terça-feira, 31 de maio de 2011

Fotos raras dos Beatles "Estudantes" vão à leilão

Fotos raras dos integrantes dos Beatles quando eram estudantes, incluindo uma de Paul McCartney aos 10 anos nunca vistas antes, serão leiloadas no fim deste mês em Liverpool, na Grã-Bretanha.
A foto de Paul, tirada em 1952 na Joseph Williams School, em Liverpool, mostra o futuro músico lendo uma revista.
A foto foi encontrada por uma mulher de Liverpool, que a levou para a loja The Beatles Shop, especializada em memorabilia do grupo.
Entre as imagens dos outros membros da banda há também uma do baterista Ringo Starr, aos 8 anos, com  shorts e jaqueta preta ao lado dos colegas da St Silus School.
Outra foto mostra o adolescente John Lennon, de penteado rockabilly, ao lado dos colegas da Quarry Bank High School em 1957.
O leilão acontecerá no auditório Paul McCartney no Liverpool Institute of Performing Arts.

Qual será a capital do carro elétrico?

O prefeito de Londres, Boris Johnson, anunciou na quinta-feira passada (26) o projeto "Source London", uma parceria público privada que abriu 150 novos pontos de carga para carros elétricos na capital britânica - que agora conta com cerca de 400 pontos.
O sistema, almeja chegar até 1,3 mil "tomadas" automotivas até 2013. Tudo isso faz parte do plano, anunciado ainda na época da sua posse, em 2008, de transformar Londres na "Capital do Carro Elétrico" na Europa.
Além dos pontos de carga, ele também liberou motoristas elétricos do pagamento do pedágio urbano no centro da cidade e atualmente, ainda oferece incentivo e dispensa os motoristas de carros elétricos do pagamento de impostos.
Mundo afora, Londres não é a única a sonhar com o título de capital do carro elétrico. Paris está preparando o Autolib', um sistema de aluguel de 3 mil carros elétricos com preços camaradas e emissões zero.
Na Alemanha, o governo da chanceler Angela Merkel tem planos de pôs um milhão de carros elétricos nas ruas até 2020. Para isso estaria estudando medidas como liberar os carros de impostos durante os seus primeiros 10 anos, por exemplo, além de subsidiar a indústria com até um bilhão de euros.
O Brasil já teve alguns modelos elétricos pioneiros, fabricados pela Gurgel nas décadas de 70 e 80. Hoje, existem protótipos e planos isolados, mas ainda não parece haver decisão estratégica de investir neste setor.
Parece que já foi dada a largada para a corrida dos carros elétricos...
Fonte:BBC Brasil.com

Adeus alemão às usinas nucleares

Decisão do governo da Alemanha, de fechar seus reatores até 2022, pode ser precedente para outros países.
Decisão tomada ontem em Berlim tem potencial para pôr em xeque o futuro da energia nuclear em todo o mundo - o tema tem sido motivo de debates acalorados quanto ao custo-benefício de se manter o projeto que prevê energia limpa, mas sob risco de graves acidentes.
O governo alemão resolveu ontem fechar os últimos reatores do país em 2022, em medida que guarda relação com a catástrofe, em março, da central nuclear japonesa de Fukushima, provocado por um terremoto.
A Alemanha é, então, a primeira grande potência industrial que renunciou à energia nuclear!
A coalizão chegou a um acordo para dar fim ao recurso à energia nuclear. Quatorze dos 17 reatores alemães não estarão mais em serviço no fim de 2021 e os três últimos - os mais novos - serão utilizados no máximo até 2022.
Os sete reatores mais antigos já haviam sido desconectados da rede de energia elétrica, à espera de uma auditoria solicitada em março pelo governo após a catástrofe de Fukushima e não serão mais reativados.
O problema para a Alemanha é: o país terá de arranjar, até 2022, uma maneira de produzir 23% de sua energia elétrica, parcela assegurada por fonte nuclear. O sistema deve e pode ser fundamentalmente modificado e já existem sugestões a respeito de recorrer às energias renováveis em vez do carvão.
Os sentimentos antinucleares na Alemanha têm levado o país a manifestações, levando até 160 mil pessoas às ruas em várias cidades do país.
A curto prazo, a Alemanha deverá substituir as suas 17 usinas nucleares por termelétricas convencionais, importando carvão. O segundo passo é a substituição por energia eólica, solar e pela biomassa - obtida a partir de material biológico como óleos vegetais e dejetos orgânicos.
Se a Alemanha conseguir cumprir essa meta, será um modelo para o mundo e dá um passo à frente no ambicioso plano de se tornar um dos países mais modernos em geração de energia limpa!

Usar copos descartáveis é gerar lixo desnecessário

Algumas pessoas ainda acham que usar copo descartável é comodidade. Você vai até o bebedouro, saca o copinho, enche de água (ou café, chá...) bebe e... joga no lixo.
O problema, porém, é pegar um novinho em folha cada vez que bate a vontade de beber alguma coisa. Além da geração desnecessária de resíduos, a fabricação desses copos emite CO2 e outros gases na atmosfera. Só nos EUA, a fabricação, o transporte e a reciclagem desses materiais produzem gases que se equiparam aos de uma frota de 1,3 milhão de carros durante um ano. Sem contar que cada copinho pode levar mais de 100 anos para se decompor na natureza.
Mesmo que o copo jogado fora vá para o lixo reciclável, existem opções melhores que contribuem para que o volume de lixo gerado desnecessariamente seja menor. Se você usar dois copinhos descartáveis em um dia de trabalho, por exemplo, são 10 por semana, 40 por mês - que foram para o lixo só para você dar alguns goles. As canecas são boas opções. Apesar de você precisar lavá-las, a quantidade de água utilizada não chega ao total necessário para fabricar os copinhos.
Levar a própria caneca para o trabalho, por exemplo, não é tão ruim assim...

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Frase

Escova de dentes biodegradável?

Que tal trocar a escova dental de plástico por uma feita a partir de uma matéria-prima natural? Pois a designer libanesa Leen Sadder redesenhou uma escova que é exatamente assim: ela é biodegradável e dispensa o uso de pasta dental. Só não se assuste com a sua aparência incomum: a "This" nada mais é que uma Miswak - um galhinho da árvore salvadora pérsica popular como instrumento de higiene bucal no Oriente Médio, no Paquistão e na Índia.
A prática é antiga, mas coube a Sadder redesenhá-la e torná-la um produto para o consumidor ocidental, já que poucas pessoas se animariam com o método, para fazer a ponta, de ter que arrancar um pedaço do galho a mordidas depois de cada uso. Por isso, ela criou uma embalagem atraente com uma tampa semelhante a um cortador de charuto. Na hora de escovar, basta girar a tampa cortante sobre o galho, arrancar a casca protetora e liberar as cerdas com os dedos. Depois é só escovar os dentes normalmente e cortar, após o uso, as cerdas já utilizadas. Argh!!!

5 problemas ambientais da China

Das melancias "explosivas" às secas severas e tempestades de areia, os cinco problemas ambientais que assolam a segunda maior economia do mundo:
1 - Tempestade de areia - Todo o ano a cena se repete. Toneladas de areia invadem as cidades chinesas, cobrindo de as ruas com nuvens alaranjadas de pó. Aos habitantes, as recomendações do governo é de que cubram o rosto e, se possível, fiquem em casa, com portas e janelas fechadas. Vindas do deserto de Gobi, as tempestades de areia chegam sempre que o tempo está árido com baixa precipitação.
Mas as condições naturais não são o único culpado desse fenômeno que praticamente paralisa o comércio, fecha escolas e faz vítimas fatais. A ação do homem, através do desmatamento e da urbanização intensa, ajuda a aumentar as zonas desérticas do país, o que agrava ainda mais a ventania.
2 - O Yangtsé, o maior rio chinês e o terceiro do mundo, com cerca de 6,3 mil km de extensão, atravessa a sua pior estiagem em mais de 50 anos.
Nesta primavera, as incidências de chuva no país caíram 80% em relação aos valores normais, enquanto o calor, acima dos 35°C, só vem aumentando.
Ao menos sete províncias sofrem com o desabastecimento provocado pela baixa de água, que prejudica principalmente a produção agrícola. Para contornar a seca, as autoridades chinesas ordenaram que a usina de Três Gargantas, o maior complexo hidrelétrico do mundo, aumente suas operações em 20% nas próximas duas semanas.
3 - Uso abusivo de fertilizantes - A agricultura chinesa, que atende a um mercado interno de 1,3 bilhão de pessoas, impressiona pelo seu rápido crescimento. Mas os meios que garantem esse desempenho têm gerado alguns escândalos alimentares que lançam desconfiança sobre as práticas agrícolas do país.
Desde 1990, a China tornou-se o maior consumidor de fertilizantes nitrogenados do mundo, que apesar de ajudarem a acelerar o crescimento do cultivo, poluem e deterioram o solo. E vez por outra, gera resultados inesperados e preocupantes. No começo de maio, o uso abusivo de produtos químicos para acelerar o cultivo fez com que plantações de melancias literalmente "explodissem". Os fazendeiros perderam até dois terços da produção.
4 - Poluição atinge níveis recordes em Xangai - Considerada a capital comercial e financeira da China, registrou níveis recordes de poluição atmosférica no início de maio. Durante quase três dias, uma espessa neblina envolveu a cidade de 20 milhões de habitantes.
Segundo a imprensa local, os índices de poluição ambiental bateram 500 pontos na escala chinesa, bem acima do nível considerado bom, entre 50 e 100 pontos.
A péssima qualidade do ar na região deve-se em grande medida a matriz de geração de energia suja, formada na maior parte por termelétricas a carvão e as chuvas ácidas pela alta presença de dióxido de enxofre no ar.
5 - Invasão de espécies exóticas - Consideradas a segunda maior causa da perda da biodiversidade no mundo, atrás apenas da ação humana, as espécies exóticas estão invadindo a China. Há registros de pelo menos 400 espécies de animais, plantas, insetos, que foram trazidos para a China desde que o país abriu sua economia no início dos anos 90.
De acordo com a Unidade Internacional para Conservação da Natureza, os organismos introduzidos em um ecossistema do qual não fazem parte prejudicam os processos naturais e os organismos nativos, além de gerar impactos econômicos e sociais negativos. Estima-se os prejuízos em torno de 15 bilhões de dólares anualmente, com perda de lavouras e problemas de saúde pública.
Fonte: R.Exame.com

domingo, 29 de maio de 2011

A Canoa...

De onde veio...a arma de fogo

É impossível entender como o mundo em que vivemos se formou sem levar em conta a importância das armas de fogo. Inventadas no Oriente elas foram decisivas na conquista da América e, ironicamente, na colonização da Ásia e da África pelos ocidentais.
Os equipamentos que disparam projéteis por meio da combustão de algum elemento químico mudaram o modo de fazer a guerra e ajudaram a garantir o domínio europeu sobre o mundo no alvorecer da era contemporânea.
A história das modernas pistolas, canhões e espingardas começou na longínqua China do século IX: foi nesse período que, tentando desenvolver um elixir da imortalidade, alquimistas acabaram criando a pólvora. A descoberta fez com que o país se tornasse berço dos fogos de artifício e das armas de fogo.
As inúmeras batalhas com os mongóis levaram os chineses a empregar a recém-descoberta pólvora para fins militares. As primeiras armas do gênero, no entanto, não usavam projéteis: a explosão produzida no interior desses rústicos canhões lançava estilhaços ou apenas labaredas de fogo, funcionando como lança-chamas.
Duas teorias tentam explicar como as invenções chinesas chegaram à Europa em meados do século XIII: para alguns, esse novo tipo de armamento entrou no continente pela famosa Rota da Seda; há também quem diga que o contato entre russos e mongóis, inimigos seculares dos chineses, teria levado a inovação para o Velho Mundo.
As armas de fogo orientais não desembarcaram somente na Europa: também em meados do século XIII seu uso se disseminou entre os árabes. No entanto, alguns estudiosos afirmam que armamentos alimentados com pólvora já eram usados pelos islâmicos desde a Batalha de Ain Jalut, em 1260.
Por volta de 1600, canhões e espingardas haviam se tornado comuns em qualquer campo de batalha, navio ou fortaleza. A inovação seguinte, no entanto, só viria no século XIX, com a criação de uma pólvora que não libera muita fumaça e resíduos sólidos. A partir de então, foi possível o desenvolvimento de armas automáticas, como metralhadora.
Durante o século XX, as armas de fogo acompanharam a evolução da tecnologia militar. Na década de 1910, por exemplo, foram realizadas as primeiras experiências com aviões de combate, e os franceses desenvolveram a primeira aeronave que trazia uma metralhadora acoplada ao cockpit do segundo piloto.
Fonte: História Viva

Pela estrada afora

Marginalizados e dispersos pelo mundo há séculos, os ciganos têm lições valorosas a nos ensinar sobre paz, desprendimento e autenticidade.
Bastava que um cigano pobre se aproximasse de Hadareni, cidade romena no coração da Transilvânia, para que os sinos de uma igreja tocassem em acintoso alerta. Os indesejáveis estavam chegando. O tratamento não é muito diferente em outros lugares e períodos. Aliás, chega a ser pior, como durante os 400 anos de escravidão na própria Romênia durante a Idade Média.
E a longa tragédia cigana avança história adentro. Apesar da conhecida perseguição dos asseclas de Hitler contra os judeus e homossexuais durante o Terceiro Reich, não foram somente eles que sofreram as atrocidades promovidas pelas infames hordas nazistas. Nessa mesma época, centenas de milhares de ciganos perderam a vida em campos de extermínio meticulosamente concebidos pela máquina de destruição nazista. O horror da guerra, do preconceito e da violência redundou em muitas mortes entre esse povo desterrado.
Engana-se quem acredita que tudo isso são águas passadas. Que o mundo de hoje, bafejado pelos ventos do multiculturalismo e do relativismo cultural, aceite de bom grado a colorida (e não raro ruidosa) presença cigana. Em 2010, o presidente francês Nicolas Sarkozy deu uma significativa amostra de que o milenar povo nômade continua indesejado por muitos no país que foi o berço do ilumunismo e da igualdade entre os povos.
O bloco europeu foi contra, mas ainda assim o governo francês bateu pé e mandou cerca de mil ciganos de volta à Bulgária e à Romênia. Tentando justificar a expulsão, Sarkozy associou todos os andarilhos a crimes como tráfico e prostituição.
Essa perseguição também milenar, talvez explique a aura nostálgica da complexa alma cigana e sua estranha jornada rumo a lugar nenhum. "Os ciganos não têm casa, e, talvez únicos entre os povos, não sonham com uma terra natal", observa a escritora uruguaia Isabel Fonseca, autora do livro "Enterrem-me em pé", uma mescla de ensaio e relato de campo sobre a vida desses cidadãos indesejáveis, defendendo a tese de que os ciganos - ou os roma, como preferem ser chamados - são "os novos judeus da Europa".
Isso porque durante séculos eram os judeus os verdadeiros bodes expiatórios do perverso imaginário europeu. Havia uma peste, era culpa deles. Crianças morriam, culpavam-se os descendentes de Abraão. Entretanto a escritora destaca uma diferença fundamental: Enquanto os judeus montaram uma grande "indústria da memória" das perseguições sofridas, os ciganos têm como base de sua cultura a "arte de esquecer". Observa-se a quantidade de filmes e livros sobre os padecimentos do povo judeu. Há muito material - e isso é essencial para que não se perpetue novas atrocidades. Os ciganos nunca foram inspiração para um filme como "A Lista de Schindler", por exemplo. Isso porque os ciganos representam a maior minoria do mundo. São aproximadamente 12 milhões em todo o planeta. Estima-se que cerca de 8 milhões estejam zanzando pela Europa.
Os ciganos não têm uma origem definida. Acredita-se que tenham saído da Índia há mil anos em uma caravana sem destino certo. Por isso mesmo, possuem uma cultura povoada por mistérios e figuras míticas como as belas mulheres que dançam ao pé da fogueira ao som de violinos ao luar.
Apesar de perseguidos, marginalizados e espalhados em diáspora há séculos, os ciganos são detentores de uma cultura cheia de magia, danças e cantos, e possuem lições valorosas sobre vida, paz e liberdade, simplicidade e desapego. O povo sabe que a vida acontece aqui e agora. É essencial ter fé no amanhã, mas é imprescindível viver o presente.
Sem uma religião estabelecida, os ciganos são muito ligados à natureza, dedicando-lhe gestos de devoção. Fazem reverência ao Sol, à Lua, às estrelas, às águas dos rios e mares, rezam ao fogo (que segundo eles contém o poder de purificar).
Eles tiram vantagem da ambiguidade acerca de suas próprias origens, afinal, podem escolher aquilo que eles desejam ser. 
Fonte: R. Vida Simples

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Frase

     "O mundo é um lugar perigoso de se viver, não por
      causa daqueles que fazem o mal, mas sim por causa
      daqueles que observam e deixam o mal acontecer".
                                                             (Albert Einstein)


China "histórica" corre risco de extinção

A Cidade Proibida, em Pequim, encontra quase impecáveis os palácios construídos no século 16.O problema é que pouca coisa centenária sobrou na construção, que passa por reformas gerais a cada década. O conceito de patrimônio histórico lá é diferente do ocidental. Um calçadão comercial perto da Paz Celestial, popular desde 1700, foi renovado há três anos.
Prefeitura e empreiteiras demoliram os antigos palacetes e restaurantes e reconstruíram, novinhos em folha, a rua comercial. Até as cores mudaram. Só houve gritaria de poucos abnegados intelectuais chineses e de muitos estrangeiros. "Chinês gosta de modernidade, não gosta de prédio velho", disse, então, a responsável pela obra.
Conhecer a China tradicional, aquela vista em filmes como "O Último Imperador ou "O Tigre e o Dragão", requer pressa. Não se sabe o que vai sobreviver nos próximos anos à fúria modernizadora do partido que governa desde 1949.
Na Província de Yunnan - ao sudoeste da China -, na fronteira com Vietnã e Mianmar, floresta tropical, mosteiros budistas e minorias étnicas desenham  a região mais diversa do país. Em Hangzhou - capital de Zhejiang, região leste -, jardins fluviais e canais que encantaram o veneziano Marco Polo - um mercador que fez um relato sobre a China no período medieval - convivem com arranha-céus e trânsito. Como boa parte das novelas históricas chinesas é rodada lá, a preservação tem selo estatal.
Mesmo em Pequim, onde a modernidade captura a atenção em prédios assinados pelos arquitetos mais famosos do mundo, há pequenos trechos da China antiga. Mas o cenário é mutante. Ao lado das torres do Sino e do Tambor, com mais de 600 anos, uma centenária área residencial deu lugar a lojinhas modernas.

Tumbas enterradas são localizadas via satélite

Esqueça tudo o que se viu em filmes sobre arqueologia.
A arqueóloga Sarah Parcak, da Universidade do Alabama, está promovendo uma revolução na área ao fazer um levantamento utilizando infravermelho feito por satélites em órbita da Terra. Agora, escava só o necessário e com a localização quase exata.
Com a técnica, ela descobriu em um ano 17 pirâmides, mais de mil tumbas e 3 mil vilarejos antigos enterrados no Egito. Otrabalho poderá ser acompanhado no documentário que será exibido pela BBC no fim do mês.

Cordilheira do Himalaia fica cada ano 4 milímetros mais alta

A neve no topo do Himalaia parece eterna e adormecida, mas não está. Ela cresce a um ritmo anual de 4 milímetros devido à pressão das placas tectônicas, o que aumenta no Nepal o temor de um terremoto.
O fenômeno escapa ao olho humano, mas data de milhões de anos. A placa indiana desliza com lentidão sob a placa eurasiática, e essa pressão levanta pouco a pouco as montanhas mais altas do planeta.
O subcontinente indiano está situado sobre a placa tectônica indo-asiática, que empurra a europeia a cada ano em direção ao norte.
Há centenas de milhões de anos, o subcontinente indiano estava situado, segundo o geólogo Sudhir Rajouria, do Departamento de Minas e Geologia do Governo do Nepal, onde está a ilha africana de Madagáscar, e desde este local iniciou sua viagem para o nordeste pelo movimento da litosfera terrestre.
Há 50 ou 55 milhões de anos, o subcontinente bateu na placa eurasiática, na qual está o Tibete. O impacto entre as duas gigantescas massas terrestres deve ter sido intenso, afinal criou a cordilheira mais alta da terra: o Himalaia, uma fileira de 2.200 km de montanhas onde estão o Everest e grande parte dos picos mais procurados pelos alpinistas.
A ação das placas pode ser sentida. A cordilheira, cresce por ano 4 milímetros para o alto, porque a placa indiana segue deslizando entre 2 e 2,5 cm anuais sob a eurasiática.
Na superfície, a queda-de-braço entre as duas placas tem consequências potencialmente aterrorizantes no Nepal, onde os especialistas preveem um "grande terremoto" e a população reage com medo a qualquer notícia de sismos em outros lugares.
Do turismo associado ao Himalaia, o Nepal obtém uma de suas principais fontes de receita, mas, ao mesmo tempo, sua situação geográfica na confluência das duas placas faz com que seja inevitável sofrer algum grande terremoto ocasionalmente.
Na última década aconteceram dois grandes terremotos associados ao movimento da placa indo-asiática: um na região indiana de Gujarat em 2001 e outro que vitimou 75 mil pessoas no território da Caxemira, repartido entre a Índia e Paquistão.
O último grande tremor no Nepal ocorreu em 1934, com 20 mil vítimas no leste do país, mas o oeste não sofreu sismos significativos nos últimos 500 anos, ressalta o diretor da NSET (Sociedade Nacional de Tecnologia de Terremotos).
Diferentes estudos identificaram no Nepal um total de 95 falhas ativas que poderiam funcionar como possíveis epicentros de terremotos e ter consequências catastróficas.
De acordo com o geólogo, o Nepal, um dos países mais pobres do mundo, precisa de uma resposta integrada para os sismos, e não tem ferramentas eficazes nem para previnir a catástrofe nem para enfrentar suas possíveis consequências.
Apesar do medo de terremotos, o Nepal também reconhece que a magia da atividade tectônica está relacionada à sua própria existência.
Na verdade, o terremoto do Japão expôs vários problemas globais que demonstram o quanto a humanidade continua vulnerável e impotente frente a "catástrofe anunciada..." apesar de todos os avanços tecnológicos...
Fonte: Folha.com

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Frase

                      "Um homem que não se alimenta de seus
                            sonhos envelhece cedo".
                                                             (Shakespeare)

Terra a 980 graus

Cientistas descem até um lago de lavas para proteger uma cidade congolesa da próxima erupção.
Quando? Essa é a questão que levou dois vulcanólogos de renome mundial ao centro da África, é a questão que obseda um grupo de sismólogos congoleses; a questão que pode decidir o destino de quase um milhão de pessoas. Quando vai ser a erupção do Nyiragongo?
O Nyiragongo, é um imponente vulcão de mais de 3 mil metros de altura no extremo leste da República Democrática do Congo (RDC), é um dos mais ativos do planeta - e também um dos menos estudados.
A principal razão são as constantes guerras no leste da RDC durante os últimos 20 anos, com massacres que transbordaram para a vizinha Ruanda. Hoje, uma força de 20 mil homens, uma das maiores que a ONU mantém no mundo, sustenta uma paz frágil.
Na base do vulcão espraia-se a cidade de Goma, cada dia mais apinhada de refugiados que escapam das forças rebeldes e governamentais no interior do país. A estimativa é de que um milhão de pessoas vivam amontoadas ali. Por duas vezes em anos recentes, erupções do Nyiragongo lançaram lava sobre Goma. Em 1977 ela desceu a montanha a mais de 95 km por hora, uma velocidade inédita. Fez centenas de vítimas fatais, embora tenha endurecido antes de chegar ao centro. Até que, em 2002, o vulcão despejou mais de 11 milhões de metros cúbicos de lava nessa área. Destruiu 14 mil casas, enterrou prédios até o primeiro andar e forçou 350 mil pessoas a fugir. Mas essas duas erupções foram meros resmungos em comparação com a fúria potencial do vulcão.
Há 15 anos, o vulcanólogo italiano Dario Tedesco, empenha-se em chamar a atenção da comunidade científica para o Nyiragongo. Ele afirma não ter dúvida de que cedo ou tarde haverá uma erupção capaz de transformar Goma em uma nova Pompéia. "Goma é a cidade mais perigosa do mundo", diz ele.
Em julho, os cientistas fizeram um levantamento complexo da montanha, estudar suas rochas, extrair amostras de gases, decifrar suas tendências de comportamento. Esperavam elaborar o começo de uma resposta à questão do quando?
Em 2002 a ruptura ocorreu 100 metros abaixo  do pico de 3470 m, a pressão abriu rachaduras por todo o sistema, lançando rochas inclusive no centro da cidade.
A lava passou como um rolo compressor por florestas e bairros. Embora a próxima erupção talvez siga um trajeto parecido, milhares de habitações foram construídas bem em cima desse caminho de lava.
E como se Goma não tivesse mais nada com o que se preocupar, o lago Kivu, de 2,5 mil km², esconde enorma concentração de dióxido de carbono e metano sob suas águas. Teoricamente, uma grande erupção poderia liberar esses gases e envolver a cidade em uma nuvem letal da qual ninguém sairia vivo.
Os cientistas, na borda do vulcão, sentindo o calor de 980°C com explosões de gêiseres de fogo, várias vezes por minuto. Ele emite por dia cerca de 6,3 mil toneladas métricas de dióxido de enxofre, o principal componente da chuva ácida.
Eles medem o monóxido e o dióxido de carbono, o metano e o radônio. Medem esses gases porque os vulcões são máquinas movidas a gás. Uma erupção é precedida por um aumento nas descargas gasosas e por variações em sua composição química.
Após descer no coração do vulcão os cientistas extraem pedaços de lavas iridiscentes para que estudos sejam realizados e a ciência possa dar a resposta procurada: quando será a próxima erupção?

Lua pode conter tanta água quanto a Terra, revela estudo

A Lua poderia ter muito mais água do que o imaginado, talvez tanto quanto a Terra -, uma descoberta que lança dúvidas sobre a formação do satélite -, revela um estudo divulgado esta quinta-feira nos EUA.
Durante muito tempo acreditou-se que a Lua fosse um local seco e poeirento até que, há poucos anos, descobriu-se água pela primeira vez.
Agora, cientistas das Universidade Case Western Reserve e Brown acreditam que no interior da Lua haja cem vezes mais água do que se pensava inicialmente.
As descobertas foram feitas com o uso de um instrumento de precisão, chamado NanoSIMS 50L - um microanalisador de íons - para examinar o magma lunar ou pequenas quantidades de rocha derretida, coletada pela Apolo 17, a última missão americana à Lua, em 1972.
"Estas amostras são a melhor janela que temos para (calcular) a quantidade de água no interior da Lua. O interior parece ser bastante similar ao interior da Terra, razão pela qual sabemos sobre a abundância de água", conforme o coautor do estudo e professor de ciências geológicas, James Van Orman, da Universidade Case Western.
As descobertas foram publicadas na edição de 26 de maio da "Science Express".
A mesma equipe publicou um trabalho na "Nature" em 2008, descrevendo a primeira evidência da presença de água nos cristais vulcânicos trazidos pelas missões Apolo.
Em 2008 foi dito que o conteúdo primitivo da água no magma lunar deveria ser similar à água contida na lava proveniente da drenagem do manto superior da Terra. Agora, foi provado que este é o caso, acrescentou o outro coautor do estudo, professor Alberto Saal.
Enquanto as descobertas corroboram a teoria longamente sustentada de que a Lua e a Terra têm origens comuns, também lançam dúvidas sobre a crença de que a Lua pode ter se formado após um desprendimento da Terra, perdendo boa parte de sua umidade nesse processo de alta temperatura.
Segundo esta teoria, de "enorme impacto" nos anos 1970, a Lua se formou depois que o nosso planeta colidiu com uma rocha espacial ou planeta 4,5 bilhões de anos atrás.
"Esta nova pesquisa revela que aspectos desta teoria devem ser reavaliados", revela o estudo.
As descobertas também levantam interrogações sobre as teorias que afirmam que o gelo encontrado nas crateras dos polos lunares pode ser resultante do impacto de meteoros, sugerindo que parte do mesmo pode ter provindo da erupção de magmas lunares.
A Nasa anunciou, em 2009, que duas naves enviadas à Lua para colidir com a superfície do satélite descobriu pela primeira vez água congelada, uma revelação considerada um enorme passo a diante na exploração espacial.

Cleópatra "era descendente de africanos", diz estudo

A rainha egípcia Cleópatra era, em parte, africana, de acordo com uma equipe de pesquisadores do Instituto Arqueológico Austríaco.
A conclusão foi tirada após a identificação do esqueleto da irmã mais nova de Cleópatra, a princesa Arsinoe, encontrado em uma tumba de mais de 2 mil anos em Éfeso, na Turquia.
As evidências obtidas pelo estudo das dimensões do crânio de Arsinoe indicam que ela tem algumas características de brancos europeus, antigos egípcios e africanos negros, indicando que Cleópatra provavelmente também era de origem étnica mista. A mãe de Arsinoe seria de origem africana.
Há muito tempo os especialistas debatiam se Cleópatra era norte-africana, grega ou macedônia. Seu ancestral Ptolomeu era um general macedônio que se tornou governante do Egito por ordem de Alexandre, o Grande.
A tumba de Éfeso foi aberta pela primeira vez em 1926 e, até agora, havia um debate entre os cientistas sobre a identidade de seu ocupante.
Mas técnicas forenses combinadas à análise antropológica e arquitetônica da tumba acabaram convencendo os especialistas de que o esqueleto encontrado pertence à irmã de Cleópatra.
O crânio foi separado do esqueleto para exame e acabou extraviado durante a Segunda Guerra Mundial. Mas a antropóloga Caroline Wilkinson reconstruiu a face baseada nas medidas tiradas na década de 20.
"Ela tem formato alongado", disse ela ao jornal The Sunday Times. "Isto é uma coisa que se vê frequentemente em egípcios da Antiguidade e africanos negros. Pode sugerir uma herança ancestral mista".
Textos antigos achados na cidade, que pertencia ao Império Romano, indicam que Arsinoe foi enviada para lá depois de derrotada em uma luta de poder com Cleópatra e com o líder romano Júlio César, disse o jornal.
Muitos acreditam que quando Cleópatra estava envolvida com o general romano Marco Antônio, após a morte de Júlio César, a rainha egípcia ordenou que a irmã fosse morta para impedir uma possível futura disputa pelo trono egípcio.
Fonte: BBC Brasil.com

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Frase

        "Se você não espera o inesperado, não o
                  reconhecerá quando chegar".
                                             (Heráclito)


Energia escura acelera expansão do Universo

Um novo estudo confirma a teoria de que a energia escura está acelerando a expansão do Universo. Depois de cinco anos e mais de 200 mil galáxias analisadas (algumas que surgiram há mais de sete bilhões de anos), os cientistas liderados por Chris Blake, da Universidade Tecnológica Swinburne, na Austrália, conseguiram fortes indícios que comprovam a tese.
Usando telescópios e equipamentos da Nasa, construíram um mapa 3D das galáxias do Universo primitivo. Em seguida, os pesquisadores voltaram seus telescópios para as supernovas - as explosões que anunciam a morte de uma estrela. Elas emitem uma luz constante, mensurável, o que as torna uma espécie de referência para cálculos de distância da Terra.
Utilizando essas estrelas, os especialistas descobriram que os objetos estão se afastando a taxas aceleradas que condizem com a existência da energia escura. A análise revelou que a expansão do Universo parece regulada por duas forças: a gravidade, que age diminuindo-a, e a energia escura, que a acelera de tal forma que o Cosmos está se afastando a velocidades cada vez mais altas.
A comprovação contradiz outra teoria: a de que a gravidade, e não a energia escura, seria a força que está separando o espaço. De acordo com essa tese alternativa, refutada pelos resultados da pesquisa, o conceito de gravidade estabelecido por Albert Einstein estaria errado, e a gravidade se tornaria repelente ao invés de atraente quando atuando em grandes distâncias. No entanto, ao que tudo indica, Einstein estava certo: a energia escura é uma constante cosmológica e está afastando o Universo.
A energia escura e a matéria escura foram propostas para explicar coisas que os cientistas não podem ver, mas sabem que estão lá. As galáxias em espiral, por exemplo, geram tanta força centrípeta que seriam arrebentadas não fosse a gravidade existente nelas. Porém, elas não possuem matéria visível o suficiente para produzir a gravidade necessária - levando à conclusão de que há algo ali invisível, sem luz, mas com massa: a matéria escura.
Acredita-se que a energia escura domine o Universo, constituído cerca de 74% dele. A matéria escura seria 22%, enquanto a matéria normal, tudo aquilo que possui átomos, é apenas 4% do Cosmos.
É estimado que, no Universo primitivo, a gravidade era mais atuante do que a energia escura. Em torno de oito bilhões de anos depois do Big Bang, entretanto, conforme o Universo expandiu e a matéria se diluiu, as atrações gravitacionais se enfraqueceram e a energia escura se tornou mais relevante. Astrônomos prevêem que, em bilhões de anos, nosso Universo terá se afastado tanto que qualquer vida inteligente dentro de uma galáxia não conseguirá avistar a existência de outras galáxias.

A cólera de Poseidon

Não foram só enchentes e secas que transformaram os elementos da natureza em grandes protagonistas da história. Os primeiros tsunamis de que se tem notícia foram registrados por escritores gregos dos séculos V e IV a.C.
A palavra tsunami se popularizou após o maremoto que assolou a Ásia em 2004 e voltou às manchetes dos jornais em 2011, depois da tragédia que se abateu sobre o Japão em março deste ano. O fenômeno que o termo nomeia, no entanto, é muito antigo.
Há mais de 2 mil anos, textos de autores gregos como Tucídides e Heráclides do Ponto já descreviam ondas gigantescas que devastaram diferentes pontos do litoral da Grécia nos séculos V e IV a.C.
O país fica em cima de uma área de encontro de placas tectônicas. A maior parte de seu território está situada sobre a placa do mar Egeu, mas essa porção de terra é rodeada pelas placas Eurasiana, Africana e Anatólica. Por isso os terremotos já eram um elemento presente no cotidiano dos antigos gregos.
Para esse povo, os abalos sísmicos ocorriam quando o deus Poseidon remexia o fundo do mar com seu tridente. De lá para cá a reação a esses fenômenos não mudou tanto assim. Se nos falta o politeísmo para atribuirmos aos deuses certas responsabilidades, sobra-nos imaginação para personificar a natureza como uma mãe severa.
O mais antigo tsunami que se tem notícia foi registrado pelo historiador grego Tucídides no Livro III de sua "História da Guerra do Peloponeso". Segundo ele, no verão de 426 a.C., o exército espartano pôs-se em marcha para invadir Atenas. Ao chegar ao istmo de Corinto, porém, os guerreiros foram surpreendidos por terremotos que os fizeram desistir da campanha.
Segundo o historiador, ao mesmo tempo que a terra tremia naquela parte da Grécia, a costa leste do país era atingida por abalos seguidos de tsunamis que devastaram pontos do litoral do continente e da ilha de Eubeia. De acordo com com cálculos feitos por sismólogos modernos, os tremores atingiram 7,1 na escala Richter.
Todos os locais mencionados por Tucídides situam-se na borda norte da microplaca do mar Egeu, em condições geológicas muito parecidas com as do arquipélago japonês. Em 426 a.C. o número de mortos só não foi maior porque o cataclismo aconteceu durante o dia.
Os autores antigos no entanto, não se contentaram em descrever as catástrofes. Eles buscaram também explicações para elas. Tucídides formulou uma teoria baseada nas ciências naturais. "A meu ver, a causa desse tipo de fenômeno é que o ponto onde o terremoto ocorre com mais intensidade faz o mar refluir e em seguida retornar abruptamente com mais violência, causando a inundação. E sem terremoto não me parece possível ocorrer esse tipo de coisa", afirma ele. A inter-relação que Tucídides notou entre o terremoto e o tsunami e a tese de que a força da onda depende da intensidade do tremor são formulações válidas ainda hoje.
Outros pensadores, no entanto, recorreram a mitos para explicar as catástrofes naturais, como a reação de deuses irados contra homens ímpios.
O escritor romano Cláudio Eliano em seu livro sobre a "Natureza dos Animais", afirma que as divindades castigavam, sim, mas avisavam antes. Para provar sua tese Eliano relata um fato extraordinário que teria prenunciado o cataclismo da cidade de Hélice: "Cinco dias antes da destruição da cidade, ratos, doninhas, cobras, lacraias, besouros e animais de igual porte, puseram-se a fugir em massa pelo caminho que leva a Cerínea".
Esse curioso fenômeno de percepção animal relatado por Eliano encontra paralelo no tsunami que atingiu a Ásia em 2004. Jornais e revistas da época noticiaram que os animais do Parque Nacional de Yala, no Sri Lanka, escaparam ilesos. Para os ambientalistas do parque, "os bixos devem ter detectado a proximidade das ondas e fugido para locais mais elevados". Do mesmo modo, os animaizinhos de Hélice também fugiam em sentido contrário ao mar, rumo a Cerínea, cidade do interior.
Fonte: História Viva

terça-feira, 24 de maio de 2011

Até 2020, Índia terá energia solar pelo preço da convencional

Sempre que há discussões sobre fontes alternativas de energia, os entusiastas das usinas hidrelétricas têm (o mesmo) argumento: solar e eólica são caras demais e não suprem a demanda por energia.
Um relatório divulgado hoje por uma consultoria multinacional feita para a Índia, derruba essa premissa. Segundo o estudo, a energia solar na Índia pode custar o mesmo que a elétrica convencional até 2019-20. Uma política agressiva poderia baixar o preço da energia solar entre 5% e 7% por ano na próxima década, garantindo a paridade com a convencional em breve.
A Índia tem planos de produzir 20 gigawatts de energia solar até 2022. Há obstáculos como custos de produção, falta de mão de obra especializada e conhecimentos no setor. Mas as vantagens econômicas recém divulgadas podem acelerar os investimentos. "O ritmo da redução da diferença entre as tarifas de solar e convencional vai determinar quando a energia solar decolará", afirma o relatório.
"A energia solar pode evitar as emissões de toneladas de CO2 equivalente por ano até 2022", diz o estudo. É o mesmo que cortar 2,6% do total de emissões previstas para a Índia naquele ano.
Esta é uma boa notícia, pois o país é o terceiro maior emissor de gases poluentes do mundo (atrás dos EUA e China). A transição para energia solar é um passo importante na tentativa, inclusive, de abandonar este ingrato posto.
Fonte: Época.com

Foi apresentado pela Nasa modelo da espaçonave que substituirá os ônibus espaciais

A Nasa anunciou nesta terça-feira que a próxima geração de espaçonaves que levará os astronautas da agência ao espaço será baseada no projeto Orion, planejada como sucessora original dos ônibus espaciais no programa Constellation. A nova espaçonave será conhecida como "Veículo Tripulado de Múltiplos Propósitos (MPCV, na sigla em inglês).
A espaçonave terá capacidade de transportar quatro astronautas para  missões de 21 dias, e de pousar no oceano Pacífico, próximo à costa da Califórnia. Segundo a agência, o novo equipamento será dez vezes mais seguro durante o lançamento e o retorno à Terra que os ônibus espaciais.
A Nasa agora se concentra na exploração do espaço além da região da órbita terrestre baixa e focará  mais adiante na possível viagem para Marte, deixando o envio de transportes para a Agência Espacial Internacional (ISS), a cargo da Rússia e para empresas particulares após a aposentadoria de seus ônibus espaciais.
Fonte: Estadão.com

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Frase

"As grandes obras são sonhadas pelos gênios, executadas
  pelos lutadores, desfrutadas pelos felizes e criticadas
                        pelos inúteis crônicos".


Sucesso da civilização Inca se deve a dejetos de Lhamas

Estudo mostrou que a transição para a agricultura só foi possível graças aos fertilizantes orgânicos usados em grande escala.
Segundo a pesquisa publicada no periódico Antiquity, especializado em arqueologia, a civilização Inca pode ter crescido e evoluído graças aos dejetos de lhamas.
Foi a transição da caça e coleta à agricultura, 2,7 mil anos atrás, que permitiu aos incas se acomodar e prosperar na área de Cuzco onde fica Machu Picchu, diz o autor do estudo, Alex Chepstow-Lusty.
O pesquisador do Instituto Francês de Estudos dos Andes em Lima afirma que o desenvolvimento da agricultura e o plantio de milho é um fator crucial para o crescimento de civilizações. "Cereal faz as civilizações",diz.
A equipe encontrou uma correlação entre as primeiras aparições de colheitas de milho entre 7000 a.C. - o que mostra a primeira vez que o cereal teria sido plantado naquela altitude - e um aumento vertiginoso no número de parasitas que se alimentam de excrementos animais.
Os pesquisadores concluíram que a transição ampla à agricultura só foi possível com um ingrediente extra: fertilizantes orgânicos usados em grande escala.
Em outras palavras, muitos dejetos de lhama.
Os lhamas eram e ainda são usados nos Andes peruanos para carregar produtos e prover carne e lã. Uma antiga rota de comércio com transporte de lhamas entre a selva e as montanhas foi encontrada. Eles costumavam parar para beber água do lago Marcaccocha e deixavam seus dejetos.
Isso proveu fertilizantes, facilmente coletados - como ocorre hoje - pela população local para as plantações ao redor.
À medida que os incas adotaram o milho - rico em calorias - em sua alimentação, sua sociedade se desenvolveu na região de Cuzco.
Cerca de 1,8 mil anos desde o início da transição para a agricultura, uma onda prolongada de clima cálido permitiu que os incas realmente prosperassem e construíssem grandes assentamentos de pedra, como Machu Picchu e Ollaytaytambo.
Faz muito tempo que a civilização acabou, destruída por conquistadores espanhóis nos anos 1500. Mas seus descendentes, os quéchuas, ainda usam os dejetos de lhama como fertilizantes e como combustível para aquecimento.
Fonte: Estadão.com

Maior acelerador de partículas conquista mais um recorde

O maior acelerador de partículas do mundo, o LHC situado próximo de Genebra, alcançou nesta segunda-feira (23) um recorde, cruzando "a fronteira simbólica" dos "100 milhões de colisões por segundo", anunciou o presidente do conselho do Centro Europeu de Investigação Nuclear (CERN).
Há um mês, o LHC (Grande Colisor de Hádrons) tinha estabelecido um recorde de luminosidade, correspondente a "100 milhões de colisões por segundo. Agora a marca foi multiplicada por 10".
Fazendo colidir feixes de prótons que circulam em sentidos opostos em um anel de 27 km de circunferência, o LHC tem como objetivo recriar as condições de extrema energia da primeira fração de segundos depois do Big Bang, há 13,7 bilhões de anos.
Os físicos buscam em particular um elo perdido da teoria de partículas, o famoso bóson de Higgs, que seria a menor partícula que teria dado sua massa para todas as outras.
Com 100 milhões de colisões por segundo, o LHC poderia produzir diariamente, em poucas horas, um bilhão de colisões. Neste ritmo, se o bóson de Higgs existir, poderá ser detectado "um por dia", segundo os cientistas.
"Com um Higgs por dia, ou seja, centenas até fim de 2012, mesmo com o ruído de fundo poderemos determinar se existe ou não" , resumiram.
Caso seja encontrado, isso significaria que a teoria das partículas elementares está correta.
Fonte: Ig.com

Estudo identifica tribo amazônica que "não conhece conceito de tempo"

Pesquisadores brasileiros e britânicos identificaram uma tribo amazônica, que, segundo eles, não tem noção do conceito abstrato de tempo.
Chamada de Amondawa, a tribo não tem as estruturas linguísticas que relacionam tempo e espaço - como, por exemplo, na tradicional de ideia de "no ano que vem".
O estudo feito na tribo, chamado "Língua e Cognição", mostra que, ainda que a tribo entenda que os eventos ocorrem ao longo do tempo, este não existe como um conceito separado.
A ideia é polêmica, e futuras pesquisas tentarão identificar se isso se repete em outras línguas faladas na Amazônia.
O primeiro contato dos Amondawa com o mundo externo ocorreu em 1986, e, agora, pesquisadores da Universidade Federal de Roraima começaram a analisar a ideia de tempo da forma como ela aparece no idioma falado pela tribo.
"O povo Amondawa, como qualquer outro, pode falar sobre eventos e sequências de eventos. O que não encontramos foi a noção de tempo como sendo independente dos eventos que estão ocorrendo. Eles não percebem o tempo como algo em que os eventos ocorrem", disse o professor de psicologia da língua na Universidade Portsmouth, tanto que a tribo não tem nenhuma palavra equivalente a "tempo", nem mesmo para descrever "mês" ou "ano".
As pessoas da tribo não se referem a suas idades - em vez disso, assumem diferentes nomes em diferentes estágios da vida, à medida que assumem novos status dentro de sua comunidade.
Mas talvez o mais surpreendente seja a sugestão dos pesquisadores de que não há interconexão entre os conceitos de passagem do tempo e movimento pelo espaço. Ideias como um evento que "passou" ou que "está muito à frente" de outro são comuns em muitas línguas, mas tais construções linguísticas não existem entre os Amondawa.
Acima: Divisão do dia e da noite em Amondawa
Fonte: Estadão.com

sábado, 21 de maio de 2011

Frase

           "Existir é mudar, mudar é amadurecer,
          amadurecer é criar a si próprio infinitamente".
                                    (Henri Bergson)


ONG divulga imagem de como seria Anne Frank aos 80 anos

Anne Frank, a adolescente judia que ficou famosa após a morte, quando seus diários foram publicados, faria 80 anos no próximo mês se tivesse sobrevivido à Segunda Guerra Mundial.
Para marcar a data, o "Anne Frank Trust-UK", da Grã-Bretanha, divulgou uma fotografia de como seria a aparência dela no aniversário, no dia 12 de junho.
Anne Frank morreu de tifo no campo de concentração de Bergen-Belsen em 1944, poucos meses antes do fim da guerra. Seu pai, Otto Frank, foi o único da família a sobreviver.
Ele compilou as anotações da filha em um livro que foi publicado em 1947. A menina escreveu suas observações durante o tempo em que a família ficou escondida em uma casa em Amsterdã, na Holanda, para escapar do holocausto nazista.
Ao divulgar a foto, a ONG quer chamar a atenção para os milhões de jovens que morrem vítimas de guerras e perseguição hoje.
Fonte: J. do Brasil.com

22 de maio - "Dia da Biodiversidade"

Algum país abriga tão expressiva biodiversidade como o Brasil? A resposta é: nenhum! Seis dos principais biomas de nosso território reúnem a maior variedade de fauna e de flora da Terra. De acordo com os números do Ministério do Meio Ambiente, Amazônia, Mata Atlântica, Cerrado, Caatinga, pantanal Mato-Grossense e Pampas têm, juntos, mais de 13% de cerca de 1,5 milhão de espécies descobertas e catalogadas pelos cientistas nos quatro cantos do mundo.
Enfim, além das 55 mil plantas com sementes, são nada menos que 530 mamíferos (mais de meia centena de primatas), 1,8 mil de aves, 800 de anfíbios, 680 de répteis e cerca de 3 mil de peixes. Isso sem levar em conta que apenas 10% da zoologia brasileira estimada é conhecida e estudada. Os mais respeitados pesquisadores internacionais calculam que estão sendo encontrados, a cada ano, perto de 1,5 mil novas  espécies. Nesse ritmo, dizem eles, precisaremos de 800 mil anos para conhecer toda nossa biodiversidade - claro, contanto que trancássemos o ritmo de devastação e extinção.
Entre os grupos mais bem idendificados e definidos de forma científica em nossa fauna estão os mamíferos e as aves. São os mais visíveis na mata, os mais comuns de estar em contato com o ser humano.
Essa riqueza de fauna deve-se aos múltiplos habitats que ocupam o imenso território brasileiro, com sua geografia diversificada e clima que oscila do tropical ao semiárido. Todas essas categorias ajudaram a criar vários nichos ecológicos que favorecem a formação das tantas espécies que temos.
Diante dos superlativos da fauna brasileira, como proteger e preservar tanta vida, em que muitos bichos conhecidos estão já em vias de desaparecimento, principalmente em decorrência das consequências nefastas da devastação de seus habitats???
Fonte: National Geographic.com

Ônibus Espacial Atlantis é preparado para a última missão

Depois do lançamento do ônibus espacial Endeavour para sua última missão, é a vez de preparar o Atlantis para realizar sua derradeira viagem ao espaço. A espaçonave foi levada ao Centro Espacial Kennedy, na Flórida, para receber as partes que faltam em sua estrutura - foguetes propulsores e tanques externos.
A missão final do Atlantis, voo que inicialmente estava previsto para 28 de junho, tinha sido adiado devido ao atrazo do lançamento do Endeavour por motivo de um problema elétrico. Atualmente ele está no espaço acoplado à Estação Espacial Internacional (ISS).
O lançamento do Atlantis em direção à Estação Espacial, que será o número 135º de um ônibus espacial depois do primeiro voo do Columbia em 1981, foi programado para o dia 8 de julho.
Será a missão 33ª do Atlantis - que fez seu primeiro voo espacial em 1985 - e a que marcará o fim do programa espacial da Nasa após 30 anos em atividade. De agora em diante, a Nasa fará parcerias com a Rússia para enviar pessoas à Estação e contará com os serviços de empresas privadas, que também farão turismo espacial.