sábado, 30 de junho de 2012

Copenhague é escolhida Capital Verde Europeia 2014

A cidade dinamarquesa Copenhague foi escolhida nesta sexta-feira (29) pela Comissão Europeia como a Capital Verde Europeia 2014, em um ato realizado na cidade espanhola de Vitória, cidade que ostenta o titulo durante este ano.
O nome da sucessora de Nantes (França), cidade se tornará a capital ambiental da Europa em 2013, foi divulgado pelo comissário europeu do Meio Ambiente, Janez Potocnik, responsável por anunciar o veredicto do júri.
A capital dinamarquesa venceu o prêmio que disputava com cidades como Bristol (Inglaterra) e Frankfurt (Alemanha).
Copenhague tem 1,2 milhões de habitantes e em 2010 perdeu o prêmio na edição na qual Estocolmo foi a vencedora. Entre suas propostas ambientais está chegar em 2025 com emissões zero de CO2 à atmosfera.
Antes de ser divulgado o nome da nova "Capital Verde", López destacou que a cidade de Vitoria se transformou em uma "vitrine de sustentabilidade" para o País Basco e advertiu que neste momento de crise é preciso estabelecer que "toda política de crescimento deve ter o componente da sustentabilidade inserido em seu DNA".
Enquanto isso, Cañete falou que a cidade escolhida deve ser uma "embaixadora do sistema sustentável" e servir de inspiração a outras localidades europeias.
 A designação da nova Capital Verde Europeia encerrou um dia que começou com um ato de boas-vindas e seguiu com uma mesa-redonda com representantes de Estocolmo (Suécia) e Hamburgo (Alemanha), cidades que até agora desfrutaram, junto com Vitoria, do título de capitais verdes. Todas elas expuseram suas experiências e a vantagem competitiva que representa práticas de políticas que respeitem o meio ambiente.

Expectativa de vida no país sobe 25,4 anos entre 1960 e 2010, diz IBGE

Notícia BOA:
A expectativa de vida do brasileiro aumentou em 25,4 anos de 1960 a 2010, ao passar de uma média de 48 anos para 73,4 anos. A esperança de vida do Censo 2010 já havia sido divulgada em dezembro, mas a comparação da evolução em 50 anos foi feita nesta sexta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no anúncio de novos recortes de dados da pesquisa.
De acordo com o IBGE, o número médio de filhos por mulher caiu de 6,3 para 1,9 nesse mesmo período. A taxa está abaixo do nível de reposição da população, o que altera a pirâmide etária brasileira para uma estrutura mais envelhecida, como observada em países desenvolvidos. A participação de idosos na população saltou de 2,7% para 7,4%.
A diminuição nos níveis de fecundidade derrubou a parcela da população entre 0 e 14 anos de idade no total de brasileiros, que passou de 42,7% em 1960 para 24,1% em 2010. Com queda da mortalidade observada no período, a participação da população em idade ativa (15 a 64 anos) subiu de 54,6% para 68,5% do total.
O Censo de 2010 mostra ainda que a razão entre gêneros no País, que foi de 99,8 homens para cada 100 mulheres em 1960, chegou a 96 brasileiros do sexo masculino para cada 100 do sexo feminino em 2010.
Época.com

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Frase

Rio pode se tornar Patrimônio Cultural da Humanidade

O Rio de Janeiro poderá se tornar Patrimônio Cultural da Humanidade na madrugada deste sábado, 30, caso a candidatura da cidade seja aprovada na 36ª reunião do Comitê do Patrimônio Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), que ocorre em São Petersburgo, na Rússia. A decisão deverá ser conhecida por volta das 3h de amanhã.
O dossiê da candidatura foi entregue em setembro de 2009 ao organismo das Nações Unidas. Em janeiro do ano passado, o Centro do Patrimônio Mundial da Unesco decidiu pela inclusão da candidatura do Rio.
A relação harmoniosa entre a natureza e a intervenção humana é, segundo o Iphan, a âncora da candidatura do Rio. A candidatura listou os principais elementos naturais que tornam original e excepcional a paisagem carioca, como o Pão de Açúcar, Corcovado, a Floresta da Tijuca, Praia de Copacabana e a Baía de Guanabara.
O conceito de paisagem cultural foi adotado pela Unesco em 1992, como uma nova tipologia de reconhecimento de bens culturais, dentro da lista de patrimônios mundiais da organização, que já soma 911 itens. Até agora, os sítios reconhecidos como tal são áreas rurais, sistemas agrícolas tradicionais, jardins históricos e locais de cunho simbólico, religioso e afetivo.
O Brasil tem 18 bens culturais e naturais da lista da Unesco. Estão na lista os conjuntos arquitetônicos e urbanísticos de Ouro Preto (MG) e Brasília, os centros históricos de Olinda (PE), Salvador, Diamantina (MG), São Luís e Goiás (GO), as ruínas de São Miguel das Missões (RS) e o santuário de Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas (MG). Na relação de bens naturais constam os parques nacionais do Iguaçu (PR) Costa do Descobrimento (BA/ES), Serra da Capivara (PI), Jaú (AM), Pantanal (MT/MS), Veadeiros (GO) e Fernando de Noronha (PE).

48% dos brasileiros não se preocupam com o desperdício de água

Quase metade da população brasileira (48%) consome água sem a preocupação de desperdiçá-la, segundo aponta pesquisa feita pela WWF Internacional. O levantamento também indica que 45% dos brasileiros admitem não adotar nenhuma medida para reduzir o consumo do recurso, como fechar a torneira aos escovar os dentes ou tomar banhos rápidos.
Aliás, 30% demora mais do que 10 minutos de baixo do chuveiro.A pesquisa, encomendada pela ONG ao Ibope, revela alguns dados contraditórios à falta de racionamento: 80% dos brasileiros pensam que pode haver problemas com o fornecimento de água no futuro e 68% reconhecem que a principal causa para este problema será o desperdício. O levantamento ouviu 2.002 pessoas em 26 Estados em novembro do ano passado e ainda aponta que 67% das casas brasileiras enfrenta algum tipo de problema por falta de água, sendo que ela chega menos em 29% das residências do Nordeste.
A preocupação com o desperdício diminuiu em relação a 8 anos atrás, quando uma pesquisa semelhante foi divulgada pela WWF. Em 2006, só 37% afirmou consumir água sem preocupação com o desperdício e 18% admitiu demorar mais de dez minutos no banho – tempo que equivaleria ao gasto de 100 litros do recurso.
Outra constatação é a do estudo divulgado neste ano é que a agricultura usa 70% da água consumida no Brasil, apesar de 81% dos entrevistados pensar que os setores que mais consomem são a indústria e as residências.Segundo a WWF, o brasileiro é menos "gastão" do que o europeu: enquanto usamos 185 litros de água por dia, eles consumem 200 litros diariamente. Mas estamos muito à frente de regiões mais vulneráveis ao abastecimento do recurso, como a África Subsaariana (onde cada habitante consome menos de 50 litros por dia) e o próprio Nordeste (100 litros por habitante por dia).
Precisamos mudar este percentual!!!
National Geographic

Sábado vai durar um segundo a mais

Este fim de semana será o mais longo do ano, mas não adianta fazer muitos planos, pois ele terá apenas um segundo a mais que o normal. Neste sábado (30), o dia durará 23 horas, 59 minutos e 60 segundos, a fim de ajustar os relógios humanos ao período de rotação da Terra.
A adição, estabelecida pelo Serviço Internacional de Sistemas de Referência e Rotação da Terra (IERS), aumentará o período de tempo de 2012, que já é um ano bissexto.
Este ano excepcional foi criado para reajustar o calendário gregoriano - com 365 dias de 24 horas - à realidade da órbita terrestre em torno do Sol e da rotação da Terra sobre seu eixo, que dura 23 horas, 59 minutos e 59 segundos, e não 24 horas de fato. Estes segundos pendentes se acumulam e, a cada quatro anos, é adicionado um dia ao calendário, o 29 de fevereiro.
O segundo extra que será adicionado ao sábado, também chamado de "segundo bissexto", funciona de forma semelhante, mas não possui um período determinado. O IERS tem a função de observar a diferença entre o período de rotação da Terra e o Tempo Universal Coordenado (UTC), que é o tempo de nossos relógios. Assim, o órgão determina quando se deve inserir ou retirar um segundo do UTC.
Desde 1972, foram adicionados segundos em intervalos que vão de seis meses a sete anos. O mais recente foi acrescentado em 31 de dezembro de 2008. Sem estes ajustes, os nossos relógios andariam mais à frente e, depois de muitos anos, o Sol iria se por ao meio-dia.
Época.com

quinta-feira, 28 de junho de 2012

O que reciclar

Ilhados...

Falta de gelo no extremo Norte faz com que ursos fracassem na tentativa de buscar alimento.


No extremo Norte sem gelo, uma mãe ursa fracassa ao tentar caçar para alimentar seus filhotes. A cena em Cabo Fanshewe, em Svalbard é um vislumbre do que pode ser o futuro do Ártico.

Escadaria maia com maior texto hieróglifo do país é encontrada na Guatemala

Arqueólogos americanos e guatemaltecos anunciaram nesta quinta-feira (28) que encontraram uma escadaria maia que contém os escritos hieróglifos da civilização pré-colombiana mais longos encontrados até agora na Guatemala e que fazem referência ao 13 B'aktun (calendário maia de longa contagem).
A descoberta aconteceu em abril, no projeto arqueológico La Corona, no departamento de Petén, que faz fronteira com o México e o Belize, disse nesta quinta em entrevista coletiva o americano Marcelo Canuto.
Ele explicou que a escadaria, que contém retratos de reis e textos hieróglifos que seriam os mais longos, foi encontrada durante uma pesquisa realizada por estudantes das universidades Del Vale (Guatemala), Tulane e Texas (Estados Unidos).
Canuto, coordenador do projeto, disse que essa é uma das descobertas epigráficas mais significativas das últimas décadas na Guatemala, já que data do ano de 696 d.C..
O arqueólogo comentou que os últimos três blocos da escadaria fazem referência ao 13 B'aktun, que termina em 21 de dezembro. Canuto disse que La Corona, no município de San Andrés, foi um dos sítios arqueológicos "mais saqueados", e muitos painéis de hieróglifos foram vendidos nos EUA e na Áustria, entre outros países.
Segundo o especialista, o descobrimento da escadaria deixa claro mais uma vez que os antigos maias usavam seus calendários para promover mensagens positivas. Canuto, que também é diretor do Middle American Research Institute da Universidade de Tulane, explicou que o local foi encontrado em meados de 1990, mas foi apenas em 2005 que os arqueólogos começaram a trabalhar e, em 2008, foi estabelecido o projeto.
O arqueólogo Tomás Barrientos, da Universidade del Vale, apontou que os textos falam do final do 13 B'aktun, que erroneamente foi associada com o fim do mundo. "Este texto fala da história política de La Corona e não de profecias", esclareceu.
Segundo Barrientos, a data aparece em um dos painéis que se referem à visita do governante maia mais poderoso da época, Yuknoon Yich'aak K'ahk', de Calakmul, no ano 696 d.C. à La Corona. "Este foi um período de caos político na região maia, onde este rei teria sentido a necessidade de se referir ao grande ciclo do tempo que termina em 2012", disse, por sua vez, o arqueólogo David Stuart, da Universidade do Texas, que está há 15 anos estudando a região.
Canuto encerrou a entrevista com um anúncio: "estamos fazendo um mapa do local para entender a vida social, política e econômica da região".
IG Ciência

Atmosfera de mundo alienígena é estudada diretamente pela primeira vez

Cientistas conseguiram pela primeira vez estudar diretamente a atmosfera de um exoplaneta — como são chamados os mundos fora do Sistema Solar. A técnica inovadora põe fim a 15 anos de limitações no estudo de mundos alienígenas. Antes só era possível analisar os exoplanetas que passavam entre as estrelas e as lentes dos telescópios (saiba como os exoplanetas são detectados atualmente).
A nova estratégia consiste em captar diretamente o fraco brilho que o planeta emite. De quebra, os astrônomos agora podem medir a massa desses mundos sem precisar de técnicas complementares. O estudo será publicado nesta quinta-feira no periódico britânico Nature.
 A equipe do astrônomo Matteo Brogi, do Observatório de Leiden, na Holanda, usou o Very Large Telescope, um gigantesco telescópio instalado no Deserto do Atacama, no Chile, para observar o planeta Tau Boötis b. Esse exoplaneta foi um dos primeiros descobertos, em 1996. Trata-se de um gigante gasoso, tal como Júpiter, mas muito mais próximo de seu sol.
Embora sua estrela hospedeira seja facilmente visível a olho nu, o exoplaneta praticamente desaparece frente ao brilho do astro. Até agora, cientistas conseguiam detectar o Tau Boötis b apenas pelo sutil efeito gravitacional que ele exerce sobre a estrela-mãe.
Clima alienígena — Os astrofísicos conseguem estudar a atmosfera de planetas quando a luz da estrela-mãe a atravessa. Mas isso só é possível se o planeta passar entre as lentes dos telescópios e a estrela, o que ocorre com a minoria dos exoplanetas. Tau Boötis b faz parte da maioria dos casos: seu trânsito em volta da estrela não coincide com o plano de observação dos telescópios terrestres, e por isso sua atmosfera não podia ser estudada.
Contudo, depois de 15 anos tentando estudar o brilho sutil emitido por exoplanetas quentes (tipo de planeta parecido com Júpiter, porém mais próximo de seu sol), os astrônomos obtiveram sucesso ao combinar observações infravermelhas de alta qualidade com uma nova técnica que consegue separar o sinal fraco emitido pelo planeta da radiação muito mais forte emitida pela estrela hospedeira. "Apenas 0,01% da radiação observada é emitida pelo planeta. O resto vem da estrela", disse Brogi. "Não foi nada fácil separar uma coisa da outra."
Cálculo de peso — A maioria dos exoplanetas foi descoberta pelo efeito gravitacional que exercem sobre suas estrelas hospedeiras. Essa técnica tem limitações. Só permite, por exemplo, estimar a massa mínima do exoplaneta.
A nova técnica de analisar a radiação que vem diretamente do planeta permite aos astrônomos medir o ângulo da órbita do exoplaneta e consequentemente determinar sua massa de forma precisa. A equipe conseguiu determinar, pela primeira vez, que Tau Boötis b orbita sua estrela com um ângulo de 44 graus e tem massa igual a seis vezes a de Júpiter.
"A nova técnica significa que agora podemos estudar as atmosferas de exoplanetas que não transitam em frente as suas estrelas em relação aos telescópios terrestres e medir as suas massas de forma precisa", disse Ignas Snellen, co-autor do estudo.
Exame.com

Hubble capta evaporação da atmosfera de um planeta distante

O telescópio espacial Hubble captou a evaporação da atmosfera de um planeta distante, segundo informou nesta quinta-feira, 28, a Agência Espacial Europeia (ESA).
O planeta, situado a cerca de 60 anos luz de distância da Terra, recebeu um brilho tão intenso de sua estrela que perdeu pelo menos mil toneladas de gás por segundo.
Os cientistas, liderados por Alain Lecavelier des Etangs, do Instituto de Astrofísica de Paris, observaram a atmosfera do planeta HD 189733b, similar a Júpiter, que orbita ao redor da estrela HD 189733A, em dois momentos diferentes, no início de 2010 e no final de 2011.
Cerca de cinco milhões de quilômetros, uma distância 30 vezes menor do que da Terra ao Sol, separam o planeta de sua estrela.
É por isso que o exoplaneta (cuja estrela não é o sol) se aquece até superar os mil graus, embora esse calor não chegue a ser suficiente para provocar a evaporação de sua atmosfera.
"A primeira série de observações foi realmente decepcionante, pois não mostravam rastro algum da atmosfera do planeta. Só nos demos conta que tínhamos casualmente captado algo mais interessante durante a segunda sessão de observações", explicou Lecavelier.
Neste momento, a estrela do distante planeta apresentava uma radiação de raios X que quadruplicava sua luminosidade.
"Não só confirmamos que algumas atmosferas de planetas se evaporam, mas observamos como variaram as condições físicas da evaporação com a passagem do tempo. Ninguém tinha conseguido isso até então", ressaltou.
Os cientistas calculam que o exoplaneta recebeu uma radiação de raios X três milhões de vezes superior a que a Terra recebe do Sol.
"Foi o brilho de raios X da HD 189733A mais brilhante já observado até agora e parece muito possível que o impacto do calor sobre o planeta possa ter provocado a evaporação observada horas mais tarde através do Hubble", explicou Peter Wheatley, da Universidade britânica de Warwick.
Este estudo, cujas conclusões serão publicadas no próximo número da revista "Astronomy & Astrophysics", tem importância não só para a análise dos planetas similares a Júpiter. Os cientistas pensam que as "super-Terras" rochosas descobertas recentemente poderiam ser restos de planetas como HD 189733b depois da evaporação total de suas atmosferas.
Estadão.com

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Frase

Cinco toneladas de marfim são incineradas no Gabão

Cinco toneladas de marfim, presas em estado bruto e peças esculpidas por um valor de 10 milhões de euros foram incineradas nesta quarta-feira pelas autoridades do Gabão na presença do presidente do país, Ali Bongo Ondimba, que desejava mostrar, assim, sua vontade na luta contra a caça ilegal de elefantes.
Bongo acendeu a pira onde havia "4.825 quilos de marfim, 1.293 presas em estado bruto e 17.730 esculturas em marfim. Para obter estas quantidades cerca de 850 elefantes foram mortos", segundo o comunicado de imprensa da ONG World Wildlife Fund, que participava da operação.
valor da pira foi estimado pela agência nacional de parques nacionais (ANPN) em 7,5 milhões de euros no mercado negro asiático.
Embora as peças tenham cerca de dez anos, o marfim foi confiscado, sobretudo, nos últimos cinco anos, período durante o qual foi visto um aumento da caça ilegal e do tráfico de marfim, destacou Lee White, diretor da ANPN.
O presidente do Gabão considerou, por sua vez, que se trata de uma "mensagem enérgica" para a comunidade internacional e pediu para que seja feita "pressão sobre os países que continuam com o comércio" do marfim.
IG Ciência

Temperatura em Los Angeles vai aumentar ainda neste século

Um estudo liderado pelo especialista da Universidade da Califórnia-Los Angeles Alex Hall mostra que a mudança do clima irá levar temperaturas na região a subir uma média de 4 a 5 graus Farenheit em meados deste século, triplicando o número de dias extremamente quentes na área central da cidade, e quadriplicando o número em seus vales e colinas.
Divulgado esta semana, é o primeiro estudo a fornecer previsões específicas de mudança de clima para a área de Los Angeles, com previsões únicas por bairros. O mais sofisticado estudo de clima regional já feito, foi produzido pela UCLA com financiamento e apoio da prefeitura da cidade.
“As alterações em nossa região são significativas, e teremos de nos adaptar,” disse Hall, professor do departamento de estudos atmosféricos e oceânicos da universidade, e também autor dos relatórios do Painel Intergovernamental Sobre a Mudança do Clima (IPCC) da ONU. “Cada estação do ano em todas as partes da região será mais quente,” afirmou ele. “Este estudo estabelece uma fundação para que a área confronte a mudança do clima. Agora temos números reais, e podemos falar sobre adaptação.”
Além da prefeitura, uma coalizão sem precedentes e universidades, empresas, ONGs e outras agências tornou o estudo possível. O prefeito Antonio Villaraigosa e a cidade de Los Angeles contribuíram com U$ 613.000 de uma bolsa do Departamento de Energia americano. Embora os cientistas soubessem que haveria aquecimento, esta é primeira vez que elaboradores de políticas na região têm informações precisas sobre as quais basear seus planos.
“O modelo da UCLA mostra mudanças do clima a nível de bairros, permitindo que apliquemos o rigor da ciência ao planejamento de longo prazo da cidade e da região,” disse Villaraigosa. “Com bons dados levando a boas políticas, podemos criar soluções inovadoras que irão preservar nosso ambiente e melhorar a qualidade de vida para a próxima geração de habitantes.”
O estudo examinou os anos de 2041a 2060 para prever a mudança de temperatura média em meados do século. Os dados cobrem todo o condado de Los Angeles e de 45 a 90 quilômetros além, incluindo todo o condado de Orange e partes de Ventura, San Bernardino e Riversidade. O estudo fez grades de quadrados de cerca de 2 quilômetros e forneceu previsões únicas de temperatura para cada um deles. Os modelos globais do clima geralmente usam grades de 90 a 200 quilômetros.
O corte das emissões de gases estufa poderia reduzir o impacto sobre Los Angeles, disse Hall. Mas mesmo que o mundo tenha sucesso nesta meta que hoje parece irrealista, a grande Los Angeles ainda teria um aquecimento de 70% dos níveis atualmente previstos, segundo o estudo. “Eu acho que para muitas pessoas, a mudança do clima ainda parece uma alteração futura nebulosa e abstrata, e isto a torna mais real. O estudo nos abre os olhos, e tenho esperanças de que podemos confrontar a mudança do clima e nos adaptarmos a ela”, afirmou, de acordo com o Science Daily.
National Geographic

10 inovações "verdes" das Olimpíadas de Londres

Aeroporto com carrinhos elétricos


O principal aeroporto da cidade, o Heathrow Iternational – que deve receber pelo menos 80% de todos os atletas, dirigentes e espectadores das Olimpíadas -, inaugurou um sistema de carrinhos elétricos, que dispensam motorista, usados para levar os passageiros do aeroporto aos bolsões de estacionamento e vice-versa. Cada veículo, que comporta até quatro pessoas, trafega sobre uma pista exclusiva a uma velocidade de até 40 km/h e tem emissão reduzida de poluentes.
Ao passageiro, cabe o simples trabalho de acionar em uma tela o destino desejado. O tempo da viagem entre o terminal e o estacionamento é de cerca de quatro minutos. Os “Ultra”, como são chamados, fazem parte do programa “Sistema de trânsito pessoal rápido” (PRT, na sigla em inglês) e substituíram alguns dos ônibus a diesel usados para transporte de passageiros no aeroporto. Além do ganho ambiental óbvio, o sistema ajuda a evitar lotações e diminuir o tempo de espera. Uma solução prática, eficiente e sustentável.

Arenas recicláveis


Depois de um grandioso espetáculo cheio de pirotecnia em 2008, Pequim ainda não encontrou finalidades para alguns de seus estádios. Para não cometer o mesmo erro, Londres evitou as sedutoras megaconstruções olímpicas que, além de pressionar o orçamento, se tornam muitas vezes um problemão após as competições. Exemplo disso é a arena que abrigará os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de basquete. Erguida dentro dos padrões da construções sustentáveis - que balizaram todo o projeto inglês - a arena é totalmente reciclável. Ao final dos jogos, toda sua estrutura - dos bancos às quadras, passando pelo esqueleto de mil toneladas de aço e a cobertura inflável de PVC branca - poderá ser desmontada e reutilizada em outras instalações esportivas pelo país. A arena que vai sediar a modalidade pólo aquático também segue a mesma premissa de temporalidade. Erguida a partir de materiais de plástico reciclado, ela será desmontada ao término dos jogos.

Lixeiras high tech para transmitir notícias


Em fevereiro, Londres instalou um moderno e inovador sistema de coleta seletiva: lixeiras inteligentes equipadas com duas telas LCD uma em cada lado, que são sensíveis ao toque e transmitem notícias em tempo real. Diariamente, das 6h às 23h59, os aparelhos de coleta seletiva reproduzem informações do mercado financeiro, meio ambiente, de cultura e arte, generalidades e previsões do tempo. Há planos, inclusive, de garantir conectividade Wi-Fi na temporada dos jogos olímpicos. A ideia por trás da atratividade do aparelho é uma só: chamar atenção da população para aumentar a taxa de reciclagem da cidade.

Recompensa para quem andar de bicicleta ou a pé

 

Imagine ser recompensado monetariamente por deixar o carro em casa e ir a pé ou de bicicleta para o trabalho? Com a aproximação dos jogos olímpicos, essa é a tática que a prefeitura de Londres pretende adotar para estimular a mobilidade sustentável, reduzir a poluição e os níveis de congestionamento. Por trás do bônus verde está a empresa Recyclebank que, em parceria com a companhia de transporte municipal Transport for London (TfL), criou um aplicativo para smartphone capaz de mensurar e pontuar os deslocamentos por meios alternativos de cada pessoa. Quando um usuário digita o destino de sua viagem, o app re.route sugere rotas para percorrer a pé ou de bike. Quem segue uma das vias alternativas ganha cinco pontos de recompensa, que são então convertidos em prêmios resgatáveis na forma de descontos em lojas e cinemas conveniados. Disponível apenas para iPhone, o aplicativo começou a valer em maio e no futuro há planos de gerar uma versão para Android.

Árvore solar


Postes com formas orgânicas abastecidos por energia renovável vão iluminar a cidade até setembro para homenagear os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de Londres. Idealizados pelo designer Ross Lovegrove, famoso por misturar ciência, tecnologia e natureza em seus projetos, os postes em formato de árvores brotaram em Londres em maio por ocasião da Clerkenwell Design Week, uma feira com o que há de mais visionário no setor. Com folhas equipadas com células fotovoltaicas que transformam a luz do sol em eletricidade, o poste tem galhos de LED que acendem automaticamente quando escurece.

Frota de táxi ecológicos


A frota de táxis londrinos passou por uma repaginada verde. No início de fevereiro, começaram a circular pela ruas da cidade os primeiros modelos do Fluence Z.E, o sedã da Renault totalmente movido a eletricidade. Disponibilizados pela firma britânica de transporte sustentável Car Climate, o veículo é alimentado por baterias de lítio que proporcionam uma autonomia de 160 quilômetros sem emitir um grama sequer de CO2. Os carros podem ser encontrados no centro da cidade, região com maior concentração de estações de recarga elétrica. A tarifa é igual à cobrada pelos táxis tradicionais. Parte dos icônicos Black Cabs londrinos também ganharam por uma repaginada verde, passando a rodar com células a hidrogênio no lugar de diesel, fonte significativa de poluição.

Ônibus de dois andares ganha versão ecológica



Um dos principais símbolos de Londres ganhou ares mais modernos e ficou mais ecológico. O tradicional ônibus vermelho de dois andares foi adaptado para receber de forma mais adequada as pessoas com dificuldade de mobilidade e também gerar menos poluição. Os novos modelos, que começaram a circular em fevereiro, são equipados com uma tecnologia híbrida, que usa eletricidade e diesel “verde”, que emite metade dos gases poluentes de uma versão convencional, e tem o dobro da eficiência no aproveitamento de combustível.

Embalagens biodegradáveis


Um evento das dimensões das Olimpíadas precisa ter um senhor esquema de coleta de lixo - que não será pouco. Além dos coletores de recicláveis, Londres aposta em embalagens biodegradáveis, principalmente as usadas na alimentação. Por isso, toda comida ou bebida vendida dentro do parque olímpico e nas arenas dos jogos deverão ser feitas de material compostável. Os organizadores estimam que 40% de todo o resíduo gerado nas instalações olímpicas virá da alimentação.

"Cola mágica" contra poluição


As ruas de Londres recebem, desde o começo do ano, uma solução química capaz de atrair partículas de poeira fina do ar e prendê-las ao asfalto. Um veículo especial asperge uma solução de acetato de magnésio de cálcio, que tem o curioso efeito de atrair partículas de poeira fina em suspensão e prendê-las ao asfalto. Uma vez capturada, a poeira é recolhida pelo movimento contínuo dos pneus de carros ou lavada pela chuva. Segundo o excêntrico prefeito Boris Johnson, dá para reduzir em até 10% a concentração de partículas de poeira no ar, melhorando a condição da atmosfera.

Megaprojeto de descontaminação


Um dos carros-chefes do projeto das Olimpíadas verdes de Londres foi a revitalização de uma antiga zona industrial no distrito de Stratford para a construção do Parque Olímpico. A maior operação de descontaminação já feita no Reino Unido precisou de quatro anos de trabalho intenso e mais de 230 milhões de reais investidos para livrar de componentes tóxicos 2 milhões de toneladas de solo contaminado. O complexo de 2,5 quilômetros quadrados hoje conta com uma cobertura vegetal frondosa de 4 mil ávores e 300 mil plantas aquáticas.
Exame.com

terça-feira, 26 de junho de 2012

Frase

Corte de apelações nos EUA confirma limites de gases estufa

Um tribunal federal de apelações dos Estados Unidos ratificou nesta terça-feira (26) o direito da agência reguladora do meio ambiente americana de reduzir as emissões nocivas de dióxido de carbono (CO2), responsáveis pelo aquecimento global, reportou um documento judicial.
O tribunal rejeitou uma série de demandas que tinham sido apresentadas contra a Agência de Proteção Ambiental (na sigla em inglês, EPA) pela Coalizão por uma Regulação Responsável, que reúne interesses das indústrias de carvão, petróleo e aço.
Os opositores republicanos ao presidente Barack Obama questionaram duramente os esforços do governo para impor novas regulamentações para o controle das emissões de efeito estufa, alegando que isto freia a atividade empresarial, afetando a recuperação econômica.
No entanto, o tribunal de apelações rejeitou todos os argumentos dos demandantes, que diziam que a EPA carecia de rigor científico ao dizer que o CO2 põe em risco a saúde e o bem-estar da população.
O painel de três juízes confirmou, ainda, a primeira série de normas do governo Obama relativas a veículos não-contaminantes e à economia de combustível, abrindo o caminho para que a EPA avance em normas para reduzir a contaminação de veículos novos e duplicar a eficiência do combustível até 2025.
Os denunciantes ainda podem apresentar uma apelação à Suprema Corte dos Estados Unidos, máxima instância judicial do país.
Grupos ambientalistas saudaram a decisão unânime da Corte de Apelações dos Estados Unidos para o Distrito de Columbia como uma vitória para a ciência.
"O tribunal confirmou a determinação cuidadosa da agência, baseada em uma montanha de evidências científicas, de que o dióxido de carbono e outros gases contaminantes ameaçam nossa saúde e nosso planeta", disse David Doniger, da organização Natural Resources Defense Council (NRDC).
O Supremo Tribunal determinou em 2007 que as emissões de CO2 são contaminantes conforme a Lei Federal de Ar Limpo (Clean Air Act), permitindo à EPA regulá-los.
Em outubro de 2009, a EPA decidiu utilizar seus novos poderes regulamentares para reduzir as emissões de gases de efeito estufa produzidas pelas grandes instalações industriais nos Estados Unidos.
Assim, publicou diretrizes para ajudar as indústrias a cumprir a redução de emissões de gases de efeito estufa no âmbito de medidas nacionais para deter o aquecimento global.
IG Ciência

Singapura quer virar a capital "tecnobotânica" mundial

Ser um dos lugares mais bem planejados, seguros, limpos e funcionais do planeta já não é suficiente para Singapura. A cidade-estado no Sudeste Asiático agora quer ser conhecida também como a capital botânica mundial. Para alcançar essa fama, Singapura inaugura na próxima quinta-feira (29) um mega jardim vertical que une natureza, arte e tecnologia.
Chamado de Gardens By The Bay, o novo centro de eco-turismo será divido em sessões com fauna e flora de países distintos, lagos e uma atração de tirar o fôlego – um conjunto de superarvóres artificiais de até 50 metros de altura que funcionam como jardim vertical abrigando plantas de todos os cantos do planeta.
Espalhadas pelo parque, as 12 árvores possuem dutos de ventilação de ar para estufas próximas, sistema de aproveitamento da água das chuvas e placas fotovoltaicas. A energia solar gerada garante a iluminação das árvores à noite – o que por si só já é um espetáculo à parte –, além do transporte de água para irrigação das mudas.
Os visitantes poderão percorrer toda essa paisagem na altura da copa das estruturas, que estão conectadas por passarelas. Idealizado pelo escritório de paisagismo Grant Associates, o projeto de 350 milhões de dólares já está sendo chamado de “o orgulho de Singapura".
Exame.com

Cientistas descobrem novo mineral em meteorito

Em 1969 uma bola de fogo explodiu no céu do México e espalhou milhares de pedaços de meteorito no estado de Chihuahua. Mais de 40 anos depois, o meteorito Allende ainda é uma rica fonte de informação sobre o início da evolução do Sistema Solar. Recentemente, cientistas do Instituto de Tecnologia California (Caltech) descobriram nele um novo mineral que acredita-se estar entre os mais antigos formados no Sistema Solar.
Apelidado de panguite, o novo óxido de titânio recebeu seu nome em homenagem a Pan Gu, o gigante da mitologia chinesa que, segundo reza a tradição, separou o Yin do Yang para criar a Terra e o céu. O mineral e seu nome já foram aprovados pela Comissão de Novos Minerais, Nomenclatura e Classificação da Associação Internacional de Mineralogia. Um artigo sobre a descoberta e as propriedades do novo mineral será publicado na edição de julho do periódico American Mineralogist.
"Trata-se de uma descoberta animadora porque não é apenas um novo mineral, mas um material desconhecido até aqui para a ciência", diz Chi Ma, autor do estudo.
O meteorito Allende é o maior condrito, classe de meteoritos primitivos descobertos considerados por muitos os mais bem estudados na história. Como resultado de uma pesquisa de meteoritos primitivos que Ma vem conduzindo desde 2007, nove novos minerais, foram descobertos.
"Os estudos no meteorito têm uma enorme influência no pensamento sobre os processos e a química do primitivo Sistema Solar", diz o coautor do estudo,George Rossman.
De acordo com os autores, os estudos sobre os novos minerais são um esforço para aprender mais sobre as condições em que foram formados. "Essas investigações são essenciais para compreender as origens do Sistema Solar", diz.
Estadão.com

Novos geoglifos descobertos na Amazônia

Pesquisadores descobriram mais 20 geoglifos durante sobrevoo nas margens da BR-317, entre os estados do Acre e Amazonas, o que eleva para mais de 300 a ocorrência dessas formas geométricas no solo da Amazônia Ocidental, localizadas principalmente nas bordas de planaltos nos vales dos afluentes a sudeste do Rio Purus.
Os geoglifos são estruturas arqueológicas com desenhos geométricos de vários formatos (linhas, quadrados, círculos, animais e até formas humanas), existentes em diversas partes do mundo. No Acre, só se tornaram visíveis após a derrubada da floresta. Segundo os estudiosos, os “desenhos” descobertos na Amazônia Ocidental são obras de povos antigos e desconhecidos.
Alguns geoglifos têm idade presumida de até dez mil anos e chegam a medir centenas de metros de diâmetro. No Acre, começaram a ser descobertos em pesquisas arqueológicas no final dos anos 1970.
A descoberta, registrada na semana passada, aconteceu 10 dias antes da realização de um simpósio internacional de arqueologia que comemora os 35 Anos de descobertas dos geoglifos, a ser realizado de 27 a 30 de junho no Centro Cultural do Tribunal de Justiça, em Rio Branco (AC).
O seminário reúne pesquisadores do Brasil, Finlândia, Espanha, Inglaterra, Escócia e EUA. Eles vão expor estudos da presença humana de 2 mil anos na região, além de aspectos científicos, culturais, legais, com enfoque na preservação do patrimônio histórico do legado, e turísticos, com vistas à sustentabilidade das ocorrências arqueológicas.
Na semana passada, uma decisão liminar da Justiça Federal do Acre determinou que o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) realize, no prazo de seis meses, o tombamento dos geoglifos.
Datações radiocarbônicas sugerem que a ocupação dos geoglifos ocorreu entre 2 mil e 700 anos e que "a construção desses aterros geométricos pode ter sido um fenômeno regional compartilhado, especialmente entre os povos Arawak e os Tacana, por eles usados para reuniões, atividades religiosas e, em alguns casos, como locais de moradia".
GEOGLIFOSOs geoglifos são grandes figuras feitas no chão. Tipicamente são formadas por fragmentos da paisagem, como rochas e pequenas pedras. Existem dois tipos de geoglifo. O primeiro é o positivo, formado pelo arranjo e alinhamento de materiais ao longo do solo. O segundo é do tipo negativo, formado pela remoção de sedimentos superficiais de modo a expor o solo, criando um relevo negativo. Os geoglifos podem ser mais bem visualizados do alto e muitos não podem ser contemplados completamente do solo. Os geoglifos mais famosos compõem a linha de Nazca, no Peru.
Geoglifo "Aranha", parte das Linhas de Nazca. Os geoglifos mais famosos estão no Deserto de Nazca, no Sul do Peru.

 

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Frase

Pesquisadores movimentam modelos de moais na Ilha de Páscoa


Os mistérios das antigas civilizações surpreendem arqueólogos e historiadores até hoje. Nessa busca incessante por respostas os arqueólogos Terry Hunt e Carl Lipo, parecem ter desvendado um dos mistérios da Ilha de Páscoa. Estudando como os habitantes pré-históricos da ilha transportavam os moais de um lugar para o outro, eles elaboraram a teoria de que as gigantescas estátuas 'andavam' para se movimentar.
18 pessoas resolveram o dilema. Três grupos trabalharam em conjunto para puxar alternadamente um modelo que imita os moais. Eles empurravam para frente e para trás, e assim conseguiram que ela se movimente. Cada uma tem 3 metros de altura e pesa mais de 5 toneladas.

Mas a dúvida é: será que esse experimento é possível com todos os moais? Cinco Toneladas é um peso considerável, mas a maior parte das estátuas da ilha pesam três vezes ou mais.
Galileu.com
Abaixo o vídeo com o experimento:

Scientists Make Easter Island Statue Walk

Planeta como a Terra será encontrado antes de 2022, afirmam astrofísicos

Os astrofísicos não descartam a possibilidade de encontrar um pequeno planeta similar à Terra em menos de 10 anos, declarou nesta segunda-feira (25) Ignaci Ribas, um dos organizadores do "Cool Stars 17", a reunião internacional sobre estrelas frias que ocorre em Barcelona.
Ribas explicou que os especialistas já identificaram mais de 800 planetas ao redor das estrelas frias e que falta muito pouco para encontrarem um que seja muito parecido ao nosso.
Segundo o especialista, apesar de saberem onde esse planeta se encontra, a atual tecnologia ainda não é eficaz para este tipo de experiência. No entanto, se este planeta fosse habitado por seres inteligentes, Ribas destacou que seria possível conversar com eles através de sinais de rádio, embora essa troca de mensagens poderia demorar mais de 100 anos.
Ribas destacou que os planetas se concentram ao redor das estrelas frias, que representam 80% das que se vêem e há no universo, entre elas o Sol. Esses astros são chamados de "frios" porque sua temperatura está abaixo dos 6 mil graus.
Em nossa galáxia há cerca de 200 mil estrelas frias, e as estrelas quentes, que representam 20%, possuem uma temperatura que oscila entre 20 mil e 50 mil graus.
Durante o encontro realizado em Barcelona, os especialistas constataram que as estrelas frias podem ser 10% maior do que se pensava, um dado que possui muita importância na hora de buscar modelos de estudo.
Os especialistas envolvidos no "Cool Stars 17" também destacaram a chamada "música das estrelas", ou seja, as vibrações que esses corpos celestes possuem e que, de acordo com os astrofísicos, aparecem como uma série de frequências, algo similar as notas musicais.
Segundo Ribas, que é astrofísico do Instituto de Ciências do Espaço do CSIC-IEEC, o tom emitido pelas estrelas frias permite a identificação de seu tamanho, sua composição e até sua evolução.
Neste encontro em Barcelona também foram apresentados alguns resultados da missão Kepler (da Nasa), que possui o objetivo de detectar planetas extra-solares através destas frequências com uma técnica similar à sismografia, mas adaptada ao espaço.
IG Ciência

Estudante cria forma de tomar banho sem água

Ludwick Marishane, estudante da University of Cape Town, na África do Sul, desenvolveu um gel de banho que não exige água e sabão. Para divulgar o produto, ele também criou a empresa Headboy Industries.
A ideia de Marishane, de 22 anos, surgiu em resposta ao mau cheiro de um colega de classe. Porém, a ideia é útil principalmente para lugares onde não há água adequada ou suficiente para o banho, por exemplo.
O DryBath promete matar todas as bactérias, hidratar a pele e deixar um cheiro de banho tomado. Basta esfregar o gel sobre o corpo.
Marishane acredita que seus principais clientes não estarão apenas em lugares onde não há água potável. A empresa diz que vai vender o gel para passageiros que farão voos de longa duração, para hotéis e locais onde haja guerras ou situações de conflitos.
A criação de Marishane, extremamente parecida com o álcool gel, pode ajudar a reduzir doenças em áreas rurais causadas por falta de água e higiene. A composição do DryBath mistura biocidas, bioflavonoides e hidratante.
Com o DryBath, Marishane ganhou o prêmio máximo do Global Student Entrepreneur Awards, durante a competição de 2011. Agora, além de uma empresa, ele já detém a patente e marca registrada do Drybath.
Uma unidade do gel será vendida por US$ 0,50 para comunidades rurais e por US$ 1,50 para empresas. Segundo a Headboy Industries, essa quantidade é suficiente para limpar todo o corpo e matar 99,9% dos germes.
Exame.com

Aumento do nível do mar ameaça o litoral do Atlântico nos EUA

O nível do mar em uma faixa costeira atlântica nos Estados Unidos, incluindo as cidades de Nova York e Boston, aumenta até quatro vezes mais rapidamente do que a média mundial, segundo um estudo pubicado pela revista Nature Climate Change.
Este fenômeno, vinculado à mudança climática, aumenta o risco de inundações de uma das zonas costeiras mais densamente povoadas e ameaça a biodiversidade das zonas úmidas, segundo o estudo do centro americano de vigilância geológica USGS.
Estas conclusões aparecem quando especialistas do Conselho Nacional de Pesquisa americano afirmaram na sexta-feira que a elevação do nível do mar devido ao aquecimento climático pode ser duas ou três vezes mais importante que o previsto durante este século.
Desde 1990, ao longo de uma faixa de mil quilômetros da extensão da faixa atlântica dos Estados Unidos examinada pela Nature Climate Change, o nível do mar aumentou de 2 a 3,7 milímetros por ano. Em nível mundial, o aumento é entre 0,6 e 1 milímetro.
Se o aquecimento continuar, o nível do mar nesta parte da costa atlântica poderá aumentar, até 2100, 30 cm, mais que o aumento de 1 m em média em nível mundial calculado pelas projeções científicas.
Em outro estudo publicado pela Nature Climate Change, investigadores europeus vão mais além de 2100: segundo seus cálculos, uma alta das temperaturas de dois graus provocará uma alta de 2,7 m em 2300 em relação ao nível do mar. Limitar o aquecimento a +1,5 graus limitariam esta elevação do nível dos oceanos a 1,5 metros.
O objetivo atual da comunidade internacional é limitar o aquecimento a menos de dois graus em relação à época pré-industrial.
Exame.com

domingo, 24 de junho de 2012

Frase

Google cria seu primeiro mapa cultural com tribo brasileira

O Google revelou na Rio+20 ter criado seu primeiro mapa cultural para o Google Earth. Resultado de um projeto de 5 anos com a tribo Suruí, o mapa consiste de uma coleção de fotos, vídeos e visualizações em 3D que mapeiam a história cultural e a biodiversidade do território suruí, de 600.000 hectares. O mapa é parte de um projeto maior com os índios para documentar e preservar suas florestas e cultura.
“Nós realmente acreditamos que isto seja uma iniciativa pioneira para o Google,” disse Rebecca Moore, gerente de engenharia do Google Earth Engine and Earth Outreach. “O povo suruí e o Google trabalharam juntos para levar a história da floresta para a comunidade global.”
O chefe suruí Almir abordou o Google com a ideia do mapa em uma visita aos EUA em 2007. Desde então, sua tribo vem sendo treinada a usar tecnologia de mapeamento com imagens de plantas e animais de suas terras, assim como de seus locais históricos.
O Google deu aos 1.300 membros da tribo smartphones Android para mapear as florestas e denunciar a exploração ilegal de madeira em seu território. As pessoas estão usando o Open Data Kit do Android para monitorar as fronteiras e a biodiversidade da floresta, e com todos os dados conseguiram estabelecer o primeiro projeto de carbono internacionalmente validado da Amazônia.
Quando a tribo teve seu primeiro encontro com o mundo exterior em 1969, a floresta em torno de seu território era exuberante e densa, mas hoje, como se pode ver no Google Earth, o território suruí se sobressai como uma ilha verde escura em um mar de operações de exploração de madeira. O projeto do Google Outreach irá documentar o plantio de 7.000 hectares de florestas perdidas pela exploração ilegal.
O Google fez o curta Trocando Arcos e Flechas por Laptops: Carbono e Cultura, para contar como foi a história do projeto.
Como o filme sublinha, a tribo suruí percebeu que a tecnologia era uma arma muito mais poderosa para defender a si mesma contra o desflorestamento ilegal do que com a defesa física de suas fronteiras com arcos e flechas. Não apenas smartphones permitiram que eles relatassem imediatamente o desmatamento ilegal e mantivessem um registro atual da saúde de suas florestas – o mapa cultural também permite que eles divulguem a consciência da cultura e biodiversidade de sua terra e a exploração de madeira que os ameaça.
“Toda a informação está chamando atenção para a invasão de nossa terra e dando a nosso povo a responsabilidade pelo seu futuro,” disse o chefe Almir.
Dizem que apenas podemos proteger o que sabemos que existe, e assim o uso da tecnologia para levar estes mapas culturais para gente em todo o mundo dá uma chance de luta a tribos como os suruís e à vida selvagem da Amazônia. O Google tem planos de armar outras tribos com estas ferramentas de mapeamento cultural em breve.
“Levou cinco anos para fazermos este primeiro mapa com os suruís, e agora sentimos que a metodologia pode funcionar com outras tribos,” disse Moore, de acordo com o Tree Hugger.
National Geographic

O que Marte pode revelar

Na madrugada de 6 de agosto próximo (horário de Brasília), o jipe Curiosity, parte da missão Mars Science Laboratory, deverá iniciar seus deslocamentos exploratórios na superfície de Marte, o planeta mais próximo da Terra e o mais semelhante, ainda que haja profundas diferenças entre esses dois mundos.
A missão, lançada em fins de novembro passado, está prevista para durar dois anos terrestres, ou quase um ano marciano (687 dias da Terra), para buscar vida no passado ou presente, em Marte.
Missões anteriores e observações feitas por orbitadores (orbiters) sugerem que Marte teve abundantes estoques de água no passado (ambiente propício à vida como conhecemos) e ainda pode abrigar remanescentes hídricos infiltrados no solo.
A missão marciana mais sofisticada em busca de vida, as gêmeas Viking, dos anos 70, deixaram dúvidas que ainda hoje dividem cientistas na área da exobiologia, o estudo da vida fora da Terra.
Pesquisas realizadas a bordo das Viking deveriam confirmar ou negar a presença de microrganismos na superfície marciana durante castigada pela radiação ultravioleta do Sol, em função da atmosfera rarefeita do planeta.
Esses resultados, no entanto, longe de esclarecer as dúvidas fizeram com que elas fossem ampliadas porque os resultados obtidos permitem as duas interpretações.
O Curiosity tem padrões inéditos em termos de exploração planetária.
O  jipe-robo pesa 900 kg (na Terra) e exibe 3,4 m de comprimento, 2,9 m de largura e outros 2,3 de altura, o que significa que supera o porte de boa parte dos veículos convencionalmente utilizados no trânsito intenso das metrópoles do planeta.
O porte do veículo robô fez com que a missão que o transporta tenha sido a maior até agora lançado na superfície de outro planeta do Sistema Solar.
O Curiosity leva a bordo equipamentos como um cromatógrafo de gás/espectrômetro de massa capaz de detectar compostos orgânicos (à base de carbono, o elemento em que se baseia a vida como a conhecemos) tanto de origem biológica quanto não biológica.
Uma das vantagens do Curiosity em relação às Vikings é que, ao contrário das gêmeas do passado, ele é móvel e deverá explorar todo o terreno em torno de seu local de pouso.
Levando em conta o objetivo da missão e o fato do Curiosity ser móvel não será surpresa alguma se, ainda este ano, os jornais de todo o mundo estamparem em manchetes de primeira página que a vida também se manifesta em outros pontos do Universo, além da Terra.
Evidentemente que não se trata de vida como se imaginava no século 19, ou mesmo algum tempo depois, quando se considerou que Marte poderia abrigar vida inteligente.
Vida, em termos do que começará a ser buscado pelo Curiosity são estruturas elementares, caso de bactérias e ou, em geral, estruturas extremófilas.
Extremófilos são organismos que sobrevivem ou até mesmo demandam condições tão extremas para sobreviver que inviabilizariam a presença da maioria das formas de vida conhecidas.
Geysers, fontes de água quente e vapor d’água, e ambientes com elevada atividade radioativa estão entre os meios em que extremófilos sobrevivem em aparente contradição com ambientes considerados amenos para a vida.
Assim, ainda que a detecção de formas de vida primitiva no planeta vizinho não seja o que se pode chamar de uma “surpresa” do ponto de vista científico, será a primeira vez que essa condição estará demonstrada em outro mundo além da Terra e isso trará inevitável impacto psicológico, entre outros.
Vida é um processo que continua sem definição precisa, a exemplo do que demonstrou ainda em 1944, no livro O que é vida?o extraordinário físico e premio Nobel austríaco Erwin Schrödinger (1887-1961).
Com a busca que o Curiosity fará pelas areias vermelhas de Marte, no entanto, a chance de que a vida seja localizada também na superfície de Marte poderá, sem maiores surpresas, (ainda que a confirmação da descoberta possa ser explorada de maneira sensacionalista) poderá preceder esse problema de natureza epistemológica.
Com a provável confirmação de vida em Marte, mesmo sob a forma mais elementar, ficará ainda mais intensa a pergunta que faremos às estrelas se seríamos, de fato, a única inteligência da Galáxia ou eventualmente de todo o Universo.
Scientific American.com

Viajando pelo espaço

Um pequeno asteroide chamado 2012 KT42 chegou a uma distância de três raios terrestres de nosso planeta em 29 de maio, mas não nos atingiu. O evento foi o sexto mais próximo já registrado para qualquer asteroide.
Em um vídeo publicado on-line em 19 de junho, feito por pesquisadores usando a Instalação de Telescópio Infravermelho (IRTF, em inglês) da Nasa, no Havaí, o asteroide aparece fixo enquanto as estrelas ao fundo passam rapidamente (de fato, o asteroide está viajando a 17 km por segundo). “Você tem a impressão de estar viajando com ele”, descreve Richard Binzel, cientista planetário do Massachusetts Institute of Technology, em Cambridge, que comandou as observações. O asteroide chegou a 19 mil km da Terra – a distância entre a órbita da Estação Espacial Internacional (cerca de um raio terrestre) e a de um satélite geossincrônico (cerca de seis raios terrestres).
Horas após o objeto ser descoberto por um pequeno telescópio em Monte Lemmon, perto de Tucson, no Arizona, Binzel conseguiu algumas horas no IRTF. O profundo estudo resultante foi inovador para um objeto tão pequeno.
Ao determinar a composição e refletividade do 2012 KT42, Binzel foi capaz de usar o brilho do asteroide para estimar seu tamanho: cerca de 7 metros de diâmetro. Ele aponta que vários objetos com essa dimensão cruzam o caminho da Terra todos os anos.
Agora o 2012 KT42 continua sua órbita elíptica de 1,5 anos ao redor do Sol. Mesmo se tivesse atingido a Terra, explica Binzel, ele provavelmente teria se desintegrado na atmosfera. Binzel quer descobrir um objeto que não seja grande o suficiente para apresentar riscos para a Terra, mas o suficiente para ser visto no espaço e depois encontrado no chão como meteorito, como foi o caso do asteroide 2008 TC3 que chegou à Terra no Sudão, em outubro de 2007. “Eu só quero que eles tenham o tamanho certo para virarem amostras”, declara ele.
Scientific American

sábado, 23 de junho de 2012

Frase

O novo alvo dos "drones"

As aeronaves não tripuladas, também chamadas de drones, podem ter o formato de um beija-flor ou capacidade suficiente para carregar centenas de quilos de bombas e mísseis. Em comum, são os protagonistas nos principais fronts da guerra dos americanos contra o terror.
Os drones fizeram as imagens da casa onde o terrorista Osama bin Laden vivia no Paquistão. O presidente americano Barack Obama até pensou em usá-los para bombardear o esconderijo, mas acabou preferindo a ação de forças especiais para ter provas da morte de Bin Laden e acesso a seus documentos.
Em dezenas de outras ocasiões, Obama deu o sinal verde para o ataque de drones contra figurões da Al-Qaeda em vários pontos do Oriente Médio, no Paquistão e no Afeganistão.
Esse sucesso nos campos de batalha tem chamado a atenção de um número crescente de empresas interessadas no uso civil dos drones.
“Os aviões já são usados para diferentes aplicações, que vão desde a pulverização de plantações no Japão até o mapeamento de cardumes de atum nos Estados Unidos”, diz o cientista político americano Peter W. Singer, autor do livro Wired for War (“Conectado para a guerra”, numa tradução livre).
No Brasil, esse movimento também é nítido. Há dois anos, a Polícia Federal usa 15 drones israelenses para o controle de regiões de fronteira. No ano passado, a Petrobras começou a operar um drone para monitorar as obras de um gasoduto no interior de São Paulo.
Um dirigível de 20 metros de comprimento controla uma área de 120 quilômetros quadrados. O consórcio responsável pela construção da usina hidrelétrica de Jirau, no rio Madeira, gerencia o desmatamento na floresta usando um aparelho controlado remotamente.
De certa forma, os veículos aéreos não tripulados estão começando a seguir o caminho trilhado por outras tecnologias criadas para projetos militares, como a internet e o GPS, hoje presentes na vida de milhões de pessoas.
No começo do ano, o governo americano deu permissão para que polícias e bombeiros usem aparelhos como o Qube, um quadricóptero que cabe no porta-malas de um carro.
Fabricado pela AeroViroment, uma das principais empresas americanas de drones, o aparelho voa a uma altura de 60 metros e carrega câmeras capazes de gravar imagens em alta resolução em casos de incêndios ou perseguição de suspeitos.
Novas rotas
Uma das limitações para o uso civil nos Estados Unidos é a exigência de licenças especiais para voar em grandes altitudes. Isso, no entanto, deve mudar nos próximos três anos. Em fevereiro, o presidente Obama anunciou um investimento de 63 bilhões de dólares para a modernização do sistema aéreo americano.
O projeto prevê que até 2015 os Estados Unidos terão rotas criadas para aeronaves pilotadas remotamente. No Brasil, ainda não há legislação para regulamentar o uso de drones, mas essa limitação também deve ser momentânea.
No começo de junho, a Agência Nacional de Aviação Civil encerrou o período de consulta pública para elaborar um projeto com regras para esse novo segmento da aviação civil.
A Embraer, terceira maior fabricante de jatos civis no mundo, abriu no ano passado a Harpia Sistemas, empresa dedicada à produção de veículos aéreos não tripulados. A Harpia quer explorar setores como o de mineração. Para isso, pretende contar com aparelhos munidos de sensores que consigam identificar quais tipos de mineral existem no solo.
A Flight Technologies, de São José dos Campos, é uma das referências no país em desenvolvimento de veículos aéreos não tripulados. Seus pequenos aviões fazem reconhecimento em operações militares e, mais recentemente, estão sendo usados para monitorar florestas plantadas.
Apesar de todo o entusiasmo, os drones não estão livres de polêmica. Na área civil, a ressalva ao uso indiscriminado é a ameaça que representa à privacidade. No setor militar, a discussão é de cunho ético. Por eliminar o risco da perda de um piloto, os drones têm sido apontados por muitos como os culpados pela banalização de ataques militares.
Os mesmos aviões controlados a quilômetros de distância que eliminaram terroristas da Al-Qae­da também já mataram civis em ataques mal calculados. Segundo dados divulgados pelo Teal Group, consultoria americana na área de defesa, o mercado global de drones, hoje estimado em 6,6 bilhões de dólares, deverá movimentar cerca de 11,4 bilhões em 2022.
É cedo para prever quando veremos um Boeing com 500 passageiros fazer um voo inaugural sem piloto a bordo. Mas basta olhar para um desses drones militares mais avançados para saber que isso não é mais cena de filme de ficção científica.
Exame.com

Está em nossas mãos...

Uma semana de Rio+20, a conferência da Organização das Nações Unidas (ONU), encerrada na sexta-feira 22, no Rio de Janeiro, serviu para sacramentar documentos de cooperação mútua – que ninguém sabe se serão cumpridos – e uma certeza: os chamados liderados, os cidadãos comuns, os empresários e governantes locais, agora são seguidos por quem deveria liderar, os chefes de Estado, no compromisso de preservar o planeta. Enquanto presidentes e membros da realeza atraíam flashes na capital, os espaços da Rio+20 foram ocupados por projetos da iniciativa privada, como companhias que reduzem suas contribuições para a poluição do ar, colocam metas duras de reciclagem e economia de energia. Ou de prefeitos que, organizados em rede, anunciaram metas efetivas de redução na emissão de gases que provocam o efeito estufa. Houve ainda espaço para organizações civis que defenderam maneiras efetivas de apoio à inclusão social.
O documento final da Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente recebeu críticas e elogios. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, chegou a se contradizer. Na quarta-feira 20, disse que o texto ficou abaixo das expectativas. No dia seguinte, elogiou o resultado ambicioso do evento. “A era em que cada chefe de Estado pensava apenas em seu próprio país já se acabou. Nosso mundo está interconectado e nossos líderes precisam pensar como cidadãos globais”, disse ele, convocando governos, empresas, agricultores, cientistas, sociedade civil e consumidores a participar do desafio de preservar o planeta para gerações futuras.
Problemão a ser resolvido entre os grandes líderes, a troca de tecnologia e ideias já é corriqueira entre prefeitos. “A omissão dos governos nacionais abre espaço para as prefeituras aparecerem na vanguarda”, diz João Fortunatti, prefeito de Porto Alegre, que terá 80% do esgoto sanitário tratado até o fim de 2013. O carioca Eduardo Paes dá exemplos concretos disso: “O Rio criou o BRT (transporte rápido por ônibus, na sigla em inglês) inspirado em Curitiba. Nova York e Rio aplicam sistemas criados em Paris.” No comando de uma cidade “que nunca dorme”, Nova York, Michael Bloomberg diz que é na prefeitura que os problemas críticos de uma cidade desabam em primeiro lugar. “Não há um jeito republicano ou democrata de recolher o lixo. Simplesmente temos que fazer o trabalho”, diz ele. E da maneira mais sustentável, limpa e reciclável possível, dizem em coro os integrantes do C-40. “Os prefeitos têm feito sua parte, os governos federais, não”, arremata.
O C-40, um grupo que reúne 59 das maiores cidades do mundo – que concentram mais de 500 milhões de pessoas – se comprometeu a reduzir em 44% as emissões de poluentes da atmosfera até 2030. Ao otimizar os transportes, o manejo do lixo e a gestão dos edifícios, as prefeituras podem ajudar, e muito, a evitar a desertificação e o aquecimento global, a miséria e a degradação dos mares. Pequenas ações, resultados enormes. Por conta disso, o grupo Mayors for Peace (Prefeitos pela Paz) se animou a apresentar uma proposta ousada: que sejam reservados 10% dos gastos com armas para subsidiar ações locais, a partir do ano que vem.
Fora do poder público e cientes de que o crescimento econômico não sustentável traz desastrosos efeitos colaterais, algumas empresas reveem suas estratégias para tornar possível a própria sobrevivência. A principal matéria-prima da indústria de bebidas é a água. E lideranças do setor lutam para preservá-la. A Coca-Cola Brasil se engajou em projetos de replantio de árvores, recuperação de rios, etc. A meta é reduzir em 21% o gasto de água por litro de bebida. A Ambev desenvolveu programa parecido e hoje utiliza 33% menos líquido para produzir a mesma quantidade de cervejas e refrigerantes que engarrafava há dez anos. “Já sentimos o problema da falta de água. Nossa fábrica em Jaguariúna, no interior de São Paulo, não tem mais como captar água”, lamenta o diretor de relações socioambientais da Ambev.
A tomada da liderança na questão ambiental pela sociedade civil chega ao ponto em que empresas assumem os serviços que deveriam ser prestados pelo poder público.
Mas se muitas soluções independem dos políticos, por outro lado, sem o envolvimento dos governos fica mais complicado salvar o planeta. Afinal, ainda é de parte deles o comando das armas nucleares que, como lembrou o bilionário americano Ted Turner em uma das palestras, podem acabar com o mundo muito antes dos poluentes. Eventos como a Rio+20 podem ser questionados à exaustão, mas uma certeza se impõe: não podem deixar de acontecer. Necessitamos de acordos, de medidas, de ações tão ousadas quanto são os desafios que o planeta enfrenta. E isso só se consegue reunindo os povos.

A Rio+20 ficou muito aquém do esperado mas, mesmo assim, cada um deve fazer a sua parte, e "torcer" para que as metas acordadas no Protocolo sejam executadas.

Rio+20: 5 pontos positivos e 5 negativos

A Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável terminou nesta sexta (22) com a adoção do documento chamado de "O Futuro que Queremos", veja abaixo cinco sucessos e cinco fracassos da Rio+20.
Compromisso socioambiental
Não existe desenvolvimento sustentável sem um esforço para a erradicação da pobreza e a proteção ambiental. Esta talvez seja a afirmação mais importante do documento "O Futuro que Queremos". Introduz um novo aspecto, a preocupação com a miséria, numa discussão que anteriormente tinha uma dimensão mais econômica.
Novos padrões de produção e consumo
O compromisso é repetido diferentes vezes ao longo do documento. A ideia é que os países se comprometem a investir em direção ao desenvolvimento sustentável, estabelecendo melhores padrões até 2020. O texto, porém, é vago em definir metas
Além do PIB
O compromisso é repetido diferentes vezes ao longo do documento. A ideia é que os países se comprometem a investir em direção ao desenvolvimento sustentável, estabelecendo melhores padrões até 2020. O texto, porém, é vago em definir metas.
Objetivos do Desenvolvimento Susténtável
Em 2015, acaba o prazo fixado pelas dez "Metas do Milênio" propostas pela ONU para promover desenvolvimento ao redor do mundo. Na Rio+20, os países concordaram em adotar, a partir de então, novas metas globais para governos progredirem em indicadores sociais, ambientais e econômicos; serão os ODS.
Participação da sociedade
Seja dentro da própria conferência oficial, seja na Cúpula dos Povos, houve ampla participação da sociedade civil nas discussões sobre "O Futuro que Queremos". A série de Diálogos foi considera pela presidente Dilma Rousseff uma iniciativa inovadora, ainda que as propostas que saíram dos encontros fosse muito vaga.
Problemas de estrutura
Delegados reclamaram de diversos problemas estruturais da Rio+20. Para chegar ao Riocentro, sede da conferência, perdia-se de 60 a 90 minutos de ônibus. Preços altos assustaram os estrangeiros, que também relataram muitas dificuldades de comunicação com brasileiros por causa da língua.
Ausência de líderes
A expectativa de que a Rio+20 não apresentaria resultados fortes acabou por esvaziá-la. Os principais líderes mundiais, incluindo os chefes de Estado e governo dos EUA, China, Rússia e da União Europeia, não vieram ao Rio. No dia da conclusão da conferência, a chanceler Angela Merkel apareceu comemorando a vitória da Alemanha sobre a Grécia na Eurocopa.
Direito das mulheres
Assegurada em outras documentos da ONU, a menção ao direitos reprodutivos das mulheres foi excluída da Rio+20 por pressão do Vaticano. Trata-se de um retrocesso significativa na luta das mulheres. A presidente Dilma Rousseff foi cobrada por feministas a respeito deste ponto.
Financiamento
De todos os espinhos da negociação, este era um dos mais importantes. A criação de um fundo de US$ 30 bilhões, destinado a financiar o desenvolvimento sustentável, foi rejeitado pelos países ricos e ficou de fora do documento final.
Falta de ambição
Há unanimidade quanto a esta crítica, seja de governantes, seja de ONGs. O Brasil, no comando das negociações, privilegiou o acordo, expurgando do texto os aspectos mais polêmicos, o que resultou numa declaração aquém das expectativas.