domingo, 30 de setembro de 2012

Pesquisa testa se relógio biológico se adapta a Marte

Viajar para países de fusos horários muito diferentes é desgastante, mas tentar viver de acordo com o horário de um outro planeta pode ser ainda mais desafiador. Uma equipe de pesquisadores do Brigham and Women's Hospital tentou descobrir como preparar o corpo de integrantes da NASA para trabalharem na missão Phoenix Mars Lander, que enviou a sonda Curiosity a Marte.
Mesmo sendo operada da Terra, a sonda precisa trabalhar em horário marciano, cujo dia tem cerca de 40 minutos a mais do que o terrestre. Apesar de parecer pouco, os efeitos dessa diferença são notáveis, pois prejudicam o ciclo biológico, criando dificuldades para dormir, acordar e trabalhar. Para diminuir essa espécie de jet-lag, os cientistas criaram um programa em que os 19 participantes tiveram que viver como se estivessem em Marte por 78 dias.
Eles controlavam o sono por meio de diários de sono e trabalho, actigrafia (método de monitoramento do ciclo circadiano) e testes de desempenho regulares. Um grupo de integrantes também recebeu caixas de luz portáteis de cor azul clara para colocar em seus locais de trabalho e, assim, adaptar-se melhor e aumentar sua performance no serviço.
Apesar das dificuldades para se encaixar no novo ritmo, o estudo, publicado no site do jornal científico SLEEP, mostrou que 87% dos membros do grupo conseguiram se adaptar ao horário marciano. Diante disso, os pesquisadores acreditam que o método pode ajudar em missões futuras ao espaço.
Exame.com

Aquecimento de oceanos pode fazer peixes encolherem, diz pesquisa

Os autores do estudo projetaram o impacto das temperaturas crescentes em mais de 600 espécies, entre 2001 e 2050. Segundo eles, águas mais quentes têm menor nível de oxigênio, o que leva a peixes com tamanho consideravelmente menor.
Sendo assim, eles concluem, o controle das emissões de gases do efeito estufa pode impactar mais ecossistemas do que se pensava.
Pesquisas prévias apontavam que mudanças na temperatura oceânica afetariam tanto a localização quanto a procriação de diversas espécies de peixes. O novo estudo, porém, joga luz sobre o peso dos peixes.
Para avaliar isso, os cientistas montaram um modelo que identifica como os animais reagem à redução do nível de oxigênio na água, usando dados do Painel Intergovernamental para Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês).
Metabolismo
Ainda que os dados apontem para uma mudança pequena na temperatura da água no fundo dos oceanos, o impacto disso é grande no que diz respeito ao tamanho dos peixes.
"O aumento da temperatura eleva diretamente a taxa metabólica do corpo dos peixes", disse à BBC News William Cheung, da Universidade da Colúmbia Britânica (Canadá), autor da pesquisa. "Isso demanda mais oxigênio para a realização de funções corporais comuns. Faltará oxigênio para o crescimento, e o peixe terá um corpo menor."
A equipe de pesquisa também usou seu modelo para tentar prever a migração de peixes por conta do aquecimento das águas e concluiu que a maioria das populações irá em direção aos polos. Sendo assim, alguns mares frios terão de peixes pequenos comuns em águas tropicais.
Mas a pesquisa faz a ressalva de que há incertezas nas previsões de mudanças climáticas e oceânicas e isso pode afetar o modelo apresentado. Sendo assim, diz Cheung, são necessários novos estudos. "Precisamos olhar com mais cuidado para a resposta biológica (dos peixes) no futuro", diz ele.
Ao mesmo tempo, outros cientistas alertam para o impacto disso na produção pesqueira. "Indivíduos menores vão produzir ovos menores e em menor quantidade, o que afetará o potencial reprodutivo dos cardumes e reduzirá sua resistência à pesca e à poluição", afirma Alan Baudron, da Universidade de Aberdeen (Grã-Bretanha), estudioso de cardumes no Mar do Norte.
Exame.com

Países precisam fazer mais para reduzir extinção até 2020, diz ONU

Muitos países precisam fazer mais para diminuir a extinção de animais e plantas dentro das metas da ONU para 2020, que também economizariam ao mundo bilhões de dólares por ano, afirmam especialistas da ONU.
Apenas alguns países --incluindo França, Guatemala e Grã-Bretanha-- até agora adotaram novos planos nacionais para combater ameaças como a poluição ou as alterações climáticas, de acordo com um pacto estabelecido no Japão em 2010.
"Há muito mais a fazer", disse David Cooper, chefe da unidade científica, técnica e tecnológica no Secretariado da Convenção da ONU sobre Diversidade Biológica (CDB), em Montreal.
Quase 200 nações se reunirão em Hyderabad, na Índia, de 8 a 19 de outubro, para avaliar o progresso em direção às metas para proteger a vida na Terra, que os relatórios da ONU dizem que está sofrendo a maior onda de extinções desde o desaparecimento dos dinossauros há 65 milhões de anos.
Os governos concordaram em 2010 com 20 metas, incluindo eliminação progressiva dos subsídios prejudiciais e expansão das áreas protegidas, por exemplo, para salvar os recifes de coral valiosos que são viveiros para peixes ou para diminuir o desmatamento do Congo à Amazônia.
"Há um progresso substancial. É rápido o suficiente para atingir as metas até 2020 para a maioria deles? Provavelmente não", disse Cooper. A biodiversidade está ameaçada por um aumento projetado na população humana para 9 bilhões em 2050, de 7 bilhões agora.
"Nós precisamos de um aumento nas atividades", afirmou ele, como parte de uma série de entrevistas sobre as perspectivas para Hyderabad. A biodiversidade engloba tudo, desde alimentos à produção de madeira.
As nações também têm tido dificuldades para ratificar um protocolo que estabelece as regras para o acesso aos recursos genéticos, tais como plantas tropicais raras utilizadas em medicamentos, e formas de compartilhar benefícios entre empresas, povos indígenas ou governos.
Até agora, 92 países assinaram o Protocolo de Nagoya, mas apenas seis ratificaram, bem aquém dos 50 necessários para que ganhe força legal. A meta é que o protocolo esteja em pleno funcionamento até 2015.
Otimismo demais "Estávamos um pouco otimistas demais", disse Valerie Normand, diretora sênior do programa para acesso e compartilhamento de benefícios na CDB, que disse que o Secretariado esperava que o protocolo pudesse entrar em vigor este ano. A expectativa agora é para 2014.
Cooper disse que muitos dos objetivos fixados para 2020 economizariam bilhões de dólares por ano, ao garantir que a agricultura, desmatamento ou pesca possam ser geridos de forma sustentável. Alguns pescados, por exemplo, têm sido explorados ao ponto de colapso.
Em Nagoya, especialistas estimam que o financiamento anual para salvaguardar a biodiversidade totalizou cerca de 3 bilhões de dólares por ano, mas alguns países em desenvolvimento queriam que aumentasse para cerca de 300 bilhões de dólares.
"Estes números são grandes, mas são triviais em comparação com os benefícios que estamos recebendo da biodiversidade. Se não agirmos, os custos serão muito maiores", afirmou Cooper.
Entre as preocupações, 32 por cento das raças de gado estão sob ameaça de extinção nos próximos 20 anos, diz a Organização para a Alimentação e Agricultura das Nações Unidas. E 75 por cento da diversidade genética das culturas agrícolas foram perdidas desde 1900.
National Geographic
 



sábado, 29 de setembro de 2012

Frase


Mapas de satélite avaliam elevação do nível do mar

Sob as condições do aquecimento global, espera-se que os níveis globais dos mares se elevem consideravelmente durante este século. Os níveis vão subir em grande parte devido à expansão da água com a elevação de temperaturas oceânicas e com o derretimento de gelo. De acordo com um novo estudo publicado na Nature, os niveis continuarão a se elevar por um período de tempo, mesmo que sejam feitas reduções maciças de emissões agora.
A razão para a expansão continuada, mesmo com o resfriamento de temperaturas, é a expansão da água com temperaturas mais quentes. Mesmo que as emissões tenham redução significativa, isto não iria automaticamente remediar a situação. Os oceanos levam uma quantidade considerável de tempo para se aquecer e precisam também de um tempo considerável para resfriar. A superfície dos oceanos, no entanto, iriam provavalmente resfriar nestes cenários, mas as águas mais profundas que aqueceram e continuam a aquecer hoje levarão muito mais tempo para resfriar. Estes bolsões de águas mais quentes também irão circular em correntes em torno do globo, solidificando ainda mais a elevação dos níveis dos mares globalmente.
Foi completado agora um estudo da Climate Change Initiative detalhando 18 anos de observações de satélite. O trabalho, feito em conjunto com a Agência Espacial Europeia, foi conduzido com a utilização de diversas unidades de satélites, mas especialmente com o Jason. Ele pode criar um mapa topográfico do oceano em dez dias, e o mapa representa 95% das águas oceânicas livres de gelo.
Usando pulsos de microondas, o satélite pode determinar a altura do mar globalmente, estabelecendo o tempo que um pulso demora para retornar. Com estes dados, cientistas conseguiram desenvolver um mapa detalhado da elevação dos níveis globalmente, e ela não ocorre de forma igual.
No geral, o estudo determinou que o aumento médio global do nível do mar foi de 3 milímetros por ano no período. No entanto, algumas áreas experimentam elevação menor e outras um aumento dramaticamente maior. O Oceano Pacífico perto da Ásia, por exemplo, viu aumentos da ordem de 10 milímetros por ano, enquanto que na porção perto dos Estados Unidos a elevação foi quase zero. O Mar das Filipinas foi um dos que passaram por maior elevação.
A diferença entre aumentos do nivel do mar é atribuída a diferenças nas temperaturas, ventos e complexos sistemas de correntes. Os cientistas notaram que os lugares que têm atualmente a maior elevação deverão mudar com o passar do tempo. Os contribuintes mais importantes apontados foram a expansão das águas e o derretimento de geleiras, observa o About My Planet.
National Geographic

Infográfico: o que dizem os céticos e os crentes sobre 2012

Galileu.com

Óvnis idênticos são vistos em pontos a 1600 km de distância

Dois óvnis idênticos foram avistados no Google Maps em regiões situadas a 1.600 quilômetros de distância.
Os objetos avermelhados estavam visíveis, no aplicativo online, no céu de Jacksonville (Texas, EUA) e de Acoma Pueblo (Nova México, EUA).
O primeiro óvni foi achado no Google Maps por Andrea Dover, que estava procurando um endereço no aplicativo, segundo noticiou a ABC News.
Não ficou claro como a segunda imagem foi descoberta.
"Entramos em contato com o Google para saber se eles estavam cientes do objeto e não tivemos retorno deles", disse a KLTV-TV, afiliada da ABC.
Algumas teorias em Jacksonville apontam que o óvni se trata do brilho do sol na câmera do Google ou reflexo do símbolo de um restaurante do McDonald's. Reabre a polêmica sobre óvnis...
O Globo.com

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Frase


Pedra de Marte foi "formada por correntes aquáticas"

A sonda Curiosity, da Nasa, chegou à superfície de Marte há apenas sete semanas, mas já encontrou indícios de que houve correntes d'água no planeta.
O robô descobriu rochas que parecem ter sido formadas por sedimentos e areia.
Cientistas da missão aeroespacial afirmam que o formato arredondado das pedras indicam que ela foi carregada e sofreu erosão por água.
Para os pesquisadores, a sonda pode ter encontrado uma rede de antigos riachos.
BBC.com

Se o clima afeta a agricultura, o oposto também é verdadeiro

Em um mundo em aquecimento, é preciso fazer escolhas, separar o que é melhor para o planeta e abandonar o que é potencialmente prejudicial. O recado vem do ganhador do prêmio Nobel da Paz e ex-vice presidente americano Al Gore, e foi feito diante de uma plateia de mais de mil e executivos, especialistas e pesquisadores do setor do agronegócio do Brasil e do mundo, durante evento em SP.
"Se a crise climática afeta a agricultura, o oposto não é menos verdadeiro", afirmou o autor do documentário "Uma Verdade Inconveniente", filme vencedor do Oscar em 2007 e um símbolo dos esforços do político na construção e disseminação do conhecimento sobre as mudanças climáticas.
Al Gore lembrou que, este ano, caminhamos para uma nova alta recorde no preço dos alimentos em menos de 3 anos, em decorrência da quebra de safra na produção de grãos nos EUA e nos países do leste europeu. Mais um exemplo a se somar às consequências perigosas do aquecimento global e das mudanças no clima.
Nesse cenário, Brasil e Estados Unidos têm um papel relevante na segurança alimentar do mundo, pois produzem mais que outras regiões, que já sofrem cronicamente com a deficiência de alimentos, defendeu Al Gore.
Mas para isso, continuou, precisamos adotar formas melhores e mais sustentáveis de agricultura, reduzindo o uso de pesticidas e agredindo menos o solo. Além de empobrecer a terra, técnicas de cultivo agressivas afetam os depósitos de carbono presentes no solo, que são "três vezes maiores que todo o carbono preso na cobertura verde", segundo ele.
"Temos que entender que o impacto da mudança climática sobre a agricultura está no limite. As ferramentas para mudar isso já existem, o que falta é vontade política", disse. "Essa é a época de fazer as mudanças necessárias para salvar o futuro do único planeta que temos".
Exame.com

Madeira ilegal movimenta US$100 bilhões por ano

O comércio de madeira extraída ilegalmente na Amazônia, na África Central e no Sudeste Asiático movimenta de US$ 30 bilhões a US$ 100 bilhões por ano e é responsável por até 90% do desmatamento de florestas tropicais no mundo. O alerta foi feito na quinta-feira (27) pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e pela Interpol, durante divulgação do relatório Carbono Verde: Comércio Negro.
De acordo com o levantamento, de 50% a 90% da exploração madeireira nos países daquelas três regiões é realizada pelo crime organizado, respondendo por até 30% do comércio global.
A atividade, aponta o relatório, conta com velhas táticas, como suborno e falsificação de licenças, e tecnologias modernas de invasão de sites do governo. No total, foram descritas 30 formas de obtenção de madeira e "lavagem" de madeira ilegal.
Casos assim foram identificados no Brasil. Em 2008, diz o trabalho, hackers que trabalham com madeireiros ilegais no Pará acessaram licenças de corte e transporte de madeira, possibilitando o roubo de 1,7 milhão de m³ de floresta. A história envolveu 107 empresas, que acabaram sendo processadas em US$ 1,1 bilhão.
Segundo a Interpol, a retirada ilegal de madeira está associada também ao aumento de violência em geral, assassinatos e agressões a populações indígenas. A Polícia Internacional alerta que é necessário um esforço global coordenado para lidar com o problema.
"A exploração madeireira ilegal pode minar esse esforço, roubando as chances de um futuro sustentável de países e comunidades, caso as atividades ilícitas sejam mais rentáveis do que as atividades legais de Redd (Redução das Emissões por Desmatamento e Degradação)", afirmou o diretor executivo do Pnuma, Achim Steiner, durante a divulgação do relatório. As informações são do jornal Estado de São Paulo.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Frase


Estudo indica ruptura de placa tectônica sob Oceano Índico

Uma série de fortes terremotos em abril na região costeira de Sumatra, no Oceano Índico, seria um indício da futura quebra em dois da placa tectônica Indo-Australiana, de acordo com um estudo publicado na revista científica Nature desta semana.              
Pesquisadores afirmam que a análise dos tremores, cujo mais forte teve magnitude de 8,7 pontos, indica que a placa que hoje é uma só deve se romper, criando um novo bloco.              
A mudança deve levar milhões de anos para acontecer, no entanto.              
"Este é um processo que provavelmente começou há 10 milhões de anos, então você pode imaginar quanto tempo ainda vai ser necessário para chegarmos a ter uma fronteira clássica", afirmou Matthias Delescluse, da Escola Normal Superior, de Paris.              
Delescluse é autor de um dos três estudos que tratam dos terremotos de abril na última edição da Nature.              
A ilha de Sumatra, no oeste do arquipélago indonésio, se encontra em cima do ponto de encontro entre as placas tectônicas Indo-Australiana e a de Sonda.              
Estas enormes porções da crosta rígida exterior da Terra se deslocam uma contra a outra a uma velocidade de cerca de 5 cm a 10 cm por ano.              
A placa Indo-Australiana, mais alongada, abrange a maior parte do fundo do Oceano Índico, e afunda para baixo da de Sonda, que sustenta a ilha de Sumatra.              
O atrito na fronteira, travando e destravando, além da súbita liberação de energia acumulada, são a causa de grande parte dos terremotos violentos, como o de magnitude 9,1, que provocou o catastrófico tsunami de 26 de dezembro de 2004.              
Escala poderosa
Mas os tremores de 11 de abril de 2012, embora tenham sido tão poderosos quanto o de 2004, não tiveram o mesmo impacto nem geraram um tsunami.              
A explicação para isso está na natureza do acidente geológico, na forma como bloco rochoso se movimenta horizontalmente de cada lado da quebra, em vez de um movimento vertical, que leva à geração de tsunamis.              
Os sismos de abril também estavam mais a oeste, diretamente sobre a placa Indo-Australiana, em uma área de deformação em grande escala e diversas falhas.              
Delescluse disse ser evidente que o movimento registrado nas fronteiras da placa esteja forçando a parte central dela.
IGCiência              

Curiosity encontra sinais de antigo leito de rio em Marte

O jipe-robô Curiosity encontrou sinais de um leito de rio que uma vez correu pela área próxima ao local onde ele pousou em Marte. Já foram encontradas provas, anteriormente, sobre a presença de água no planeta vermelho, mas está é a primeira vez que imagens de cascalho de rio são captadas.
O Curiosity pousou no solo marciano no mês passado em uma cratera próxima ao equador de Marte. Atualmente o planeta vermelho é seco e coberto de poeira, mas cientistas acreditam que no passado era mais quente e úmido.             
As provas de um leito antigo vieram da análise do tamanho e da forma de pedras encontradas na Cratera Gale. De acordo com os cientistas da missão, tudo indica que o a água corria de forma vigorosa formando um rio profundo.
IGCiência             

Japoneses encontram o elemento 113 da tabela periódica

Cientistas do Japão afirmam ter encontrado o elemento 113 da tabela periódica. Caso a descoberta seja ratificada pela Iupac e pela Iupap, as uniões internacionais de química e física aplicada, respectivamente, os japoneses serão os primeiros asiáticos a terem direito de batizar um novo integrante da tabela periódica, que ainda carrega o provisório nome de unúntrio. Dessa forma, eles passarão a integrar o seleto grupo que conta com Estados Unidos, Rússia e Alemanha, únicas nações que conseguiram feitos semelhantes.
O recém-criado elemento é um átomo com 113 prótons no seu núcleo. Com uma quantidade tão grande de cargas positivas, e consequentemente um alto nível de radioatividade, ocorre, em questão de segundos, a desintegração do elemento em partículas menores. "O núcleo simplesmente não dá conta de tantos prótons", explica Regina Frem, doutora em química e professora do Instituto de Química da Unesp, em Araraquara. O 113, uma vez sintetizado, se transformou – ou decaiu – seis vezes (no 111, depois no 109, 107, 105, 103 e, por fim, no Mendelévio, de número atômico 101). A cada decaimento, ocorria a emissão de uma partícula alfa, composta por dois prótons e dois nêutrons. É a partir dessa partícula alfa que os cientistas conseguem detectar o elemento, que "vive" por apenas alguns segundos em laboratório. Em outras palavras, os dados dos elementos 111, 109, etc., coletados após anos de estudos, permitiram a caracterização do átomo agora reivindicado pelos japoneses.
Entre 2004 e 2005, o Centro Riken Nishina, responsável pelo estudo publicado nesta quarta-feira no Journal of Physical Society of Japan, chegou a detectar o novo elemento, mas só conseguiu produzir quatro decaimentos, razão pela qual a Iupac e a Iupap não chancelaram o achado.
Na marra — Para fabricar o elemento 113, a equipe coordenada pelo cientista Kosuke Morita usou um acelerador de partículas. Milhões de partículas do elemento zinco, que tem 30 prótons no seu núcleo, foram arremessadas contra uma chapa metálica contendo bismuto (83 prótons). O acelerador fez com que o zinco viajasse a 10% da velocidade da luz, único jeito de vencer a rejeição que dois núcleos repletos de cargas positivas têm um sobre o outro. "O choque precisa gerar mais energia do que eles gastam tentando se repelir", diz a professora da Unesp. Como resultado, alguns núcleos de zinco e de bismuto se uniram, dando origem ao efêmero elemento de número atômico 113. O procedimento foi realizado no dia 12 de agosto.
Para receber o carimbo da comissão conjunta da Iupac e da Iupap, o mesmo experimento terá de ser repetido por outros laboratórios. Se o resultado for semelhante ao obtido pelo instituto japonês, o país ganha o direito de batizar o novo elemento. Neste ano, por exemplo, as entidades aprovaram os testes realizados por um grupo de pesquisa formado por americanos e russos, que nomearam de fleróvio e livermório os números 114 e 116 da tabela periódica, achados um ano antes.
Todos os componentes da tabela periódica que têm núcleos superpesados não existem na natureza. Desde a década de 1940 são realizados procedimentos com reatores nucleares e com aceleradores de partículas para gerar novos elementos.
Kosuke Morita, do Centro Riken Nishina, já adiantou que quer agora tentar chegar ao elemento 119. O entusiasmo de Morita não é reflexo apenas de uma competição entre países para ver quem tem mais nomes na tabela periódica. Sintetizar novos elementos, diz Romeu Rocha Filho, professor da pós-graduação em Química da Universidade Federal de São Carlos (Ufscar), ajuda a tentar entender como os constituintes da matéria se relacionam. Além do mais, ele explica que existe uma teoria, conhecida por ilha de estabilidade nuclear, segundo a qual o núcleo tenderia a se estabilizar por volta de 120 prótons. Caso se confirme, um elemento criado em laboratório poderia durar um pouco mais do que alguns segundos. "Isso permitira que os cientistas estudassem com mais detalhes as propriedades do elemento", diz Rocha Filho.
Veja.com 

Estátua de nazistas foi esculpida em meteorito de 15 mil anos

Uma estátua budista levada do Tibet para a Alemanha em 1938 por uma equipe enviada por nazistas para buscar "as raízes da raça ariana" foi esculpida há mil anos em um pedaço de meteorito, revelaram os cientistas encarregados de sua análise.
A estátua batizada de "O homem de ferro" pesa mais de 10 kg e mede 24 cm de altura. Acredita-se que representa o deus Vaisravana, uma importante figura do budismo. Em 1938, uma expedição de cientistas alemães enviadas pelo governo nazista para descobrir a origem da chamada "raça ariana" descobriu esta estátua, que tem uma cruz suástica no ventre, e a levou para a Alemanha.
Uma equipe do Instituto de Estudos dos Planetas da Universidade de Stuttgart, dirigida por Elmar Buchner, analisou a estátua e descobriu que foi esculpida em um bloco proveniente de uma ataxita, um tipo pouco comum de meteorito ferroso, segundo estudo publicado na revista Meteoritics and Planetary Science. Esse meteorito teria caído na fronteira entre Mongólia e a Sibéria há cerca de 15 mil anos.
Não se pôde datar com exatidão a escultura, mas seu estilo leva a pensar que teria vínculos com a cultura Bon, anterior ao budismo, no século XI.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Frase


Estudo afirma que 100 milhões morrerão té 2030 por mudanças climáticas

Mais de 100 milhões de pessoas vão morrer e o crescimento econômico global será reduzido em 3,2 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) até 2030 se o mundo fracassar no combate às mudanças climáticas, alertou um relatório encomendado por 20 governos divulgado nesta quarta-feira.
À medida que as temperaturas médias globais sobem devido às emissões de gases de efeito estufa, as consequências sobre o planeta, tais como derretimento do gelo nos polos, condições meteorológicas extremas, secas e elevação dos mares, vão ameaçar populações e meios de subsistência, disse o relatório conduzido pela organização humanitária DARA.
O órgão calculou que 5 milhões de mortes ocorrem a cada ano devido à poluição do ar, fome e doenças como resultado das mudanças climáticas e das economias com uso intenso de carbono, e esse número provavelmente vai subir para 6 milhões por ano até 2030 se os atuais padrões de uso de combustíveis fósseis continuar.             
Mais de 90 por cento dessas mortes ocorrerão nos países em desenvolvimento, apontou o relatório, que calculou o impacto humano e econômico da mudança climática em 184 países em 2010 e 2030. O documento foi encomendado pelo Fórum Clima Vulnerável, uma parceria de 20 países em desenvolvimento ameaçados pela mudança climática.
"Uma crise combinada carbono-climática deve custar 100 milhões de vidas entre agora e o final da próxima década", disse o relatório.
O documento afirmou ainda que os efeitos da mudança climática tinham reduzido a produção global em 1,6 por cento do PIB mundial, ou 1,2 trilhão de dólares por ano. As perdas poderiam dobrar para 3,2 por cento do PIB mundial até 2030 se for permitido que as temperaturas globais subam, ultrapassando 10 por cento antes de 2100.
O custo de mudar o mundo para uma economia de baixo uso de carbono é estimado em cerca de 0,5 por cento do PIB nesta década.
Contando o custoEm resposta ao relatório, a Oxfam Internacional disse que os custos de uma falta de ação política sobre o clima são "surpreendentes".
"As perdas para a agricultura e a pesca sozinhas podem chegar a mais de 500 bilhões de dólares por ano até 2030, fortemente concentradas nos países mais pobres, onde milhões dependem desses setores para ganhar a vida", disse o diretor-executivo Jeremy Hobbs.
As temperaturas já subiram cerca de 0,8 grau Celsius acima dos níveis pré-industriais. Quase 200 nações concordaram em 2010 em limitar o aumento da temperatura média global a menos de 2 graus Celsius para evitar os impactos perigosos das mudanças climáticas.
Mas cientistas do clima alertam que a chance de limitar o aumento para menos de 2 graus está ficando menor à medida que as emissões globais de gases de efeito estufa aumentam devido à queima de combustíveis fósseis.
As nações mais pobres são as mais vulneráveis, pois enfrentam maior risco de seca, escassez de água, quebra de safra, pobreza e doenças. Em média, elas podem ver uma perda de 11 por cento do PIB até 2030 devido às alterações climáticas, afirmou a DARA.
"Um grau Celsius de aumento da temperatura está associado com perda de 10 por cento da produtividade na agricultura. Para nós, isso significa perder cerca de 4 milhões de toneladas de grãos de alimentos, representando em torno de 2,5 bilhões de dólares. Isso é cerca de 2 por cento do nosso PIB", disse o primeiro-ministro de Bangladesh, xeique Hasina, em resposta ao relatório.
IGCiência

Reino Unido reitera que não negociará soberania das Malvinas

O governo do Reino Unido reiterou nesta quarta-feira que não negociará a soberania das Malvinas ''a menos que os ilhéus assim desejem'', em resposta à presidente da Argentina, Cristina Kirchner, que pediu na ONU um ''diálogo'' sobre a ''usurpação ilegal'' do arquipélago.
A missão do Reino Unido e da Irlanda do Norte na ONU emitiu um comunicado em exercício do ''direito de réplica'' às palavras da presidente, que falou nesta terça-feira na Assembleia Geral das Nações Unidas.
O Reino Unido ''não tem nenhuma dúvida sobre sua soberania sobre as ilhas Malvinas'', sustenta o comunicado, que enfatiza também a importância do ''princípio de livre determinação'' para os habitantes do arquipélago.
Lembra, além disso, que em junho ''os representantes democraticamente eleitos'' das Malvinas expuseram os pontos de vista dos ilhéus no Comitê de Descolonização da ONU e expressaram que só querem ''que lhes deixem viver em paz''.
Exame.com

Estação espacial pode ter que manobrar para evitar colisão com lixo espacial

A Estação Espacial Internacional (ISS) pode ser obrigada a manobrar para se esquivar dos restos de um satélite de espionagem militar russo abandonado, informou nesta quarta-feira, 26, um porta-voz do Centro de Controle de Voos Espaciais (CCVE) da Rússia.
"Dois pedaços do aparelho espacial Kosmos-2251 podem ameaçar a segurança da estação. Para evitar o lixo espacial, pode ser necessário uma manobra da ISS", afirmou a fonte à agência "Interfax".
Em caso de necessidade, a plataforma orbital poderia corrigir sua órbita já nesta quinta-feira, com ajuda do cargueiro europeu ATV. Em janeiro, a estação corrigiu sua órbita para evitar a colisão com um fragmento de satélite americano Iridium-33.
Os restos deste satélite se espalharam pela órbita terrestre em 10 de fevereiro de 2009, depois que ele se chocou com o Kosmos-2251, o que fez com que ambos se partissem em mais de mil fragmentos.
Em junho de 2011, a perigosa proximidade do lixo, que passou a apenas 250 metros da estação, obrigou os seis tripulantes a evacuar a plataforma e buscar refúgio nas naves Soyuz que nela estavam acopladas.
A corporação aeroespacial russa Energuia constrói uma nave tripulada para recolher lixo espacial, principal ameaça para a ISS. Os pesquisadores das principais agências espaciais acreditam que mais de 700 mil fragmentos de lixo espacial vaguem na órbita terrestre.
Estadão.com

Via Láctea está envolta em halo de gás quente, diz pesquisa

Informações coletadas pelo observatório orbital Chandra, da Nasa, revelam que a Via Láctea está envolvida em um enorme halo de gás quente com milhares de anos-luz de extensão. Sua massa seria comparável à soma de todas as estrelas da galáxia.
Um grupo de astrônomos conseguiu calcular, a partir de dados dos observatórios Chandra e XMM-Newton, este da Agência Espacial Europeia, e do satélite japonês Suzaku, a temperatura, a massa e a extensão desse halo de gás que envolve a Via Láctea. A temperatura, por exemplo, foi estimada entre 1 milhão e 2,5 milhões kelvins (equivalente ao mesmo valor em graus Celsius), centenas de vezes mais quente do que a superfície do sol. "Nós sabemos que o gás envolve a galáxia e sabemos o quão quente ele é", diz Anjali Gupta, responsável pelo estudo publicado no início de setembro no The Astrophysical Journal.
Caso a massa e a temperatura do halo de gás sejam confirmadas, a descoberta pode ajudar a resolver o problema conhecido como os "bárions perdidos da galáxia." Bárions são partículas, como prótons e nêutrons, que constituem mais de 99,9% da massa dos átomos encontrados no cosmos. Anteriormente, ao analisar halos de gás e galáxias muito distantes, os cientistas descobriram que a massa bariônica, quando o universo tinha apenas alguns bilhões de anos, representava um sexto da massa e da densidade da matéria não observável (ou matéria escura). Só que em uma nova pesquisa, com o objetivo de estimar o total de baríons em estrelas e gases da Via Láctea e galáxias vizinhas 10 bilhões de anos depois, simplesmente metade dos baríons não foi encontrada.
Estudos anteriores já mostraram a existência de um "gás morno" que cerca a Via Láctea, numa temperatura que varia de 100.000 a 1 milhão kelvins.
Dessa forma, o trabalho de Gupta sugere, apesar de ainda existirem incertezas, que os baríons fujões estariam escondidos no halo de gás quente, de milhões de kelvins, que cerca a galáxia. Além do mais, o achado de Gupta indica que o halo de gás quente tem massa muito superior ao de gás morno, podendo variar de 10 bilhões a 60 bilhões de vezes a massa do Sol.
Determinar a massa depende de fatores como a quantidade de oxigênio em relação ao hidrogênio, elemento dominante no gás. Ainda assim, a estimativa representa a melhor explicação para resolver o problema, de mais de uma década, dos "bárions perdidos."
A densidade do halo é pequena, uma possível razão para que halos em outras galáxias não tenham sido notados pelos cientistas.
Lançado em 1999, o Chandra é um dos quatro Grandes Observatórios da Nasa, ao lado do Hubble, do Compton (de raios gama) e do telescópio espacial Spitzer.
BÁRIONS
Bárions são partículas subatômicas pesadas, como prótons e nêutrons, que constituem mais de 99,9% da massa dos átomos encontrados no cosmos.
Veja.com

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Frase


Imagens de satélite revelam aumentos desiguais nos níveis dos oceanos

Uma reavaliação de imagens feitas por satélites dos últimos 18 anos forneceu uma visão nova e mais detalhada das mudanças no nível do mar em todo o mundo.
Um novo estudo, que se vale de informações levantadas a partir de imagens registradas por diferentes sondas espaciais, afirma que os níveis dos mares no planeta estão subindo apenas uma média de 3 milímetros por ano.
Mas essa reavaliação oculta algumas grandes diferenças regionais - tanto para cima quanto para baixo.
O Mar das Filipinas, por exemplo, sofreu um aumento médio que ultrapassa 10 milímetros por ano. Em parte, isso reflete grandes oscilações nos ventos e na temperatura do Oceano Pacífico.
O estudo integra a Iniciativa de Mudanças Climáticas (CCI, na sigla em inglês), aprovada pelo Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla original) durante sua reunião ministerial de 2008.
Razões das variações
''O mapa de tendências é uma forma de olhar para as mudanças que ocorreram nos últimos 20 anos. Os lugares em que você observa tendências de alta provavelmente não terão novas tendências de alta nos próximos 20 anos'', afirma Steve Nerem, da Universidade do Colorado, dos Estados Unidos.
''Muitas destas variações por décadas tendem a se tornar mais estáveis se analisadas por períodos mais longos. É por isso que precisamos de mais missões para compreender o porquê de tais variações'', acrescenta.
Paolo Cipolini, do Centro Nacional de Oceanografia da Grã-Bretanha, afirma também que ''muitas das características vistas no mapa de tendências indicam mudanças no armazenamento de calor e correspondem, no longo prazo, às variações nas correntes do oceano".
A pesquisa deverá ajudar cientistas a compreender a escala de diferentes fatores no aumento do nível do mar a longo prazo e as mudanças anuais e interanuais que podem ocorrer.
Atualmente, acredita-se que os principais causadores do aumento do nível dos mares sejam a absorção de mais calor pelos oceanos e as águas geradas pelo derretimento de geleiras e de camadas de gelo.
Medições
Os pontos essenciais são identificar até que ponto a elevação do nível do mar estaria ficando mais rápida e colocar de lado as oscilações de longo prazo no comportamento dos oceanos, que podem contribuir para distorções nas leituras dos níveis marítimos.
A mensuração da superfície oceânica por satélites é algo relativamente novo. As observações de rotina tiveram início com a espaçonave europeia ERS-1, em 1991. A referência no setor atualmente é o Jason/Poseidon, resultado de uma cooperação entre os Estados Unidos e a Europa.
Agora em sua terceira versão, o satélite Jason circula o globo estabelecendo um mapa topográfico de 95% dos oceanos terrestres a cada dez dias.
Para realizar isso, ele usa um radar altimétrico que constantemente mede pulsações de micro-ondas a partir da superfície do mar. Ao determinar o quanto o sinal demora para fazer a viagem de volta, o instrumento pode determinar a altura da superfície marítima.
 
 
Mas para que se tenha um retrato mais completo, é preciso relacionar os dados fornecidos pelo Jason com os de satélites que observam partes do mundo que acabam não sendo registradas de outras formas.
Outra importante ferramenta introduzida recentemente é o satélite gravitacional - especificamente as duas espaçonaves USGrace. Elas são capazes de medir a quantidade de gelo na Antártida e na Groenlândia e a quantidade de água armazenada nos continentes. E são capazes de oferecer novos dados a respeito do derretimento nos polos e o impacto das mudanças na precipitação que podem mover grandes quantidade de águas as águas para a terra.
BBC.com

Fenômeno climático El Niño pode voltar

O fenômeno El Niño poderá voltar em setembro e outubro e persistir durante o inverno (hemisfério norte), previu nesta terça-feira a Organização Meteorológica Mundial (OMM).
De acordo com o mais recente boletim trimestral Niño/Niña dessa agência da ONU, a temperatura da superfície do mar no Pacífico tropical aumentou em julho e agosto deste ano a níveis correspondentes a uma anomalia El Niño de fraca intensidade.
"No entanto, as características atmosféricas do El Niño (pressão atmosférica a nível do mar, ventos e neblina) ainda não se manifestaram", indicou a OMM.             
Por ora, a OMM considera que "o sistema oceano-atmosfera em seu conjunto está atualmente em um estado neutro", o que significa que não corresponde nem ao El Niño, nem ao La Niña.
Mas especialistas estimam ser "mais provável do que improvável" que as condições evoluam para características do El Niño.
Segundo a maioria dos modelos de previsão climática, parece muito provável que as condições características de um El Niño acontecem em setembro e outubro e persista durante o inverno do hemisfério Norte.
Se confirmado, este El Niño será provavelmente de baixa intensidade, indica a OMM.
No passado, o El Niño ocorria durante o outono e inverno e estava ligado, entre outras coisas, à escassez de chuvas em algumas partes da Austrália, Indonésia, Filipinas, no nordeste do Brasil, no sudeste da África e partes da Ásia.
Como já observado, estes episódios são frequentemente acompanhados por uma pluviosidade acima do normal no Equador e norte do Peru, no sul do Brasil e da Argentina e em partes da África Oriental .
Além disso, os invernos do El Niño são geralmente mais suaves no oeste do Canadá e em algumas partes do norte dos Estados Unidos, e mais úmido no sul dos Estados Unidos.
El Niño era o nome que os pescadores da costa oeste da América do Sul davam à aparição de águas quentes no Pacífico perto do Natal. O fenômeno inverso é chamado La Niña.
IGCiência

Ventos na estratosfera influenciam temperatura do oceano

 
Um fenômeno climático que ocorre na estratosfera (entre 24 e 48 quilômetros de altitude) define o comportamento de correntes marítimas nas profundezas do oceano. Já se sabia que a troposfera (a parte da atmosfera que vai da superfície até 9,6 quilômetros de altura) é influenciada pela estratosfera e pelas correntes marinhas. Agora, pela primeira vez, cientistas da universidade americana de Utah estabeleceram a relação entre os dois extremos, separados por dezenas de quilômetros.
O mais interessante, de acordo com o cientista Thomas Reichler, autor do estudo publicado neste domingo no jornal científico Nature Geoscience, é que essa interferência só é possível porque se dá sobre uma região específica e extremamente sensível dos oceanos, ao sul da Groenlândia, batizada por esta razão de "calcanhar de Aquiles" do Atlântico Norte.
A equipe de Reichler percebeu, após diversas simulações, uma correlação entre os padrões de ventos estratosféricos conhecidos como vórtice polar (polar vortex em inglês; veja ilustração ao lado) e do comportamento das correntes marítimas. Periodicamente, os ventos da estratosfera enfraquecem ou até mesmo mudam de direção, influenciando a troposfera, que, por sua vez, impacta os mares.
 A mudança de temperatura na troposfera atua diretamente sobre o Atlântico norte, sobretudo na região ao sul da Groelândia. Ali, a baixa temperatura e a ocorrência de grandes quantidades de sal aumentam a densidade da água, formando uma coluna gelada, sensível às mudanças atmosféricas. Como efeito, todas as correntes marítimas são afetadas e sofrem alterações de temperatura.
Observando um padrão histórico de 30 anos, os cientistas conseguiram identificar uma relação entre as mudanças de comportamento nos ventos estratosférico e as alterações nas correntes no Atlântico norte.
Ação humana –  Thomas Reichler disse que a descoberta pode influenciar nas previsões do aumento de temperatura causada pelo aquecimento global. Mas ainda é cedo para saber os efeitos de um fenômeno sobre o outro no longo prazo. "Os ventos da estratosfera podem agir para um lado ou para o outro, para o aquecimento ou para o resfriamento da temperatura", diz. "A ação humana, por outro lado, sempre causará o aquecimento, porque sempre jogará mais CO2 na atmosfera."
 
Veja.com
 

Fazer atividade física na rua deixa você mais exposto a poluição?

 
Depende, é claro, de onde resolvemos suar a camisa. De fato, quem pedala ou corre em uma avenida dominada por carros vai mandar para dentro do peito uma quantidade maior de compostos tóxicos do que se estivesse apenas andando por ali. “Durante o exercício, aumenta o volume de ar inspirado e a velocidade com que ele entra nos pulmões. Isso facilita a deposição de poluentes ali”, explica o pneumologista Ubiratan de Paula Santos, do Instituto do Coração de São Paulo. “O problema é que gases e outras substâncias originárias da queima de combustível podem agredir as vias respiratórias e até cair na circulação”, avisa. Seria um motivo para abandonar a atividade física a céu aberto? Não, senhor(a), a menos que você sofra de asma ou bronquite severa. “Ainda desconhecemos se essa exposição representa, entre pessoas saudáveis, um maior risco de doenças no futuro”, diz Roberto Stirbulov, presidente da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia. Na dúvida, convém se manter longe de ambientes entupidos de automóveis ou indústrias — só não vá usar a poluição como desculpa para deixar de se exercitar.
Galileu.com

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

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Japão x China: ódio sem fim


Disputa por pequenas ilhas ricas em petróleo reacende rivalidades históricas entre China e Japão e pode provocar um conflito militar e econômico sem precedente.
Os chineses chamam as cinco ilhotas de Diaoyu. Os japoneses, de Senkaku. Mas a disputa entre China e Japão pela posse deste pequeno arquipélago extrapola as diferenças da língua, como mostraram os violentos protestos que, na semana passada, varreram mais de 100 cidades da China. Foram as maiores manifestações desde o restabelecimento das relações diplomáticas entre os países, em 1972. Nos últimos dias, a tensão aumentou depois da compra, por parte do governo japonês, de três das cinco ilhas. Os chineses, já bastante sensibilizados pelas celebrações de 18 de setembro (data que marca a invasão da região da Manchúria, em 1931, por tropas japonesas), ficaram enfurecidos. Além de trazer de volta uma rivalidade secular, a briga tem sérias implicações econômicas. Embora pareçam apenas porções de rocha desabitadas, as ilhas possuem ricas reservas de gás e petróleo que jazem ao seu redor. Daí o fato de serem tão cobiçadas.
China e Japão, respectivamente a segunda e a terceira maiores economias do mundo, dependem profundamente de suas importações de combustível. Segundo dados de Michael Klare, professor de estudos da paz e da segurança mundial do Hampshire College, nos Estados Unidos, a China importa 58% do petróleo e 22% do gás natural que consome todos os anos. No Japão, esses índices são de quase 100%. Além disso, o leste asiático é muito pobre em recursos naturais – possui apenas 3% das reservas mundiais de petróleo e 8% das de gás. Nesse cenário, é compreensível que as pequenas ilhas Diaoyu/Senkaku sejam alvo de disputa. Desde 1968, quando surgiram indícios de jazidas naquela região, a China mostra interesse em controlar o arquipélago anexado unilateralmente pelo Japão, em 1895.
A complexa crise atual, no entanto, não se explica somente pela corrida por recursos naturais. “Muitos chineses conservam sentimentos hostis contra o Japão como resultado da humilhação da China na Segunda Guerra Mundial”, afirma o professor Klare. “A disputa pelas ilhas se tornou um para-raios para essa hostilidade.” Os governos dos dois países não hesitaram em capitalizar o nacionalismo que emergiu com o confronto e acabaram agravando a situação. Bonnie Glaser, professora de estudos chineses do Center for Strategic and International Studies, nos Estados Unidos, acredita que os protestos na China podem ter sido encorajados pelo governo, acostumado a impor estreitos limites à liberdade de expressão. “Permitir que as pessoas desabafem contra um governo estrangeiro, em vez de atacarem as lideranças chinesas, é desejável”, afirma Bonnie,“mas pode também facilmente sair do controle”.
Por pouco não saiu. As manifestações forçaram o fechamento de empresas japonesas que atuam na China e levantaram receios no mercado sobre o impacto econômico de um possível rompimento entre Pequim e Tóquio. Panasonic, Canon, Honda, Nissan, Toyota, Sony e muitas outras marcas japonesas que deslocaram suas operações para o território chinês em virtude dos baixos custos de produção tiveram de suspender as atividades, receosas de possíveis ataques. Elas também estão sendo alvo de campanhas de boicote que podem minar as férteis relações econômicas entre os dois países. A China é o primeiro parceiro comercial do Japão e o Japão, o terceiro parceiro mais importante para a China. Um conflito aberto, portanto, colocaria em risco o crescimento econômico e também a estabilidade política. “É possível que o governo chinês tome medidas para punir o Japão, mas isso é muito arriscado”, afirma a professora Bonnie Glaser. “É quase impossível ferir a economia japonesa sem ferir também a economia chinesa.”
Não só China e Japão sairiam machucados de um possível enfrentamento. Os Estados Unidos, que mantêm um acordo de defesa mútua com o Japão, se viram obrigados a sinalizar que não pretendem colocar em risco as estreitas relações econômicas com Pequim. “Encorajamos os dois lados a manter canais abertos de comunicação para resolver as disputas de maneira pacífica”, disse o secretário de Defesa, Leon Panetta. Apesar do discurso conciliador, Panetta, que estava viajando pela região no momento em que a crise explodiu, não conseguiu fugir das acusações de que a anexação de
Diaoyu/Senkaku faz parte de uma estratégia americana para aumentar sua presença na região. Nem poderia. Durante sua passagem por Tóquio, ele anunciou um plano para a construção de um segundo sistema de defesa antimíssil no país aliado. A notícia inflamou ainda mais os ânimos dos chineses, que não hesitaram em invadir a zona marítima japonesa com seis navios de patrulha. O ódio parece mesmo não ter fim.
 

Poluição do ar encurta vida de europeu, mostra relatório

A poluição do ar está encurtando a vida em quase dois anos em partes da União Europeia, disse a Agência Europeia do Ambiente (AEA), reforçando o argumento de um aperto das restrições de emissões do bloco.
A legislação tinha conseguido reduzir a quantidade de algumas toxinas liberadas por escapamentos e chaminés em toda a Europa, afirmou um relatório da AEA publicado nesta segunda-feira.
Mas ainda havia níveis perigosos de partículas microscópicas, conhecidas como material particulado e associado a doenças como câncer de pulmão e problemas cardiovasculares, acrescentou o relatório.
Em média, a poluição do ar estava reduzindo a vida humana em toda a região em cerca de oito meses, disse o relatório. Também foi citada uma pesquisa separada, financiada pela Comissão, mostrando que a redução dos níveis de partículas pode aumentar a expectativa de vida em 22 meses em algumas áreas.
O relatório não especificou as áreas, mas disse que a Polônia e outras regiões industriais do leste da Europa tinham níveis particularmente altos de poluição ou partículas.
Londres tinha a pior qualidade do ar de qualquer capital da UE e foi a única cidade britânica a exceder os limites diários da UE para poluentes, acrescentou.
Falando após a divulgação do relatório, a comissária de Meio Ambiente da UE, Janez Potocnik, afirmou que uma revisão das leis de qualidade do ar da UE no próximo ano precisava colocar os limites da UE para os níveis de poluição mais perto das recomendações mais estritas da Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre níveis seguros de poluentes.
"Isso (o relatório) é um aviso muito sério sobre a importância para a nossa qualidade de vida e saúde", disse Potocnik à Reuters.
Além do impacto sobre a saúde, a diretora-executiva da AEA, Jacqueline McGlade, afirmou que a poluição custava ao bloco 1 trilhão de euros (1,30 trilhão de dólares) por ano em cuidados com saúde e impactos mais amplos sobre os ecossistemas.
"A política da União Europeia reduziu as emissões de muitos poluentes ao longo da última década, mas podemos ir mais longe", disse ela.
Outro desafio no ozônio O material particulado é visto como o mais grave risco de poluição do ar na Europa. Usando os dados mais recentes, de 2010, o relatório afirma que 21 por cento da população urbana do bloco foi exposta a mais material particulado em concentrações acima do limite diário da UE.
Até 30 por cento dos habitantes da cidade enfrentaram a exposição acima de uma meta anual da UE para partículas mais finas, pequenas o suficiente para passar dos pulmões para a corrente sanguínea, tornando-as particularmente perigosas para a saúde.
Os poluentes vêm da fumaça de carros, indústria e queima de combustível doméstico.
Depois de passar por reações químicas complexas no ar, os poluentes entram na água, na terra. agrícola e na cadeia alimentar e podem reduzir a produção agrícola.
IGCiência

Área desmatada na Amazônia, em agosto, é 220% maior que mesmo período do ano passado

A área de destruição de florestas da Amazônia legal (área que engloba os estados brasileiros pertencentes à Bacia amazônica e a área de ocorrência de vegetações amazônicas) no mês de agosto foi de 522 km2. Os dados foram fornecidos pelo INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
O desmatamento é 220% maior que o ocorrido no mesmo período do ano passado. Também é o maior índice de perda de florestas neste ano.
A área desmatada no último mês é pouco maior que o município de Porto Alegre. Neste ano, a área devastada é de 1.562,96 km2, maior que o tamanho da cidade de São Paulo.
Os Estados do Pará e do Mato Grosso foram os que mais perderam florestas, com 227 km2 e 208 km2 de área desmatada, respectivamente.
Folha.com

sábado, 22 de setembro de 2012

"Chuva de meteoritos" vista no Reino Unido é na verdade lixo espacial

Moradores do Reino Unido que olharam para o céu na noite de sexta-feira (21) viram um belo espetáculo: uma série de “estrelas cadentes”, como mostra a foto ao lado – e outros vídeos postados no Youtube desde então. Cerca de vinte pontos luminosos foram observados no céu.
No entanto, de acordo com a rádio britânica BBC, os meteoritos são provavelmente detritos espaciais de satélites fora de uso, voltando para a Terra. A BBC entrevistou astrônomos que confirmaram que não havia expectativa de meteoritos na noite de sexta, e que tudo indica que os pontos luminosos são partes de satélites se desintegrando na atmosfera.
A órbita da Terra está precisando de uma faxina. Há pelo menos 116 mil objetos voando, abandonados, em órbita terrestre. Trata-se de satélites aposentados, partes de tanques dos foguetes americanos e soviéticos ou peças, como parafusos que foram despregando das naves ao longo de 60 anos de corrida espacial.
Época.com 

Projeto integra o chuveiro e máquina de lavar para economizar água

Em um único equipamento você pode tomar banho e, ao mesmo tempo, lavar algumas roupas. Parece prático, não? O bom é que, além de economizar tempo, a ideia apresentada por quatro estudantes da Turquia propõe evitar o frequente desperdício de água das duas atividades.
O projeto, chamado Washit, argumenta que um banho de 15 minutos gasta cerca de 150 litros de água e uma lavagem de roupa 38 litros. Por que não usar a mesma água para as duas coisas?
A invenção, que ainda está no papel, tem uma versão para o ambiente doméstico e outra para lugares públicos, como academias e aeroportos. Nestes casos, o acesso à máquina de lavar é feito por dentro da “cabine” de tomar banho. “Toda vez que a pessoa quiser tomar um banho, terá a oportunidade de lavar algumas peças de roupa”, diz a apresentação do projeto.
 
 
O sistema funciona assim: a água usada no banho é bombeada para um sistema de filtros e depois armazenada em um tanque. Quando o usuário liga a máquina de lavar, um segundo aparelho leva a água filtrada do banho para a lavagem das peças (a água desse tanque também pode ser usada para outros banhos…).
O projeto já venceu um prêmio internacional de design.
Superinteressante.com

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

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Dia da Árvore

 Baobá, um ecossistema em uma única árvore
O baobá pode sustentar a vida de incontáveis criaturas. Dos minúsculos insetos que perambulam por suas cavidades até o elefante, o maior mamífero terrestre, que procura a água estocada no tronco para sobreviver às duras condições dos desertos da África. Aves fazem seus ninhos nos galhos, babuínos devoram suas frutas, morcegos bebem o néctar de suas flores. É um mundo em forma de planta.

Árvores estão constantemente competindo por comida, lutando para deixar descendentes, escapando de predadores. Elas podem escalar as outras para chegar à luz, enganar animais para dispersar suas sementes, e, em último caso, chegam até a matar.
Assim como os animais, as árvores precisam se alimentar, e fazem de tudo para chegar à sua principal fonte de comida: a luz. As sequoias são as maiores árvores do mundo e podem ter mais de 100 metros de altura. General Sherman, uma sequoia de aproximadamente 2.100 anos possui um peso equivalente a dez baleias-azuis.
Na tentativa de chegar ao topo, algumas espécies foram ao extremo e podem até matar. A figueira mata pau começa a crescer em cima de outras plantas. No processo acaba abraçando sua hospedeira, que não consegue mais transportar água e nutrientes, e acaba morrendo.
Algumas delas estão na Terra há tanto tempo que presenciaram o nascer do sol mais de um milhão de vezes. As bristocne pines têm mais de 4.600 anos, e já estavam aqui quando as pirâmides do Egito foram erguidas ou quando Cristóvão Colombo chegou à América. Outras, como as cerejeiras e os ipês, não vivem tanto, mas possuem flores vistosas que embelezam os campos e as cidades pelo mundo.
Infelizmente a maior ameaça a esses seres vivos é o desmatamento. Mas, na luta pela sobrevivência, as árvores desenvolveram estratégias extraordinárias e farão qualquer coisa para continuar existindo.
National Geographic

Segundo mês mais quente da história não é só culpa do aquecimento global

Agosto foi o segundo mês mais quente da Terra. A média de temperatura da superfície do planeta foi de 14,7ºC, ficando atrás apenas de 1998 e igual a 2001 e 2011. Como consequência, o degelo do Ártico foi recorde e de acordo com especialistas, a tendência é que o ano de 2012 seja um dos dez mais quentes da história.
O mundo está ficando mais quente como um todo. As temperaturas da superfície terrestre e dos oceanos aumentaram 0,7 °C a cada século, desde 1800 quando as elas passaram a ser registradas. Alguns anos apresentam oscilações naturais como a ocorrência do El Niño.
De acordo com Jessica Blunden, da Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera dos Estados Unidos (na sigla em inglês, NOAA) , um dos motivos para tanto calor neste ano foi a transição do fenômeno La Niña, que esfria as águas do Pacífico para o El Niño, que as aquece. Ela afirma que o ano de 2012 está “traçando um caminho” para ficar entre os dez mais quentes da história.             
Embora os dados mostrem a ocorrência de temperaturas mais altas que a média esperada em todas as partes do mundo, foram nas regiões próximas ao pólo norte, especialmente o Ártico onde pode-se notar um aumento maior da média.
“Em geral, o Ártico está esquentando o dobro da taxa das latitudes mais baixas. Apenas algumas semanas atrás, o gelo marinho no Ártico atingiu a menor extensão já registrada e ainda continua a diminuir”, disse.
Verões mais quentes
Os Estados Unidos vivenciaram o terceiro verão mais quente da história. E de acordo com o NOAA as altas temperaturas foram ocasionadas pelo fenômeno La Niña, que terminou em maio.
“As condições atmosféricas continuam muitas vezes semelhantes aos padrões do La Niña e depois se dissipam”, disse Jake Crouch, do NOAA. Ele explica que durante o fenômeno os EUA tendem a ser mais quente e seco do que a média. O clima mais quente e seco durante a primavera, de março a junho de 2012, criou base para a grande seca que impactou o país no verão, aumentando as temperaturas.
A tendência de aquecimento aumenta as chances de que no futuro haver verões ainda mais quentes que o deste ano. “Isso não significa necessariamente que cada verão será tão quente quanto o anterior. Os próximos verões podem ter temperaturas mais altas ou mais baixas que a média esperada. Porém, a expectativa é que a tendência de aquecimento continue no futuro”, disse.             
Batendo recordesNove dos dez anos mais quentes já registrados no mundo ocorreram durante o século 21 (o terceiro ano mais quente no registro é de 1998). Os anos de 2010 e 2005 são os dois mais quentes. As últimas três décadas foram as mais quentes no registro, sendo os anos 2000 os mais quentes, seguido de 1990 e 1980.
Como consequência do aumento da temperatura, especialistas afirmam que é esperado que eventos como secas, enchentes e ondas de calor podem se espalhar pelo mundo. “Eventos extremos devem se tornar mais generalizados com as mudanças climáticas. Porém, não é fácil prever quando nem quais regiões do mundo passaram por tais eventos”, disse .
IGCiência

Satélite da Nasa detecta nevascas de dióxido de carbono em Marte

Dados coletados por um satélite em órbita de Marte indicaram a ocorrência de nevascas de dióxido de carbono no planeta. O fenômeno difere da precipitação de neve observada na Terra, composta por água, uma vez que o dióxido de carbono precisa de pelo menos 120ºC negativos para congelar na atmosfera de Marte (o dióxido de carbono solidificado também é conhecido por 'gelo seco'). A descoberta faz de Marte o único planeta em todo o sistema solar onde esse tipo ocorrência é conhecido.
A conclusão foi apresentada nesta segunda-feira (17). A coleta de informações foi feita pela sonda Mars Reconnaissance Orbiter (MRO), da Nasa, a agência espacial dos Estados Unidos. Em 2008, outro satélite de pesquisa na órbita marciana, conhecido por Phoenix, forneceu aos cientistas indicações de que no polo norte marciano havia queda de neve na forma de água congelada, similar ao que acontece na Terra.
A MRO forneceu informações sobre a temperatura, o tamanho das partículas de dióxido de carbono e sua concentração durante o inverno no hemisfério sul marciano entre 2006 e 2007. Foi identificada uma grande nuvem de dióxido de carbono com aproximadamente 500 quilômetros de diâmetro, além de outras nuvens menores. "As partículas congeladas de dióxido carbono são grandes o suficiente para caírem das nuvens", comenta David Kassa, do Jet Propulsion Laboratory da Nasa.
A presença de dióxido de carbono gelado no polo sul de Marte já era conhecida pelos cientistas, mas esta é a primeira vez que se demonstra a existência de precipitações de neve dessa substância. A atmosfera marciana está composta por 95% de dióxido de carbono. Ao condensar-se nos polos, onde a temperatura costuma ser de 150ºC negativos, de acordo com a agência, o chamado 'gelo seco' cai em forma de neve.
Veja.com

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

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Último voo da Endeavour antes de virar peça de museu

 
O ônibus espacial Endeavour decolou do Kennedy Space Center, na Flórida, acoplado em um avião adaptado. É o começou da viagem que levará o ônibus espacial da Flórida para Los Angeles, na Califórnia, onde será exposto em um museu.
Depois de esperar dois dias para o tempo melhorar, o jato especialmente modificado partiu do Centro Espacial Kennedy pouco depois do amanhecer nesta quarta-feira, na primeira etapa de uma viagem prevista de três dias para a Costa Oeste.
O ônibus espacial deve fazer sobrevoos, a 1.500 metros de altura, ao longo do trajeto planejado, mas há riscos de alterações devido às condições meteorológicas e restrições operacionais. Pelo plano de voo, o ônibus espacial deverá fazer sobrevoos no Texas, na Califórnia e em Luisiana. A previsão é que o ônibus espacial chegue à Los Angeles apenas na sexta-feira (21). Em outubro , O Endeavour será transportatdo para o museu do California Science Center.
         
Aposentadoria Com o fim do programa dos ônibus espaciais, a Nasa encaminhou as naves para museus americanos. O Discovery foi enviado em abril para o museu Smithsonian , em Washington. O Enterprise, protótipo que nunca chegou a ir ao espaço, estava em Washington foi encaminhado para Nova York, onde será exposto noo Intrepid Sea, Air and Space Museum. O Endeavour vai para um museu em Los Angeles, enquanto o Atlantis deve permanecer no Centro Espacial Kennedy, na Flórida.
Os outros dois ônibus espaciais da frota, o Challenger e o Columbia, foram destruídos em acidentes. O Challenger explodiu pouco depois do lançamento, em 1986, e o Columbia se desintegrou durante a reentrada na atmosfera, em 2003. Os dois desastres mataram todos os tripulantes a bordo.
Com o encerramento do programa do ônibus espacial, em julho de 2011, a Rússia ficou como único país capaz de enviar astronautas ao espaço. POr determinação da Casa Branca a Nasa passou a ter como foco as expedições aos asteroides e para Marte. O que faz com que o transporte de astronautas para a estação Espacial Internacional recaia para companhias comerciais.
IGCiência