sábado, 31 de agosto de 2013

Impressionante: Submarino atômico dos EUA emerge da grossa camada de gelo do Ártico

No vídeo abaixo é o submarino nuclear USS Connecticut, da Marinha dos Estados Unidos, durante exercícios realizados no Polo Norte.
O USS Connecticut — um gigante de 107 metros de comprimento, mais de 9 mil toneladas com plena carga e capaz de levar 116 tripulantes — viajou sob a grossa camada de gelo do Ártico até o ponto exato onde estavam cientistas que realizavam experiências e oficiais da Marinha.
Depois que a imensa torre do submarino emergiu da camada de gelo, o pessoal da Marinha usou motosserras e outros recursos para permitir a abertura da escotilha e a saída do comandante ao ar livre.

American submarine, the ice is breaking the surface.


sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Frase


O cientista D.Pedro II na memória do mundo

Os 43 diários que o imperador escreveu durante as muitas viagens que realizou nos 49 anos de seu reinado, entre outros 2 mil documentos relativos a essas jornadas que são guardados pelo Museu Imperial, de Petrópolis, no Rio do Janeiro, foram inscritos no Programa Memória do Mundo, da Unesco.
Um tipo muito curioso de cientista diletante, D. Pedro II percorreu o Brasil inteiro e o mundo fazendo relatos minuciosos da flora, fauna, desenhos e impressões geográficas de diversos locais visitados. Esses registros pessoais hoje são valiosos documentos da segunda metade do século XIX.
O chamado conjunto documental relativo às viagens do imperador D. Pedro II pelo Brasil e pelo mundo contém raridades como diários pessoais, desenhos, cadernetas, correspondências, registros de visitas, relatórios de despesas, jornais, homenagens e convites. Do acervo, fazem parte também dez diários da imperatriz Teresa Cristina, relatos de Luísa Margarida de Barros Portugal, a condessa de Barral, e de Luís Pedreira do Couto Ferraz, o barão do Bom Retiro, que sempre faziam parte da comitiva do imperador.
Os documentos mostram algumas curiosidades, como o encontro do imperador com o cientista Alexander Graham Bell na Exposição Universal da Filadélfia, nos Estados Unidos, em 1876. Convidado de honra do então presidente Ulysses Grant, D. Pedro II pôde conhecer em primeira mão uma invenção de Bell. Contam os registros que, ao experimentar o telefone, o brasileiro teria exclamado: “Céus, isto fala!”, o que teria chamado a atenção de todos os visitantes da feira. Impressionado com o invento, D. Pedro II fez questão de trazer um telefone para o Brasil, que viria a ser o segundo país a utilizar o aparelho.
História Viva

O fumo e as contradições da Anvisa

Na quinta-feira passada (29/8), Dia Nacional de Combate ao Fumo, dados de uma pesquisa feita pelo Ministério da Saúde mostraram que a parcela da população brasileira fumante acima de 18 anos caiu 20% nos últimos seis anos.
 É uma conquista importantíssima para a saúde pública, com reflexos positivos no bem estar social e mesmo para os cofres da previdência social.
 Só não interessa à gananciosa e despudorada indústria do fumo.
Os homens continuam à frente das mulheres enquanto fumantes: 19% em 2006 e 15% em 2012. As mulheres eram 12% em 2006 e 9% em 2012.
A pesquisa Vigitel 2012 (Vigilância dos Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) mostrou ainda que o percentual de fumantes passivos em domicílios caiu de 12% em 2006 para 10% no ano passado.
Esta também é uma boa notícia, em especial para as crianças.
Houve redução, mesmo que pequena, no caso de homens que fumam 20 ou mais cigarros por dia: de 6% em 2006 para 5% em 2012.
Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, reúne a maior população de fumantes no país: 18%.
Em oposição, Salvador, na Bahia, tem o menor número de fumantes: apenas 6%, um terço do índice da capital gaúcha.
A edição especial 55 de Scientific American Brasil com artigo de com capa dedicado ao tabagismo e suas mazelas (“A devastação do tabaco e as controvérsias da maconha”), prevista para chegar às bancas em 4 de outubro, traz um longo e detalhado relato dos males do fumo, que inclui câncer e problemas psíquicos, entre outros efeitos negativos à saúde humana.
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) evidenciam que as doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), em que o tabagismo tem papel de destaque, foram a causa de 63% dos 36 milhões de mortes registradas no mundo em 2008, ou seja, 22,68 milhões de vítimas.
Essas enfermidades incluem doenças do aparelho respiratório, como o câncer, e diabetes, entre outras.
No Brasil, as DCNTs responderam por 72,4% do total de mortes em 2011.
Dados da OMS mostram que o tabaco é o líder global entre as causas de mortes evitáveis, o que significa que, numericamente, o fumo é, de longe, o maior assassino do planeta.
Na véspera do Dia Nacional de Combate ao Fumo e da liberação dos dados da pesquisa do Ministério da Saúde, no entanto, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o uso de 121 substâncias para serem usadas como aditivos na produção de cigarros.
Na lista da Anvisa estão extratos de café, ameixa seca, figo, mate, alcaçuz e mimosa, entre outros.
A Anvisa é uma agência reguladora com independência administrativa em relação ao governo. Não está subordinada, por exemplo, ao Ministério da Saúde, como pode parecer à primeira vista e seus cinco diretores são indicados pelo presidente da República e aprovados pelo Senado.
Eles têm mandato de três anos e possibilidade de serem reconduzidos ao cargo.
A lista dos 121 itens, no entanto, dividiu as opiniões mesmo dentro da agência reguladora.
A área técnica foi contrária à autorização por entender que os aditivos pedidos pela indústria do fumo vão, tão óbvio quanto a luz do dia, tornar os cigarros mais palatáveis.
E isso, lamentavelmente, na contramão das boas notícias quanto à decisão de população brasileira de se afastar cada vez mais do fumo.
Scientific American
 

 

Robô Curiosity utiliza piloto automático pela primeira vez

O robô Curiosity, que explora a superfície de Marte há mais de um ano, utilizou o seu sistema de controle automático pela primeira vez nesta terça-feira, informou a Nasa, agência espacial americana. Com o sistema de navegação autônoma, o robô atrevessou uma área a qual os operadores do Curiosity na Terra não haviam conseguido confirmar como sendo segura.
Com o piloto automático, o jipe analisou imagens feitas durante o trajeto e calculou o caminho mais seguro para percorrer. “O Curiosity tira muitas fotos e seu computador processa a informação para mapear riscos ou terrenos irregulares. Ele analisa todos os caminhos possíveis e escolhe o melhor”, explica Mark Maimone, um dos engenheiros da Nasa que trabalha o projeto.
Nesta terça-feira, o robô percorreu sozinho cerca de dez metros, atravessando uma depressão cujos detalhes do solo não estavam visíveis para os controladores. Na semana anterior, ocorreu um teste no qual Curiosity planejou sozinho parte de um trajeto - nesta ocasião, no entanto, os operadores analisaram o território com antecedência.
O sistema de navegação autônoma vai ajudar o jipe a completar seu trajeto até o Monte Sharp, uma montanha com cerca de cinco quilômetros e meio de altura formada por camadas de sedimentos e na qual a Nasa espera encontrar mais pistas sobre a composição do planeta vermelho.
Veja.com

O deserto que fertiliza a floresta Amazônica

A magnífica floresta Amazônia deve parte de sua fertilidade a uma chuva permanente de poeira que vem do deserto do Saara. O material atravessa o oceano Atlântico empurrado pelos ventos das tempestades que varrem o deserto. Nos céus da América do Sul, as partículas ajudam a formar as nuvens de chuva, fertilizam o solo e até contribuem para a formação de praias no Caribe.
O transporte intercontinental de poeira é difícil de ser fotografado. Um grupo de pesquisadores da Nasa, agência espacial americana, juntou várias imagens de satélite, para mostrar o deslocamento das nuvens de poeira. O mosaico com os registros de várias passagens de satélite sobre o Atlântico formam a imagem acima. A imagem mostra quando a luz do sol incide sobre a nuvem de poeira em vários momentos durante a viagem sobre o Atlântico.  
Há várias dessas nuvens incríveis de poeira soprada do deserto. Uma delas faz uma pluma de poeira sobre o Mar Vermelho.

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Frase


Humanos habitavam a Amazônia antes do que se pensava

Estudos arqueológicos confirmam que os humanos viveram na América do Sul há mais de 10 mil anos. A pesquisa publicada na revista “PLoS ONE” foca na região amazônica de Llanos Moxos, na Bolívia. No local de savanas tropicais há pequenas “ilhas de floresta”, pequenos montes arborizados no meio da planície, e nestas ilhotas foram encontrados vestígios de homens do período Holoceno, de 10.400 anos atrás, ou seja, 7.500 anos antes do que se pensava.
Uma equipe de cientistas liderado por Umberto Lombardo, da Universidade de Berna, explorou três sítios arqueológicos de Llanos Moxos.
- Nós descobrimos os mais antigos sítios arqueológicos do oeste e sul da Amazônia. Esses sítios permitem-nos reconstruir 10.000 anos de interações do humano com o ambiente na Amazônia boliviana - afirma.
Amostras de solo a partir destes três montes revelam um denso acúmulo de conchas de caracol de água doce, ossos de animais e carvão vegetal que formam os sambaquis. Os sítios podem ter sido abandonados por causa da mudança do clima e das condições mais úmidas posteriormente.
Os arqueólogos ressaltam que na bacia amazônia já foram encontradas provas da presença de humanos no Holoceno tardio (há 1.500 anos).
 



Robô Curiosity capta imagens de eclipse solar em Marte

O robô Curiosity, da Nasa , que está em missão exploratória em Marte, virou suas câmeras para o céu para tirar fotografias da lua do planeta, Phobos, passando em frente ao Sol, mostraram imagens divulgadas nesta quinta-feira (29).
O Curiosity pousou em Marte em agosto de 2012 para uma missão de dois anos com o objetivo de determinar se o planeta mais parecido com a Terra no sistema solar tem, ou teve, os ingredientes químicos para a vida.  O robô está a caminho de seu terreno de exploração inicial, uma montanha de cinco quilômetros de altura de sedimento em camadas chamada Monte Sharp.
Ele parou em 17 de agosto para tirar fotos da maior lua de Marte, Phobos, fazendo uma arremetida em frente ao Sol. A Nasa divulgou as três imagens do eclipse, tiradas com três segundos de diferença com as lentes teleobjetivas do robô.
"Essa é de longe a imagem mais detalhada de qualquer trânsito lunar marciano já tirada. Ficou ainda mais perto do centro do Sol do que era previsto, então aprendemos alguma coisa", disse o cientista do Curiosity, Mark Lemmon, da Universidade do Texas, em comunicado.
G1

Cientista sugere que vida começou em Marte

Um estudo apresentado em uma conferência científica sugere que a vida pode ter começado em Marte antes de chegar à Terra.
A teoria foi apresentada pelo químico Steven Benner, do Instituto de Ciência e Tecnologia de Westheimer (EUA), em na Conferência de Goldschmidt, em Florença, na Itália.
A forma como átomos se juntaram pela primeira vez para formar os três componentes moleculares dos seres vivos – RNA, DNA e proteínas – sempre foi alvo de especulação acadêmica.
As moléculas não são as mais complexas que aparecem na natureza, ainda assim não se sabe como elas surgiram. Acredita-se que o RNA (ácido ribonucleico) foi o primeiro a surgir na Terra, há mais de três bilhões de anos.

Hostil

                        Meteorito que veio de Marte, achado na Antártida, tinha vida primitiva
 
Uma possibilidade para a formação do RNA a partir de átomos, como carbono, seria o uso de energia (calor ou luz). No entanto, isso produz apenas alcatrão.
Para criação do RNA, os átomos precisam ser alinhados de forma especial em superfícies cristalinas de minerais. Mas esses minerais teriam se dissolvido nos oceanos da Terra naquela época.
Benner diz que esses minerais eram abundantes em Marte. Ele sugere que a vida teria surgido primeiro em Marte, seguindo para a Terra em meteoritos.
Na conferência em Florença, o cientista apresentou resultados sugerindo que minerais que contém elementos como boro e molibdênio são fundamentais na formação da vida a partir dos átomos.
Ele diz que os minerais de boro ajudam na criação de aros de carboidrato, gerando químicos que são posteriormente realinhados pelo molibdênio. Assim surge o RNA.
O ambiente da Terra, nos primeiros anos do planeta, seria hostil aos minerais de boro e ao molibdênio.
"É apenas quando o molibdênio se torna altamente oxidado que ele é capaz de influenciar na formação da vida", diz Benner.
"Esta forma de molibdênio não existira na Terra quando a vida surgiu, porque há três bilhões de anos a Terra tinha muito pouco oxigênio. Mas Marte tinha bastante."
Segundo ele, isso é "outro sinal que torna mais provável que a vida na Terra tenha chegado por um meteorito que veio de Marte, em vez de surgido no nosso planeta".
Outro fator que reforçaria a tese é o clima seco de Marte, mais propício para o surgimento de vida.
"As evidências parecem estar indicando que somos todos marcianos, na verdade, e que a vida veio de Marte à Terra em uma rocha", disse Benner à BBC.
"Por sorte, acabamos aqui – já que a Terra certamente é o melhor entre os dois planetas para sustentar vida. Se nossos hipotéticos ancestrais marcianos tivessem ficado no seu planeta, talvez nós não tivéssemos uma história para contar hoje."
BBC
 

Cientistas descobrem cânion de 750 km na Groenlândia escondido sob o gelo

Um estudo de cientistas do Reino Unido e dos Estados Unidos descobriu um cânion de 750 quilômetros de extensão e 800 metros de profundidade escondido sob o gelo da Groenlândia. O tamanho é similar ao do Grand Canyon.
Os pesquisadores acreditam que o cânion se formou antes da camada de gelo que cobre a região há alguns milhões de anos. As características indicam que um rio corria entre os paredões.
"Com o Google Streetview avaliável para muitas cidades pelo mundo e mapas digitais para tudo, de densidade populacional a felicidade, poderíamos assumir que a paisagem da Terra estava totalmente explorada e mapeada. Nossa pesquisa mostra que ainda há bastante para descobrir", diz Jonathan Bamber, da Universidade de Bristol, líder do estudo.
Os cientistas utilizaram dados de radar aéreo coletados principalmente pela Nasa e por pesquisadores britânicos e alemães ao longo de décadas. Em certas frequências, as ondas de rádio atravessam o gelo, batem no solo e retornam. Ao analisar os dados, descobriram o cânion que começa praticamente no centro da ilha e vai até à extremidade norte, em um profundo fiorde conectado com o oceano Ártico.
Os pesquisadores acreditam que o cânion tenha um papel importante em transportar a água descongelada. Antes mesmo da formação do gelo, há cerca de 4 milhões de anos, ele era um fundamental caminho para a água em um grande sistema fluvial.

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

'Cidade subterrânea' é encontrada embaixo de palácio do imperador romano Adriano

Uma cidade subterrânea foi descoberta nas ruínas da Villa Adriana, a mansão construída para o imperador romano Adriano (76-138 d.C.) em Tivoli, província de Roma.
A cidade submersa sob o complexo palaciano do século II poderá em breve ser visitada pelos turistas.             
A existência desta cidade não era totalmente desconhecida, porém esta descoberta por parte dos arqueólogos que exploram o local desde 2008, foi casual e inesperada.           
Os guardas do parque tinham descoberto uma rachadura no terreno, coberta por arbustos, e quando foram limpar o local perceberam que se tratava de uma passagem para uma grande cavidade natural, usada antigamente como parte de uma série de corredores subterrâneos que se comunicavam entre si e com as diversas alas do palácio de Adriano.
Para os arqueólogos, a rede de corredores subterrâneos reflete a suntuosidade do palácio na superfície.

Os servos não precisavam transitar pelos locais de ócio e repouso dos convidados do imperador, e podiam receber os alimentos necessários através de verdadeiras ruas que de fora do parque chegavam diretamente nas cozinhas da mansão.
 
 

Primeira nave chinesa aterrerissará na Lua no final do ano

A terceira sonda lunar chinesa não tripulada, o "Chang E III", será a primeira missão a aterrissar na Lua e vai ser lançada no fim do ano, anunciou nesta quarta-feira a Administração Estatal de Ciência e Tecnologia da China através da agência oficial "Xinhua".
A sonda já foi construída e está na fase de preparação para o lançamento, afirmou um comunicado do órgão, também encarregada do desenvolvimento da indústria para a defesa nacional.
A China lançou sua primeira missão lunar, "Chang E I", em outubro de 2007, e a segunda voou ao satélite terrestre em outubro de 2010.
Nos dois casos, os satélites artificiais orbitaram durante meses ao redor da Lua, colhendo imagens e informações, e depois de terminado o período de atividade se destruíram em solo lunar, conforme previsto.
A China batizou seu programa espacial "Chang E" em homenagem a uma lenda tradicional oriental segundo a qual uma deusa com esse nome habita a Lua.
Os planos do gigante asiático incluem o envio de uma quarta sonda em 2015, outra em 2017 (a primeira que deve retornar à Terra) e, mais tarde, em data ainda não definida, outras missões tripuladas.
Exame.com 

Acidificação dos oceanos ameaça vida marinha

A alta concentração de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera, vilão do efeito estufa, pode desencadear uma verdadeira catástrofe nos oceanos a medida que estes se tornam mais ácidos, alertam os cientistas em um novo estudo publicado no periódico científico Nature Climate Change.
De acordo com a pesquisa, a acidificação dos oceanos é um processo conhecido por afetar alguns organismos marinhos, mas a gravidade da ameaça aos ecossistemas ainda é pouco compreendida.
Para resolver esse problema, os pesquisadores Astrid Wittmann e Hans-O. Pörtner avaliaram a sensibilidade de cinco componentes-chave dos ecossistemas oceânicos - corais, equinodermes, moluscos, crustáceos e peixes – à exposição a uma ampla gama de CO2.
Os autores descobriram que todos os grupos estudados foram negativamente impactados pela acidificação moderada do oceano, embora de maneiras diferentes e com intensidades diferentes.
Entre os invertebrados, os corais, equinodermos e os moluscos sofrem mais, enquanto que os crustáceos foram relativamente resistentes. Os efeitos sobre os peixes, entretanto, se mostraram mais difíceis de precisar, segundo os autores.
Acidez sem limite
Os cientistas alertam que, embora as emissões de dióxido de carbono (CO2) contribuam para um aumento sem precedentes da acidificação dos oceanos, elas reservam consequências imprevisíveis no longo prazo para a vida marinha.
Desde o início da era industrial, a acidez das águas do planeta aumentou 30% alcançando um nível sem igual nos últimos 55 milhões de anos. Os oceanos são grandes sumidouros naturais de CO2 – eles absorvem cerca de um terço das emissões procedentes de atividades humanas, como queima de hidrocarbonetos e de carvão, a produção de cimento e o desmatamento.
Um estudo publicado em maio deste ano apontou o oceano Ártico como o mais vulnerável, porque as águas frias absorvem mais CO2. De acordo com os cientistas, sem uma redução nas emissões ou outro tipo de controle sobre este gás, a tendência é que o PH dos oceanos se torne ainda mais ácido.
Exame.com
 

Plano de unir o Mar Morto e Mar Vermelho gera polêmica ambiental

O plano de ligar o Mar Vermelho com o Mar Morto pode salvar este último da evaporação total e levar água dessalinizada a bairros com pouco abastecimento em Israel, Jordânia e Palestina.
Mas ambientalistas alertam que o projeto “Vermelho-Morto” pode ter consequências terríveis, alterando a química particular do lago de água salgada que fica no ponto mais baixo da Terra.
O primeiro ministro da Jordânia, Abdullah Nsur, disse nesta segunda (26) que seu governo havia decidido seguir em frente com o projeto de US$ 980 milhões de dólares, que daria à Jordânia 100 milhões de metros cúbicos de água por ano.
“O governo aprovou o projeto depois de anos de estudos técnicos, políticos, econômicos e geológicos”, disse Nsur em conferência para a imprensa. De acordo com o plano, a Jordânia vai retirar água do Golfo de Aqaba, no norte do Mar Vermelho, para um local onde será construída uma usina de dessalinização, que será usada para tratar a água.
“A água dessalinizada vai para o sul para (a cidade jordaniana de) Aqaba, enquanto a água salgada será bombeada para o Mar Morto”, disse Nsur. O Mar Morto, que tem a água mais salgada do mundo, está em vias de secar até o ano de 2050.
Ele começou a encolher na década de 1960, quando Israel, Jordânia e Síria começaram a desviar água do Rio Jordão, seu principal afluente. O nível do Mar Morto tem diminuído, em média, um metro por ano. De acordo com a informação mais recente, o nível está em 427,13 metros abaixo do nível do mar, 27 metros mais baixo do que em 1977.
O plano prevê que a maior parte da água dessalinizada vá para a Jordânia, com quantidades menores sendo transferidas para Israel e para a Autoridade Palestina.
Mas grupos ambientais têm pedido para que os três parceiros desistam do projeto para proteger o meio ambiente. A principal preocupação, segundo eles, é que um grande aporte de água do Mar Vermelho possa mudar radicalmente o ecossistema frágil do Mar Morto.
O ministério israelense de proteção ambiental diz que estudos feitos até agora deixam uma “grande incerteza” e pede que o plano seja aplicado em uma escala menor para testar se o projeto dará certo.
Para palestinos, o projeto em conjunto implica questões políticas, como Israel permitir que eles desenvolvam parte da costa que fica em uma área ocupada por Israel. “Nós gostaríamos de fazer parte desse projeto cooperativo”, disse Shaddad Al-Attili, chefe da Autoridade Palestina de Águas. “Gostaríamos de ser tratados com igualdade em relação a Jordânia e a Israel, gostaríamos de nos beneficiar com os resultados”.
Mas antes de tudo isso, gostaríamos de ter acesso ao Mar Morto, não apenas para conseguir água e nadar no mar, mas também para construir hotéis e desenvolver atividades turísticas”, completou Al-Attili.
A riqueza mineral do Mar Morto é considerada terapêutica e visitantes adoram flutuar na água densa, que não deixa que a pessoa afunde. Israelenses gerenciam um grande número de hotéis e praias na região.
G1

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Frase


Cientistas encontram provas de água em grãos minerais da Lua

Cientistas encontraram provas de água em grãos minerais da superfície da Lua de origens ainda desconhecidas na profundidade do satélite, informou a Nasa nesta terça-feira.
Os pesquisadores usaram dados coletados pelo Instrumento de Mineralogia (M3) da Nasa a bordo da cápsula Chandrayaan 1, da Organização de Pesquisa Espacial de Índia, e detectaram água magmática, ou seja a originada nas profundezas lunares.
É a primeira detecção desta forma de água a partir de um objeto na órbita da Lua. Estudos anteriores mostraram a existência de água magmática em amostras lunares coletadas pelos astronautas do programa Apollo.
M3 captou imagens da cratera Bullialdus, causada por um impacto perto da linha equatorial da Lua.
A Nasa explicou que os cientistas estão interessados nessa área porque poderiam calculacar melhor o volume de água dentro das rochas devido à localização da cratera e ao tipo de minerais contidos lá.
O pico central da cratera é composto por um tipo de rocha que se forma nas profundezas da crosta lunar e do manto lunar quando o magma fica preso ali.
'Essa rocha, que normalmente fica muito abaixo da superfície, foi escavada desde as profundezas pelo impacto que formou a cratera Bullialdus', explicou Rachel Klima, geóloga planetária no Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins, em Maryland.
'Na comparação com o entorno, encontramos na porção central da cratera um volume significativo de hidroxila, uma molécula feita de um átomo de oxigênio e um de hidrogênio, o que prova que as rochas nesta cratera contêm água que se originou muito abaixo da superfície lunar', disse Rachel.
Em 2009, o M3 fez seu primeiro mapa mineralógico da superfície lunar e descobriu moléculas de água nas regiões polares da Lua. Na primeira avaliação os cientistas supuseram que essa água seria uma camada fina formada pelo impacto do vento solar sobre a superfície lunar.
 
Mas a Bullialdus fica em uma região pouco propícia para o vento solar produzir quantidades significativas de água na superfície.
'As missões da Nasa, como o Prospector Nuclear e o Satélite de Observação e Sensores de Cratera Lunar, e os instrumentos como o M3 coletaram dados cruciais que mudaram radicalmente nossa ideia da existência de água na superfície da Lua', disse Pete Worden, diretor do Centro Ames de Pesquisa da Nasa em Moffett Field, Califórnia.
A detecção de água dentro de uma observação orbital significa que os cientistas podem provar algumas das conclusões de estudos em amostras em um contexto mais amplo, incluindo regiões distantes de onde chegaram as missões Apollo.

Meteoro que explodiu na Rússia cobriu Terra de poeira por três meses

O meteoro que explodiu nos céus da região de Tchelyabinsk em fevereiro passado surpreendeu pela força de sua passagem, ferindo cerca de mil pessoas, emudecendo celulares e danificando vidraças e carros no Oeste da  Rússia.
Seis meses mais tarde, o fenômeno ainda impressiona a Nasa (Agência Espacial Norte-Americana). Um grupo da Agência descobriu que uma densa nuvem de poeira, produzida pela rápida passagem da rocha, permaneceu na atmosfera terrestre por até três meses.
Em medição inicial, feita logo após a explosão do meteoro, os cientistas registraram que a nuvem era composta por centenas de toneladas de poeira espacial e que estava a 40 quilômetros de altura em nossa atmosfera, se movendo a uma velocidade de 306 quilômetros por hora.
Mas quando a observaram com o satélite Suomi NPP,  o grupo  descobriu que o comportamento de algumas das partículas variava.
As mais densas tendiam a mover-se mais devagar ao passo que elas iam perdendo altitude em áreas com menor vento, por exemplo, enquanto as mais leves mantinham velocidade e altitude constantes, condizente com a primeira medição feita pela Nasa.
"Há 30 anos esse registro não seria possível, e poderíamos apenas atestar a presença da nuvem em nossa atmosfera. Hoje, conseguimos traçar com precisão a formação e entender como ela evolui e viaja ao redor do planeta", diz o cientista Paul Newman, que coordena o Laboratório de Ciência Atmosférica do Centro Espacial Goddard, da Nasa.
Um estudo completo será publicado em breve no periódico Geophysical Research Letters, segundo comunicado da Nasa.
O meteoro que explodiu a 23 quilômetros de altura sobre a região russa produziu uma energia 30 vezes superior à da bomba atômica detonada na cidade de Hiroshima, no Japão, durante a 2ª Guerra Mundial.
 

Meteorito sofreu " fusão intensa" antes de explodir na Rússia

O meteorito que caiu em fevereiro passado sobre a região russa de Tcheliabinsk sofreu um "processo de fusão intensa" por ter passado junto ao Sol, ou se chocado antes com outro planeta, revela um estudo publicado nesta terça-feira (27).
Alguns dos fragmentos encontrados nos Urais russos mostram que o meteorito sofreu um "processo de fusão intensa" mesmo antes de entrar na atmosfera terrestre, quando ainda era um asteroide , destaca a análise dos investigadores do Instituto de Geologia e Mineralogia de Novosibirsk (IGM), na Rússia.
"Isto significa, com segurança, que ocorreu uma colisão entre o 'meteorito de Tcheliabinsk' e outro corpo do Sistema Solar [como um asteroide ou um planeta], ou que ele passou perto do Sol", disse Victor Chariguin, do IGM, que deve apresentar suas conclusões na Conferência de Geoquímica Goldschmidt, em Florença, na Itália.
A chuva de meteoros ocorreu no dia 15 de fevereiro, após a explosão de um asteroide, que tem diâmetro estimado em 17 metros e entre 5.000 e 10 mil toneladas, a cerca de 20 quilômetros de altitude da região russa.
Além dos milhares de pequenos fragmentos de rocha que atingiram a Terra, foi a onda de choque da desintegração que causou os danos mais importantes na cidade, ferindo mais de mil pessoas.
Muitos fragmentos caíram na região de Tcheliabinsk, mas acredita-se que o maior pedaço ficou no lago Chebarkul, onde alguns cientistas tentam localizá-lo.
 

Cientistas suecos confirmam existência de um novo elemento químico

 
Cientistas da Suécia dizem ter confirmado a existência de um novo elemento químico, mas seu nome ainda não foi confirmado e pode dar algum trabalho.
Pesquisadores da Universidade de Lund afirmaram na terça-feira (27) que sua descoberta corrobora alegações de 10 anos atrás, feitas por grupos russos e americanos, que não foram provadas até agora.
Os cientistas suecos dizem que conduziram experimentos que lhes permitiram detectar a "impressão digital" de um elemento de curta duração, porém super-pesado, que foi apelidado provisoriamente de Ununpentium.
O nome, que se refere ao lugar 115 do elemento na Tabela Periódica, é apenas provisório.        
O Ununpetium provavelmente irá obter um novo nome, se a descoberta for formalmente aprovada por especialistas da União Internacional de Física e de Química Pura e Aplicada.
Elementos químicos conhecidos incluem carbono, silício e ferro.

Romanos usavam a nanotecnologia há 1600 anos

A nanotecnologia é muito mais antiga do que se pensava. Evidências recentes sugerem que os artesãos romanos criaram o Cálice de Licurgo com ajuda da nanotecnologia há 1600 anos.
 
 O cálice retrata a história do rei Licurgo, que está preso em um emaranhado de videiras como um castigo pela traição cometida contra Dionísio. O objeto romano é conhecido por ser iluminado pela frente, com uma cor verde. Mas parece vermelho quando iluminado por trás.
O segredo por trás dessa mágica está na nanotecnologia. Uma análise de pequenos fragmentos quebrados do vidro do cálice revelaram partículas de prata e de ouro tão pequenas que seria preciso mil delas para alcançar o diâmetro de um grão de sal refinado.
Os pesquisadores especulam que os romanos moíam as partículas de metal até que mil delas correspondessem ao tamanho de um único grão de areia. Em seguida, essas partículas de ouro e prata eram misturadas com o vidro. Cada pedaço tinha 50 nanômetros de diâmetro. Isso faz dos antigos romanos os pioneiros da nanotecnologia.
A mudança de cor acontece quando a luz bate no vidro. Isso faz os elétrons dos metais ali contidos vibrarem de tal forma que alteram a cor dependendo da posição do observador. Os pesquisadores também suspeitaram que quando a taça estava cheia de líquido, isso também alteraria a interação dos elétrons e a cor do vidro.
Como não era possível encher o cálice de líquido, os pesquisadores fizeram pequenos furos em uma plataforma de plástico e espalharam nanopartículas de ouro e prata, assim como os antigos romanos haviam feito no vidro do cálice. Dependendo do líquido, cores diferentes apareciam. Verde claro para água e vermelho para óleo, por exemplo.
Exame.com

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Frase


Estudo confirma: poluição reduz drasticamente expectativa de vida

Está confirmado: exposição à poluição provocada pela queima de combustíveis fósseis, como carvão, pode diminuir sua vida significativamente. A conclusão está em um estudo feito na China e publicado por um economista do MIT, o Instituto de Tecnologia de Massachusetts. 
Pela primeira vez, dados coletados a longo prazo ao norte do rio Huai, na China, foram compilados e comparados. A conclusão é que 500 milhões de chineses vivendo naquela região estão destinados a perder, juntos, 2,5 bilhões de anos em expectativa de vida, por causa do uso extensivo de aquecedores à base de carvão naquela área. A população ao sul do mesmo rio, de acordo com os pesquisadores, apresentou expectativa de vida maior, porque daquele lado, políticas governamentais inibem o uso de aquecimento à base de carvão.
O estudo conclui o que já se suspeitava: longa exposição a uma poluição crônica, especialmente a de partículas, impacta dramaticamente a expectativa de vida de uma população. O estudo também contém uma métrica que permite calcular o impacto negativo da poluição na expectativa de vida em qualquer lugar: a cada 100 microgramas adicionais de matéria particulada por metro cúbico de ar na atmosfera, a expectativa de vida de um bebê nascido nessa atmosfera poluída diminui três anos.
Na China, entre 1981 e 2001, os níveis estavam em mais de 400 microgramas por metro cúbico, o que reduziria a expectativa de vida da população em até 12 anos. Cidades como Pequim chegaram a registrar mais de 700 microgramas de partículas por metro cúbico. Para efeitos de comparação, nos anos 90, os EUA tinham uma média de 45 microgramas de partículas suspensas de poluição por metro cúbico.
 
De acordo com a OMS, o limite saudável para essas partículas suspensas é de 25 microgramas por metro cúbico de ar. Um teste informal feito em 2009 em São Paulo pela revista VejaSP, em conjunto com o Laboratório de Poluição Atmosférica Experimental da USP, identificou níveis acima desse número em 56 pontos da capital - antes da lei Antifumo vigorar na capital, muitos lugares fechados, como casas noturnas, apresentam níveis de partículas suspensas de mais de 3 mil microgramas por metro cúbico.
Esse tipo de poluição é tão densa que você consegue enxergá-la e até tocá-la: é ela a responsável pela fuligem que encarde a cidade, deixando paredes, placas e superfícies meio cinzas. Saber que você vai viver menos por causa dela pode te ajudar a gostar mais das bicicletas - ou então, a planejar com mais dedicação aquela mudança pro interior.
Galileu.com

Distribuição da Mata Atlântica pode cair 65% até 2100

Caso se concretizem as projeções mais otimistas do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) e a temperatura nas áreas com remanescentes de Mata Atlântica aumentar até dois graus Celsius, a distribuição geográfica das árvores desta floresta poderá ter redução de 30% em 2100.
Se as estimativas mais pessimistas vingarem e o aquecimento atingir a casa dos quatro graus Celsius, tal redução poderá chegar a 65%.
O alerta foi feito por Carlos Joly, coordenador do Programa de Pesquisas em Caracterização, Conservação, Restauração e Uso Sustentável da Biodiversidade do estado de São Paulo (BIOTA-FAPESP) e pesquisador do Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas (IB/Unicamp), durante o sexto encontro do Ciclo de Conferências 2013 do BIOTA Educação, realizado no dia 22 de julho na FAPESP, em São Paulo.
Os números foram obtidos a partir de um levantamento que começou em herbários. “Identificamos pelo menos 30 pontos de ocorrência exata de árvores da Mata Atlântica e, com isso, fizemos um mapa de onde elas ocorrem hoje em determinadas condições de temperatura, precipitação, tipo de solo e altitude”, explicou Joly.
Considerando os 30 pontos iniciais, o passo seguinte foi usar um algoritmo para calcular em que outros lugares haveria potencial para a ocorrência das espécies, o que deu origem a um segundo mapa. De acordo com o pesquisador, “isso nos permitiu dizer que determinada espécie é capaz de ocorrer em certa localidade, sob certas condições anuais de temperatura e precipitação”.
Em seguida, as projeções do IPCC permitiram traçar o panorama de 2100, considerando cenários mais e menos otimistas.
“Estimamos que a porção nordeste dos remanescentes – onde a estimativa é que também haja redução significativa de chuvas – vá diminuir. E a distribuição geográfica das espécies ficará mais restrita a áreas como a Serra do Mar, onde a precipitação é garantida e o relevo impede que a temperatura suba demais”, afirmou Joly.
Outro tema abordado durante a conferência foi o monitoramento do carbono estocado na Floresta Atlântica paulista, em uma faixa equivalente a 14 campos de futebol entre Ubatuba e São Luiz do Paraitinga.
Desde 2005, pesquisas viabilizadas pelo BIOTA-FAPESP e pelo Programa FAPESP de Pesquisa sobre Mudanças Climáticas Globais (PFPMCG) investigam os remanescentes de Mata Atlântica na região, inclusive no que diz respeito às trocas gasosas entre as plantas e o meio ambiente.
O acompanhamento é feito por meio de cintas de aço colocadas nos troncos das árvores – a medição do diâmetro, a cada dois anos, aponta quanto carbono vem sendo fixado por elas. “Também monitoramos árvores que morrem e vão entrar em decomposição e plantas novas, que no último período verificado cresceram o bastante para entrar em nossa amostragem”, afirmou Joly. Uma torre de 60 metros de altura, equipada com um grande conjunto de sensores, também mede o fluxo de trocas gasosas, além de radiação, chuva, vento, entre outros fatores.
Os resultados obtidos até o momento apontam para a existência de grandes estoques de carbono, principalmente no solo das regiões mais altas, onde as temperaturas frias tornam o processo de decomposição mais lento e há acúmulo de serapilheira – camada fofa que se forma com folhas caídas no chão.
“Imaginamos que, em um processo de aquecimento, a serapilheira que se acumulou por milhares de anos vai se decompor mais depressa, fazendo com que a floresta libere mais gás carbônico do que pode assimilar. Ou seja, ela se tornaria uma fonte emissora e nós perderíamos o serviço ambiental de estocagem que hoje as espécies nos prestam”, explicou Joly.
Nos próximos anos, o monitoramento na Floresta Atlântica paulista será comparado a estudos na Floresta Amazônica e em florestas da Malásia, em parceria com pesquisadores britânicos. Já se sabe, por exemplo, que a Floresta Amazônica não acumula tanto carbono no solo como a Atlântica e, nas medições anuais, estabelece trocas com a atmosfera que resultam em um balanço próximo a zero.
Fauna e sensoriamento
André Victor Lucci Freitas, pesquisador do IB/Unicamp, também participou da conferência apresentando dados sobre origem, evolução e diversidade da fauna da Mata Atlântica. Ele apontou que a grande diversificação e o alto endemismo faunístico podem ser explicados por um conjunto de processos.
“A interação entre as tolerâncias ambientais dos diferentes grupos de animais, a heterogeneidade de habitats (florestas, restingas, campos) e os processos históricos (como variações climáticas no passado) explicam a grande diversidade encontrada ao longo de toda a extensão da Mata Atlântica”, disse Freitas.
O terceiro palestrante, Flávio Jorge Ponzoni, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), tratou sobre os bastidores do desenvolvimento de um atlas.
“O acompanhamento, agora anual, dos remanescentes da Mata Atlântica é feito a partir da interpretação de imagens de satélites. Fotografias aéreas resultariam em um detalhamento maior, mas essa ainda é uma técnica muito cara para a grande extensão que precisamos monitorar”, disse. Outro desafio é identificar desmatamentos menores causados pela expansão urbana.
De acordo com Ponzoni, o bioma cobre 7,9% de sua extensão original, se considerados os remanescentes acima de 100 hectares. Quando computados todos os polígonos com 100 hectares ou menos, o domínio é de 11% a 16%.
Exame.com

domingo, 25 de agosto de 2013

Cientistas tentam calcular com exatidão elevação do nível do mar

 
 
 
Trinta e cinco anos atrás, o cientista
 John H. Mercer deu um aviso. Então, já estava ficando claro que as emissões humanas aqueceriam a Terra, e Mercer começara a meditar profundamente a respeito das consequências.
Publicado na Nature , o estudo tinha como título "Lençol de gelo da Antártica Ocidental e efeito estufa: Uma ameaça de desastre". No texto, Mercer destacava a topografia incomum do lençol de gelo sobre a porção ocidental da Antártida. Boa parte dela fica abaixo do nível do mar, em uma espécie de tigela, e, segundo ele, o aquecimento climático poderia fazer tudo se degradar rapidamente, em uma escala de tempo geológica levando a um possível aumento no nível do mar de quase cinco metros.           
       
Embora agora esteja claro que nos encontramos nos primeiros estágios do que provavelmente é uma elevação substancial do nível do mar, ainda não sabemos se Mercer estava certo sobre a instabilidade perigosa que poderia levar aquele aumento a acontecer rapidamente, em tempo geológico. Talvez estejamos chegando perto de decifrar isso. Um novo estudo intrigante vem das mãos de Michael J. O'Leary, da Universidade Curtin, Austrália, e cinco colegas espalhados pelo mundo. O'Leary passou mais de uma década explorando a remota costa oeste da Austrália, considerada um dos melhores lugares do mundo para estudar os níveis do mar do passado.
Publicado em 28 de julho no periódico Nature Geoscience , o estudo se concentra em um período quente na história da Terra que precedeu a mais recente idade do gelo. Aquela época, às vezes chamada período interglacial eemiano (foi o período interglacial , que começou há cerca de 130.000 anos atrás e terminou cerca de 114 mil anos atrás.),  a temperatura planetária era parecida com os níveis que poderemos ver nas décadas futuras como resultado das emissões humanas, assim é considerada um possível indicador do que vai acontecer.             
          
Ao examinar praias fósseis elevadas e recifes de coral ao longo de quase dois mil quilômetros de costa, o grupo de O'Leary confirmou uma coisa que nós basicamente já sabíamos. No mundo quente do eemiano, o nível do mar se estabilizou durante milhares de anos entre três e três metros e meio acima do mar moderno.
           
A parte interessante é o que aconteceu depois disso. O grupo de O'Leary descobriu o que considera um indício convincente que perto do fim do eemiano , o nível do mar saltou mais cinco metros, para se estabilizar a cerca de nove metros acima do mar moderno, antes de começar a cair enquanto a era glacial se instalava.
Durante entrevista, O'Leary contou estar confiante de que o salto de cinco metros aconteceu em menos de mil anos, quanto tempo a menos, ele não tem certeza.             

A descoberta é uma espécie de desagravo para um dos membros da equipe, Paul J. Hearty, geólogo da Carolina do Norte. Ele vem defendendo há décadas que os registros nas rochas sugeriam um pulo do gênero, mas somente recentemente as técnicas de mensuração e modelagem chegaram ao nível de precisão necessária para definir o caso.
Ainda será preciso ver se os resultados suportam o exame crítico. Cientista especializada no nível do mar e não envolvida com o trabalho, Andrea Dutton, da Universidade da Flórida, afirmou que o estudo não citava informações detalhadas o suficiente sobre os locais para que ela tirasse uma conclusão geral. Contudo, se o trabalho se sustentar, as implicações são profundas. A única possível explicação para um salto tão rápido e grande no nível do mar é o colapso catastrófico do lençol de gelo polar, na Groenlândia ou na Antártica.
O'Leary não está preparado para apontar qual; essa descoberta é o próximo projeto do grupo. Porém, uma elevação de cinco metros em menos de mil anos, um instante geológico, deve significar que um ou os dois lençóis de gelo contém instabilidades profundas as quais podem ser desencadeadas por um clima mais quente.
Logicamente, tal cenário traz prognósticos ruins para os humanos.
Cientistas da Universidade de Stanford calcularam recentemente que as emissões humanas estão fazendo o clima mudar muitas vezes mais rápido do que em qualquer momento desde que os dinossauros morreram. Estamos pressionando tanto o clima que, se os lençóis de gelo tiverem um limite de algum tipo, temos uma boa chance de ultrapassá-lo.
Outro estudo recente, de Anders Levermann, do Instituto Potsdam para Pesquisa do Impacto no Clima, Alemanha, e meia dúzia de colegas, insinua que mesmo que as emissões parassem amanhã, nós provavelmente já garantimos vários metros de aumento do nível do mar no longo prazo.
Benjamin Strauss e colegas do Climate Central, grupo independente de cientistas e jornalistas de Princeton, que divulga pesquisas climatológicas, traduziram os resultados de Levermann em formato gráfico, mostrando a diferença que faríamos se fosse possível dar início a um programa agressivo de controle de emissões. Pelo que sugerem os cálculos, em 2100, seguindo nessa toada, iríamos ter um aumento do nível do mar de sete metros, mas reduções agressivas nas emissões poderiam limitar a elevação a dois metros.
Se você for o prefeito de Miami ou de uma cidade litorânea de Nova Jersey , você pode estar se perguntando em quanto tempo, exatamente, isso vai acontecer.
Nesse aspecto crucial, infelizmente, nossa ciência ainda é praticamente cega. Os cientistas sabem olhar as rochas e ver evidências incontestáveis de saltos no nível do mar, e podem associá-los a aumentos relativamente modestos na temperatura global. Porém, a natureza da prova é tal que fica difícil diferenciar entre algo que aconteceu em mil ou em cem anos.
Na escala de tempo humana, é claro, faz toda a diferença do mundo.
Se o mar for subir, por exemplo, nove metros ao longo de milhares de anos, o tempo é mais do que suficiente para nos ajustarmos, recuar das praias, reforçar as cidades maiores e desenvolver tecnologias que nos ajudem a lidar com isso.
Entretanto, se o nível do mar for capaz de subir vários metros por século, como o estudo de O'Leary parece sugerir e como muitos outros cientistas acreditam, então os bebês que estão nascendo agora poderiam viver para ver as primeiras etapas de uma calamidade global.
 
                                                                                                                                              
                                                                          
 

 

        

 

sábado, 24 de agosto de 2013

Frase


Alemanha apresenta prototipo de drone que pode salvar vidas

Um pequeno drone carregado com um desfibrilador capaz de chegar a lugares de difícil acesso e salvar vidas foi apresentado nesta sexta-feira na Alemanha, onde a cada ano 100 mil pessoas morrem por problemas cardíacos.
A organização Definetz, dedicada a fomentar o uso de desfibriladores e a explicar seu uso, apresentou o protótipo desenhado para aterrissar em lugares quase impraticáveis e em situações em que cada minuto conta.
O aparelho iniciaria o trajeto ao receber uma ligação de emergência e voaria de forma autônoma dirigido por um GPS até o paciente, mas poderia ser também ativado pelos serviços de emergência.
A Associação Alemã de Serviços de Emergência deu as boas-vindas ao projeto, mas, em declarações à imprensa pediu que não fossem dadas falsas esperanças até que seja constatada sua utilidade real.
O aparelho não salvará mais vidas do que as que poderiam ser salvas se fossem utilizadas medidas existentes, mas subaproveitadas, como a instalação de mais desfibriladores externos - dispositivos que permitem aplicar descargas elétricas para restabelecer o ritmo cardíaco normal - um bom registro deles e a educação das pessoas para utilizá-los.
O protótipo apresentado hoje, que ainda teria que resolver questões legais para voar, conta com oito rotores, mede um metro de comprimento e pesa 4,7 quilos já carregado com o desfibrilador, que pode ser solto com um pequeno paraquedas.
Com um custo de mais de 20 mil euros, a aeronave pode chegar a 70 km/h, mas seu raio de ação é limitado a 15 quilômetros.
Exame.com

Tesouros na Lua

Restos de espaçonaves, roupa, joia e até bolas de golfe estão entre os objetos mais cobiçados deixados em solo lunar. Trazê-los de volta pode render muito dinheiro, mas coloca em risco nosso conhecimento sobre o satélite.
 
Quando o astronauta Neil Armstrong tornou-se o primeiro homem a pisar na Lua, em 20 de julho de 1969, ele não apenas proporcionou um grande salto para a humanidade. Sua missão, a Apollo 11, também inaugurou o costume de abandonar objetos criados pelo homem no satélite. As diversas missões de exploração e observação levadas a cabo por Estados Unidos, Rússia, China, Japão e Índia, nas últimas décadas, foram deixando para trás módulos de naves, sondas, equipamentos e objetos de uso pessoal dos astronautas e formando uma espécie de sítio arqueológico espacial em solo lunar.
 
 
Alguns desses artefatos são extremamente importantes e úteis até hoje, como os refletores de raios lasers instalados pelas missões Apollo 11, 14 e 15, em 1969 e 1971. “Esses equipamentos refletem luz emitida da Terra e são usados para medir a distância entre o planeta e a Lua e em estudos sobre gravidade”, diz Arlin Crotts, professor de astronomia da Universidade de Columbia, nos EUA. Mas o lixo deixado no satélite também tem a sua importância. “Arqueólogos podem construir todo um quadro a respeito de uma civilização antiga com base nesses resíduos”, diz Jaymie Matthews, professor de astronomia da Universidade de British Columbia, no Canadá. Além disso, esses objetos podem ajudar a responder a algumas questões. Como os materiais aguentaram as condições na Lua? O que o acúmulo de terra neles pode nos dizer sobre o ambiente local a longo prazo? Essas perguntas foram feitas por Bill Barry, historiador-chefe da Nasa, em entrevista à ISTOÉ. “Os restos de espaçonaves e sondas antigas podem produzir conhecimento que nos ajudará a criar equipamentos espaciais que durem mais tempo”, afirma.
O receio desses cientistas é que, com a intensificação de viagens para a Lua, o satélite vire uma terra de ninguém. Com isso, experimentos como o dos refletores podem ser prejudicados, caso os equipamentos sejam manipulados ou mudados de lugar. E a intensificação temida pelos pesquisadores não está nada distante. A China planeja fazer um pouso não tripulado lá até o final deste ano e enviar astronautas até 2015. “Espero que os futuros exploradores tenham cuidado em preservar artefatos históricos, como o primeiro objeto feito pelo homem a pousar no satélite: a nave soviética Luna 2”, afirma Barry.
EFÊMERO
O astronauta Charles Duke deixou uma foto de sua família em solo lunar.
Cientistas suspeitam que a radiação cósmica tenha devorado a imagem
É preciso também cuidado na manipulação desses objetos caso sejam trazidos de volta à Terra para estudos. Em 1969, tripulantes da Apollo 12 coletaram equipamentos de dentro da sonda Surveyor 3, enviada à Lua dois anos antes. Ao chegar aqui, foi constatado que os artefatos estavam contaminados por bactérias do gênero Streptococcus. “Acredita-se que a contaminação tenha ocorrido no laboratório terrestre, onde foram analisados”, diz Arlin Crotts.  
Neste momento tramita no Congresso americano um projeto de autoria da deputada Donna Edwards que propõe que os locais de pouso das missões Apollo na Lua sejam transformados em Parques Históricos Nacionais sob jurisdição dos EUA. Mas a legalidade da ideia é colocada em xeque. “Tecnicamente o projeto é inconsistente com o Tratado do Espaço”, afirma Crotts. O acordo foi firmado em 1967 entre Estados Unidos, Reino Unido e União Soviética e já foi assinado por mais 102 nações. Ele estabelece que os corpos celestes são patrimônio da humanidade e não podem ser reivindicados por nenhum país. “Os EUA não podem estabelecer uma reserva na Lua unilateralmente, mas o país poderia liderar um esforço frente às Nações Unidas para estabelecer uma proteção”, diz Jaymie Matthews.
 
Além da importância científica e histórica, alguns objetos que repousam na Lua despertam curiosidade, como as duas bolas de golfe arremessadas pelo astronauta Alan Shepard, tripulante da Apollo 14. Segundo o que ele disse na volta à Terra, a primeira delas caiu a 40 metros dele, em uma cratera chamada Javelin. A segunda teria ido mais longe: 180 metros, graças à baixa gravidade e à ausência de ar, que poderia oferecer alguma resistência. Se encontradas e trazidas de volta à Terra, essas bolas valeriam milhões. O temor dos cientistas é que esse tipo de raciocínio tome conta dos próximos exploradores da Lua. A esta altura, uma corrida do ouro pode colocar em risco tudo o que tornou possível conhecer melhor o nosso satélite.
 

Perdidos no espaço

Com uma extensa lista de descobertas de planetas fora do Sistema Solar, o telescópio Kepler para de funcionar e inicia uma corrida científica para que a humanidade volte a ver longe.
 
O telescópio Kepler parou de funcionar com precisão depois da quebra
de duas das suas peças. A Nasa estuda outros usos para a espaçonave
Na semana passada, a humanidade ficou mais míope. Depois de várias tentativas, a Nasa desistiu de ressuscitar o telescópio Kepler, o mais avançado posto de observação cósmica desenvolvido pelo homem. Lançado em 2009, ele tinha como missão detectar planetas até então desconhecidos, orbitando estrelas semelhantes ao nosso Sol. Seu objetivo mais nobre era encontrar corpos celestes semelhantes à Terra: rochosos e localizados em uma “zona habitável”, a uma distância de sua estrela que permita a existência de água em estado líquido, elemento necessário para a formação da vida como a conhecemos. Parte da missão foi cumprida. O Kepler encontrou 136 novos planetas. Alguns gasosos, outros rochosos, mas nenhum “irmão gêmeo” da Terra.
 
 
EM TERRA
O Harps, do Observatório Europeu, descobriu planetas fora do
Sistema Solar medindo oscilações no movimento das estrelas
A espaçonave apresentou os primeiros sinais do seu fim em julho de 2012, quando um de seus giroscópios parou de funcionar. “Essas peças são como as rodas de uma bicicleta. Mantêm o telescópio na direção certa e estável”, diz Steve Howell, cientista principal do projeto. O Kepler precisa de três giroscópios para funcionar (o quarto servia como backup). Quando um segundo quebrou, em maio deste ano, sua aposentadoria foi praticamente decretada. Mas seu fim foi honroso, pois deixou muitos dados a serem analisados por vários anos. “O fim do Kepler é uma pena, mas agora sabemos onde procurar planetas mais parecidos com a Terra”, diz Eduardo Janot Pacheco, professor de astronomia da Universidade de São Paulo.
 
SUBSTITUTO
O telescópio Tess será lançado pela Nasa em 2017 e vai continuar a busca por
planetas fora do Sistema Solar, usando a mesma técnica desenvolvida para o Kepler
A busca por exoplanetas continua em projetos como o Harps, espectrógrafo do Observatório Europeu Austral em La Silla, Chile, que já encontrou mais de 150 deles. O Harps detecta oscilações no movimento nas estrelas, que podem indicar a influência de um planeta em sua órbita. Outros dois telescópios espaciais da Nasa prometem substituir o Kepler. Um é o Tess (Transiting Exoplanet Survey Satellite), que deve ficar pronto em 2017. O outro é o James Webb, que será lançado entre 2017 e 2018 e vai estudar a formação das galáxias. Eles sobem com a responsabilidade de dar sequência ao trabalho de um gigante da exploração espacial.
 
IstoÉ.com
 
 

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Frase


Cientistas americanos criam relógio mais preciso do mundo

Físicos americanos revelaram nesta quinta-feira a criação do relógio atômico experimental mais preciso do mundo, com variação inferior a um segundo em 13,8 bilhões de anos, a idade estimada do Universo.
O relógio funciona com átomos de itérbio e raios lazer, o que permite uma regularidade de pulsação dez vezes superior a registrada nos relógios atômicos atuais.
Em comparação a um relógio de quartzo, o novo dispositivo é 10 bilhões de vezes mais preciso.
O dispositivo tem importantes implicações potenciais, como na medida do tempo universal, na aferição dos GPS e sobre sensores de distintas forças, como gravidade, campos magnéticos e temperatura, explicou à AFP Andrew Ludlow, físico do Instituto Nacional de Normas e Tecnologia (NIST) e um dos principais autores do estudo, publicado na revista americana Science.
"Trata-se de um progresso importante na evolução dos relógios atômicos da próxima geração atualmente desenvolvidos no mundo", destacou Ludlow.
Como os demais, os relógios atômicos mantêm a medida do tempo baseando-se na duração do segundo, que corresponde a um fenômeno físico que se reproduz regularmente, mas enquanto os relógios mecânicos utilizam o movimento de um pêndulo, os atômicos se baseiam na frequência sempre constante da luz necessária para fazer vibrar um átomo de césio, a referência internacional atual.
Os últimos relógios atômicos se baseiam em 10.000 átomos de itérbio resfriados ligeiramente acima do zero absoluto (-273,15 graus Celsius). Estos átomos estão presos em tramas óticas formadas por raios lazer.
Outro lazer pulsa 518.000.000.000.000 vezes por segundo, criando uma transição entre os dois níveis de energia nos átomos que assegura uma vibração de uma regularidade inclusive maior que a de um átomo de césio e poderá conduzir a uma nova definição internacional do segundo e, por consequência, do tempo universal.