quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Poderemos ter carne de laboratório em 6 meses

No começo caçávamos para nos alimentar. Depois, passamos a criar animais. Agora, novas pesquisas podem permitir fazer carne de laboratório. O músculo cresceria de células animais multiplicadas. A ideia da carne sintética não é nova, até agora, ninguém conseguiu produzir o alimento de forma convincente. No entanto, as coisas podem mudar. essa semana, pesquisadores irão se encontrar na Suécia para discutir o assunto.
De acordo com Mark Post, da Universidade de Maastricht (Holanda), pioneiro da tecnologia, estamos a seis meses de conseguir fazer a carne de laboratório. O cientista, que trabalhou com células de suino, já conseguiu fazer crescer o músculo in vitro. Alimentando essas células com soro fetal equino ele conseguiu fazer crescer tiras de músculos de 2,5 cm de comprimento e 0,7 cm de largura.
Atualmente comemos carne de animais que foram domesticados mais facilmente, e esse é o limite entre o que é animal selvagem - portanto, não seria ético consumir - e o criado em larga escala para o abate. Sem a morte animal, até os vegetarianos mais ativistas poderiam comer um hambúrguer de panda sem culpa.
No entanto, para se começar a cultura de células em laboratórios, é necessário recolher células de animais vivos. Se os cientistas conseguirem descobrir os tipos de células animais que mais se multiplicam, podem deixar a produção em laboratório mais eficiente e ficar cada vez menos dependentes dos seres vivos.
Outro porém é que, se o cientista mesmo que consiga criar sua carne de laboratório entre seis meses e um ano, ainda não se sabe o quão seguro ela seria.
Apesar da carne de laboratório correr o risco de ser mal vista por boa parte da sociedade. O PETE (organização pelos direitos dos animais) ofereceu US$ 1 milhão para o primeiro que conseguir produzir carne sintética comercialmente.
Fonte: Galileu.com  

terça-feira, 30 de agosto de 2011

A Era do Homem!

Cientista diz que humanos alteraram tanto o planeta que deram início a uma nova época geológica: O Antropoceno.
A Terra existe há 4,6 bilhões de anos; os humanos, há 195 mil. Em menos de 0,01% da história terrestre, já alteramos tanto sua química e biologia que especialistas dizem que detonamos uma nova era: o Antropoceno - em grego, algo como "novidade humana". O período teria começado há 200 anos, com a Revolução Industrial, e dado fim ao Holoceno ("totalmente novo"), ainda vigente na ciência tradicional. A Comissão Internacional de Estratigrafia, que determina a divisão do tempo geológico, formou um grupo para decidir se estamos mesmo no Antropoceno. Seu diretor, o geólogo Jan Zalasiewicz, diz que ainda é cedo para dizer se o termo será formalmente aceito, mas não há dúvida: vivemos em um planeta moldado pela ação do homem.
Segundo ele, para medir o tempo geológico, o tempo é dividido em unidades que duram milhões de anos, baseados em mudanças significativas na história da Terra, como alterações na química planetária e nos animais e plantas. Um exemplo é a mudança da Era Mesozóica, a dos dinossauros, para a Cenozoica, dos mamíferos. Essa passagem foi abrupta, provavelmente guiada pelo impacto de um meteoro. Estamos no Período Quaternário, que tem 2,5 milhões de anos e se caracteriza pelo planeta entrando e saindo de eras do gelo. Dentro desse período, vivemos no Holoceno, que começou com o fim da última glaciação e já dura 11 mil anos - isso, claro, enquanto o Antropoceno não é aceito formalmente.
Essa ideia de que estaríamos em uma nova era não é tão nova assim. Alguns geólogos do século 18 já sugeriam que os humanos estavam causando um impacto tão grande na superfície do planeta que poderíamos estar vivendo uma nova fase. Por muito tempo, eles não foram levados a sério. Isso mudou há 11 anos, quando Paul Crutzen, ganhador do prêmio Nobel de Química, sugeriu o termo Antropoceno. A partir daí, cientistas começaram a usar a palavra em seus estudos, mesmo que de modo informal.
Para mudar o planeta em tão pouco tempo, os humanos têm sido muito efetivos em fazer mudanças na superfície do planeta.
Para alimentar 7 bilhões tivemos que converter uma porção muito grande da superfície em terra de agricultura com plantações.
Grandes cidades que para construí-las, o calcáreo e areia foram transformados em concreto, tijolos e vidro.
Grandes mudanças na biologia: além de causarmos muitas extinções, transportamos animais por todo o planeta, criando o fenômeno das espécies invasoras. É difícil achar outro ser vivo que, sozinho, tenha mudado tanto o planeta. Só há paralelo no Período Cambriano, quando uma nova bactéria começou a transformar dióxido de carbono em oxigênio, mudando toda a atmosfera.
Nós mudamos nossa atmosfera também. Aumentamos a quantidade de dióxido de carbono na atmosfera em 40% e elevamos a quantidade de outros gases de efeito estufa, como óxido nitroso. Ao criarmos fertilizantes, duplicamos a quantidade de nitrogênio reativo na água e na superfície da Terra. São mudanças químicas bem substanciais. Também alteramos a refletividade do planeta, nossa capacidade de absorver e refletir a radioatividade do Sol. Em resposta a essas mudanças, parecemos estar esquentando a superfície da Terra.
Por enquanto, esse aumento é modesto, mas as previsões dizem que pelo final do século as temperaturas terão subido entre 2ºC a 5ºC. O nível do mar vai aumentar, e também deverá mudar a distribuição de animais e plantas em todo o planeta, que, se não conseguirem se adaptar ou migrar, serão extintos.
Estamos alterando a face da Terra por meio do modo como transportamos pedras e sedimentos. Para construir as cidades retiramos milhões de toneladas de materiais da natureza. Afetamos a sedimentação e a erosão naturais com a agricultura. temos represas construídas em muitos rios, o que segura grandes quantidades de sedimentos que teriam atingido o mar.
O Antropoceno se diferencia de outros intervalos geológicos porque o estamos causando - e ele pode ser altamente danoso ao planeta e a biodiversidade, concluiu o geólogo.

Fonte: Galileu.com

Mudanças no clima também afetam saúde mental, diz estudo

As mudanças climáticas também podem afetar a saúde mental das pessoas, alerta um estudo publicado nesta segunda-feira (29) por um instituto de pesquisa australiano, para o qual este tema ainda é muito pouco estudado.
Os danos causados pelas mudanças climáticas não são só os físicos. O passado recente mostra que os eventos climáticos extremos trazem também sérios riscos para a saúde pública, inclusive a saúde mental e o bem-estar das comunidades, destacou este estudo, realizado pelo Instituto do Clima, uma entidade australiana.
Ao comparar fenômenos climáticos, como secas e inundações observados nos últimos anos em algumas regiões da Austrália, o estudo constata que a comoção e o sofrimento provocados por um evento extremo pode persistir durante anos.
Uma parte significativa das comunidades atingidas por episódios como estes - uma pessoa em cada cinco - vai sofrer os efeitos do estresse, de danos emocionais e desespero, estimou o Instituto do Clima.
Segundo o organismo, o abuso de álcool pode ocorrer após eventos climáticos extremos e alguns estudos estabelecem inclusive um vínculo entre ondas de calor, secas e taxas de suicídio mais elevadas.
As crianças parecem particularmente vulneráveis à ansiedade e à insegurança geradas pela incapacidade dos adultos de lutar contra o desequilíbrio climático.
Embora haja vários estudos sobre os efeitos das mudanças climáticas para o bem-estar e a saúde humana, este é um ponto cego sério, limita nossa visão de futuros possíveis e da necessidade de uma ação eficaz e urgente. Vai nos ajudar a compreender a "face humana" das mudanças climáticas, acrescentou o professor de saúde pública da Universidade Nacional Australiana, Tony McMichael, ao introduzir o estudo.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Primeiras usinas de energia nuclear para Lua e Marte são projetadas

As primeiras usinas de energia nuclear para os futuros assentamentos na Lua e Marte já estão a caminho, segundo foi anunciado neste domingo pelo responsável do projeto no encontro anual da Sociedade Americana de Química, realizada em Denver.
James Werner, diretor do Laboratório Nacional de Idaho, do Departamento de Energia (DOE, sigla em inglês), e sua equipe devem finalizar uma demonstração desta tecnologia no início de 2012.
A construção dessas usinas serviria para produzir a eletricidade necessária para as bases permanentes - habitadas ou não - na Lua, em Marte e em outros planetas aos quais as naves espaciais conseguissem chegar no futuro.
Trata-se de um projeto conjunto entre o DOE e a Nasa (agência espacial americana), que estabeleceu como meta chegar a um asteroide em 2025 e a Marte em 2030.
Segundo explicou, as novas tecnologias de fissão para a aplicação de energia a esse tipo de superfícies são muito diferentes das aplicadas a estações de energia nuclear na Terra, que necessitam de grandes espaços por suas dimensões e suas grandes estruturas, como as torres de refrigeração.
As pessoas nunca reconheceriam o sistema de energia de fissão (em Marte ou na Lua) como um reator de energia nuclear. O cientista explicou que o sistema poderia ter aproximadamente 30,5 centímetro de largura por 61 de altura, "aproximadamente o tamanho de uma mala de mão" e não necessitaria de torres de refrigeração.
Um sistema de energia de fissão é uma unidade compacta, confiável e segura, que pode ser fundamental para a criação de bases em outros planetas.
As células fotovoltaicas e o combustível foram os pilares para a geração de energia solar funcionar bem nas órbitas terrestres. Os especialistas garantem que a energia nuclear oferece algumas características únicas:
 - A maior diferença entre os reatores de energia solar e nuclear é que o reatores nucleares podem gerar energia em qualquer ambiente.
 - A tecnologia de fissão nuclear não depende da luz solar, pois isso é capaz de produzir grandes quantidades constantes de energia durante a noite ou em entornos hostis, como os da Lua e Marte.
Como exemplo, indicou que um sistema de energia de fissão na Lua poderia gerar 40 quilowatts ou mais de energia elétrica, aproximadamente a mesma quantidade de energia necessária para alimentar oito casas na Terra.
"A tecnologia de fissão nuclear pode ser aplicada na Lua, em Marte ou onde a Nasa necessitar de energia contínua", indicou o cientista.
Está parecendo ficção científica?
Na imagem ao lado -, nascer do sol visto da estação espacial internacional (ISS) durante passagem sobre o Brasil e Argentina. 
Fonte: Estadão.com



sábado, 27 de agosto de 2011

A Vida

                  A vida é uma oportunidade, aproveite-a...
                           A vida é beleza, admire-a...
                  A vida é felicidade, deguste-a...
                          A vida é um sonho, torne-o realidade...
                  A vida é um desafio, enfrente-o...
                          A vida é um dever, cumpra-o...
                  A vida é um jogo, jogue-o...
                                          A vida é preciosa, cuide dela...
                           A vida é uma riqueza, conserve-a...
                                          A vida é amor, goze-o...
                           A vida é um mistério, descubra-o...
                                          A vida é promessa, cumpra-a...
                           A vida é tristeza, supere-a...
                                          A vida é um hino, cante-o...
                   A vida é uma luta, aceite-a...
                                         A vida é aventura, arrisque-a...
                   A vida é alegria, mereça-a...
                                         A vida é vida, defenda-a...
                                   
                                                (Madre Teresa de Calcutá)


Florestas artificiais vão absorver gás carbônico da atmosfera

Enquanto os efeitos do aquecimento global se tornam cada vez mais iminentes, governantes e ambientalistas de vários países debatem a redução das emissões de carbono. Mas pesquisadores do Instituto de Engenheiros Mecânicos do Reino Unido (IMEchE) estão focados na outra ponta da questão: como retirar o excesso de gás carbônico (CO2) presente na atmosfera?
Vem daí o conceito de floresta artificial criado pelos engenheiros do IMEchE. Em um futuro breve, a qualidade do ar que respiramos vai depender destes redutos de "árvores" tecnológicas que, na imagem de divulgação do estudo, mais parecem mata-moscas gigantes.
É que, no ciclo natural do carbono, cabe às florestas a absorção do CO2 presente na atmosfera. No entanto, como a derrubada de áreas de mata por meio de queimadas tem sido intensa (inclusive na Amazônia Brasileira), a geo-engenharia pode ser a solução.
As estruturas imaginadas pelos pesquisadores utilizariam processos químicos ou até mesmo algas (que absorvem o carbono naturalmente) para retirar o elemento químico em demasia na atmosfera. A tecnologia para esses aparatos já existe, assegura o IMEchE, mas a maioria ainda está em estágio inicial. Precisa mais pesquisa...É um começo!!!

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Relógio atômico britânico é o mais preciso do mundo

Um pesquisador apontou que o relógio atômico do Laboratório de Física Nacional da Grã-Bretanha é o mais preciso do mundo.
Segundo a pesquisa realizada por americanos e britânicos, o relógio CsF2 se atrasa ou se adianta em 1 segundo a cada 138 milhões de anos.
Essa precisão é o dobro da que se estimava, aponta o estudo, que será publicado na revista científica especializada "Metrologia".
O CsF2 é um relógio de fonte de césio que usa o movimento em forma de fonte dos átomos de césio para determinar a duração de 1 segundo.
Os átomos são reunidos em maços de cerca de 100 milhões e direcionados através de uma cavidade onde são expostos a ondas eletromagnéticas. O Sistema Internacional de Unidades (SI) considera que 9.192.631.770 ciclos de radiação equivalem a 1 segundo.
Estas ondas estimulam o átomo para que oscile de forma regular. O O Laboratório de Física Nacional britânico é um dos poucos no mundo a promover a chamada frequência padrão para o tempo internacional.
A mediação é feita pelo Escritório Internacional de Pesos e Medidas (BIPM, na sigla em francês), nos arredores de Paris, alimentado por uma rede de mais de 300 relógios em todo o mundo.
Os dados são recebidos via satélite e sua média é calculada pelo BIPM usando os dados de dois laboratórios na França e nos EUA, Alemanha, Japão e Grã-Bretanha, entre os quais o de Física Nacional britânico.
Eventualmente, 1 segundo pode ser adicionado ou subtraído para corrigir qualquer discrepância.  

Avançado degelo do Ártico abre duas rotas navegáveis

A cobertura de gelo marinho do oceano Ártico registrou níveis mínimos, segundo os dados divulgados nesta sexta-feira, 26, pela Agência Espacial Europeia (ESA), que revelam que pela segunda vez na história se abriu para navegação a Passagem do Noroeste, que se soma à Rota do Mar do Norte.
A abertura dessa passagem pode ser um atalho para a navegação entre a Europa e a Ásia, embora possam surgir reivindicações de soberania e a possibilidade de que espécies marinhas migrem através do Oceano, de acordo com os cientistas da ESA.
É a segunda vez que ambas as passagens se abrem no Ártico desde que começaram as observações científicas com satélites na década de 1970, da mesma forma que ocorreu pela primeira vez em 2008. Isto indica que a "velocidade" com que o degelo é produzido se acelerou e avança para níveis históricos, dizem os especialistas.
"Estamos em uma nova etapa, com muito menos gelo do que antes do "verão", explica o pesquisador do Instituto Meteorológico Dinamarquês Toudal Pedresen, que afirma que nos últimos cinco verões foram observadas as menores coberturas geladas nunca antes registradas".
Os cientistas temem que em poucas semanas o recorde de perda de gelo de 2007 seja batido, quando no mesmo oceano se abriu pela primeira vez uma passagem navegável e foram contabilizados apenas 4,2 milhões de quilômetros quadrados de água gelada, metade do início dos anos 1980.
Em 2007, aconteceu uma série de condições meteorológicas incomuns, como a chegada de ventos quentes à região central do Ártico, provocando um forte degelo.
O clima não se comportou da mesma forma este ano, mas a adiantada abertura das vias de navegação sugere que poderíamos estar a ponto de bater um novo recorde de perda de gelo, acrescentaram os cientistas da Agência Espacial Europeia.
Fonte: Estadão.com

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Frase

                 "A esperança tem asas. Faz a alma voar.
                 Canta a melodia mesmo sem saber a letra.
                          E nunca desiste. Nunca!
                                                     (Emily Dickinson)

Astrônomos descobrem planeta feito de diamantes

Astrônomos localizaram um exótico planeta que parece ser quase todo feito de diamante, girando em torno de uma pequena estrela nos confins da nossa galáxia.
O novo planeta é mais denso do que qualquer outro já visto, e consiste praticamente só de carbono. Por ser tão denso, os cientistas calculam que o carbono deve ser cristalino, ou seja, uma grande parte dele é mesmo de diamante.
"A história evolutiva e a incrível densidade desse planeta sugerem que ele é composto de carbono, ou seja, um enorme diamante orbitando uma estrela de nêutrons a cada 2 horas, numa órbita tão compacta que caberia dentro do nosso Sol", diz Matthew Bailes, da Universidade de Tecnologia Swinburne, em Melbourne.
A 4000 anos-luz da Terra, ou cerca de um oitavo da distância entre o nosso planeta e o centro da Via Láctea, o planeta é provavelmente remanescente de uma estrela que já foi gigantesca, mas que perdeu suas camadas externas para a estrela que orbita.
Os pulsares são estrelas de nêutrons, pequenas e mortas, com apenas cerca de 20 km de diâmetro, girando centenas de vezes por segundo e emitindo feixes de radiação.
No caso do pulsar J1719-1438, seus feixes varrem a Terra regularmente e já foram monitorados por telescópios da Austrália, Grã-Bretanha e Havaí, o que permite aos astrônomos detectar modulações devido à atração gravitacional do seu companheiro planetário, que não é visto diretamente.
As medições sugerem que o planeta, com um "ano" de 130 minutos, tem uma massa ligeiramente superior à de Júpiter, mas é 20 vezes mais denso, segundo relato dos cientistas na edição de quinta-feira na revista Science.
Além do carbono, o novo planeta também deve conter oxigênio, que pode ser mais abundante na superfície, tornando-se mais raro na direção do centro, onde há mais carbono.
Sua grande densidade sugere que os elementos mais leves - hidrogênio e hélio - que compõem a maior parte de gigantes gasosos, como Júpiter, não estão presentes.
O aspecto desse bizarro mundo de diamante, no entanto, é um mistério.
No esquema acima -, o pulsar aparece no centro sendo orbitado por um planeta. Em amarelo, para efeito de comparação, o tamanho do Sol.
Fonte: Estadão.com

Rio de 6 mil quilômetros é descoberto embaixo do Rio Amazonas

Pesquisadores do Observatório Nacional (ON) encontraram evidências de um rio subterrâneo de 6 mil km de extensão que corre embaixo do Rio Amazonas, a uma profundidade de 4 mil metros.
Os dois cursos d'água têm o mesmo sentido de fluxo - de oeste para leste -, mas se comportam de forma diferente. A descoberta foi possível graças aos dados de temperatura de 241 poços profundos perfurados pela Petrobrás nas décadas de 1970 e 1980, na região amazônica. A  estatal procurava petróleo.
Fluidos que se movimentam por meios porosos - como a água que corre por dentro dos sedimentos sob a Bacia Amazônica - costumam produzir sutis variações de temperatura. Com a informação térmica fornecida pela Petrobrás, os cientistas Valiya Hamza, da Coordenação de Geofísica do Observatório Nacional, e a professora Elizabeth Pimentel, da Universidade do Amazonas, identificaram a movimentação de águas subterrâneas em profundidades de até 4 mil metros.
Os dados do doutorado da professora, sob a orientação de Hamza foram apresentados na semana passada no 12º Congresso Internacional da Sociedade Brasileira de Geofísica, no Rio.
Em homenagem ao orientador, o pesquisador indiano que vive no Brasil desde 1974, os cientistas batizaram o fluxo subterrâneo de Rio Hamza.
A vazão média do Rio Amazonas é estimada em 133 mil metros cúbicos de água por segundo (m3/s). O fluxo subterrâneo contém apenas 2% desse volume com uma vazão de 3m/s - maior que a do Rio São Francisco, que corta Minas e o Nordeste e beneficia 13 milhões de pessoas, de 2,7 mil m3/s. 
As diferenças entre o Amazonas e o Hamza também são significativas quando se compara a largura e a velocidade do curso d'água dos dois rios. Enquanto as margens do Amazonas distam de 1 a 100 km, a largura do rio subterrâneo varia de 200 a 400 km.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Frase

           "Quem não sente a ânsia de ser mais,
                   não chegará a ser nada".
                                            (Miguel Unamuno)


Nave russa com suprimentos para estação espacial explode

O cargueiro Progress que transportava suprimentos para seis astronautas a bordo da Estação Espacial Internacional não conseguiu alcançar a órbita prevista -, fragmentos do cargueiro caíram no distrito Choiski, na República de Altai, na Sibéria. Moradores afirmam que vidros foram quebrados com o impacto da explosão.
A agência espacial russa Roscosmos confirmou que o cargueiro russo Progress M12-M não havia alcançado sua órbita. Segundo dados preliminares, houve uma falha nos sistemas dos motores.
Ele foi lançado do cosmódromo de Baikonur, no Casaquistão nesta quarta-feira e seria acoplado à ISS na próxima sexta-feira. Carregava 2,9 toneladas de comida e combustível para a estação espacial.
A estação tem suprimentos para 2 ou 3 meses, no entanto, o acidente ameaça atrasar o lançamento da próxima tripulação, daqui a um mês. Isto porque a cápsula não tripulada que falhou no lançamento é semelhante a que será utilizada para transportar astronautas à ISS.
A Rússia perdeu o contato com a nave, poucos minutos após seu lançamento. O artefato, não atingiu a órbita correta devido a uma falha nos motores do foguete portador Soyuz-U.
Sem os ônibus espaciais, a Nasa está contando com a Rússia, Europa e Japão e empresas privadas americanas, para manter a estação abastecida.
Após a retirada dos ônibus, de 30 anos de serviço, os EUA ficaram sem um veículo próprio para viajar à ISS e dependendo das naves russas, que realizam várias viagens por ano para levar oxigênio, combustível, alimentos e diversos equipamentos.
Enquanto isso, nos EUA começou a corrida espacial privada e 10 empresas disputam para ser a primeira a desenvolver um veículo alternativo privado.

Anos de El Niño dobram as chances de conflitos civis, diz estudo

Os ataques da guerrilha Sendero Luminoso, em 1982, o início da disputa do Sudão, em 1963, e os conflitos nas Filipinas, El Salvador e Uganda, em 1972, além da revolta em Myanmar, em 1991, podem ter em comum a influência do fenômeno climático El Niño. Cientistas do Instituto da Terra na Universidade de Columbia defendem que o clima global pode influenciar conflitos violentos pelo mundo e que o estudo maior desta relação pode ajudar a prevenir desordens e guerras.
"Mesmo no mundo moderno, podemos constatar que o clima tem influência na tendência de as pessoas brigarem", disse Mark Cane, um dos autores do estudo publicado hoje (24) no periódico científico Nature. Ele cita como exemplo mais atual é a fome na Somália e o conflito no Chifre da África, que podem ter sido influenciados pelo fenômeno climático, já que ele aumenta a seca e destrói plantações em uma sociedade já fragilizada.
A equipe mapeou a ocorrência do fenômeno climático El Niño de 1950 a 2004 e relacionou com conflitos civis. Os dados incluíram 175 países e houve 235 conflitos , sendo que mais da metade deles resultou na morte de mais de mil pessoas. A equipe calculou que o fenômeno climático influenciou 21% das guerras civis, pelo menos, 30% nos países afetados pelo fenômeno.
Nos países que sofrem as alterações no padrão climático por causa do El Niño, os pesquisadores perceberam que os períodos de ocorrência do La Niña (quando as chuvas aumentam) as chances de conflito foram de 3% enquanto que durante o El Niño dobrou para 6%. Países pouco afetados pelo fenômeno permaneceram com 2% de chance todo o tempo.
A equipe fez a comparação dos dados e embora tenha detectado relação entre o fenômeno climático e conflito civil, e afirmam que é preciso mais estudos para que se identifiquem possíveis causas desta relação. Os efeitos do El Niño podem estar ligados a causa do impacto no suprimento de alimentos. As pessoas ficam mais desconfortáveis e ficam a fim de brigar. "O nosso estudo não pretende revelar todos os mistérios que fazem todas essas pessoas brigarem", disse Cane em coletiva de imprensa.
Um dado importante do estudo, é que a Austrália, um país rico e fortemente influenciado pelo El Niño, nunca teve uma guerra civil.
Embora os autores defendam que a influência do El Niño nos conflitos civis, mesmo não sabendo exatamente o motivo, eles são mais cautelosos em relação a previsões catastróficas em relação as mudanças climáticas. O clima tem um impacto substancial na propensão de um conflito civil. Mas ainda, não está provado que as mudanças climáticas vão provocar o mesmo impacto apresentado pelo El Niño.
O El Niño é um fenômeno climático caracterizado pela mudança de temperatura da superfície da água do Pacífico equatorial, o que afeta a circulação atmosférica no mundo e influencia os padrões climáticos. A grosso modo, os trópicos tendem a ficar mais quentes e secos. No fenômeno La Niña ocorre exatamente o contrário.
Os autores usando dados históricos do clima dividiram o mapa do mundo entre os 93 países que são fortemente atingidos pelo El Niño, como Austrália, Gana, Laos e Sudão, e os outros 82 que não vivenciam os efeitos do fenômeno, como Afeganistão, Grécia e Tunísia, por exemplo.
Os pesquisadores conseguiram identificar relação significante entre os conflitos e o El Niño.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Frase

"Ele falava de sentimentos. Então eu perguntei:
            - De que cor é a saudade?
                     Ele me respondeu:
            - A saudade tem a cor da pele
                     de quem nos faz falta".



Desconcerto do Multiverso

A edição de setembro da revista Scientific American Brasil, traz como artigo de capa um tema que até recentemente esteve confinado à ficção científica e por isso mesmo é algo perturbador: "os multiversos".
A primeira versão dessa ideia, conhecida como universos paralelos, levava em conta o que ficou conhecido como "buracos de minhoca" ou Ponte de Einstein-Rosen, conexões no espaço-tempo entre dois pontos de um único ou dois universos.
Na década passada, no entanto, uma variação dessa concepção expandiu entre a comunidade cosmológica internacional, com defensores e críticos postados em cada uma das extremidades dos debates.
Aqui o conceito básico é que o Universo, em ves de único, pode ser apenas mais um, algo que, em certos casos, pode ser comparado a um aglomerado de bolhas de sabão acumulado nas bordas de uma banheira.
Em artigos que a revista já publicou, caso de "A Procura por Vida no Multiverso", em fevereiro de 2010, do físico americano Brian Greene, um dos reconhecidos especialistas na Teoria de Cordas, fala-se, em relação a multiversos, de uma "revolução supercopernica".
A diferença é que desta vez, não apenas estaríamos deixando o centro do Universo, como propôs o sábio polonês em 1543, mas de uma situação em que fica completamente inconsistente o sentido etmológico de Universo.
"O multiverso realmente existe"? foi escrito pelo físico e cosmólogo George F.R.Ellis, da Cape Town University, na África do Sul.
Além do chamado universo observável - algo parecido à situação de um observador postado, por exemplo, no topo de um farol no centro de uma pequena ilha, que é incapaz de enxergar um navio abaixo da linha do horizonte - pode haver ínúmeros outros universos fora de nossa observação direta.
Ainda com base no exemplo anterior, embora um observador postado no topo do farol, no centro da pequena ilha não possa observar, além da linha do horizonte existem tantas outras ilhas como continentes inteiros fora de sua visão direta.
Para a parcela dos cosmólogos afeitos à teoria do multiverso, haveria basicamente dois níveis de universos.
O primeiro grupo, em que Ellis se inclui, de nível 1 - segundo uma classificação feita pelo cosmólogo sueco-americano Max Tegmark, do Massachusetts Institute of Technology (MIT) da Califórnia - teriam as mesmas leis físicas em comum.
Mas outros, vão bem mais longe. Para Aleksander Vilenkim, diretor do Instituto de Cosmologia da Tufts University, em Massachusetts, vão bem mais longe.
Para ele multiversos de nível 2 teriam infinito universos, com infinitas galáxias, infinitos planetas e um infinito número de pessoas com o mesmo nome do leitor, lendo exatamente este artigo.
Neste segundo caso, as leis da física seriam diferentes, de bolha para bolha.
Ou seja, na concepção de Valenkim, cuja universidade é pioneira em formar novos líderes para um mundo em mudança, teríamos na essência um jogo de espelhos com universos infinitos em vez de um único como pensamos recentemente. 
Como se vê, é o caso, ao menos aparente, do que sempre julgamos pura ficção, substituindo a realidade.
Na verdade, no entanto, como demonstrou Nicolau Copérnico em meados do século 16, é que a mudança paradigmática de um conceito cosmológico tende a produzir, ao longo do tempo, transformações profundas e irreversíveis na cultura.
Tudo se passa como um sismo poderoso, onde se distingue claramente as realidades de um antes e um depois.
A concepção do que agora chamamos de multiverso, diz Ellis em seu artigo, remonta à Antiguidade e inclui mais de uma cultura humana. O que é novo, aponta, "é a asserção de que o multiverso é uma teoria científica, com tudo o que implica ser uma teoria matematicamente rigorosa e testável".
Ele se confessa "um cético" quanto à ideia de multiverso ter sido demonstrada suficientemente ou mesmo que isso venha a ocorrer.
Mas reconhece que os proponentes do multiverso, "ao mesmo tempo em que engrandecem nossa concepção de realidade física, estão redefinindo o que se entende por ciência".
Aqui é inevitável retomar um acontecimento que alterou radicalmente a visão do céu. Em uma de suas obras o filósofo francês Auguste Comte (1798-1857) disse que as estrelas permaneceriam para sempre desconhecidas dos humanos por estarem a enormes distâncias e serem muito quentes.
Mas em 1925, a astrônoma americana Cecília Payne Gaposchkin (1900-1979) defendeu sua tese de doutorado e enterrou literalmente a previsão sensata do pai da sociologia.
No trabalho que ficou conhecido como "a tese mais brilhante já escrita em astronomia", ela predisse a composição estelar antecipando que essas fogueiras cósmicas distantes são formadas majoritariamente por hidrogênio.
Fonte: Scientific American.com

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Cientistas ficam mais longe do Bóson de Higgs

Se o Bóson de Higgs existe, restam pouquíssimos lugares para ele se esconder. Conhecida como a "Partícula de Deus", ela só existe, até hoje, na teoria. A partícula, que em tese confere massa à matéria, ainda não foi encontrada e é o principal assunto na divulgação dos últimos resultados do Grande Colisor de Hádrons (LHC), apresentado nesta segunda-feira, em Mumbai, na Índia.
Descobrir se a partícula existe ou não é um dos principais objetivos do LHC, e os cientistas esperam alcançá-lo ainda em 2011.
O Bóson de Higgs foi postulado na década de 1960 para explicar porque as partículas fundamentais do Modelo Padrão da Física têm massa. Teoricamente, é uma peça-chave para o funcionamento do modelo. Se ele não existir, os físicos terão que procurar uma explicação melhor para o funcionamento das engrenagens fundamentais da natureza.
De acordo com os pesquisadores do acelerador de partículas, localizado na fronteira entre a Suiça e a França, não há nada ainda apontando para a existência do Bóson de Higgs. Resultados recentes, que haviam sido tomados como pistas da partícula, acabaram creditados a flutuações estatísticas.
Contudo, é cedo para descartar a teoria. É possível que a partícula ou versão mais simples dela (algumas teorias descrevem várias partículas desse tipo) seja encontrada ainda dentro do alcance dos sensores do LHC, mas numa faixa mais estreita para as buscas. Os físicos esperam que o suspense da partícula seja superado até o fim do ano.
COMO FUNCIONA O BÓSON DE HIGGS
Há muito tempo, os cientistas acreditavam que o átomo era a unidade indivisível da matéria. Com a ajuda de aceleradores de partículas, como o Grande Colisor de Hádrons, a ciência descobriu que o átomo é o resultado da interação de partículas ainda mais fundamentais. Ao todo são 16: 12 partículas de matéria e 4 portadoras de força.
A grande questão é que nenhuma dessas partículas possui massa. Isso quer dizer que os cientistas ainda não sabem o que daria "materialidade" ao mundo. Para resolver essa questão, Peter Higgs e outros físicos criaram o conceito do Bóson de Higgs, uma partícula fundamental para explicar como as outras partículas ganharam massa.
O Bóson de Higgs funcionaria como agregadora de elétrons e prótons e de todas as outras partículas fundamentais, que formam o átomo e assim por diante. Perto dessas partículas, ele as concederia massa. Afastados do Bóson, elas não têm massa. Mas o Bóson de Higgs, mesmo afastado das outras partículas, continua sendo, ele também, uma partícula.
Fonte: Veja.com 

"Semana Mundial da Água" enfoca desafios da urbanização

Começou neste domingo (21), e vai até o dia 27 de agosto, em Estocolmo, na Suécia, a Semana Mundial da Água.
O evento é organizado pelo Instituto Internacional da Água de Estocolmo e acontece todos os anos desde 1991, com representantes do mundo todo.
Cada versão do encontro apresenta um tema específico relacionado à água. Este ano, a semana vai enfocar os desafios que a urbanização acelerada impõe para o consumo e a distribuição de água. Estima-se que em 2050, toda a população da Terra tenha o mesmo tamanho da atual população do planeta - quase 7 bilhões de pessoas.
De acordo com os organizadores da Semana Mundial da Água, o crescimento das cidades provoca um efeito cascata na demanda e no consumo dos diversos recursos, e o mais sensível deles é a água. "Não estamos conseguindo atender às exigências dos acordos firmados na área de saneamento e distribuição de água", afirmam os organizadores em um comunicado.
O encontro tem como mérito colocar o problema em pauta. "Hoje um bilhão de pessoas não têm acesso a água potável e dois bilhões não têm acesso ao saneamento básico", segundo o coordenador do Programa Água para a Vida do WWF (Fundo Mundial para a Natureza), Samuel Barreto.
O Brasil apesar de ter água em abundância, enfrenta problemas graves. A maior parte da população, 80%, se concentra em cidades litorâneas ou próximas da costa, onde apenas 16% da água doce está disponível. A ocupação desordenada de áreas protegidas, como mananciais, compromete o abastecimento dos grandes centros urbanos.
Um estudo da Agência Nacional das Águas afirma que serão necessários 18 bilhões de reais para evitar que falte água nas grandes cidades brasileiras até 2015.
Hoje, 40% da água tratada - ou seja, que custou muito dinheiro para ser limpa - é perdida nas tubulações antes mesmo de chegar às casas. Em algumas regiões do Brasil, esse índice chega a 70%. Para dar uma dimensão ao problema: Os conflitos armados causados pela água vêm se acentuando no Oriente Médio e na Ásia, lugares onde a demanda gerada pela população supera em muito a quantidade disponível. A escassez também está dando origem a outro fenômeno, a dos refugiados climáticos.
Apesar de 70% da água consumida mundialmente ser usada na agricultura, 22% pelas indústrias e somente 8% ser destinado ao uso doméstico, essas taxas praticamente se invertem nas grandes cidades.
Por isso, programas que estimulem o uso racional são essenciais!!! 
Fonte: Veja.com

sábado, 20 de agosto de 2011

Frase

"É o tempo da travessia e, se não ousarmos fazê-lo,
teremos ficado, para sempre à margem de nós mesmos".
                                        (Fernando Pessoa)


Uma cortina de ferro às avessas

Vinte anos após colapso da USRR, ex-repúblicas soviéticas se blindam contra a influência do comunismo e a ideologia entra em declínio.
No dia primeiro de agosto de 1991, o famoso monumento a Karl Marx, que se eleva sobre o centro da cidade de Moscou, apareceu com os seguintes dizeres em tinta vermelha: "Proletários do mundo, perdoem-me!".
Era uma irônica alusão ao chamado aos trabalhadores contido no manifesto do Partido Comunista, publicado em 1848 na Alemanha por Marx e Friedrich Engels.
A ideia do comunismo concebida originalmente pelos intelectuais europeus encontrou abrigo espiritual na Rússia - que se tornou "a pátria do proletariado mundial".
Os comunistas que viviam na "casa da revolução mundial" se orgulhavam de seu papel na história e no cenário geopolítico.
Vinte anos após o colapso do maior país comunista do mundo, o Partido Comunista permanece um dos mais influentes do país. Em número de parlamentares, só fica atrás do Partido Rússia Unida, dos últimos ocupantes do Kremlin, Dimitri Medvedev e Vladimir Putin.
Mas a maioria dos analistas está de acordo com a opinião de que o partido não tem futuro político na Rússia.
Os filiados do PC de hoje pertencem a um setor determinado, mas em envelhecimento, da população. Se tudo continuar como está, os simpatizantes da sigla tendem a desaparecer.
A maioria dos simpatizantes da oposição na Rússia é nacionalista ou a favor de ideias ocidentais.
Existe, sim, muita nostalgia na Rússia pela antiga União Soviética, mas não na igualdade indiscriminada, das filas  da doutrinação política: os cidadãos sentem falta do tempo em que a União Soviética era uma nação poderosa, respeitada e temida em todo o globo.
Muitos especialistas crêem que os comunistas poderiam ter retomado o poder nos anos 1990, quando a Rússia se encontrava em meio à turbulência política, se tivessem um líder carismático.
Entretanto, a firme liderança de Genady Ziuganov assegurou o estabelecimento do capitalismo e de um sistema de democratização na Rússia.
Os eventos históricos que se desenrolaram na "casa da revolução" determinaram o destino do comunismo no resto do mundo.
Nos países que conformavam as ex-repúblicas sob a batuta de Moscou, o que há de comum é a tentativa de evitar a influência da ideologia comunista.
A única ex-república soviética a manter o comunismo é a Moldávia.
Mas mesmo seus seguidores não são comunistas linha-dura no sentido tradicional: não desejam o retorno à vida soviética. Parte dos ativos do país foi privatizada e a melhor definição da estrutura sócio-econômica do país é capitalistalismo com toque pós-soviético.
O país que mais preservou os valores e o estilo dos soviéticos é Belarus, a "linha de montagem" do antigo bloco comunista.
Durante a Segunda Guerra Mundial, o país amargou a ocupação nazista, inflando sua desconfiança em relação à influência ocidental da psique nacional.
Na Ucrânia, nos países do Cáucaso e nos Bálticos, o comunismo já não é digno de menção. As disputas políticas continuam, mas por forças inteiramente distintas.
No leste europeu -, onde o comunismo foi implantado à força, a ocupação e a humilhação nacional -, a maioria das populações nunca apoiou a ideologia.
A União Soviética provia os recursos para os seus "satélites" e permitia, neles, um grau de liberdade mais que em seu próprio solo. Mesmo assim, as tentativas de se livrar do jugo de Moscou só foram suprimidas com a intervenção do Exército Vermelho na ex-Alemanha Oriental, a Hungria e a ex-Tchecoslováquia.
Há partidos pós-comunismo em todos os países do antigo Pacto de Varsóvia, que advogam uma plataforma de esquerda moderada e europeia. Esses partidos têm tido espaço na Polônia, Hungria, Romênia, Eslováquia e Bulgária, mas não há possibilidade de voltar ao sistema socialista de outrora.
Fonte: BBC.com

Terra e Lua podem ser mais jovens do que se pensava

É provável que a Lua tenha menos anos de vida do que imaginamos. E o mesmo vale para o nosso planeta. Uma nova técnica na medição de isótopos de chumbo e de neodímio em rochas da crosta lunar, indica que a Terra tem milhões de anos a menos do que pensavam os cientistas.
A idade hoje aceita para os dois corpos celestes - assim como para todo o Sistema Solar - é a de 4,5 bilhões de anos. Essa estimativa foi determinada por meio de análises químicas e mineralógicas em rochas lunares coletadas pelas missões Apollo, da Nasa.
No entanto, o geoquímico Lars Borg, do Lawrence Livermore National Laboratory, com a ajuda de colaboradores de outras partes do mundo, analisou três sistemas isotópicos ( incluindo os elementos chumbo, samário e neodímio) de antigas rochas vindas da Lua. A conclusão: o satélite natural pode ter "apenas 4,36 bilhões de anos"!
"Nosso estudo representa a idade da Lua, mas acreditamos que a Terra seja igualmente jovem", concluiu o cientista.
Fonte: National Geographic.com 

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Rússia admite ter perdido satélite milionário recém-lançado

A Roscosmos, agência espacial russa, admitiu ter perdido indefinidamente o recém-lançado satélite de comunicações Express AM4. Oficiais afirmaram nesta quinta-feira que o satélite estava na órbita errada. A perda vem na esteira de uma série de fracassos do programa espacial russo.
A sonda de 265 milhões de dólares foi descrita por seus criadores como o satélite mais poderoso já construído na Europa. Foi lançada na madrugada de quinta-feira a bordo do foguete Proton-M, a partir do Cosmódromo de Baikonour, no Cazaquistão. A agência espacial russa disse que os primeiros estágios de lançamento não apresentaram problemas, mas a comunicação com a nave foi perdida por causa de uma falha em um dos últimos estágios.
A agência está tentando a todo custo reaver o contato com o satélite, construído para fornecer televisão digital e serviços de internet e telecomunicações para a Rússia nos próximos 15 anos. De acordo com espacialistas, a Roscosmos ainda tem 75% de chance de reaver no futuro a comunicação com o satélite e colocá-lo na órbita correta.
O fracasso é um constrangimento para Moscou e poderá atrasar projetos espaciais importantes em 3 ou 4 anos. No início do ano, o país não conseguiu colocar três satélites do sistema GLONASS, concorrente do americano GPS, em órbita, um prejuíso de 160 milhões de dólares.
Desta vez, porém, o prejuízo não será total: a espaçonave tinha seguro, e o valor gasto será recuperado em 100%.
Fonte: Veja.com

A deslumbrante invasão das algas

A imagem (ao lado) da invasão das algas, com uma mistura de tons de azul e verde, mostra uma explosão de vida no Mar de Barents. A foto foi obtida por um satélite da Nasa, agência espacial americana. Suas cores são reais e são o resultado da explosão de algas microscópicas no mar, o chamado Fitoplâncton. O fenômeno é comum em agosto, quando o mar ali está mais quente. Agora, está cerca de 6°C na superfície. O derretimento do gelo no continente também aumenta o volume de água doce e nutrientes, o que incentiva a multiplicação das algas.
Pesquisadores desconfiam que as algas estão crescendo mais e avançando mais para o norte, na medida que o aquecimento global eleva a temperatura média do oceano. E na medida que o gelo permanente do Ártico retrocede. A calota polar nunca esteve tão pequena. As consequências dessas mudanças na dinâmica do oceano ainda são desconhecidas.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Frase

              "Para conhecermos os amigos é necessário
                 passar pelo sucesso e pela desgraça.
            No sucesso, verificamos a quantidade e,
                        na desgraça, a qualidade".
                                                      (Confúcio)

Cientistas criam primeiro mapa de alta resolução do movimento de gelo na Antártida

Uma equipe de cientistas liderada pela Nasa (Agência espacial americana) elaborou o primeiro mapa de alta resolução do movimento do gelo na Antártida, o que ajudará a entender melhor o impacto da mudança climática no continente.
O mapa, publicado nesta quinta-feira (18) na revista Science, foi elaborado como se fosse um mosaico digital com imagens de satélite proporcionadas pelas agências espaciais do Canadá (CSA), Europa (ESA) e Japão (JAXA) e revela os detalhes do movimento do gelo na Antártida entre 2007 e 2009.
O objetivo deste trabalho, liderado pelo pesquisador Eric Rignot, do Laboratório de Propulsão a jato (JPL) da Nasa em Pasadena - estado americano da Califórnia -, é ajudar os pesquisadores a entender as mudanças do continente diante do constante aquecimento global. "Nosso mapa representa uma importante medida de referência, ao ser a primeira imagem completa do padrão de movimento no gelo (neste período)", explica o professor Jeremie Mouginot, pesquisador do Departamento de Ciências da Terra da Universidade da Califórnia, em Irvine, um dos autores da pesquisa.
Segundo ele, a velocidade do gelo é uma característica fundamental das geleiras e das camadas de gelo, que mede a velocidade à qual este elemento é transportado das regiões do interior rumo ao oceano. Suas medições e análises redefinem a compreensão atual sobre a dinâmica da camada de gelo antártica, ao revelar que o fluxo da camada de gelo do continente se compõe de uma complexa rede de afluentes que vêm do interior.
Essa nova visão do movimento da camada de gelo pode favorecer a reconstrução histórica e o prognóstico de sua evolução, Dado que a grande maior parte do gelo na Terra se encontra na Antártida e que o derretimento das calotas polares pode ter efeitos no nível do mar, este mapa também será útil para pesquisas futuras sobre o aquecimento global.
O trabalho foi concluído durante o Ano Polar Internacional e é o primeiro estudo deste tipo desde 1957.

Cinco países africanos criam a maior área protegida do mundo

Cinco países da África Austral assinaram esta quinta-feira em Luanda um tratado criando uma ampla zona protegida, de tamanho correspondente à metade da França, nas bacias dos rios Zambeze e Okavango, que tem por vocação se transformar em um paraíso de ecoturismo.
A área protegida de Okavango-Zambeze, situada entre os territórios de Angola, Botsuana, Namíbia, Zâmbia e Zimbábue, deve permitir religar quatorze parques nacionais e reservas naturais entre estes países, e, sobretudo, as Cataratas Victoria e o delta do Okavango.
"É a maior zona protegida com vocação turística do mundo", afirmam seus promotores, durante a assinatura do tratado, à margem de uma cúpula da comunidade de Desenvolvimento sustentável da comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), em Luanda.
O projeto tem por objetivo a conservação da biodiversidade, o desenvolvimento sustentável das comunidades locais, o estímulo ao ecoturismo e o compartilhamento dos recursos da região.
A região é rica em espécies raras, especialmente leopardos, cães selvagens africanos, rinocerontes e antílopes negros. Também é habitada por cerca de 250.000 elefantes.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Frase

                     "Corro perigo
               Como toda a pessoa que vive
                   E a única coisa que me espera
             É exatamente o inesperado".
                                           (Clarice Lispector)


Maior barco do mundo chega a Hong Kong

Desde 2010, o PlanetSolar navega pelo mundo movido a energia solar. Construído na Alemanha em 1 ano e 2 meses, ele "impressiona pelas dimensões, mas é limpo e silencioso", segundo os responsáveis pelo projeto.
Os painéis solares podem chegar a ocupar um total de 537 m² (alguns são removíveis). O tamanho e a forma do barco foram pesquisados em função da rota escolhida para a navegação e levaram em conta parâmetros como propulsão, design do painel solar, armazenamento de energia e uso de materiais. A intensão da equipe, que envolve profissionais de vários países, é demonstrar que a navegação via energia solar pode ser feita de formas inovadoras com tecnologias que já existem.
Um dos principais desafios da expedição está no planejamento e gestão da energia - ou seja, não usar mais do que é provido pela luz solar. Mesmo assim, é possível navegar sem insolação direta, já que há uma bateria para armazenar energia. Segundo eles, a tecnologia faz sentido se tiver um preço competitivo, por isso foram usados materiais e tecnologias disponíveis hoje com potencial para produção em larga escala.
A "volta ao mundo" do barco foi planejada com escalas em grandes cidades como Miami, Cancun, Brisbane e Xangai, para que o projeto fique em exposição e funcione como uma "plataforma" para promover o uso de energia renováveis. Nestas cidades, há programação com visitas ao barco e informações sobre os processos e a tecnologia para todos os "níveis" de conhecimento. Também são feitas apresentações e palestras para grupos específicos e autoridades locais.
Atualmente, o barco está em Hong Kong - depois de atravessar o mar da China durante 6 dias e com grandes dificuldades devido às condições meteorológicas. O PlanetSolar começou a jornada em Mônaco em 2010 e tem previsão de término em maio de 2012.
Fonte: Superinteressante. com

Uma identidade para Mona Lisa

AINDA ELA: - Estudiosos alemães acreditam ter identificado a mulher que serviu de modelo para o mais famoso quadro de Leonardo da Vinci.
A polêmica sobre a identidade da mulher que inspirou a Mona Lisa, pode tomar um novo rumo. Segundo especialistas, o artista teria pintado o retrato de sua mãe, Caterina, ou da princesa Isabela de Nápoles. Há quem diga que a mulher seria a nobre espanhola Constanza D'avalos ou a modelo Cecília Gallerani. Outros sugerem ainda que as expressões masculinizadas da figura poderiam ser de Gian Giacomo Caprotti, aprendiz e possível amante de Da Vinci.
Recentemente, pesquisadores da Universidade de Heidelberg, na Alemanha, descobriram que em 1503 o artista italiano trabalhou no retrato de Lisa Gherardini del Giocondo, esposa de um comerciante de seda. Seu sobrenome seria a razão para que a obra ficasse conhecida como La Gioconda.
Para confirmar essa hipótese, a sepultura onde a italiana foi enterrada em 1542, no Convento de Santa Úrsula, em Florença, foi aberta. Os próximos passos são reconstruir a face de Lisa e comparar seu material genético com o de seus filhos, enterrados na mesma cidade.
Fonte: História Viva.com

Uma alternativa para a falta de água

Os cientistas de Yale planejam mudar todo o processo de dessalinização da água dos oceanos, para resolver o problema de falta de água potável. A água salgada passaria por membranas antes, durante e depois do processo de osmose reversa.
Atualmente a água, cheia de sujeira orgânica, deixa os filtros sujos e é muito caro limpá-los. Caso a água não suje tanto esses filtros, os custos despencariam e as usinas de dessalinização, que hoje quase não são levadas em conta pelo alto custo e baixo rendimento, poderiam começar a ser construídas em diversos países.
Com o aumento da população mundial, o problema da falta de água potável para todos é cada vez maior - as previsões apontam que em 2015, 1,8 bilhão de pessoas irão viver em áreas com escassez do líquido. A solução definitiva é utilizar a quase inesgotável fonte dos oceanos para suprir essa demanda. Por enquanto, o processo de dessalinização ainda é muito lento e precário e não é capaz de prover água para a população mundial.
Por isso, esse estudo divulgado pela Universidade de Yale é tão importante. Os responsáveis pelo estudo tentaram chamar a atenção em um comunicado à imprensa para a importância de que as pesquisas na área se aprofundem. O projeto depende de novos materiais, novas químicas, mas acreditam que é esse o caminho a ser seguido. O problema de falta de água só irá piorar e o preparo para enfrentar esse desafio com uma tecnologia sustentável tem que ser enfrentado.
No início do mês, Israel anunciou que irá construir uma usina de dessalinização de muitos milhões. Ela irá se juntar a outras quatro usinas do mesmo tipo e faz parte da meta do país de ter de três quartos de sua água provindos do oceano.
Fonte: Galileu.com  

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Frase

                                   "Hoje acordei inteira.
                                    Migalhas? pedaços?
                                    Não. Obrigada!
                     Não gosto de nada que seja metade.
                     Não gosto de meio termo.
                                  Gosto dos extremos".
                                                          (Fernanda Young)


Comércio ilegal de marfim

O Comitê Permanente da Convenção Internacional para a proteção de Espécies Ameaçadas (CITES) iniciou nesta segunda-feira uma semana de reuniões na qual espera conscientizar os países a adotarem medidas para frear o aumento do comércio ilegal de presas de elefantes e chifres de rinoceronte.
Atualmente o Vietnã é o maior destinatário de chifres de rinoceronte, graças às propriedades atribuídas para o tratamento de câncer, enquanto o Fundo Mundial para a Natureza (WWF) criticou o governo vietnamita por fazer "pouco caso para contornar este problema, apesar das denúncias que muitos consumidores de chifres são funcionários públicos".
Além disso, a ONG assinalou que não estão preocupados quanto ao comércio ilegal de chifres de rinoceronte na Tailândia, assim como as que apontam que na China se está criando este animal unicamente para a comercialização e, por sua vez, citou um documento aprovado pela entidade oficial da medicina tradicional chinesa, que indica que suas supostas propriedades contra o câncer não foram comprovadas.
O Comitê da CITES debaterá igualmente um relatório sobre a caça ilegal de elefantes e o comércio ilícito de marfim, e que aponta a China e a Tailândia como os maiores países consumidores de marfim em seu estado bruto.

Empresa russa quer criar "hotel espacial" até 2016


A empresa russa Orbital Technologies revelou planos para criar o que chama de "hotel espacial" para hospedar turistas na órbita da Terra. O objetivo é até 2016 construir, lançar e operar a Commercial Space Station (CSS, na sigla em inglês), uma estação para acomodar turistas espaciais.
Até hoje, cerca de 500 pessoas foram mandadas ao espaço. Com exceção de alguns poucos milionários, todos foram astronautas ou cosmonautas treinados.
A CSS deve orbitar a 330 km de altura e ser acessível por meio de foguetes russos Soyuz. A estação terá espaço para sete convidados em quatro cabines em seus quase 20 metros cúbicos.
Os hóspedes poderão optar entre camas verticais ou horizontais, para fazer uso da falta de gravidade e poderão apreciar a vista através de amplas janelas.
A Orbital Technologies é uma afiliada da RSC Energia, a principal empresa contratada para operar a Estação Espacial Internacional (ISS) a operadora de todas as estações espaciais soviéticas e russas.
Para realizar esta viagem turística, o desembolso (cinco diárias) deverá ficar em torno de R$ 260 mil.

Descoberto em Israel busto de mármore de Hércules - século 2

Um busto de mármore representando Hércules, um semi-deus da mitologia greco-romana, datando do século da era cristã, foi descoberto recentemente em Israel.
O busto em mármore branco, de meio metro de altura é de uma excepcional beleza artístico e raro, porque este material não existe em Israel, tendo sido, então, importado.
A estátua sem cabeça foi encontrada no sítio de Horvat Tarbenet entre os vestígios antigos de termas romanas perto de Afula, a nordeste de Tel Aviv. Foi mencionado no Talmut como um local de estudos judeus.
A estátua, que tem nos ombros uma pele de leão, será brevemente apresentada ao público.
O busto foi encontrado por acaso por ocasião dos trabalhos de escavação realizados para a abertura de uma nova linha de estrada de ferro. 

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Frase

                   "Tente o novo todo dia. O novo lado,
              o novo método, o novo sabor, o novo
                jeito, o novo prazer, o novo amor".
                                               (Clarice Lispector)


Contra o aquecimento global, o frio extremo

Especialistas afirmam que a frequência de temperaturas negativas pode mais confirmar do que afastar a hipótese das mudanças climáticas.
Difícil pensar em aquecimento global enquanto os termômetros congelam marcando mínima próxima de 0°C durante os dias quase polares que os gaúchos têm enfrentado neste inverno, certo? Não, está errado. Ainda que céticos de plantão aproveitem os períodos mais frios do ano para questionar a existência das mudanças climáticas tão alertadas por cientistas ao redor do mundo, especialistas confirmam que o aumento na ocorrência de eventos extremos é, também, consequência das alterações no clima provocadas pelo homem.
A explicação que une expressões aparentemente opostas como frio e aquecimento está nas transformações sofridas pela atmosfera nos últimos cem anos. Mesmo levando em conta que o mundo passa por períodos cíclicos de mudanças no clima - e que podemos estar no ápice de um deles - as emissões de gases de efeito estufa contribuem para o aquecimento do planeta, mexendo com o equilíbrio do ambiente.
Esse aquecimento funcionaria como um empurrão no pêndulo de equilíbrio da atmosfera. Como toda a ação gera uma reação, o empurrão do planeta para tentar estabilizar o desequilíbrio causado pela elevação da temperatura é a intensificação dos eventos extremos.
A atmosfera tenta reagir. O que se vê são invernos mais rigorosos, verões mais secos ou muito mais úmidos e ondas de calor mais intensas, até mesmo no inverno. Os extremos sempre ocorreram, e ter um extremo de chuva durante o inverno, por exemplo, não é anormal. Mas vários estudos têm mostrado que a probabilidade da sucessão de eventos extremos tem aumentado. E muito - segundo o diretor do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo, Tércio Ambrizzi.
Além disso, quando se fala em Rio Grande do Sul, é preciso levar em conta que o Estado está em um ponto nevrálgico das alterações no clima. Um cenário futuro de aquecimento deve fazer com que com que a trajetória dos ciclones extratropicais se mova ainda mais em direção ao sul do país. Mesmo considerando que o Estado já esteja na rota dos fenômenos, os eventos devem se tornar mais rotineiros.
No entanto, não há como afirmar se o próximo inverno terá ondas de frio tão fortes como as deste ano, ou tanta chuva como a vista nos últimos meses. A falta de equilíbrio pode atacar novamente, levando a uma estação seca e até com calor. Ou não.
-  Quando se fala em extremo, ele pode ser tanto frio e chuvoso como seco e quente. É essa oscilação que temos notado em várias partes do mundo - afirma o diretor Ambrizzi.
Zero Hora - Nosso Mundo sustentável