiros agricultores da Amazônia.
Essa ADE é conhecida popularmente como terra-preta ou terra-preta-de-índio. Trata-se de um tipo de solo muito escuro, como o nome indica, e extremamente fértil. É encontrado principalmente na Amazônia.
Ao longo das últimas décadas, uma série de estudos buscou explicar a origem dessa terra. Hipóteses foram aventadas: seria um solo resultante de cinzas vulcânicas oriundas dos Andes e depositadas na Amazônia. Ou resultado de sedimentação em lagos formados em antigos períodos geológicos.
Mais recentemente, muitos cientistas vinham sugerindo uma origem antrópica - ou seja, resultante da ação humana. Análises profundas desse solo permitem identificar uma combinação de matéria orgânica vegetal e animal, vegetais carbonizados e resquícios de cerâmica.
A pesquisa, publicada nesta segunda-feira no periódico científico Nature Plants, concluiu que essa ação humana ancestral, portanto, teve impacto duradouro - já que o solo é presente até hoje na região.
"O trabalho dos primeiros agricultores amazônicos deixou um legado duradouro", comenta o arqueólogo e botânico José Iriarte, também da Universidade de Exeter. "A forma como comunidades indígenas administraram a terra há milhares de anos ainda molda ecossistemas florestais modernos."
 
A pesquisa publicada nesta segunda-feira mostra que presença de humanos há 4,5 mil anos teve impacto durarouro na Amazônia
 

Variedade dos cultivos na Amazônia

A agricultura era de múltiplos vegetais. Com base nos indícios encontrados em carvão, pólen e plantas em sítios arqueológicos e sedimentos de um lago, a equipe de cientistas concluiu que os seres humanos que ocupavam a região plantavam milho, batata-doce, abóbora e mandioca, pelo menos.
Para melhorar a produtividade do solo, esses agricultores ancestrais tinham suas técnicas de adubação: realizavam queimadas organizadas e adicionavam à terra esterco animal e restos de comida. Eis a provável origem da terra-preta, portanto.
De acordo com os pesquisadores de Exeter, foi esse desenvolvimento do solo que propiciou que, na época, a agricultura amazônica não se circunscrevesse às várzeas dos rios, naturalmente mais férteis, e pudesse adentrar para regiões onde o solo, originalmente, era mais pobre.
"Essas comunidades provavelmente removeram algumas árvores e ervas daninhas a fim de terem espaço para seus cultivos. Mas mantiveram uma floresta primária fechada, que se transformou ao ser enriquecida com plantas comestíveis", explica Maezumi. "Ou seja: era uma maneira muito diferente da atual exploração da Amazônia." A pesquisadora se refere aos desmatamentos contemporâneos, em que grandes extensões de terra amazônica dão lugar a plantações de grãos e criação de gado.
"Os conservacionistas modernos podem tirar lições de como os indígenas usavam a terra amazônica. E esse manejo pode ajudar a proteger as florestas modernas", diz ela. "É importante lembrar como o desmatamento moderno e as plantações agrícolas se expandem pela Bacia Amazônica", complementa Iriarte.

Estudo anterior

Pesquisadores da Universidade de Exeter em pesquisa na Amazônia
 
É a primeira vez que pesquisadores publicam um estudo sobre o uso de longo prazo da terra - e do manejo do fogo - na região amazônica.
Mas não é de agora que os cientistas de Exeter estão de olho nas possibilidades científicas oferecidas pela Amazônia. Em março deste ano, pesquisadores da mesma universidade - boa parte deles, integrantes também do estudo publicado nesta segunda - identificaram que, entre os anos de 1200 e 1450, pelo menos 81 aldeias reuniam uma população de entre 500 mil e 1 milhão de pessoas na região da maior floresta do mundo.
Na ocasião foi destacado como um aspecto interessante o fato de as tribos ficarem distantes dos principais rios - a explicação pode estar justamente no fato do agora descoberto domínio de técnicas de fertilização do solo, ou seja, os habitantes ancestrais da região não dependiam tanto assim das várzeas. Justamente nos pontos onde estavam as aldeias, os pesquisadores encontraram a terra-preta.
Nessa pesquisa, os cientistas se basearam em imagens aéreas de regiões hoje desmatadas da florestas. E identificaram uma série de geoglifos, ou seja, valas cavadas no solo em formatos geométricos.
A principal teoria é a de que essa valas serviam para demarcar as vilas fortificadas.
BBC

Por que se distrair com facilidade pode ser bom para você

Alexander Graham Bell não era fã do estilo multitarefas. O inventor do telefone acreditava que a verdadeira criatividade tinha origem na concentração total no assunto em questão - e que qualquer distração o distanciaria do seu objetivo final.
 
Alexander Graham Bell
"Concentre todos os seus pensamentos no trabalho que você está fazendo", disse ele ao escritor Orison Swett Marden, para o livro motivacional How They Succeeded ("Como Eles Conseguiram", em tradução livre). "Os raios do Sol não queimam até serem concentrados em um foco".
E, até recentemente, pesquisas de Psicologia pareciam concordar com a frase, mostrando que somos mais eficientes - em trabalhos que requerem precisão - quando mantemos nossas mentes concentradas.
Mas alguns estudos agora questionam essas afirmações, ao menos quando se trata dos trabalhos criativos que eram tão importantes para Bell. Quando você está tentando ter ideias novas, o foco afiado pode ser um tiro no pé - e uma distração pode na verdade aumentar suas chances de encontrar uma solução realmente inovadora para o seu problema.

Como buscar novas ideias?

Esses benefícios existem devido ao fato de que nossas mentes frequentemente ficam presas em becos sem saída, o que significa que passamos muito tempo nos concentrando nas primeiras ideias que temos em vez de gerar soluções realmente novas. Esse fenômeno é conhecido como fixação cognitiva e muitos psicólogos hoje acreditam que esse é o maior obstáculo para a verdadeira criatividade.
Para descobrir se o estilo multitarefas pode nos ajudar a sair desse beco sem saída, Jackson Lu e uma equipe de pesquisadores da Faculdade de Economia de Columbia usaram um teste comum de laboratório para avaliar a criatividade. Os participantes tiveram de pensar no número máximo possível de utilidades para um objeto comum, como uma tigela, em um tempo determinado. Uma resposta válida seria usar a tigela como um chapéu para proteger seu cabelo da chuva, por exemplo.
Os participantes tinham de completar a tarefa duas vezes, buscando usos alternativos para um tijolo e um palito de dente. A única diferença era que alguns deveriam fazer isso em blocos, listando todas as utilidades do tijolo antes de focar sua atenção total no palito de dente, enquanto outros poderiam alternar entre as duas tarefas.
Seguindo a visão de que a concentração é a chave para a criatividade, seria esperado que o primeiro grupo se saísse melhor - mas não foi isso que ocorreu. Enquanto eles poderiam achar que estavam rendendo, a verdade é que, sem os intervalos dados pela troca de tarefas, seu progresso era limitado.
Desde o número de ideias que tiveram até a sua criatividade (conforme avaliado por juízes independentes), os multitarefas tiveram desempenho melhor.
Para reunir mais provas, a equipe aplicou um teste de pensamento convergente no qual você recebe três palavras e precisa pensar em uma palavra que as una. O teste mede sua habilidade de encontrar associações entre conceitos aparentemente desconectados e, diferentementemente da tarefa de encontrar utilidades alternativas, você está buscando uma resposta única.
Mais uma vez, alguns participantes deviam considerar os dois problemas simultaneamente, intercalando a atenção entre os dois, enquanto outros deveriam olhar para eles em sequência. E os resultados foram ainda mais intensos do que o primeiro experimento - com 51% dos multitarefas resolvendo ambos os problemas comparados a apenas 14% dos que os avaliaram um após o outro.
 
Sheryl Sandberg
 
Talvez os maiores benefícios possam ser encontrados nas trocas de ideias em grupo - algo que provavelmente já fizemos durante reuniões de trabalho - que muitas vezes envolvem muita conversa sem muita inovação.
O problema é que, além de lidar com a fixação cognitiva de cada membro, o grupo como um todo fica distraído com a ideia de uma pessoa em vez de considerar as ideias de outros participantes. O resultado é que equipes trabalhando juntas muitas vezes produzem menos ideias do que se cada indivíduo estivesse trabalhando independentemente.
"Há muitas descobertas mostrando que trabalhar em grupo não é muito eficiente", diz Ut Na Sio, da Universidade de Educação de Hong Kong. "E mesmo um minúsculo avanço teria um grande impacto."
Ao trabalhar com colegas na Universidade de Carnegie Mellon, Sio demonstrou que forçar grupos de estudantes a ser multitarefa - ao alternar dois problemas - pode quebrar essas dinâmicas, o que pode levar a soluções mais criativas para melhorar o campus universitário, incluindo estratégias para aumentar a atividade física dos estudantes ou medidas para aumentar o acesso para pessoas com deficiência.
O mais importante é que os benefícios parecem aumentar ao longo do tempo - portanto, quanto mais os estudantes faziam "brainstorms", mais vantagens encontravam no processo de alternar tarefas.
"Quando você trabalha em grupo e fica ouvindo as ideias típicas, isso aumenta a fixação", diz Sio. "Mas mudar de uma tarefa para outra pode ajudá-lo a esquecer essas ideias típicas, o que significa que, quando você retorna ao problema, é mais provável que encontre algo novo".
Você não precisa de muita imaginação para pensar em como usar essas descobertas. Se você está enfrentando dificuldades para pensar em um título criativo para seu projeto ou o nome de um novo produto, por exemplo, você pode se sentir tentado a passar um bom tempo focado apenas nisso.
Mas esse novo estudo indica que você teria melhores resultados com um caderno ao lado do seu computador para anotar novas soluções de vez em quando enquanto trabalha em outra tarefa.
Ou suponha que você queira se tornar um escritor e esteja pensando em novas ideias. De acordo com esses estudos, você se sairia melhor escolhendo suas duas favoritas e desenvolvendo-as simultaneamente em vez de mergulhar em uma história única.
Essa pesquisa também pode ser apenas uma nova desculpa para fazer um intervalo. "Quando você está trabalhando em projetos que precisam de criatividade, faça intervalos conscientemente para refrescar seu processo", aconselha Lu.
Quando questionado sobre as formas como ele mesmo tentaria aumentar sua criatividade, Lu diz que a maioria das pessoas acreditam que a visão de Bell é chave, que eles naturalmente tentariam aumentar seu foco se tivessem um trabalho criativo importante para fazer. Mas, considerando o quão multitarefas já somos, não deve ser um grande esforço permitir que a nossa mente divague enquanto ponderamos sobre problemas complexos.
BBC News

Como é a "limpeza espiritual" pela qual estão passando os meninos da caverna na Tailândia

Onze dos 12 meninos resgatados da caverna na Tailândia deram nesta terça-feira os primeiros passos para serem ordenados noviços budistas. Eles tiveram suas cabeças raspadas em uma cerimônia.
 
Meninos tendo cabeça raspada
O treinador do time Javalis Selvagens, que ficou com os meninos por 17 dias no complexo de cavernas de Tham Luang, também participou da cerimônia e será ordenado monge.
Adul Sam-on, que é cristão, é o único dos meninos que não participa da cerimônia. O budismo é a principal religião da Tailândia e é seguido por mais de 90% da população.
Os meninos passarão nove dias em monastérios diferentes, meditando, orando e fazendo trabalhos de limpeza - uma tradição para homens na Tailândia que enfrentaram situações de adversidade.
O número de dias da empreitada - nove - é tido como número da sorte entre os tailandeses.
 
Meninos tendo cabeça raspada
 
É uma espécie de "limpeza espiritual" para o grupo, que ficou mais de duas semanas presos em uma caverna inundada até ser resgatado, em uma tensa e arriscada operação.
 
Depois, eles passaram uma semana em um hospital, onde receberam tratamento médico e psicológico.

'Limpeza espiritual'

"Eles devem passar um tempo no monastério. É para proteção deles", explicou Seewad Sompiangiai, avô de um dos meninos. "É como se eles estivessem morrido, mas agora renasceram."
Assim, os meninos cumprem uma promessa feita pelas famílias pelo seu retorno com vida e para homenagear o mergulhador tailandês Saman Gunan, que morreu quando participava da operação de resgate.
O técnico de futebol dos garotos, Ekkapol "Ake" Chantawong, se juntará ao grupo, mas como monge, e não como noviço. O treinador já tinha passado tempo em um monastério como noviço antes.
Apesar de Chantawong ter sido criticado por ter levado os meninos para a caverna, ele também ganhou elogios por ter ajudado o grupo ensinando técnicas de meditação para mantê-los calmos e usar a menor quantidade de ar possível durante os dias que passaram sozinhos, no escuro e sem comida.

Operação arriscada na Tailândia

A extraordinária história do grupo resgatado foi acompanhada por milhões de pessoas em todo o mundo desde o dia 23 de junho, quando eles entraram na caverna após um treino de futebol. Eles ficaram presos no local por causa das cheias.
Os 12 meninos e o técnico passaram nove dias no local até serem encontrados por dois mergulhadores britânicos. A operação de resgate só começou seis dias depois.
 
A operação foi tensa e perigosa. Saman Gunan morreu enquanto levava tanques de oxigênio para o grupo.
Os meninos foram levados por mergulhadores experientes através de passagens estreitas e submersas. Eles foram sedados para não entrar em pânico e facilitar a travessia - a maioria deles não sabia nadar.
Foram necessários três dias para tirar todos os 13 da caverna.
Centenas de voluntários, mergulhadores e militares participaram dos esforços para resgatar o grupo.
O complexo de cavernas foi fechado, mas autoridades admitem que, no futuro, pode ser reaberta como uma atração turística.
BBC

segunda-feira, 23 de julho de 2018

Burberry: Burberrry a marca de luxo que toca fogo nos produtos que não vende

Burberry
 
A empresa de luxo britânica Burberry destruiu no ano passado todos os produtos que não conseguiu vender. E não o fez de uma maneira qualquer: decidiu queimá-los. Roupas, acessórios e perfumes foram destruídos para proteger a marca, segundo seu relatório anual divulgado nesta sexta-feira. O objetivo da empresa era impedir que seus desenhos e modelos fossem roubados ou vendidos no mercado negro por um preço menor do que o que valem. Segundo os dados da empresa, todos esses itens foram avaliados em 28,6 milhões de libras (32 milhões de euros ou 142 milhões de reais).
Segundo a empresa, a energia que é gerada a partir dessa queima é armazenada, então o processo de queima não polui. Além disso, a Burberry reconheceu que no ano passado o volume de produtos destruídos foi maior que o usual, já que eles tiveram que se livrar de muitos perfumes após assinarem um novo contrato com a marca americana Coty. Por esta razão, a empresa britânica foi forçada a eliminar criações, principalmente fragrâncias, que tinham um valor total de 10 milhões de libras (11,19 milhões de euros).
Burberry enfatiza que, nos últimos anos, a marca tem aumentado seus esforços para se posicionar como um dos principais logotipos do mercado mundial de luxo, tentando recuperar a exclusividade que o caracteriza. E isso implica evitar, sob quaisquer circunstâncias, cópias, imitações e qualquer desvalorização da marca.
"A Burberry é muito cuidadosa ao tentar minimizar a quantidade de estoque excedente que produzimos, nos casos em que é necessário descartar os produtos, fazemos isso de maneira responsável e sempre procuramos formas de reduzir e reavaliar nossos resíduos", afirma um porta-voz.
voz da empresa. De acordo com os últimos dados disponíveis, a Burberry registrou este ano um aumento de 5% de lucros, que atingiram 413 milhões de libras (462 milhões de euros).
El País

Maior eclipse lunar do século, acontece na próxima sexta-feira e poderá ser vista no Brasil

Na próxima sexta-feira, dia 27 de julho, o Brasil verá aquele que deve ser o mais longo eclipse lunar total deste século 21.
 
Lua com e sem efeito de eclipse
No país, o início da fase total do eclipse será às 16h30min e o final será às 18h13min, em hora de Brasília. O eclipse lunar vai durar cerca de uma hora e 40 minutos.
De acordo com o Observatório Nacional, a parte leste do Brasil verá o eclipse total - na parte oeste, o eclipse será visto somente como parcial.
O Observatório diz que, para ver a Lua ainda no eclipse total, as pessoas devem buscar um local onde seja possível ver o ceú perto do horizonte a leste.
A partir das 18h13min, a Lua vai começar a sair da sombra mais escura. Nesse momento começará o eclipse parcial, que vai até as 19h19min. Nesse instante a Lua começará a entrar na sombra mais clara, o que marca a fase penumbral do eclipse, que vai terminar às 20h29min.

O que é um eclipse

Um eclipse acontece quando o Sol, a Terra e a Lua se alinham. Isso faz com que a Terra fique diretamente entre o Sol e a Lua, bloqueando a luz solar.
 
Fases de um eclipse

Por que é o eclipse mais longo?

Afinal, por que esse será o eclipse mais longo do século? A pesquisadora do Observatório Nacional Josina Nascimento diz que "é tudo uma questão de geometria: nesse eclipse a Lua vai passar bem no centro da sombra da Terra".
A pesquisadora diz que é fácil ver diversos planetas no céu em julho, principalmente Marte, que estará próximo da Lua no dia do eclipse. "Vários planetas estão visíveis a olho nu no céu: Vênus está visível a oeste após o pôr do Sol, Júpiter já está alto no céu quando o Sol se põe, Saturno está visível também no início da noite a leste e Marte que está em máxima brilhância, está visível a leste logo no início da noite."
Ela lembra que o próximo eclipse total da Lua será na noite de 20 para 21 de janeiro de 2019, quando, diz ela, "o Brasil inteiro verá o eclipse total da Lua do início ao fim".

sexta-feira, 20 de julho de 2018

8 maneiras como viagens espaciais vão mudar o mundo

Viagens espaciais acessíveis ainda são um pouco difíceis de serem imaginadas em nossos nível atual de tecnologia. No entanto, empresas como SpaceX e Blue Origin trabalham para que isso se torne realidade o quanto antes.
Perguntamos aos membros do Conselho de Tecnologia da FORBES o que eles pensam sobre o futuro das viagens espaciais comerciais e o que isso pode significar para o futuro da área tecnológica. As respostas sugerem novas oportunidades de tirar o fôlego para a humanidade e para a economia em geral.
Veja, na galeria de fotos a seguir, 8 maneiras como viagens espaciais irão mudar o mundo:

Slide 1 de 8: 1. A próxima fronteira da humanidade"É fundamental conquistar o espaço para garantir a sobrevivência a longo prazo da humanidade. No curto prazo, é ótimo ver pessoas com visão e força financeira tomarem medidas corajosas para ampliar nossas capacidades espaciais. Os esforços do governo e dos políticos não conseguem igualar o impulso comercial e empreendedor. Devemos esperar que esses pioneiros do espaço encontrem modelos de negócios reais e sustentáveis ​​que prosperem e cresçam a longo prazo", diz Rick Braddy, da SoftNAS Inc.

1. A próxima fronteira da humanidade
"É fundamental conquistar o espaço para garantir a sobrevivência a longo prazo da humanidade. No curto prazo, é ótimo ver pessoas com visão e força financeira tomarem medidas corajosas para ampliar nossas capacidades espaciais. Os esforços do governo e dos políticos não conseguem igualar o impulso comercial e empreendedor. Devemos esperar que esses pioneiros do espaço encontrem modelos de negócios reais e sustentáveis ​​que prosperem e cresçam a longo prazo", diz Rick Braddy, da SoftNAS Inc.
 
Slide 2 de 8: 2. Oportunidades infinitas"SpaceX e Blue Origin, entre outras, trabalham para viabilizar viagens espaciais. Enquanto a competição cresce, o que vemos não é nada comparado ao que veremos nos próximos anos, uma vez que a exploração mineral espacial se torne uma realidade. Então, veremos um retorno aos dias da corrida do ouro, com centenas, se não forem milhares, de competidores no mercado de exploração espacial", afirma Daniel Levitt, da Bioz
 
2. Oportunidades infinitas
"SpaceX e Blue Origin, entre outras, trabalham para viabilizar viagens espaciais. Enquanto a competição cresce, o que vemos não é nada comparado ao que veremos nos próximos anos, uma vez que a exploração mineral espacial se torne uma realidade. Então, veremos um retorno aos dias da corrida do ouro, com centenas, se não forem milhares, de competidores no mercado de exploração espacial", afirma Daniel Levitt, da Bioz .
 
Slide 3 de 8: 3. Baixa órbita terrestre"Veremos a indústria do espaço privado se preparar para vender passagens para pessoas ricas. Como a concorrência continua a aumentar, os preços vão diminuir, o que vai tornar a exploração espacial uma realidade para muitas pessoas", prevê Thomas Griffin, da OptinMonster.
 
3. Baixa órbita terrestre
"Veremos a indústria do espaço privado se preparar para vender passagens para pessoas ricas. Como a concorrência continua a aumentar, os preços vão diminuir, o que vai tornar a exploração espacial uma realidade para muitas pessoas", prevê Thomas Griffin, da OptinMonster.
 
Slide 4 de 8: 4. Mais recursos"É sempre um bom sinal quando outra grande empresa com acesso a muitos recursos entre no negócio. A Amazon vai ajudar a tornar as viagens espaciais acessíveis. Este primeiro voo de sucesso prova que eles estão realmente dispostos a realizar este objetivo. Não que a SpaceX já não fale sério, mas a entrada da Amazon dá outra razão para melhorar sua tecnologia, ainda mais rapidamente. Tudo somado, é definitivamente uma ótima notícia para a indústria espacial", diz Vikram Joshi, da pulsd.
 
4. Mais recursos
"É sempre um bom sinal quando outra grande empresa com acesso a muitos recursos entre no negócio. A Amazon vai ajudar a tornar as viagens espaciais acessíveis. Este primeiro voo de sucesso prova que eles estão realmente dispostos a realizar este objetivo. Não que a SpaceX já não fale sério, mas a entrada da Amazon dá outra razão para melhorar sua tecnologia, ainda mais rapidamente. Tudo somado, é definitivamente uma ótima notícia para a indústria espacial", diz Vikram Joshi, da pulsd.
 
Slide 5 de 8: 5. Hospitalidade em ambientes inóspitosO avanço das tecnologias espaciais é estimulante. Com setores privados competindo para criar opções de viagens espaciais comerciais para os consumidores, o futuro não tão distante oferece oportunidades que a humanidade só sonhava. Nos próximos anos, isso irá evoluir para a hospitalidade do espaço: hotéis em órbita e resorts lunares já têm sido projetados. Será inspirador", afirma Michael Gargiulo, da VPN.com.
 
5. Hospitalidade em ambientes inóspitos
O avanço das tecnologias espaciais é estimulante. Com setores privados competindo para criar opções de viagens espaciais comerciais para os consumidores, o futuro não tão distante oferece oportunidades que a humanidade só sonhava. Nos próximos anos, isso irá evoluir para a hospitalidade do espaço: hotéis em órbita e resorts lunares já têm sido projetados. Será inspirador", afirma Michael Gargiulo, da VPN.com.
 
Slide 6 de 8: 6. Exposição à radiação espacialPrecisamos lembrar que há grandes riscos de exposição à radiação quando se pensa em viagens espaciais comerciais. Por exemplo, na missão a Marte, prevê-se que um humano possa estar exposto a doses mortais de radiação imprevisíveis. Alguns sugerem que alguns abrigos especiais sejam necessários para proteger os astronautas, outros aconselham o AstroRad, um traje espacial para proteger as missões tripuladas contra o espaço profundo", conta Dr. Karin Lachmi, da Bioz.
 
6. Exposição à radiação espacial
Precisamos lembrar que há grandes riscos de exposição à radiação quando se pensa em viagens espaciais comerciais. Por exemplo, na missão a Marte, prevê-se que um humano possa estar exposto a doses mortais de radiação imprevisíveis. Alguns sugerem que alguns abrigos especiais sejam necessários para proteger os astronautas, outros aconselham o AstroRad, um traje espacial para proteger as missões tripuladas contra o espaço profundo", conta Dr. Karin Lachmi, da Bioz.
 
Slide 7 de 8: 7. Inovação AtivadaA corrida espacial nos deu enormes avanços em tecnologia. À medida que esta corrida se abrir de vez à iniciativa privada, haverá um aumento exponencial da inovação e da pesquisa científica básica, o que impulsionará muitos setores. Haverá várias empresas que nos levarão ao espaço, à Lua e potencialmente além. Isso abrirá portas para sermos uma espécie multiplanetária ou potencialmente uma espécie não-planetária", diz Viren Gupta, da Eponym.
 
7. Inovação Ativada
A corrida espacial nos deu enormes avanços em tecnologia. À medida que esta corrida se abrir de vez à iniciativa privada, haverá um aumento exponencial da inovação e da pesquisa científica básica, o que impulsionará muitos setores. Haverá várias empresas que nos levarão ao espaço, à Lua e potencialmente além. Isso abrirá portas para sermos uma espécie multiplanetária ou potencialmente uma espécie não-planetária", diz Viren Gupta, da Eponym.
 
Slide 8 de 8: 8. Algo MaiorA transição de uma indústria altamente regulamentada e apoiada pelo governo, no século 20, para um ambiente voltado ao setor privado, no qual a concorrência prospera, no século 21, criou uma indústria altamente comercializável e veloz. A área espacial continuará a crescer em ritmo veloz, graças aos investidores, e levará a muitos avanços que incluem não só uma viagem a Marte, mas a mineração de recursos espaciais, viagens mais rápidas e muito mais. O que vemos agora é apenas o começo de uma indústria espacial que segue a todo vapor", afirma Alexandro Pando, da Xyrupt.
 
8. Algo Maior
A transição de uma indústria altamente regulamentada e apoiada pelo governo, no século 20, para um ambiente voltado ao setor privado, no qual a concorrência prospera, no século 21, criou uma indústria altamente comercializável e veloz. A área espacial continuará a crescer em ritmo veloz, graças aos investidores, e levará a muitos avanços que incluem não só uma viagem a Marte, mas a mineração de recursos espaciais, viagens mais rápidas e muito mais. O que vemos agora é apenas o começo de uma indústria espacial que segue a todo vapor", afirma Alexandro Pando, da Xyrupt.
 

terça-feira, 17 de julho de 2018

Viver na era da impaciência

Impacientes. Estamos cada vez mais impacientes. As novas tecnologias estão mudando nossas vidas e alterando nossa relação com o tempo. Por um lado, temos a impressão de que voa, alimentado pelo dispositivo que se tornou uma extensão do nosso corpo, o onipresente celular, uma caixa de surpresas, entretenimento e dispersão que nunca se fecha e parece sempre disposta a nos oferecer uma nova distração. Por outro lado, há momentos em que esse mesmo artefato funciona como um verdadeiro congelador de instantes: tudo para à espera de uma resposta que nunca chega; e então parece que o tempo se alonga.
 
Transeuntes no distrito financeiro de Canary Wharf, em Londres.
 
A psicóloga australiana Aoife McLoughlin publicou em novembro de 2015 um estudo que demonstrou que nosso corpo percebe o tempo de maneira diferente quando passamos longos períodos conectados a dispositivos eletrônicos. Um estudo realizado na Universidade James Cook (JCU), em Queensland, comprovou que, em pessoas e sociedades tecnocêntricas, os relógios internos parecem ter acelerado seu ritmo; fenômeno que pode ser muito útil para trabalhar mais rápido, por exemplo, mas que também faz as pessoas se sentirem mais pressionadas. À medida que o ritmo de nossas vidas acelera, diz a professora que ensina no campus da JCU em Cingapura, a sensação subjetiva de tempo disponível diminui, o que nos faz sentir a pressão do tempo.
 
Diversos estudos científicos mostram que a percepção que temos dele está ligada às nossas emoções. Se tudo está bem, o tempo corre. Se estamos entediados, ou em perigo, ou de olho no relógio, tudo fica mais lento. O modo como nosso cérebro representa e percebe o tempo continua sendo um mundo de incógnitas para os pesquisadores.
Não temos um corpo especializado em perceber o tempo. Ignacio Morgado Bernal, diretor do Instituto de Neurociências da Universidade Autônoma de Barcelona, explica que são várias as partes do cérebro envolvidas nessa função: o córtex auditivo, o visual, o pré-frontal, os gânglios basais e até mesmo o cerebelo. A rede de neurônios que se mobiliza para avaliar o tempo é, portanto, muito ampla. Mas o tempo está passando mais rápido do que antes? Formulada a pergunta, Morgado Bernal afirma, em conversa por telefone, que por um lado, quando há mais estímulos no ambiente, parece que tudo passa mais rápido, sim, mas lança uma pergunta: “Estamos vivendo melhor agora? Acho que não, a sobrecarga de informação é uma fonte de estresse. E o aumento do estresse afeta nossa percepção do tempo. Se você se sentir mal, tudo fica mais demorado.”
 
Ramon Bayés, membro da Academia de Psicologia da Espanha e um dos introdutores da psicologia comportamental e experimental neste país, diz que quanto mais importante é para nós uma mensagem, mais longa parece a espera – menosprezado conceito nestes tempos impacientes. “Os tempos de espera são tempos de incerteza”, diz ele. “E incerteza significa sofrimento.”
O psicólogo Bayés, autor do livro El reloj emocional (Alienta), publicado em 2007, afirma que devemos aprender a controlar o tempo para não sermos controlados por ele. Aposentado (nasceu em Barcelona em 1930), mas ativo, escreve por e-mail: “A tecnologia é um obstáculo se somos impacientes e estamos constantemente esperando mensagens que os outros podem nos enviar. Para contrabalançar esta tirania, na educação, é necessário ensinar o valor da ponderação e o controle da demora.”
El País

Por que especialistas recomendam embrulhar chaves automáticas do carro em papel alumínio?

A tecnologia que permite a você destrancar seu carro à distância também traz um risco de roubo.
 
Chaves de carro envoltas em papel alumínio
O problema existe porque as chaves automáticas dos carros modernos estão constantemente emitindo sinais para eles.
Especialistas alertam que os ladrões podem comprar chaves "virgens" e usá-las para replicar o código de acesso de um determinado veículo.

Como evitar que isso aconteça?

A forma mais fácil de precaução contra isso é embrulhar as chaves em papel alumínio.
Especialistas em cibersegurança concordam que, embora não seja o ideal, esse é um método muito fácil e barato.
Outra opção é comprar pela internet uma "bolsa de Faraday", que tem a mesma função de isolamento do alumínio e serve como um escudo contra a transferência de informações que poderiam ser usadas no roubo do carro.
 
Moshe Shlisel
 
"Estamos falando de uma forma de comunicação por ondas eletromagnéticas, como rádio ou televisão. Pense em uma música que é constantemente usada em uma rádio e uma fechadura que se abre ao ouvir essa música. Se eu conheço a música, posso abrir a fechadura", diz à BBC News Mundo Moshe Shlisel, CEO da agência de segurança cibernética GuardKnox Cyber ​​Technologies.
Shlisel, que também trabalhou para a força aérea israelense no desenvolvimento de sistemas de defesa com mísseis, explica que a função do papel alumínio é criar uma célula para evitar que as ondas eletromagnéticas sejam registradas por outra pessoa.

Ataques ocorrem cada vez mais

Para muitos, pode parecer antiquado, no século XXI, usar papel alumínio para proteger algo tão tecnológico.
A precaução, no entanto, tem se mostrado mais do que nunca necessária, como explica Shlisel.
"Apesar de não ter números, posso dizer que esses incidentes acontecem cada vez mais, porque os dispositivos necessários para cometer esses ataques podem ser facilmente adquiridos na internet e há até tutoriais no YouTube sobre como fazê-los", diz ele.
 
Homem tentando arrombar um carro
 
E acrescenta: "A indústria automotiva está totalmente ciente desses problemas e buscando maneiras de impedir que terceiros consigam replicar a comunicação entre uma chave e um veículo".
Este tipo de crime não acontece apenas com carros e precauções têm sido tomadas de olho nisso.
Algumas pessoas, por exemplo, tomam o cuidado de proteger seus cartões de crédito em carteiras "isolantes".
Além disso, instituições governamentais dos Estados Unidos, por exemplo, entregam determinados documentos a seus usuários dentro de invólucros especiais para evitar a transferência e o roubo de dados, como é o caso do Green Card ou Cartão de Residente Permanente - o visto permanente de imigração concedido pelas autoridades do país.
No caso dos carros, os roubos podem ser cometidos com bastante facilidade.
"Você chega a uma casa que tem um carro estacionado na frente, detecta uma chave a dez passos dele, dentro de uma sala, e consegue desbloqueá-lo. Enquanto as ferramentas estiverem disponíveis, o cenário para esses roubos me parece cada vez mais provável ", disse ao jornal USA Today o diretor do Centro de Segurança de Sistemas de Computadores da Universidade do Sul da Califórnia, nos EUA, Clifford Neuman.
Quando leu pela primeira vez sobre o risco de seu carro ser roubado desse jeito, ele começou a guardar suas chaves à noite dentro de uma lata de café vazia.
Os especialistas continuam recomendando que, até as empresas fabricantes encontrarem uma solução para o problema, é preferível usar o papel alumínio antes de deixar as chaves onde provavelmente elas estão guardadas agora: no bolso de uma calça, dentro da bolsa ou sobre uma mesa.
BBC Brasil