sexta-feira, 29 de abril de 2016

Três horas por dia de "poltrona e TV" danificam a capacidade intelectual

 
A telinha emburrece? Seria o hábito de ficar sentado na poltrona em frente à TV um esporte de risco para o cérebro? Até hoje, a vida sedentária associada ao consumo de muitas horas de televisão estava relacionada com problemas de saúde com a mesma gravidade que a dependência do cigarro. Mas pode acontecer de o abuso da poltrona não estar danificando apenas os nossos corações, mas também a nossa massa cinzenta, segundo um estudo que acaba de dar um passo importante no sentido de relacionar esses maus hábitos à perda de capacidade intelectual. Neste sentido, convém não se esquecer que os brasileiros passam, em média, entre três horas a quatro horas e meia por dia diante do televisor.
Os pesquisadores, pertencentes a diversas universidades e instituições norte-americanas, acompanharam a evolução de mais de 3.200 adultos durante 25 anos (entre 1985 e 2011) para ver como eles eram afetados pelo consumo elevado de televisão e a ausência de atividades físicas. “Níveis reduzidos de atividade física e níveis elevados de consumo de televisão durante a juventude e a idade adulta estão associados a um rendimento cognitivo pior quando se atinge e meia-idade”, concluem os autores do estudo.
Especificamente, esses comportamentos estão associados ao fato de se ter uma velocidade menor de processamento de informações e uma pior capacidade cognitiva, como, por exemplo, a de memorizar um número de telefone ou seguir o fio de uma conversa sem se dispersar. Comparados com outras pessoas ativas e que viam pouca televisão, os mais sedentários demonstravam até o dobro de possibilidade de atingir resultados fracos em diferentes testes para medir o estado do cérebro.
Embora a soma desses dois fatores determinasse os piores resultados intelectuais ao final de um quarto de século, os resultados são inferiores naquelas pessoas que passavam mais tempo diante da TV do que naquelas que faziam pouco exercício físico. Os resultados, publicados na revista JAMA Psychiatry, consideram que um consumo de televisão acima de três horas diárias significa um risco para a saúde intelectual.
“É um dos primeiros estudos que demonstram que esse tipo de comportamento de risco pode ser alvo fundamental para prevenir o envelhecimento cognitivo, antes mesmo de se atingir a meia-idade”, garantem os pesquisadores. Como uma explicação possível, eles sugerem que a atividade física durante a idade adulta pode preservar a capacidade intelectual e contribuir para a produção de neurônios e para o bom estado de suas conexões, particularmente em regiões do cérebro associadas à função executiva e à velocidade de processamento dos pensamentos.
“Estudos fisiológicos indicam que comportamentos sedentários, como ver televisão, afetam negativamente a função metabólica por meio de um aumento da pressão arterial, assim como dos níveis de lipídios e glicose. Assistir televisão pode estar associado também a diferentes padrões cognitivos e sociais, depressão e padrões dietéticos pobres”, propõem os autores da pesquisa como uma explicação possível para o fenômeno.
O estudo possui uma nuance, que consiste em afirmar, cautelosamente, que “correlação não significa causalidade”, pois se trata de duas situações que podem significar uma via de mão-dupla, como admitem os seus próprios autores: as pessoas sedentárias apresentam resultados intelectuais piores e vice-versa, como se constatou em outros estudos, de onde se conclui que os dois fatores poderiam, na verdade, se retroalimentar. Os autores garantem que, dada a pouca idade dos participantes da pesquisa e o fato de eles terem permanecido no projeto durante 25 anos indica que “seja pouco provável que tenham registrado déficits cognitivos significativos”.
Nesse sentido, Juan Ramón Barrada, professor da Universidade de Zaragoza, na Espanha, vê o trabalho de forma crítica: “É um estudo bom, mas ele não garante que os problemas não estejam presentes desde a origem”. “Não sabemos se quem tinha um nível inferior de atividade física já não apresentava uma capacidade cognitiva menor aos 25 anos (média de idade por ocasião da primeira coleta de dados). Talvez essas pessoas já fossem diferentes nessa idade”, raciocina Barrada, que não participou do estudo e é especialista em medição e avaliação psicológicas.
EL PAÍS.com

Apple sofre primeira queda de faturamento na era do iPhone

 
A Apple, a maior empresa de capital aberto do mundo, sofreu a primeira queda no lucro e no faturamento em mais de uma década. A companhia sediada em Cupertino lucrou 10,5 bilhões de dólares (cerca de 37 bilhões de reais) nos primeiros três meses de 2016, 23% menos do que há um ano. O faturamento caiu 13%, para 50,6 bilhões. As vendas do iPhone, seu principal produto, caíram pela primeira vez desde que foi lançado, há nove anos. Esse desempenho também foi influenciado pela desaceleração econômica da China.
Os resultados correspondem ao segundo trimestre do exercício fiscal. A última vez que sua atividade sofreu contração foi no primeiro trimestre de 2003, quando ou faturamento dependia do PowerMac e no metrô de Nova York se viam cada vez mais jovens ouvindo música no iPod. Uma queda nas vendas de dois dígitos não acontecia desde 2001. As ações da Apple caíram 8% depois da divulgação dos resultados e fez evaporar 46 bilhões de capitalização.
A Apple registrou, há um ano, 58 bilhões de dólares de faturamento, o que lhe permitiu atingir um lucro de 13,6 bilhões. Tim Cook, o CEO, havia antecipado, em janeiro, que as vendas do iPhone cairiam pela primeira vez desde que o produto foi lançado, no verão de 2007. “O resultado é condizente com nossas expectativas”, afirmou. Para onde for o telefone irá a empresa, porque dois terços das vendas são gerados pelo seu principal produto.
No último trimestre, 51,1 milhões de unidades do iPhone foram vendidas, o que representa uma queda de 16% em relação ao segundo trimestre do exercício de 2015. No primeiro as vendas estagnaram, depois de terem crescido a uma taxa superior a 50%. Isso não se deve apenas ao fato de que a Apple teve um melhor desempenho um ano atrás graças ao novo iPhone de tamanho grande. A situação econômica também é mais complexa no início de 2016. “O mercado de telefones celulares não está crescendo”, admitiu Cook.
Além disso, o padrão se repete em cada ciclo. A maioria dos usuários de iPhone prefere aguentar até a próxima grande mudança antes de substituir o aparelho. Por isso, os analistas esperam que o futuro iPhone 7 consiga reavivar o entusiasmo dos consumidores fiéis à Apple na temporada de compras natalinas. No entanto, isso significa que haverá novas quedas nas vendas no trimestre atual. Cook se disse, contudo, “otimista”. “É uma situação temporária”, prognosticou.

Ponto de inflexão

Os analistas da Raymond James, que há tempos antecipam que o crescimento da Apple chegaria a um ponto de inflexão, estimam que 212 milhões de unidades do iPhone serão vendidas no exercício de 2016. Será a primeira queda anual desde que o aparelho chegou ao mercado. No ano passado foram vendidas 231 milhões de unidades. Isso afetará os fabricantes de componentes como a Qualcomm e a Jabil Circuit.
A Apple continua apostando fortemente na China, mas o mercado começa a ficar saturado de telefones celulares como nos Estados Unidos e na Europa, o que dificulta o crescimento da empresa norte-americana. As vendas nessa região somaram 12,49 bilhões de dólares, 26% a mais do que um ano atrás. É o segundo maior mercado depois das Américas, onde faturou 19,1 bilhões, 10% a menos.
Enquanto isso, o tablet iPad teve nove trimestres consecutivos de quedas nas vendas ao baixar em um ano de 12,6 milhões de unidades para 10,3 milhões. E isso apesar de ter lançado um novo modelo para profissionais, para competir com o Surface Pro, da Microsoft. O Apple Watch também decepciona. As vendas de computadores Mac foram de quatro milhões de unidades, uma queda de 12%.

Necessidade de diversificar

Cook também disse, há três meses, que a Apple tem de adaptar seu modelo de negócio para poder tirar proveito do mais de 1 bilhão de dispositivos que funcionam com seu sistema operacional e oferecer-lhes serviços para assim diversificar sua base de receitas, tais como Apple Pay, iCloud e Apple Music. Esse setor cresceu 20% no ano e dobrará nos próximos cinco.
O desempenho em Bolsa das ações da Apple reflete essa situação. É o pior valor do Dow Jones no último ano, ao cair 18%, enquanto o índice permaneceu relativamente estável. As ações subiram cerca de 5% desde a última vez que apresentou resultados, em comparação com a valorização de 12% das empresas que compõem o índice de Wall Street. Estão no negativo de 1% em 2016. O mínimo mais recente é de 92 dólares por ação.
El País.com

quinta-feira, 28 de abril de 2016

Em razão de balões, associação de pilotos rebaixa segurança do espaço aéreo brasileiro

Balão (Foto: Thinkstock/Getty Images)
 
Em comunicado, a Associação Internacional de Pilotos – Ifalpa (International Federation of Air Line Pilot´s Association) – rebaixou a nota de segurança do espaço aéreo do Brasil por conta da grande quantidade de balões soltos frequentemente. Segundo a Ifalpa, questionamentos sobre a situação foram feitos à Secretaria de Avião Civil (SAC) em dezembro, mas que, sem respostas, a entidade decidiu pelo rebaixamento à categoria de “criticamente deficiente”. A Secretaria de Aviação Civil negou a EXPRESSO ter recebido a correspondência da Ifalpa e destaca “que, de acordo com a Organização de Aviação Civil Internacional (OACI), a aviação brasileira está entre as mais seguras do mundo”. O informe da Ifalpa tem circulado entre associação de pilotos de companhias aéreas brasileiras.
EXPRESSO procurou a  Aeronáutica para que se manifestasse sobre o comunicado da Ifalpa. De acordo com a  Aeronáutica, o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) desconhece os critérios usados pela Ifalpa para realizar a classificação, que o espaço aéreo brasileiro foi considerado por um órgão da ONU como um dos quatro mais seguros do mundo e tem sido premiado por órgãos da comunidade internacional. Ainda de acordo com a Aeronáutica, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes (Cenipa) possui um programa específico sobre o perigo provocado pelos balões, cultura difundida no Brasil. "A prática é considerada crime ambiental, sendo passível de multa e detenção pelos órgãos de segurança pública".

Descubra no IBGE se seu nome saiu da moda no Brasil

O ano era 1995 e a novelista Glória Pérez trazia um novo folhetim de sucesso à TV Globo. Milhares de vezes por capítulo em Explode Coração, o nome da protagonista soava: "Dara", dizia muitas vezes o cigano Igor na tela. Anos depois, o IBGE mostra que a personagem interpretada por Teresa Seiblitz calou fundo nos telespectadores. O nome deu um salto espantoso: crescimento de 4.592% na década de 1990. Eram apenas 163 Daras na década de 1980 e foram contabilizadas nada menos que 7.648 na década seguinte.
 
 
O dado curioso faz parte do levantamento inédito que o IBGE publicou nesta quarta-feira, com base no Censo de 2010. O instituto registrou 130.348 nomes diferentes na população, 63.456 masculinos e 72.814 femininos. Não há surpresas entre os campeões: Maria, com 11,7 milhões, e José, com 5,7 milhões, são os recordistas. Provavelmente não é uma coincidência que o casal mais emblemático do cristianismo esteja tão bem representado num país como o Brasil.
O mais interessante (e viciante) é o que o IBGE disponibilizou em um site dedicado ao projeto "Nomes do Brasil" uma ferramenta (clique aqui) onde todo mundo pode ver a evolução da popularidade de seu nome através do tempo. Você se chama como se chama por uma idiossincrasia do seus pais ou apenas por mais um modismo de época?
 
 
O caso de Dara não é isolado. Cauã passou de 2.069 pessoas na década de 90 para 83.253 na década passada, com o estrelato do ator Cauã Reymond. É possível saber que Estado da federação tem predileção por seu nome. No caso de Cauã é o Rio de Janeiro.
O levantamento por décadas também mostra a ascensão e queda de alguns nomes. É o caso de Raimunda.
Também mostra que, se você se chama Flávia, por exemplo, o mais provável é que encontre por aí muito mais pessoas na casa dos 30 anos do que crianças se chamando assim. O nome, ao lado de André, eram muito mais populares nos anos 80 do que é hoje. Ou seja, Flávia, você não está mais na moda.
Se você imagina que seus pais foram criativos demais na hora de escolher seu nome, a ferramenta pode te frustrar. O IBGE avisa que só nomes com mais 20 ocorrências foram contabilizados. Boa sorte!
 

Alergia ao ar condicionado

 
Para muitas pessoas, o ar-condicionado é indispensável, sobretudo nos dias mais quentes do ano. Ele refresca o ambiente e está cada vez mais presente também nos automóveis, inclusive os populares. Entretanto, respiramos cerca de 20 mil vezes por dia e o ar climatizado artificialmente pode ser prejudicial à saúde, se cuidados essenciais com os aparelhos não forem tomados.
Como o ar condicionado pode trazer riscos à saúde?
Fungos, bactérias e ácaros são os grandes vilões do ar climatizado. Isso porque a redução da captação do ar externo provoca o aumento da concentração de poluentes biológicos no ar interno. Se a taxa de renovação for insuficiente, aumenta a concentração dessas formas de vida nos ductos de ar condicionado, o que favorece sua proliferação. Isso compromete a qualidade de vida das pessoas, principalmente as que são mais vulneráveis à contaminação, como aquelas que têm problemas respiratórios como a rinite alérgica.
Por que o ar condicionado nem sempre consegue proteger nossa saúde?
Sistemas de ar condicionado central, muito comuns hoje em dia, podem contribuir para o surgimento ou piora dos sintomas de alergias respiratórias. Isso ocorre porque muitos filtros de ar não estão preparados para reter as micropartículas - fungos, bactérias, mofos, ácaros e vírus – agentes mais comumente implicados no desencadeamento de alergias respiratórias. Salas amplas e cheias de gente trabalhando acabam, assim, se tornando ambientes insalubres.
Além de aumentar a concentração de microorganismos no ar, como o ar condicionado favorece as doenças do aparelho respiratório?
O ar frio demais paralisa os cílios (pêlos) que revestem as paredes do sistema respiratório, que são encarregados de jogar para fora as impurezas que entram junto com o ar que respiramos. Assim, fungos, mofo, bactérias, vírus e ácaros permanecem no organismo livres para provocar doenças respiratórias de natureza alérgica.
Quais as principais doenças associadas ao uso de ar condicionado?
As principais doenças do aparelho respiratório são: sinusite, rinite, otite, amigdalite, faringite, bronquite, pneumonia, asma, gripes e resfriados. Gripes, por exemplo, comprometem as defesas e favorecem infecções mais graves, como a pneumonia.
Como se pode prevenir esses problemas?
Para nos prevenirmos desses problemas é interessante evitar permanecer  em locais fechados, com grande concentração de pessoas, pois esses fatores facilitam a contaminação. Em salas com carpete, o perigo é muito maior.
Somente que tem alergias pode ser prejudicado pelo ar condicionado?
Não. Mesmo que uma pessoa não seja alérgica, a exposição aos elementos causadores de alergias (ácaros, fungos, mofo, poeira de local fechado, bactérias) acaba fazendo com que ela fique com maior sensibilidade. Dessa forma, a exposição repetida pode levar ao desenvolvimento de sintomas alérgicos.
Quem não pode se manter longe do ar condicionado pode tomar algum cuidado extra para se prevenir?
Sim. Deve-se ter cuidado com a limpeza do filtro e da parte externa que reveste o aparelho. Nestes locais podem estar acumuladas fezes de pombos e de outros pássaros, que representam perigo à saúde das pessoas. Quando secas, elas podem ser aspiradas para dentro do sistema, dessa forma sendo levadas para o ambiente refrigerado. Além disso, é interessante usar o sol: ele é inimigo de fungos, ácaros e mofo. Por isso, os alergologistas recomendam que se deixe entrar em sua casa a luz do sol e o ar puro. Eles lembram que evitar as causas das alergias respiratórias é fundamental. Significa manter a casa ou escritório livre da poeira, do mofo e dos insetos mortos.

Cientistas encontram água-viva misteriosa na região mais profunda dos oceanos

Cientistas identificaram gênero do animal, mas não sua espécie (Foto: NOAA)
 
Uma equipe de biólogos marinhos registrou imagens de uma misteriosa água viva durante uma expedição na região oceânica mais profunda da Terra.
Com 2,55 mil quilômetros de extensão, a Fossa das Marianas, localizada ao sul do Japão, marca a fronteira entre duas placas tectônicas. Tem apenas 69 quilômetros de largura, mas chega a uma profundidade de até 11 mil metros.
O time da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA, na sigla em inglês), uma agência do governo americano, registrou a água-viva enquanto ela flutuava a 3,7 mil metros abaixo da superfície do Pacífico.
 
Água-viva estava a 3,7 mil metros de profundidade (Foto: NOAA)
 
Ela tem um formato esférico e dois tipos de tentáculo. Os cientistas só conseguiram identificar que ela pertece ao gênero crossota, mas não sua espécie exata.
Acredita-se que as linhas vermelhas em seu corpo sejam seus canais radiais, que fazem parte do sistema digestivo do animal. Os círculos ovais amarelos seriam gônodas, responsáveis por armazenar gametas para sua reprodução.

Expedição

Desde 20 de abril, pesquisadores da agência americana estão à bordo do navio Okeanos Explorer para investigar a uma área de proteção natural localizada nessa região do Pacífico.
Até o momento, já foram feitos cinco mergulhos de exploração, em que também foram registrados outros animais que vivem nas profundezas do oceano e coletadas amostras do leito do mar.
Dividida em três etapas, em que serão exploradas diferentes regiões das fossas, a missão faz parte de uma empreitada maior, com três anos de duração, para conhecer melhor regiões do Pacífico. A expedição será encerrada em 10 de julho.
 
Fossa das Marianas é a região oceânica mais profunda da Terra (Foto: NOAA)
 

quarta-feira, 27 de abril de 2016

Os destinos turísticos mais famosos do mundo

Vista da praia localidada na cidade portuária de Sida, na Turquia
Vista da praia localidada na cidade portuária de Sida, na Turquia
 
Alguns dos destinos turísticos mais famosos do mundo foram classificados como lugares sob alto risco de ataques terroristas, de acordo com o Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido. Os atentados em Paris, em novembro de 2015, e Bruxelas, no mês passado, colocaram países europeus no topo da lista de locais a serem evitados.
De acordo com Mirror Online, chefes militares britânicos alertaram que existe "uma ameaça séria e direta a resorts de férias na Europa" por parte de grupos extremistas como o Estado Islâmico (EI). Nesta semana, o jornal alemão Bild informou que terroristas estariam planejando ataques ao litoral do continente e que os planos envolvem tiroteios na orla, atentados com homens-bomba e explosivos enterrados na areia, segundo autoridades do serviço de inteligência italiano.
França e Espanha estão entre os locais mais perigosos do mundo, já o nível de alerta na Itália, na Dinamarca, na Grécia e na Croácia é apontado como "mediano". Em Portugal, o risco é considerado baixo.

Voar pelo Brasil é tão perigoso quanto em zonas de guerras

Aeroporto de Congonhas

Cruzar o espaço aéreo brasileiro pode ser tão perigoso quanto voar por regiões que estão em guerra.
Essa é a conclusão da Federação Internacional das Associações dos Pilotos (da sigla em inglês IFALPA), que rebaixou nesta semana a classificação do espaço aéreo brasileiro para “criticamente deficiente” – a mesma avaliação conferida a países em conflito No Brasil, o risco não está relacionado a mísseis circulando pelos ares, mas sim à prática de soltar balões. No ano passado, foram registradas 325 ocorrências de objetos do tipo no espaço aéreo brasileiro. Só nos primeiros 4 meses de 2016 já são mais de 100 ocorrências.
“A colisão de uma aeronave com um balão pode ter impacto de até 500 toneladas. Nenhum avião tem capacidade para aguentar um impacto desses”, afirma Rodrigo Spader, secretário-geral do Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), em entrevista para EXAME.com.
Soltar balões de ar quente é uma prática proibida no Brasil com pena de três anos de prisão e multa de até 5,5 mil reais por objeto apreendido. A legislação vigente, contudo, não fala sobre os balões biodegradáveis que flutuam com o calor do sol, mas oferecem risco semelhante.
Em uma decolagem recente do Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão), no Rio de Janeiro (RJ), Spader chegou a verificar 18 balões circulando em uma altura de 25 mil pés – ou o equivalente a 7,3 mil metros. “Esse perigo é inaceitável”, afirma.
De acordo com carta da IFALPA enviada à Secretaria de Aviação Civil, há relatos de que balões desses tipos colidiram com aeronaves no Brasil danificando os sensores que orientam os instrumentos de voo.
Em nota, o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) rebate as críticas feitas pela entidade e afirma que, segundo avaliação da Organização de Aviação Civil Internacional, o controle do espaço aéreo nacional foi considerado o quarto mais seguro do mundo. 
Os estado de São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná lideram no número de ocorrências de balões no espaço aéreo brasileiro. 
Número de ocorrências de balões no espaço aéreo:
 
0501001502002503003502.0122.0132.0142.015
0501001502002503003502.0122.0132.0142.015
Ocorrências de balões - Brasil
Ocorrências de balões - SP
Ocorrências de balões - RJ
Ocorrências de balões - PR
                                          Fonte: CENIPA - acesso em 27 de abril de 2016

terça-feira, 26 de abril de 2016

Estamos no limiar de uma "guerra" no espaço?

 
O ponto crítico militar mais preocupante e nebuloso do mundo não está, indiscutivelmente, no Estreito de Taiwan, na Península da Coreia, no Irã, em Israel, na Caxemira ou na Ucrânia. De fato, ele não pode ser localizado em nenhum globo em miniatura. O território contestado? A “terra de ninguém” que é a órbita terrestre, onde está se desdobrando um conflito que é uma corrida armamentista em tudo, menos no nome.

Cerca de 1.300 satélites ativos atualmente residem na região do espaço exterior que circunda diretamente o nosso planeta, de onde propiciam comunicações globais, navegação por GPS, previsão meteorológica e muito mais. Para nações que dependem de um seleto número desses satélites para guerras modernas, o espaço se tornou o “terreno elevado” por excelência, com os EUA no “topo da colina”, como indisputável rei. Agora, à medida que China e Rússia tentam desafiar agressivamente a superioridade americana no espaço, com ambiciosos programas de defesa e exploração próprios, essa luta pelo poder corre o risco de deflagrar um conflito que poderia paralisar a infraestrutura espacial de todo o planeta.

Embora possa começar lá no alto, no espaço, um conflito desses poderia facilmente provocar uma guerra total aqui, na superfície da Terra.

Ao depor perante o Congresso no início de 2015, James Clapper, diretor de Inteligência Nacional dos EUA, ecoou as preocupações de muitos altos funcionários do governo sobre a crescente ameaça, ao declarar que a China e a Rússia estão desenvolvendo tecnologias capazes de sabotar cruciais satélites militares americanos. A China, em particular, salientou Clapper, tem demonstrado “a necessidade de interferir com, danificar e destruir” satélites dos EUA, referindo-se a uma série de testes chineses de mísseis antissatélite que começaram em 2007.
O mais recente deles ocorreu em 23 de julho de 2014 e, como todos os anteriores, envolveu o lançamento de um míssil que poderia ser usado como uma “arma cinética” para atingir e destruir satélites. Autoridades chinesas insistem que os propósitos dos testes são pacíficos e destinados apenas à defesa antimíssil e a experimentos científicos, mas especialistas de fora estão céticos. Um teste em particular, realizado em maio de 2013, gerou ondas de choque através da comunidade de inteligência americana. Aquela manobra lançou um míssil ameaçador que chegou a uma altitude de 30 mil km acima da Terra, aproximando-se do elevado domínio da órbita geossincrônica (ou geoestacionária), onde satélites se movem à mesma velocidade da Terra abaixo em seu movimento de rotação, pairando, portanto, sobre um determinado ponto do planeta. É nessas órbitas que se encontram satélites estratégicos dos EUA, inclusive os que se destinam a detectar o lançamento de mísseis nucleares, assim como muitos satélites de comunicação comerciais.

Os americanos também têm sido ativos. Pouco depois do lançamento chinês de 2013, os EUA liberaram a divulgação de detalhes de seu programa ultrassecreto Consciência Situacional do Espaço Geossincrônico (GSSAP, na sigla em inglês), um planejado conjunto de quatro satélites capazes de monitorar as altas órbitas da Terra e até de se encontrar com outros satélites para inspecioná-los de perto. Os dois primeiros GSSAPs foram colocados em órbita em julho de 2014. “Este costumava ser um [chamado] ‘programa preto’, algo que oficialmente nem existia”, explica Brian Weeden, analista de segurança e ex-oficial da Força Aérea dos EUA que estudou e ajudou a divulgar o teste chinês. “Ele basicamente foi oficializado (liberado para divulgação) para enviar uma mensagem dizendo: ‘Ei, se você estiver fazendo algo suspeito dentro e ao redor do cinturão geossincrônico, nós veremos’”.

Enquanto isso, a administração Obama programou um orçamento de pelo menos US$ 5 bilhões a serem gastos nos próximos cinco anos para aprimorar tanto as capacidades defensivas como as ofensivas do programa espacial militar do país. Um inimigo poderia explodir provocativamente os satélites americanos com mísseis, mas as autoridades e a tecnologia também precisam se preparar para táticas incapacitantes mais sutis e inescrupulosas que, à primeira vista, parecem inócuas. Uma nave espacial poderia simplesmente se aproximar de um satélite e lançar (borrifar) tinta sobre seus dispositivos ópticos, ou quebrar manualmente suas antenas de comunicação, ou ainda desestabilizar sua órbita.

Lasers também poderiam ser usados para desativar por algum tempo ou danificar de forma permanente os componentes de um satélite, em particular seus delicados sensores. E ondas de rádio ou micro-ondas poderiam bloquear ou sequestrar transmissões para ou de controladores em terra. Os encarregados da defesa dos EUA querem estar prontos para qualquer eventualidade.
À parte suas iniciativas militaristas, o país também pretende reduzir os níveis de intensidade do problema por meio da diplomacia, embora os esforços tenham fracassado até agora; no final de julho, nas Nações Unidas, discussões há muito esperadas sobre um código de conduta para nações que exploram o espaço, redigido tentativamente pela União Europeia, empacaram completamente devido à oposição da Rússia, China e de vários outros países, inclusive Brasil, Índia, África do Sul e Irã. O fracasso colocou soluções diplomáticas para a crescente ameaça em um limbo, conduzindo, provavelmente, a muitos anos mais de debates na Assembleia Geral da ONU.

No fim, os destroços de um satélite destruído – e não um ataque inicial – poderiam ser a maior ameaça para a delicada infraestrutura orbital da Terra. Satélites se deslocam pelo espaço a velocidades de milhares de quilômetros por hora; portanto, até o impacto de um objeto tão pequeno quanto uma bolinha de gude poderia desativar ou destruir inteiramente uma dessas naves espaciais de um bilhão de dólares. E uma colisão tão destrutiva geraria, por si só, “estilhaços” ainda mais ameaçadores, criando potencialmente uma cascata de destroços que poderiam transformar a órbita terrestre em uma competição de demolição durante séculos futuros.

Sem uma rigorosa responsabilização e supervisão internacional, o risco de colisões acidentais e impactos de detritos continuará aumentando à medida que mais nações lançam e operam mais satélites. E, à medida que a chance de acidentes aumenta, o mesmo acontece com a possibilidade de eles serem mal interpretados como ações deliberadas e hostis na tensa intriga melodramática dessa movimentada competição militar no espaço.
Scientific American Brasil

Holandês constrói "Arca de Noé" e planeja trazê-la para o Brasil



A Arca de Noé está vindo para o Brasil. Sim, ela mesma! Aquela da Bíblia, só que mais moderna. Ela está ancorada na Holanda, é maior do que um campo de futebol e tem capacidade para 5.000 pessoas. Mas ela não navegará pelas águas do oceano Atlântico levando um casal de cada espécie animal, mas sim oferecerá palestras, filmes e discussões bíblicas.
 
Concluída em 2012, a Arca já recebe turistas e se tornou realidade depois que Huibers sonhou com a inundação da sua terra natal --vale lembrar que parte da Holanda está abaixo do nível do mar.
O carpinteiro diz ter usado as mesmas medidas de Noé no Antigo Testamento. Mas, segundo o site oficial da arca, Huibers decidiu que o barco não deveria ficar somente na Holanda, e deveria espalhar sua missão na América do Sul, Central e do Norte.
  O roteiro da Arca pretende passar por Fortaleza, Manaus, Belém, Recife, Salvador, Vitória, Santos, Florianópolis e Porto Alegre. Está nos planos ainda Montevidéu, no Uruguai, Buenos Aires, na Argentina, San Francisco e Seattle, nos EUA.
 
 
 
 

Fenômeno El Niño se torna um desastre humanitário e afeta 60 milhões


Os fenômenos climáticos causados pelo El Niño deixam 60 milhões de pessoas em situação de profunda vulnerabilidade e sem alimentos. Com secas, inundações e eventos climáticos extremos, o El Niño neste ano é considerado pelas entidades internacionais como uma real ameaça a décadas de progressos em países na luta pelo desenvolvimento.
O alerta foi feita pela Organização das Nações Unidas (ONU) que, nesta segunda-feira, 25, convocou uma reunião de emergência para buscar apoio a essa população afetada. Para a entidade, o fenômeno já se transformou em um desastre humanitário e deve se intensificar ainda mais entre o final de 2016 e o início de 2017. "Tememos que o pior ainda está por vir", indicou o Fundo das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO, na sigla em inglês).
Em 2016, Os cientistas acreditam que estejam presenciando o ciclo mais forte do El Niño, um fenômeno que envolve o aquecimento acima do normal nas águas do Oceano Pacífico, com impactos em todo o planeta.
 

segunda-feira, 25 de abril de 2016

Ártico tem mínima recorde de gelo no inverno - e isso é ruim

 Imagem da NASA mostra a menor extensão máxima de gelo já registrada no inverno do Ártico, em março de 2016.
 
O manto de gelo no mar do Ártico atingiu o seu limite máximo para o ano no dia 24 de março — 14,52 milhões de quilômetros quadrados. Achou muito? Pois essa é a menor cobertura já registrada por satélite, em quatro décadas, para o período de inverno na região. 
A informação é do Centro Nacional de Neve e Gelo da Universidade do Colorado (NSIDC) e da NASA. Esse novo recorde superou a mínima histórica do inverno passado, de 14,54 milhões de quilômetros quadrados, e isso não é nada bom.
O declínio do gelo do mar tem acelerado nas duas últimas décadas, e está associado ao clima mais quente na região, que é afetado tanto pelas mudanças climáticas quanto por variabilidades temporais de curto prazo.
"O Ártico está em crise. Ano após ano, ele entra em um novo estado, e é difícil ver que efeito isso pode ter sobre o hemisfério norte ao longo do tempo", disse Ted Scambos, cientista-chefe do NSIDC, em comunicado. 
Para se ter uma ideia da intensidade das mudanças, as 13 menores extensões máximas já registradas por satélites ocorreram nos últimos 13 anos.
Esta curta animação abaixo mostra o ciclo de congelamento no mar do Ártico a partir da extensão mínima do último verão até o dia 24 de março, quando a superfície gelada atingiu sua máxima extensão para o inverno.  Segundo a NASA, o nova mínima histórica para o inverno resulta, em parte, das temperaturas recordes de dezembro, janeiro e fevereiro em todo o mundo e também no Ártico.
“O calor atmosférico contribuiu para isso, com temperaturas do ar até 10 graus acima da média em algumas partes do Ártico”, disse Walt Meier, cientista marinho da NASA.
"Mas os padrões de vento na região durante os meses de janeiro e fevereiro também foram desfavoráveis, eles trouxeram ar quente e impediram a expansão da cobertura de gelo", acrescentou. 
 

Mundo está mais verde hoje do que há 30 anos, diz estudo

Planeta terra
 
Pode parecer mentira, mas a Terra está hoje mais verde do que há 30 anos, e tudo graças ao aumento dos níveis de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera, que atuaram como “fertilizante” para as plantas.
A conclusão é de um estudo internacional publicado hoje (25) na revista científica Nature Climate Change, uma das publicações com maior impacto científico.
A investigação concluiu que, entre 1982 e 2015, verificou-se uma subida significativa da biomassa verde em quase metade das regiões do mundo (40%). Ao mesmo tempo, em apenas 4% do planeta se detectou uma perda significativa de vegetação
Com este estudo, “podemos atribuir o reverdecimento do planeta ao aumento dos níveis de CO2 atmosféricos provocado pelo consumo de combustíveis fósseis”, disse Josep Peñuelas, pesquisador do Conselho Superior de Investigações Científicas no Centre for Ecological Research and Forestry Applications, que participou no trabalho.
Ao disporem de mais dióxido carbono na atmosfera, as plantas puderam gerar mais folhas para capturar o gás durante o processo de fotossíntese, um fenômeno que Com este estudo, “podemos atribuir o reverdecimento do planeta ao aumento dos níveis de CO2 atmosféricos provocado pelo consumo de combustíveis fósseis”, disse Josep Peñuelas, pesquisador do Conselho Superior de Investigações Científicas no Centre for Ecological Research and Forestry Applications, que participou no trabalho.
Ao disporem de mais dióxido carbono na atmosfera, as plantas puderam gerar mais folhas para capturar o gás durante o processo de fotossíntese, um fenômeno que pepermitiu o abrandamento da concentração deste gás de efeito de estufa na atmosfera, segundo o estudo.
Além disso, esta grande adição de verde “pode ter a capacidade de alterar os ciclos da água e do carbono a nível global”, acrescentou Josep Peñuelas.
Outros trabalhos anteriores haviam já demonstrado que as plantas estavam armazenando cada vez mais carbono desde 1980, confirmando a tese de reverdecimento (greening, em inglês) planetário que o novo estudo defende.
Mudança climática
Apesar disso, isto não significa que o aumento de CO2 na atmosfera seja benéfico para o clima, adverte o estudo.
Mesmo com a maior quantidade de folhas, “as alterações climáticas, o aumento da temperatura global e a subida do nível do mar, o degelo ou as tempestades tropicais cada vez mais potentes são um fato”, disse.
O estudo também conclui que o “efeito fertilizante do dióxido de carbono é cada vez menor à medida que as plantas se vão acostumando a este aumento ou dispõem menos de outros recursos necessários ao seu crescimento, como a água ou os nutrientes, sobretudo o fósforo.”
Esta fertilização por efeito do CO2 é a principal justificativa (cerca de 70%) para o reverdecimento da Terra. Além dela, o estudo identifica as alterações climáticas (8%), o nível de nitrogênio na atmosfera (9%) e as alterações no uso dos solos (4%) como outras razões de peso para avaliar o crescimento da vegetação a nível planetário.
Exame.com
 

 

Navio naufradagado da frota de Vasco da Gama é encontrado

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Arqueólogos marinhos descobriram um navio português que dizem ter sido perdido da frota de Vasco da Gama ao largo da costa do atual Omã, mais de 500 anos depois que a embarcação naufragou por conta de uma tempestade mortal.
A equipe, liderada por David Mearns, da empresa britânica Blue Water Recoveries, localizou o navio em 1998 usando arquivos e documentos históricos como guia.
Depois de recentes escavações subaquáticas e da análise cuidadosa de mais de 2.800 artefatos, incluindo balas de canhão e moedas raras, os pesquisadores estão agora bastante certos de terem encontrado a nau Esmeralda, um navio comandado pelo tio de Vasco da Gama.

Os irmãos Sodré

O navegador português Vasco da Gama descobriu o caminho marítimo para a Índia em 1498, tornando-se o primeiro europeu a chegar à Ásia pelo mar e dando início a uma era de imperialismo português.
Da Gama garantiu o monopólio do comércio de especiarias valiosas, aterrorizando cidades costeiras e navios ao longo do caminho. Um relato infame, por exemplo, conta que ele incendiou um navio peregrino transportando mais de 300 muçulmanos, incluindo mulheres e crianças.
Durante a segunda viagem de Vasco da Gama à Índia (1502-1503), seus tios Vicente e Brás Sodré foram junto, liderando uma esquadra de cinco navios. Eles tinham instruções específicas para fornecer cobertura militar para a negociação amigável na costa oeste da Índia, mas desobedeceram suas ordens e em vez disso foram para o Golfo de Áden, onde realizaram uma campanha de pirataria.

Episódio bem contado

Após saquear e matar todos a bordo de cinco navios árabes, os irmãos Sodré precisavam fazer reparos em seus próprios navios. Eles se abrigaram em uma baía em Al-Hallaniyah, a maior das Ilhas Muriya Khuriya, localizada a cerca de 45 quilômetros ao largo da costa sul de Omã.
Eles foram amigáveis com os árabes locais. Os navios portugueses ficaram ancorados em uma baía protegida por todos os lados, exceto no norte. Quando os pescadores locais informaram que um vento forte vinha daquela direção, os marinheiros portugueses decidiram não trocar se seus navios de lugar, acreditando que suas âncoras de ferro eram fortes o suficiente para suportar a tempestade.
O vento veio e o navio de Brás Sodré, nau São Pedro, encalhou. Já o navio de Vicente, nau Esmeralda, afundou em águas mais profundas, matando-o e todos os outros a bordo.
Outro capitão da esquadra contou o desastre em grande detalhe em uma carta ao rei Português. O episódio também foi muitas vezes replicado. “Foi uma história muito rica e bem contada, o que é ótimo para a arqueologia”, disse Mearns. “Você normalmente não tem esse luxo”.

Achei!

Os registros históricos levaram Mearns para a costa nordeste de Al-Hallaniyah em 1998. Durante uma busca inicial, ele ele encontrou mais de 20 grandes balas de canhão de pedra no fundo do mar.
 
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Mearns e seus colegas em Omã, em seguida, realizaram pesquisas arqueológicas mais completas e escavações em 2013, 2014 e 2015. Eles descobriram centenas de artefatos, incluindo barris de cobre e de liga leve, moedas de ouro e potes de cerâmica asiáticos.

Raridades

Para examinar alguns dos artefatos corroídos dos naufrágios, a equipe voltou-se para métodos de alta tecnologia. Eles usaram tomografia computadorizada para identificar duas moedas de prata: o “índio”, cunhada em 1499; e o “real grosso”, cunhada em algum momento entre 1475 e 1479.
 
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O rei Português D. Manuel I ordenou a fabricação do índio após o retorno da primeira viagem de Vasco da Gama à Índia, especificamente para ser usado no comércio com a região. Como existe apenas um outro índio conhecido no mundo (alojado no Museu Histórico Nacional do Brasil), esta moeda possui um status praticamente lendário.
Tomografias também foram utilizadas para analisar melhor um sino (que foi arrancado de debaixo de uma pedra em águas rasas) inscrito com os números “498”. Os pesquisadores suspeitam que talvez o “1” tenha corroído da data de fabricação “1498”, que cronologicamente se encaixa com a esquadra de Sodré.
 
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“É muito possível que esse seja o sino de navio mais antigo já encontrado no mundo”, disse Mearns. “E estava a menos de 100 metros de uma costa, em uma profundidade de água que você poderia fazer snorkelling. Tão pequeno quanto o mundo é, ainda há lugares para explorar”.
HypeScience.com

Vestido do século 17 praticamente intacto é encontrado

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Arqueólogos marítimos que trabalham ao largo da costa da Holanda recuperaram um tesouro notável de artefatos bem preservados de um navio que afundou há quase 400 anos. Entre os itens está um lindo vestido de seda que provavelmente pertencia à realeza.
Em agosto de 2014, os mergulhadores do Texel Diving Club descobriram um pacote modesto no local de um conhecido acidente enterrado nas areias no fundo do mar de Wadden. Só quando eles trouxeram o pacote para a superfície que eles perceberam o que tinham encontrado: um tesouro de tecidos antigos incrivelmente bem preservados. Esta verdadeira cápsula do tempo tinha ficado confinada na areia por quase 400 anos, imune aos efeitos nocivos do oxigênio e dos ataques de animais marinhos. De acordo com um oficial, é uma das descobertas marítimas mais significativas já feitas.
Arqueólogos do Skil Museu Kaap, na Holanda, vêm analisando o conteúdo desde então. As autoridades do museu divulgaram as conclusões ao público somente agora, a fim de proteger o local contra supostos intrusos.
O vestido extraordinariamente bem preservado é feito de damasco, um tecido de alta qualidade feito de seda. Ele possui um corpete com mangas largas e coberturas de luvas, e uma saia plissada completa que foi aberta na frente. Seu estilo é uma reminiscência daqueles vistos em pinturas do início do século 17.
 
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Uma vez que não apresenta qualquer prata extravagante ou bordados de ouro, os especialistas acreditam que o vestido com estampa de flor foi destinado para uso no dia a dia. Dito isto, a alta qualidade do vestido sugere que provavelmente pertencia a uma nobre, ou até mesmo a alguém da realeza. Um livro com capa de couro também foi encontrado no pacote carregando o brasão de armas do rei britânico Charles I. Isto sugere que algumas das cargas podem ter pertencido à família Stuart, da Inglaterra.
O pacote também continha uma jaqueta, meias de seda e corpetes de seda tecidos com fios de ouro e prata (definitivamente não para o uso no dia a dia). Todas as peças eram do mesmo tamanho, o que sugere que todas pertenciam a uma mulher. Outros itens incluíam um pente para piolhos, cerâmica italiana, pomanders (esferas com cheiro agradável para compensar o mau cheiro), e um monte de livros encadernados em couro, alguns com fechaduras.
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O vestido e os outros itens estão em exibição em uma exposição especial de um mês no museu. Depois de 16 de maio, os artefatos serão devolvidos aos arqueólogos para um estudo mais aprofundado.
HypeScience

Foguete ultrapassa os 1.000 km/h levitando sobre trilhos magnetizados

Um foguete experimental das Forças Armadas americanas bateu o recorde de velocidade para veículos sobre trilhos magnetizados.
O foguete atingiu 1.018 km/h, o equivalente a percorrer cerca de 280 metros em um segundo.
O recorde anterior era de 603 km/h.
 
Foguete ultrapassa os 1.000 km/h levitando sobre trilhos magnetizados (Foto: Reprodução/BBC)
 
O lançamento recordista ocorreu na base aérea de Holloman, no Estado americano do Novo México, e sucedeu quase seis anos de planejamento.
O foguete levita sobre trilhos magnetizados com a ajuda de ímãs supercondutores e de hélio líquido mantido em temperatura baixíssima. Sem a fricção, o veículo consegue ir a uma velocidade muito mais alta do que se encostasse nos trilhos.

E se você pudesse viajar na velocidade da luz?

 
 
Esqueça as teorias físicas que o homem já formulou, todas as leis que regem o universo, e se concentre apenas no seguinte: você é uma partícula que pode viajar na velocidade da luz. Cientistas do Instituto para Estudos Avançados, em Austin (Texas, EUA), resolveram fazer uma simulação teórica de como isso funcionaria.
Esta iniciativa partiu de novos estudos com o neutrino. Trata-se, basicamente, de uma partícula subatômica que seria capaz de se locomover mais rápido que os 300 mil quilômetros por segundo que a luz atinge. Einstein refutou a possibilidade de podermos nos locomover tão rápido quanto a luz, basicamente porque demandaria energia infinita, mas estudos recentes têm colocado esta ideia em cheque. De qualquer maneira, ainda está totalmente no campo da suposição uma viagem humana nessa velocidade.
Em primeiro lugar, como explicam os pesquisadores, nossa habilidade de ver a luz sofreria alteração. Se a luz chega até nós e é captada, sendo muitíssimo mais rápida que o nosso olhar, não se sabe ao certo como poderíamos vê-la estando na mesma velocidade do que ela.
Ainda no campo visual, imagine que saímos da Terra com uma nave à velocidade da luz. Essa é a velocidade que o sinal das transmissões de TV alcançam o satélite e são rebatidas por ele. Se saíssemos da Terra na mesma velocidade, não captaríamos o sinal de ida, apenas estaríamos indo de encontro ao sinal de volta. Com isso, veríamos o vídeo de trás para frente.
Indo mais longe, como seria um mundo em que objetos se locomovessem acima da velocidade da luz? Nós os veríamos normalmente? Os cientistas de Austin acham que não, e colocam uma analogia fácil de entender.
 Imagine que você está no chão e vê um avião a jato, voando acima da velocidade do som. O que acontece, nesse caso, é que você vê o avião antes de ouvir seu ruído, porque o som chega atrasado. Quando ele chega, é como um estouro, porque todas as ondas sonoras que o avião já produziu se “amontoam” juntas.
Da mesma forma, se um avião de neutrinos (para colocar em termos práticos), voando acima da velocidade da luz passasse no céu acima de você, ele não seria visível naquele momento. Quando a luz do avião chegasse, não distinguiríamos um avião, e sim um “flash” no ponto por onde ele passou, indicando um rastro de ondas eletromagnéticas. Mas essa ideia, assim como as anteriores, ainda está no campo das meras teorias.
Science.com

domingo, 24 de abril de 2016

Após três dias de viagem, avião solar chega à Califórnia

Solar Impulse 2
 
O avião Solar Impulse 2 chegou neste domingo (24) à Califórnia, nos Estados Unidos, depois de atravessar o Oceano Pacífico, etapa mais perigosa da volta ao mundo executada pela primeira aeronave movida exclusivamente com a energia do sol.
A aeronave pousou na localidade de Mountain View, ao sul de São Francisco, às 23h44 (horário local), segundo informou a página do projeto na internet.
O Solar Impulse 2, pilotado por um dos seus criadores, o suíço Bertrand Piccard, voou durante três dias e três noites, saindo do Havaí, e percorreu 4.528 quilômetros.
Concluída esta etapa, considerada a mais perigosa pela falta de pontos para pouso em caso de emergência, o avião solar completou o trajeto que cruzava o Pacífico e que foi iniciado em 2015 pelo outro criador do projeto, o também suíço André Broschberg.
No Havaí, de onde partiu na última quinta-feira (21), a aeronave ficou parada durante quase 300 dias, para o reparo de avarias que ocorreram durante um voo que partiu do Japão.
A expectativa agora é que o avião solar prossiga até Nova Iorque, de onde seguirá para a Europa, para o norte de África e, finalmente, para Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, onde começou a viagem, em março de 2015. O projeto visa demonstrar ao mundo as potencialidades das energias renováveis.

Astronauta britânico completa maratona no espaço

 
O astronauta britânico Tim Peake, de 44 anos, entrou na história ao completar uma maratona na Estação Espacial Internacional neste domingo (24). Peake percorreu os 42 quilômetros da prova preso a uma esteira, informou a agência Reuters.
A corrida ocorreu no mesmo dia da clássica Maratona de Londres, a maior prova de atletismo da Grã-Bretanha. Enquanto corria, ele pôde ver as ruas da capital britânica sob seus pés ao vivo em um iPad. Mais de 400 quilômetros abaixo dele, 37 mil competidores participaram da prova.
Peake levou 3 horas, 35 minutos e 21 segundos para percorrer a prova. O queniano Eliud Kipchoge, vencedor da competição, completou o percurso em 2 horas, 3 minutos e 5 segundos - o segundo melhor tempo já registrado numa maratona.
Ex-corredor, Peake já havia completado a maratona de Londres em 1999, quando fez a prova em 3 horas, 18 minutos e 50 segundos.
 

sábado, 23 de abril de 2016

Metade do cérebro fica de guarda quando dormimos em uma cama estranha

 
 
Faz tempo que sabemos que existem animais, como os golfinhos, que descansam desconectando alternadamente cada lado do seu cérebro: primeiro dorme o hemisfério direito, enquanto o esquerdo toma as rédeas, e depois invertem. Assim um golfinho consegue ficar ativo mais de 15 dias, descansado e sem declínio intelectual, apesar de não dormir totalmente em nenhum momento.
Algo parecido com isso ocorreria no cérebro dos seres humanos quando dormimos fora de casa: um hemisfério permaneceria totalmente alerta sem dormir completamente, para se proteger contra possíveis perigos que se escondem no ambiente estranho. Isso explicaria, segundo os autores dessa pesquisa, o fato de acordarmos cansados depois de passar a noite em um hotel ou na casa de um parente.
Os pesquisadores fizeram com que o ouvido direito escutasse um apito que acordava as pessoas na maioria dos casos, algo que não acontecia ao tocar esse apito no ouvido esquerdo.

“As pessoas mostram em um dos hemisférios do cérebro um estado meio adormecido, meio acordado. E esse estado pode funcionar como vigia noturno para controlar lugares desconhecidos”, explica a pesquisadora Masako Tamaki, da Universidade Brown, que publica este estudo na revista
Durante esse estudo foi monitorada, com várias técnicas avançadas de neuroimagem, a atividade cerebral dos dois hemisférios de pessoas que passaram várias noites no laboratório. Era comparada a atividade cerebral entre os hemisférios e também a da primeira noite em comparação com as seguintes. O resultado foi revelador: durante o sono profundo, o hemisfério esquerdo não estava totalmente desligado. Mas é um fenômeno que acontecia unicamente na primeira noite: a partir daí, o cérebro dos indivíduos que passavam a noite no laboratório dormia normalmente.
Esta capacidade do hemisfério esquerdo de permanecer alerta parece uma estratégia evolutiva: houve um tempo em que dormir completamente em um ambiente desconhecido podia representar graves perigos. Ameaças que já não são esperadas num hotel ou no sofá de um amigo. O efeito desse sexto sentido noturno poderia ser atenuado viajando com o próprio travesseiro, como é sugerido por estes cientistas.
Mas este hemisfério é realmente eficaz como vigia noturno? “Achamos que sim”, diz Tamaki, “descobrimos que apresentar sinais auditivos estranhos ao hemisfério vigilante pode fazer com que a pessoa acorde”. Os pesquisadores fizeram com que o ouvido direito (que corresponde ao hemisfério esquerdo) escutasse um apito que acordava a pessoa na maioria dos casos, algo que não acontecia ao tocar esse apito no ouvido esquerdo (ligado ao hemisfério que estava dormindo). “Essa diferença entre hemisférios só foi observada quando o ambiente era novo para os participantes”, acrescenta a cientista, que quer continuar com esta investigação para saber se este estado de semivigília prejudica a capacidade de aprendizagem que possui o sonho.
“O efeito da primeira noite é bem conhecido, mas é a primeira vez que essas assimetrias tão específicas são documentadas nas redes neurais do cérebro”, diz Marian Martínez, especialista da Sociedade Espanhola do Sono. Martínez, que não participou do estudo, acredita que os resultados demonstram novamente que o sono não é um processo passivo, embora a amostra de pessoas não seja muito grande (35 pessoas jovens e saudáveis).