quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

2017 o Ano da Coragem

Compartilhando partes de uma crônica de                            
RICARDO NEVES| WIESBADEN, ALEMANHA:
Chegou a hora de separar os homens dos meninos :
"De uma coisa, não se tem dúvida. E nisso todos nós, brasileiros, com um mínimo de discernimento, concordamos unanimemente: o ano que se encerra foi extremamente complicado e cruel para nosso país.
Mas pode ficar certo de que 2017 vai ser um ano ainda mais desafiador. E não só para brasileiros. Se serve de consolo, agora o mundo todo está no mesmo barco de grandes incertezas e turbulências, tanto econômicas quanto políticas.
Parece sobretudo que o ano de 2016 ficará marcado no plano internacional como a bandeirada de início da era dos demagogos, que vai nos fazer ter saudade de décadas passadas.
Isso fica evidenciado principalmente quando enumeramos fatos como a vitória do Brexit, a eleição que ninguém previu de Donald Trump e ainda a ascensão a um plano de maior protagonismo de perigosíssimos líderes como Putin (Rússia) e Erdogan (Turquia).
Não, não vai ser nada fácil. Deixemos as ilusões de lado e nos preparemos realisticamente. Uma aterrissagem de barriga ainda é melhor que a queda livre.
Vamos ser adultos e aceitar isso tudo como desafio. Afinal, é quando a maré baixa que sabemos quem está nadando pelado".
1.
Decálogo da Coragem de Ricardo Neves
O correr da vida embrulha tudo. A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é Coragem.
Guimarães Rosa
2.
Coragem é a resistência ao medo, é o domínio do medo, e não a ausência do medo.
Mark Twain
3.
O homem não descobre novos oceanos, a menos que tenha Coragem de perder de vista a praia.
André Gide
4.
Coragem é a primeira das qualidades humanas porque é a qualidade que garante todas as outras.
Winston Churchill
5.
A Coragem que vence o medo tem mais elementos de grandeza que aquela que o não tem. Uma começa interiormente; outra é puramente exterior. A última faz frente ao perigo; a primeira faz frente, antes de tudo, ao próprio temor dentro da sua alma.
Fernando Pessoa
6.
Saber o que é correto e não o fazer é falta de Coragem.
Confúcio
7.
Um braço vigoroso não é mais aguerrido contra a lança do que um braço frágil; são o caráter e a Coragem que fazem o guerreiro.
Eurípedes
8.
Perder a Coragem é pior do que perder o dinheiro.
Ditado rabínico
9.É curioso que a Coragem física seja tão comum em um mundo em que a Coragem moral seja rara.
Mark Twain
10.
Coragem não é ter força de seguir em frente, é ir em frente quando você não tem força.
Theodore Roosevelt
 
Bom Natal e até ano que vem.
Abraço!

Saiba como proteger dados em caso de roubo de smartphone

Ter um smartphone roubado ou perdido pode causar diversos problemas. Além do prejuízo material do aparelho, dados pessoais como senhas, conteúdo de e-mails, redes sociais, informações bancárias, fotos, vídeos, agenda e mensagens podem cair nas mãos de criminosos ou de pessoas mal intencionadas.
 
Confira dicas para proteger seus dados pessoais em caso de roubo ou perda do smartphone
 
Todo o smartphone é um computador, por isso precisa de uma segurança adequada. Segundo José Matias Neto, diretor de suporte técnico da Intel Security, é importante ter algum aplicativo de segurança instalada no smartphone.
"Escolha uma solução que além de proteger contra malware, tenha ferramentas de segurança como localizar o aparelho à distância, apagar os dados remotamente, autenticação multifator, entre outras. O McAfee Mobile Security é uma solução gratuita que apresenta essas e outras funcionalidades para proteger os dados do usuário”, diz Neto.
Veja as dicas para proteger seus dados em caso de roubo ou perda do smartphone
Defina senhas seguras para o desbloqueio da tela
Uma senha forte para o desbloqueio da tela pode impedir que uma pessoa mal intencionada tenha acesso aos dados de um aparelho.
Use senhas longas, com letras e números. Evite senhas como as que você liga pontos na tela com um desenho ou um PIN com poucos números. A marca dos dedos que fica na tela por causa dos movimentos repetitivos pode entregar a sua senha ao criminoso.
A maioria dos aparelhos também permite configuração para apagar os dados armazenados após algumas sequências de senhas digitadas incorretamente.
Também é aconselhável fazer um boletim de ocorrência (B.O.) no site da polícia, incluindo a sequência de Imei.
Utilize autenticação multifator
Além das senhas, é recomendável que o usuário use mais de um fator de autenticação para desbloquear o aparelho e acessar suas contas.
Soluções de gerenciamento de senhas como o True Key da Intel Security , permitem que o usuário acesse os dispositivos através de reconhecimento facial, além de facilitar a criação e armazenamento de senhas seguras para todas as contas online.
Mantenha uma solução de segurança instalada e atualizada no seu smartphone
A solução McAfee Mobile Security, por exemplo, é gratuita e tem funcionalidades de segurança que permitem localizar o aparelho perdido via GPS, bloquear o aparelho remotamente, soar alarme, apagar dados remotamente e até capturar foto e localização de quem tentar Tenha cópias de segurança dos dados armazenados no smartphone
Mantenha um backup dos contatos, fotos e dados mais importantes para não perdê-los em caso de roubo ou perda do aparelho.
Troque as senhas
Caso perceba que seu smartphone tenha desaparecido, acesse suas contas de e-mail e redes sociais o mais rápido possível e troque todas as senhas. Muitas vezes deixamos as contas já jogadas no celular e alguma pessoa mal intencionada poderia facilmente acessar os seus dados privados.
 
 

Encontrados os restos da rainha egípcia Nefertari



Nefertari foi uma das rainhas mais poderosas do Egito Antigo e viveu, ao lado do marido Ramsés II, um dos mais conhecidos faraós da história, no século 13 a.C. De beleza lendária, a regente era também bem educada: sabia ler e escrever hieróglifos e participou da vida política da 19a. dinastia egípcia.
 
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Seu túmulo foi encontrado em 1904 e, embora já tivesse sido saqueado diversas vezes nos séculos passados, ainda era um dos mais luxuosos que se conhece. De 520 metros quadrados, as paredes da tumba são inteiramente enfeitados por desenhos da rainha e acredita-se que, antes dos saques, houvesse muitos tesouros por lá. Só não havia uma coisa: a múmia de Nefertari. A única coisa que os escavadores encontraram no começo do século 20 foi um par de joelhos mumificados.
Agora, uma nova pesquisa confirma o que egiptólogos acreditam há décadas: que os joelhos pertenceram, de fato, a Nefertari. Por meio de análises químicas, de raios-X, e de datações de carbono, os pesquisadores confirmaram que o pedaço da perna pertenceram a uma mulher de cerca de 40 anos, que foi mumificada com os rituais geralmente dedicados à realeza.
Ou seja, a rainha. Os cientistas acreditam que ela tenha sido enterrada com joias ao redor da cabeça e dos braços, o que fez com que a sua múmia acabasse sendo destruída durante os saques. De fato, análises da tíbia da múmia mostram que ela sofreu diversas fraturas já depois de morta.
Graças à pesquisa, descobriu-se também que a rainha, além de poderosa, era alta. Devia ter medido 1,65 metros – 9 centímetros a mais do que a média das mulheres do Egito Antigo. “Nefertari foi uma mulher muito bonita, o que podemos ver pelas imagens que existem dela. Penso que é triste e muito irônico que jamais poderemos comparar sua beleza lendária com os restos mortais, já que tudo que temos são seus joelhos”, disse à revista Discover Joann Fletcher, um dos autores da descoberta.
BBC Brasil

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Suécia terá o primeiro hotel de gelo permanente do mundo

Ice Hotel, localizado na Suécia
 
O Icehotel, primeiro hotel de gelo do mundo, anunciou neste mês uma unidade que ficará aberta durante o ano todo. O empreendimento permanente se chama Icehotel 365, fica na cidade de Jukkasjärvi, a 200 quilômetros ao norte do círculo polar ártico. As suas paredes e mobília são feitas com as águas do Rio Torne.
Antes, o Icehotel vinha sendo reconstruído nos invernos, ano após ano, desde 1989, após o derretimento em épocas mais quentes. A temperatura nos quartos é de -5 graus celsius.
Além da possibilidade de ficar hospedado nas suítes pitorescas, o hotel oferece atrações como a possibilidade de o hóspede criar sua própria escultura de gelo, dar um mergulho nas águas geladas do rio e ir em seguida para uma sauna – um ritual local – e participar de um curso de sobrevivência no gelo. Este último programa dura metade de um dia e busca ensinar pessoas sem experiência no assunto técnicas como de construir um abrigo e fazer fogo com pedras.
O Icehotel 365 teve sua última etapa concluída na última sexta-feira e tem 55 quartos. Uma estadia de um dia numa suíte do dia 25 janeiro, por exemplo – feriado na cidade São Paulo – custa 2.060 coroas suecas (740 reais).
Época.com

Mais gelado que Marte: onda de frio congela Chicago

Pedestres se protegem do frio em Chicago, no estado americano de Illinois - 19/12/2016
 
Uma forte onda de frio no hemisfério norte fez com que Chicago, nos Estados Unidos, atingisse nesta segunda-feira temperaturas menores até mesmo que as do polo norte e da Antártida. E não só isso: segundo a Nasa, a agência espacial americana, as temperaturas na cidade ficaram abaixo até mesmo das registradas em Marte.
De acordo com os registros da sonda Curiosity, Marte teve nesta segunda temperaturas de 2 graus Celsius por volta de 13h (horário de Brasília). No mesmo horário, fazia um frio de -21 graus Celsius em Chicago. O forte vento, uma das marcas registradas da cidade, fazia a sensação térmica ser ainda mais baixa.
Com -25 graus Celsius registrados durante a madrugada, por muito pouco Chicago não bateu seu recorde histórico de frio nesta segunda. A temperatura mais baixa já registrada na cidade, de -25,5 graus Celsius, data de 1983. Na Antártida, a temperatura mais baixa desta segunda chegou a -24 graus Celsius.
Quase 300 escolas foram fechadas e dezenas de voos foram cancelados por causa das condições climáticas. Para esta terça, a previsão é de temperatura mínima de -8 graus Celsius.
Veja.com

2016 não termina nunca: Nevou no Deserto do Saara!

Montanhas no Saara são cobertas por neve, na região de Ain Sefra, na Argélia
 
Um fotógrafo amador registrou imagens incríveis de neve cobrindo as areais do Deserto do Saara, fenômeno que não acontecia desde 1979. O argelino Karim Bouchetata ficou atordoado diante do inesperado cenário nas proximidades da cidade de Ain Segra, na Argélia, nessa segunda-feira.
“Todos ficaram espantados de ver a neve cobrindo o deserto”, disse Bouchetata. “A neve ficou sobre a areia por cerca de um dia antes de derreter completamente”.
Esta é a segunda vez em que a neve cobre as areias dessa região do Saara – em fevereiro de 1979, nevou por cerca de meia hora, no primeiro evento do tipo de do tipo de que se tem notícia.
No entanto, o fenômeno não chega a surpreender os especialistas. “Apesar de ser uma região desértica, também há chuvas no norte da África. Com frio intenso, pode nevar”, explica o meteorologista Augusto José Pereira Filho, professor da Universidade de São Paulo.
O maior deserto do mundo ocupa uma área de 8,6 milhões de quilômetros quadrados do norte da África. No verão, as temperaturas chegam perto dos 50 graus. A cidade de Ain Segra, fica a 1.000 metros acima do nível do mar e é cercada pelas montanhas da Cordilheira do Atlas.
Veja.com

segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Por que há uma nova corrida espacial pela conquista da Lua. como na guerra Fria,

Foguete na lua

Há décadas existe a promessa de uma base na Lua. Colocamos um pé lá, e parou por aí - nossa presença no satélite natural da Terra se resume a pegadas.
Ao mesmo tempo, nos tornamos especialistas em orbitar a Terra a bordo da Estação Espacial Internacional.
No entanto, estão surgindo cada vez mais iniciativas públicas e privadas que não só anunciam um retorno à Lua, mas ambiciosos planos de colonização.
A China já revelou que pretende pousar no lado oculto da Lua (que não pode ser visto da Terra) em 2018, enquanto a Rússia prepara o pouso de sua primeira nave tripulada para 2031.
Os Estados Unidos não se manifestaram como governo, mas em julho deste ano deram permissão para a empresa privada Moon Express ir à Lua. E a NASA.
 convocou recentemente companhias do setor privado a enviarem sugestões de experimentos que podem ser feitos por lá.

A que se deve tanto interesse?

Foguete
 
Para o especialista em aeromecânica Leon Vanstone, da Universidade do Texas, o principal motivo é o mesmo da Guerra Fria: poder.
"Devemos lembrar que foram os russos (então União Soviética) os primeiros a enviar um homem ao espaço - eles queriam militarizar o espaço - e os Estados Unidos se apressaram então em colocar um homem na Lua", disse Vanstone à BBC mundo.
Essa demonstração de poder custou centenas de milhões de dólares e, segundo Vanstone, as então potências perceberam que o melhor para todos era realizar iniciativas conjuntas em que os gastos e responsabilidades são compartilhados (como acontece agora na Estação Espacial Internacional).
Mas o tabuleiro do xadrez geopolítico mudou.
A China está crescendo como uma potência espacial, e os Estados Unidos já não têm o mesmo status - dependem dos russos para avançar com seu programa espacial. E, conforme lembra a especialista em Direito Espacial Jill Stuart, da London School of Economics, "há muita tensão entre os Estados Unidos e a Rússia ".
"Então, há sempre uma política complicada por trás", afirmou Stuart à BBC.
Além disso, diferentemente da maioria das agências espaciais do mundo - como a NASA (EUA), ESA (Europa) ou Roscosmos (Rússia) -, o programa espacial chinês é dirigido por militares.

Homem na Lua

Essa seria a diferença entre o governo chinês e americano.
"Os Estados Unidos não querem dizer que o seu programa é estatal. Na sua política capitalista, preferem dizer 'vamos deixar nossas empresas privadas à frente do programa espacial'", esclarece Stuart.
Para Naveen Jain, um dos fundadores da Moon Express, as possibilidades de negócios na Lua são ilimitadas. Uma licença de uso e exploração permitiria a ele dar início a atividades de mineração, oferecer pacotes turísticos ou vender pedaços de rochas lunares como pedras preciosas.
Stuart e Vanstone deixam claro, no entanto, que essas empresas não são de todo privadas, uma vez que são financiadas com dinheiro do Estado e devem operar sob a tutela da NASA.

Ilustração de exploração da Lua

Por que agora?

Uma outra razão para a retomada do interesse pela Lula é a tecnologia mais barata.
"A primeira vez que o homem foi à Lua precisou de foguetes gigantes que custaram centenas de milhões de dólares", conta Jain à BBC.
Os avanços na tecnologia permitem que os foguetes sejam menores, mais leves, eficientes e econômicos.
"Estamos usando um foguete menor impresso em 3D que custa menos de US$ 5 milhões", acrescenta o empresário, que planeja enviar no ano que vem uma sonda avaliada em outros US$ 5 milhões para a Lua.
E o avanço tecnológico nos leva à terceira razão para essa "febre" pela Lua: recursos minerais e naturais.
O desenvolvimento de dispositivos inteligentes é possível graças aos raros recursos minerais da Terra, como tântalo ou tungstênio, supercondutores que fazem com que a tecnologia seja rápida, minimalista e econômica.
Jain não esconde que esse é o seu principal interesse no satélite.

Homem pisando na Lua

"A Lua é extremamente rica em recursos. Tudo pelo que brigamos na Terra está em abundância no espaço", afirma o empresário.
"Lutamos por terra, água e combustível, sem perceber que somos um pequeno ponto azul no espaço", completa.
Vanstone concorda que esse é um interesse comercial e geopolítico importante.
"Cada vez mais pessoas estão interessadas em metais raros, e esse é o interesse de fazer a mineração na Lua", diz.
A questão é que seria muito mais caro trazer esses minerais para a Terra do que continuar a explorar o que temos aqui.

Bases lunares?

O fato de que há muitos recursos na Lua leva a outra motivação: construir bases lunares.
Com o avanço da tecnologia e a capacidade de chegar cada vez mais longe, a Lua se torna apenas um pequeno passo para a exploração do espaço.
Mas, para que isso aconteça, é preciso resolver um problema antes: combustível para viajar. Afinal, a maior parte do peso das naves lançadas ao espaço é de combustível.
Assim que a meta não for mais o nosso satélite, será Marte. E, se um dia chegarmos lá, então o desafio vai além.

Ilustração da colonização de Marte

Para isso, a Lua poderia ser uma parada estratégica para abastecimento.
E não apenas os Estados Unidos acreditam nisso. A China também está de olho em Marte e anunciou, recentemente, que em 2020 pretende visitar o Planeta Vermelho.
"A Lua pode ser usada como uma base, já que é feita exatamente dos materiais que precisamos", diz Vanstone.
Mas as empresas privadas não a veem apenas como uma base para abastecimento.
"Parafraseando JFK (ex-presidente americano John Fitzgerald Kennedy) 'escolhemos ir à Lua não porque era fácil, mas porque era um bom negócio', e é disso que se trata, de fazer um bom negócio", diz o fundador da Moon Express, que vê a comercialização da Lua como um negócio "grandiosamente genial".
Leon Vanstone reconhece que há muito dinheiro envolvido no espaço.
"E os primeiros a fazer negócio serão aqueles que ganharão mais dinheiro", avalia.

Mas quem pode explorar a Lua?

Esse poderia ser o risco do investimento.
Segundo o tratado sobre a exploração e utilização do espaço, assinado por 103 países em 1967, "o espaço, incluindo a Lua e outros corpos celestes, não deve ser objeto de apropriação nacional por reivindicação de soberania, uso, ocupação ou de qualquer outra forma".
Como os governos poderiam então planejar operações na Lua e conceder concessões a empresas privadas se, a princípio, ninguém tem o poder de fazê-lo?
Embora o acordo internacional afirme que o espaço é um território neutro e ninguém pode se apropriar dos corpos celestes, há diversas interpretações.
"Primeiramente, o tratado especifica que nenhuma nação deve se apropriar de qualquer corpo celeste", diz a especialista Jill Stuart. "Mas há dúvidas se as entidades não-estatais poderiam fazer essas reivindicações."
Em segundo lugar, o fato de que você não pode reclamar a propriedade, não significa que não possa ocupar o espaço.
"É como a Antártida", diz a especialista. "Você pode ter uma base lá, contanto que diga que o que está sob seus pés não é seu", afirma Stuart.
Sendo assim, Estados e empresas privadas estão à procura de brechas na legislação de quase 50 anos para abocanhar uma fatia do negócio no espaço.
O Departamento de Estado dos Estados Unidos explicou por escrito à BBC que a permissão dada à Moon Express está baseada no fato de que são "as atividades privadas que desbloqueiam novas investidas espaciais e permitem avançar nossa compreensão do sistema solar, o que, sob vigilância adequada, pode beneficiar todos os países no longo prazo."
O governo dos EUA não ignora o tratado, pelo contrário, considera a responsabilidade de legislar sobre as atividades nacionais no espaço.
"A base para esta jurisdição é mais nacional do que territorial. Entre os objetivos do processo de autorização para atividades privadas no espaço está assegurar o cumprimento do tratado", afirmou.
Para Stuart, o que preocupa são outras iniciativas do governo americano para promover atividades espaciais.
Em novembro de 2015, os Estados Unidos aprovaram uma lei que permite aos cidadãos americanos explorar comercialmente e reivindicar a posse de recursos obtidos no espaço.
"Isso me perturba um pouco", admite Stuart.
"Essa lei tem o potencial de minar o acordo internacional que já está em vigor para o espaço", completa.
Na opinião de Sa'id Mosteshar, do Instituto de Direito e Política Espacial de Londres, essa legislação não cumpre os tratados internacionais.
"Parece que os Estados Unidos estão concedendo a seus cidadãos um direito que o próprio país não tem", disse Sa'id Mosteshar à BBC.
"Você não pode dar um direito nacional que não pode exercer".
Em 1979, antecipando uma futura exploração lunar, a ONU redigiu o Tratado da Lua, estipulando as condições para essa atividade.
A questão é que apenas 13 países assinaram o acordo - e nenhum deles tem recursos para participar de uma corrida espacial.
Para os especialistas, parte do problema é que essas leis foram escritas há muitos anos e não foram atualizadas.
Talvez a exploração da Lua seja inevitável. E a possibilidade de haver bases de diferentes países, como ocorre na Antártida, não está tão distante de acontecer.
Mas, para Jill Stuart, a pergunta que devemos fazer é: quem nós queremos que nos represente no espaço?
"Em breve teremos diferentes entidades pousando em corpos celestes, e acho que devemos nos perguntar quem a gente quer que vá para o espaço e nos represente".
"Eu não quero acordar daqui a 100 anos e descobrir que a Lua é da Coca-Cola", acrescenta.
BBC Brasil

Por que nossos QIs nunca estiveram tão altos - mas nem por isso estamos mais espertos

Imagem computadorizada de um cérebro humano
 
James Flynn está preocupado em deixar o mundo nas mãos de seus alunos. Professor da Universidade de Otago, na Nova Zelândia, ele regularmente se depara com estudantes de enorme potencial, mas descobre que muitos deles não têm noção da história complexa do mundo que os cerca.
"Eles dispõem de todas as habilidades modernas, mas saem da universidade de um jeito não muito diferente do camponês medieval que vivia em seu mundinho. Estão ancorados em mundo maior - o do presente -, mas sem dimensão histórica", explica o professor.
Para Flynn, o resultado é que as pessoas hoje têm uma visão simplista de assuntos vigentes, o que as deixa mais abertas à influência de políticos e da mídia.
Em seu mais novo livro, Does Your Family Make You Smart? (Sua família te deixa mais inteligente?, em tradução livre), ele discute as maneiras como o pensamento humano mudou ao longo dos tempos, incluindo um aumento misterioso no quociente de inteligência (QI) - devidamente batizado de Efeito Flynn - e as várias influências que moldam nosso intelecto durante nossas vidas.
Aos 82 anos, Flynn é um nome muito reconhecido no campo de pesquisas sobre a inteligência. Como parte de seus estudos filosóficos sobre a natureza da objetividade, ele notou que os resultados médios em testes de inteligência vêm aumentando em todas as raças humanas de forma consistente, à razão de três pontos por década - entre 1934 e 1964, por exemplo, holandeses ganharam 20 pontos de QI.
Mas poucos pareciam ter notado.
"Fiquei pensando por que diabos os psicólogos não estavam dançando pelas ruas. Os dados diante de seu nariz e eles não viam", explica Flynn.

Genética

Psicólogos há tempos sabem que genes têm influência sobre nossa inteligência, e que ela cresce à medida que envelhecemos.
No jardim de infância, a genética não importa tanto: o mais importante é se os pais falam conosco, leem para nós e treinam nossa habilidade para contar, por exemplo. Estudos mostram que nossos genes são responsáveis por apenas 20% da variação de QI nessa faixa etária.
 
Quando começamos a pensar por nós mesmos, a influência dos pais diminui. Passamos a maior parte do tempo na escola e, se temos potencial, nossos cérebros vão se desenvolver com estímulo extra.
Os genes também pode ajudar você a encontrar novas maneiras de estimular a mente - como frequentar clubes de leitura ou de matemática, por exemplo, o que normalmente resulta em um aumento do QI. Você começa a criar um nicho que reflete seu potencial genético.
Isso não quer dizer que a situação da sua família não conta - ainda importa se você frequenta uma escola melhor ou se seus pais compraram muitos livros. E há fatores aleatórios, como o desemprego ou tragédias pessoais, que podem afetar seu QI.
Mas, no geral, genes podem prever 80% das diferenças entre você e outras pessoas quando adultos.
Ainda assim, o Efeito Flynn parece ser muito acentuado e rápido para ser explicado apenas pela genética. A seleção natural ocorre vagarosamente ao longo de milhares de anos, por exemplo.
 
Mileniais no parque
 
Na verdade, a resposta não é tão enigmática quando comparamos a evolução do QI à da altura corporal. Em uma mesma geração, você verá que pais mais altos têm crianças mais altas, e que pais mais baixos têm filhos mais baixos. Isso mostra um componente genético.
Mas se você comparar gerações diferentes, verá que somos mais altos que nossos avós. Isso não é por causa de mudanças genéticas, mas porque a vida moderna, com melhor dieta e remédios, permitiu que nossos corpos crescessem.
Flynn e o colega William Dickens lançaram a tese de que o mesmo processo está ocorrendo com nossas mentes graças a mudanças nas demandas cognitivas de nossa sociedade. O QI mede uma variedade de qualidades, como vocabulário, raciocínio espacial e raciocínio abstrato. Juntos, formam uma inteligência geral.
Nossa educação também contribui para esse processo: lições do ensino primário sobre diferentes elementos e forças da natureza nos ajudam a agrupar coisas em categorias, classes e regras lógicas, centrais para muitas questões no teste de QI.
Quanto mais as crianças enxergarem o mundo com esses óculos científicos, mais altos serão seus resultados, na opinião de Flynn.

Tecnologia

Mas não é apenas a educação. Alguns pesquisadores argumentam que nosso mundo é agora inteiramente encaminhado para que pensemos dessa maneira por causa de uma crescente dependência da tecnologia.
Nossos bisavós podem ter sofrido com máquinas de escrever e nossos pais com o primeiro videocassete, mas nossas crianças hoje aprendem a usar um tablet ainda pequenas.
 
Menina brincando com tablet
 
Ficamos melhores na tarefa de pensar de forma abstrata, o que resultou em aumentos médios de 30 pontos percentuais no QI ao longo do último século. Esse aumento não significa que temos mais capacidade cerebral - estamos, na verdade, fazendo a sintonia fina de nossa maquinaria mental para os dias de hoje em vez de fazer um upgrade completo.
Mas Flynn diz que as melhorias são significativas sociologicamente, refletindo mudanças reais no processo de pensar.
O pesquisador compara isso ao exercício físico - somos moldados de acordo com o esporte que escolhemos. "O cérebro é um músculo, e mudanças em exercícios mentais influenciam o cérebro da mesma forma que se você trocasse a natação pelo halterofilismo".
O QI é maleável ao longo da vida. Isso significa que idosos podem ainda ganhar terreno graças a melhorias na saúde geral e ao fato de que carreiras profissionais hoje duram mais tempo e são mais exigentes intelectualmente.
"Uma pessoa de 70 anos hoje é muito mais inteligente que uma de 70 há 15 anos". "Meu pai nunca correu após os 12 anos de idade e se aposentou aos 70. Eu me exercito mais e nunca me aposentei", diz Flynn.

Estímulos

Em seu mais recente livro, Flynn apresenta uma nova análise que o permite analisar o efeito de diferentes aspectos no QI de uma pessoa.
O vocabulário, por exemplo: quem tem pais mais educados, que usam uma linguagem mais variada e erudita, terá mais estímulo à inteligência, mesmo que tenha menor potencial genético.
Ao mesmo tempo, pessoas com vantagens genéticas podem ser atrapalhadas por aqueles a seu redor - no mundo dos desenhos animados, por exemplo, Lisa Simpson é super talentosa, mas sofre com a ignorância do pai, Homer.
A análise de Flynn mostra que poucos pontos a mais no QI podem determinar o caminho de alguém na vida. Para um adolescente americano razoavelmente inteligente, viver em uma casa com ambiente ligeiramente mais acadêmico pode elevar de 500 para 566 pontos o resultado no SAT, o equivalente dos EUA ao Enem.
 
Meninas posam com estátua do personagem Lisa Simpson
 
Essa diferença pode valer uma vaga em uma universidade mais prestigiada.
"As universidades americanas usam o SAT como medida da viabilidade de um estudante, e se você tiver uma pontuação ruim você não conseguirá entrar em uma universidade boa", explica Flynn.
Mas o cientista mantém-se convicto de que, independentemente dos antecedentes familiares, todos nós temos o poder de cuidar de nosso próprio desenvolvimento intelectual. Afinal, estudos mostram que circunstâncias atuais influenciam nosso QI no presente mais do que nossa história. Flynn diz que isso é aparente em seus estudantes mais velhos.
"Muitos deles vêm de ambientes que parecem ter proporcionado pouco estímulo intelectual, mas eles crescem loucamente em comparação com a média de nossos estudantes", explica o acadêmico.
Apesar dos ganhos em QI, o cientista teme que nós não estejamos usando nossas mentes para as coisas que importam. "Não quero parecer sombrio, mas as pessoas jovens hoje estão lendo menos sobre história e bem menos ficção séria que costumávamos fazer."
Ele argumenta que deveríamos ter uma compreensão das crises que moldaram a história do mundo antes de opinar na política contemporânea, por exemplo. E acredita que "a leitura é a única forma de capitalizar sobre os ganhos de QI no século 20 e torná-los politicamente relevantes".
Se Flynn vai ou não persuadir os mais jovens a pegar em um livro é outra história. Mas não há dúvidas de que ele já mudou nossa visão sobre a inteligência.
BBC Brasil

sábado, 17 de dezembro de 2016

WhatsApp vai lançar o recurso "desenviar" ! Veja como funciona

Seria um sonho? O aplicativo de mensagens mais popular do momento parece que ouviu nossos pedidos e está planejando lançar o recurso mais útil de todos. Sabe quando você envia aquela mensagem para o crush e no segundo seguinte se arrepende? Ou quando envia aquela foto ~mais ousada~ para o grupo da família sem querer? Pois seus problemas serão resolvidos!
Está em fase de testes um recurso chamado revoke message, ou revogar mensagem. Isso significa que, depois que você enviar a mensagem, você tem a chance de se arrepender e tirar ela do ar. E, se você for rápido o suficiente, antes mesmo que alguém veja!
Do outro lado, a pessoa vai saber que uma mensagem foi revogada, ou apagada, mas você pode bem fazer a discreta e nunca comentar o que era. Dá para alegar que estava com algum erro de ortografia bem feio e você preferiu escrever de novo
Veja nesse vídeo como o recurso vai funcionar:


WABetaInfo @WABetaInfo  
WhatsApp beta for iOS 2.17.1.869: how revoking messages work.

Por enquanto o recurso está liberado para pouquíssimos usuários de iOS, na versão beta 2.17.1.869. Esperamos que o WhatsApp libere para todo mundo logo! Seria um lindo presente de Natal

Missão da Nasa inspira trabalhos artísticos fantásticos

Resultado de imagem para fotos da missao juno da nasa
 
A missão Juno da NASA pode ter se atrasado um pouco na programação inicial, mas isso não impediu que artistas e astrônomos amadores começassem a explorar os dados recebidos até agora. A câmera da nave espacial que tem orbitado Júpiter acabou de enviar a segunda leva de imagens em close – e nos últimos dias, tem bastante gente processando essas fotos e criando trabalhos artísticos impressionantes.
No domingo, a Juno atingiu o ponto mais próximo da órbita elíptica de 53,4 dias, pela terceira vez desde que chegou à Júpiter em julho. Enquanto os instrumentos científicos da sonda coletavam dados sobre o interior do planeta e de seu campo magnético, a JunoCam estava ocupada tirando fotos de ciclones e estranhas manchas escuras, pontos escolhidos pelo público por meio de votação num portal online.
Esse é o projeto de ciência cidadã mais ambicioso que a NASA já liberou, de acordo com Candice Hansen do Instituto de Ciência Planetária, que está liderando a equipe da JunoCam. "Inicialmente, nós pensamos em executar o experimento de imagens [da Juno] como se estivéssemos em um aquário – onde faríamos tudo na web e qualquer pessoa poderia ver", disse Hansen ao Gizmodo. "Depois, isso evoluiu para algo mais participativo, que é o que temos agora".
Existem algumas maneiras diferentes que o público pode se envolver com a JunoCam. Astrônomos amadores podem tirar fotos de Júpiter e fazer o upload para a seção de "planejamento" do site do projeto. Essas imagens são utilizadas para criar um mapa sempre atualizado das nuvens de Júpiter, que serve como base para identificar e discutir elementos interessantes no planeta.
Então, enquanto Juno se aproxima da próxima periápside, interessados podem votar quais elementos a câmera deve ter como objetivo. Depois dos alvos serem selecionados e depois de completar o voo, as imagens cruas capturadas pelos filtros vermelho, verde, azul e metano da JunoCam são enviados para o site, onde podem ser baixados e processador por qualquer pessoa.
Durante a periápside mais recente, no dia 11 de dezembro, a JunoCam focou nas "pérolas" de Júpiter – aquela série de tempestades gigantes e com formato oval que aparece no hemisfério sul do planeta –, no "estranho ponto escuro" que também aparece no hemisfério sul e um ponto no hemisfério norte que parece um pouco com uma insígnia da Frota Estelar se você se esforçar a imaginação.
Pessoas de todo o mundo já baixaram as imagens e começaram a usar o Photoshop para brincar com as fotos.
Alguns participantes estão criando coisas valiosas para a equipe da missão, incluindo anotações de alta qualidade do sistema tempestuoso e instável do clima de Júpiter. Hensen espera que isso continue conforme a missão avança.
"A câmera está na sonda Juno para dar apoio, mas não há motivos pelos quais não possamos usá-la para aprender mais sobre Júpiter olhando para as fotos", disse ela. "Nossa visão, agora, é que todas as coisas que uma equipe de imagens poderia fazer numa mesa de uma conferência, pode ser feita pela web".
 

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Aliança do Pacífico reúne Chile, México, Colômbia e Peru


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A Aliança do Pacífico reúne Chile, México, Colômbia e Peru.
— A Aliança do Pacífico vai continuar trabalhando estreitamente com o Mercosul. Ambos os chanceleres (da Argentina e do Chile) concordaram em que, durante a Presidência 'pro tempore' do Chile, talvez no primeiro trimestre do próximo ano, tenhamos uma reunião
de ministros — disse a presidente chilena em entrevista coletiva, acompanhada de Macri.
O presidente argentino confirmou que a reunião entre os blocos será no primeiro semestre de 2017.
— Vamos ter uma reunião (Mercosul-Aliança do Pacífico). Temos a sorte de a Argentina exercer a Presidência 'pro tempore' do Mercosul, a partir deste momento", disse Macri, acrescentando que "em médio, ou logo prazo, concordamos em que temos de convergir ambos os blocos. O quanto antes começarmos, melhor — completou.
Macri recebeu Bachelet na residência presidencial de Olivos, em uma visita oficial junto com uma grande comitiva.
A Argentina assumiu na quarta-feira a Presidência rotativa do Mercosul, em um encontro de chanceleres em Buenos Aires.
A Venezuela tentou participar à força do encontro, após a suspensão por descumprir compromissos técnicos e políticos firmados em 2012, quando entrou no bloco.
— Vemos com grande interesse que a Argentina seja parte da Aliança do Pacífico. Manifestamos isso claramente quando convidamos o presidente Macri (a participar da reunião do bloco em 1º de julho
passado no Chile) — disse Bachelet.
Naquele momento, Macri havia dito: "Depois de muitos anos de uma economia fechada, temos de ir no sentido de uma transição ordenada, não crítica, para a integração do Mercosul. Espero, em breve, com a Aliança do Pacífico e, depois, com o mundo inteiro".




quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Estrela de Belém era uma conjunção de planetas, diz estudioso


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A famosa estrela de Belém, que teria guiado os Reis Magos do Oriente para fazer homenagens ao menino Jesus recém-nascido, em realidade foi um alinhamento excepcional dos planetas que aconteceu no ano 6 a.C.
Essa ideia já não é nova, já tendo sido teorizada por diversos astrônomos, como alemão Johannes Keppler, grande nome na matéria no século XVII. O último a estudar mais sobre a teoria foi o astrofísico Grant Mathews, da Universidade de Notre Dame, nos Estados Unidos, que apresentou sua pesquisa recentemente na instituição.
Estudando dados históricos, astronômicos e bíblicos, Mathews chegou à conclusão que o fenômeno que guiou os magos, que seriam sacerdotes da religião da Antiga Pérsia zoroastrismo, foi uma conjunção dos planetas extremamente rara, que aconteceu no ano de 6 a.C e que nunca mais foi observada no céu. Na conjunção estavam o Sol, a Lua e Saturno na constelação de Áries, Vênus na de Peixes e Marte e Mercúrio na de Touro.
Naquela época, o equinócio de Primavera estava na constelação de Áries. Para quem era um especialista em astronomia, como deviam ser os Magos, o evento deveria ter sido muito simbólico. A presença de Júpiter e da Lua indicava o nascimento de um grande personagem, enquanto a de Saturno indicava um símbolo de vida, assim como a presença de Áries no equinócio de Primavera (do Hemisfério Norte), que indicava o início da Primavera.

"Os magos devem ter visto a conjunção ao leste, reconhecendo o símbolo de um nascimento real na Judeia", afirmou Mathews. Além disso, outras informações indicam que o "nascimento de Jesus não aconteceu em dezembro, mas antes, no outono [primavera no Hemisfério Sul], quando os pastores ainda dormiam a céu aberto", disse o pesquisador do Instituto Nacional de Astrofísica de Roma, Vito Polcaro.

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Paris volta a restringir tráfego de veículos para diminuir poluição

Visite Paris de ônibus - Pass transporte 1, 2 ou 3 dias
 
Paris voltará a restringir o tráfego de veículos nesta sexta-feira e nas 22 cidades da periferia da capital da França para diminuir a poluição atmosférica, anunciaram nesta quinta-feira as autoridades locais. Em mensagem divulgada na conta no Twitter, a Prefeitura da Polícia de Paris antecipou que só os veículos com placa terminada em números pares poderão circular em Paris, dentro de um plano de circulação alternada que já foi implantado em quatro dias da última semana, período mais longo que a medida ficou em vigor.
Segundo a Airparif, órgão francês que analisa a qualidade do ar, os níveis de contaminação da poluição no ar aumentaram hoje para 76 microgramas por metros cúbicos. Espera-se que amanhã a poluição aumente para 78 microgramas por metros cúbicos. A "circulação alternada" não afetará o transporte público em Paris, caminhões que transportam bens de consumo nem veículos que levem três ou mais pessoas.
A cidade de Grenoble, no sudeste da França, também determinará restrições no tráfego nas ruas.
 

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

União Européia e Irã acordam marco de cooperação em assuntos ambientais

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A União Europeia (UE) e o Irã assinaram nesta quarta-feira um marco de cooperação sobre proteção e conservação do meio ambiente, que representa um primeiro passo para desenvolver uma agenda conjunta em temas como cooperação em transferência de tecnologia e financiamento de sistemas de vigilância climáticos.
O documento foi rubricado hoje em Bruxelas pelos comissários europeus de Energia e Ação Climática, Miguel Arias Cañete, e do Meio Ambiente, Karmenu Vella, junto com o vice-presidente iraniano e responsável do Departamento do Meio Ambiente desse país, Masoumeh Ebtekar, após uma primeira visita de uma delegação europeia a Teerã em abril.
O acordo, ao qual seguirá uma série de reuniões técnicas ao longo de 2017, procura "contribuir para alcançar objetivos conjuntos para a proteção e a conservação do meio ambiente, o papel da eficiência dos recursos no crescimento verde e a implementação da Agenda para o Desenvolvimento Sustentável de 2030 da ONU, informou a Comissão Europeia (CE) em comunicado.
Além disso, ambas as partes acordaram estabelecer uma "cooperação técnica" com vistas a implementar o Acordo do Clima de Paris.
 
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Concretamente, o programa de trabalho se centrará em melhorar a cooperação "em economia circular e gestão de desfeitos, reduzir as emissões industriais e melhorar a qualidade do ar e melhorar a gestão de água", precisou o comissário europeu do Meio Ambiente.
"Espero fortalecer nossa cooperação para fazer frente à mudança climática com eficácia", declarou Arias Cañete.
Terra.com

Cientistas planejam usar armas nucleares para destruir asteróides perigosos

 
Se um asteroide enorme atingisse a Terra, a humanidade estaria, em uma palavra, ferrada. Para prevenir que isso aconteça, e com sorte inspirar uma regravação de Armageddon durante o processo, um time de cientistas está explorando a possibilidade de bombardear os asteroides com armas nucleares.
Bombardear asteroides para prevenir o apocalipse parece ficção científica, mas entre os cientistas que trabalham com defesa planetária – campo preocupado em proteger a Terra de objetos letais – essa é uma ideia completamente legítima.

O trabalho da defesa planetária

Numa coletiva de imprensa realizada nesta semana durante o encontro da União de Geofísica dos Estados Unidos, pesquisadores do Laboratório Nacional de Los Alamos e do Goddard Space Flight Center da NASA falaram sobre as melhores saídas para prevenir uma sequência da Extinção do Cretáceo-Paleogeno. Existem apenas duas boas opções: pêndulos cinéticos, que empurram cometas e asteróides ligados à Terra para órbitas mais benignas, e explosivos nucleares, que os destroem em pedacinhos.

Existem 15 mil objetos conhecidos próximos da Terra que poderiam, em algum ponto do futuro, ameaçar o nosso planeta. A defesa planetária – esse conceito de nos proteger contra esses intrusos celestes – existe há décadas, mas ganhou relevância considerável no ano passado com a inauguração do Planetary Defense Coordination Office da NASA – ou Gabinete de Coordenação de Defesa Planetária, em tradução livre.

Esse gabinete, que tem a missão de assegurar a identificação de objetos "potencialmente perigosos" (com mais de 30 a 50 metros de largura) dentro de 0,05 UA (unidade astronômica) em relação à Terra, já possui diversos projetos em andamento. Entre eles o OSIRIS-Rex, missão lançada em setembro que está indo em direção ao asteroide Bennu e que irá coletar um pouco de poeira para trazer o material de volta, e o Asteroid Redirect Mission (ARM), que pretende capturar um asteroide, desviá-lo para a órbita lunar e, em seguida, enviar astronautas para retirar amostras.

Contra o tempo
Missões como a OSIRIS-Rex e ARM são os primeiros passos rumo ao entendimento do perigo imposto por objetos próximos da Terra. Responder a essa ameaça em tempo hábil, no entanto, é outro desafio.

"É muito importante reduzir o nosso tempo de reação", disse Joseph Nuth do Goddard Spaceflight Center da NASA, apontando que o cometa C/2013 A1 da passou "a uma distância mínima de Marte" apenas 22 meses depois de ser descoberto em janeiro de 2013. Se os astrônomos tivessem observado um objeto como o C/2013 A1 numa rota de colisão com a Terra, não "haveria muito o que ser feito", disse Nuth.

Nuth imagina um planeta Terra bem defendido equipado com "veículos espaciais observadores" que, assim como um vigia, mantivesse os olhos em objetos perigosos perto da Terra. Se o observador encontra alguma coisa, todos os detalhes coletados seriam enviados para um "veículo espacial interceptador", que seria armazenado no planeta.
"Um observador pode documentar o eixo de giro, formato e órbita do asteroide, para que tenhamos a máxima probabilidade de desviá-lo da Terra", disse Nuth. Idealmente, uma vez que um objeto com muitas chances de impacto fosse detectado, um ou mais interceptadores seriam lançados em um espaço de tempo menor que um ano.

A alternativa das armas nucleares

Catharine Plesko, pesquisadora no Laboratório Nacional de Los Alamos que usa supercomputadores para gerar modelos de cenários de desvios de asteroides, diz que com décadas ou séculos de tempo de execução, a abordagem do pêndulo cinético é preferível para desviar o objeto. Mas se o nosso veículo espacial interceptador não tiver tempo o suficiente e se o asteroide for grande demais, talvez seja necessário partir para armas nucleares.

"Um pêndulo cinético basicamente é uma bala de canhão gigante", diz Plesko. "A tecnologia de bala de canhão é muito boa, porque você está interceptando o objeto numa velocidade muito alta. Mas se você precisa de muita energia, uma explosão nuclear é a melhor maneira".

"Ela abrange a maior quantidade de energia com a menor massa", adicionou Robert Weaver do Laboratório Nacional de Los Alamos. A maior parte da energia gerada por uma explosão nuclear, segundo Weaver, vem na forma de raios-x, que esquentam e evaporam a superfície de objetos próximos. Uma detonação nuclear perto de um asteroide, faria com que a pedra recuasse na direção oposta a do material sendo vaporizado. "Se for algo de última hora, poderíamos até destruir o asteroide inteiramente", completou Weaver.

São os primeiros passos
Nuvem de Oorte na NASA ou em qualquer outro lugar. Nenhuma delas envolve amarrar um monte de bombas nucleares numa espaçonave. Por enquanto, a ideia existe em supercomputadores e na imaginação de cientistas, embora tenha sido colocada em pauta de forma mais concreta no ano passado, com o primeiro rascunho de uma proposta de missão da NASA chamada Hypervelocity Asteroid Mitigation Mission for Emergency Response (HAMMER).

Plesko, Weaver, Nuth e seus colegas planejam continuar aprimorando a HAMMER, enquanto consideram vários aspectos do problema de desviar um asteroide. Eles irão estudar inclusive quantas bombas seriam necessárias para destruir asteroides e cometas de diferentes tamanhos.
Para ficar claro, não existe missões como essa com sinal verde para prosseguir destruir asteroides e cometas de diferentes tamanhos. Para esses cientistas, a coisa mais importante é ter uma conversa real sobre a defesa planetária e começar os trabalhos o quanto antes.

"Desastres naturais acontecem o tempo todo", disse Galen Gisler do Laboratório Nacional de Los Alamos. "Esse é um desastre natural que nós podemos ver quando estiver chegando e preveni-lo".

NASA encontra boro sob superfície de antigo lago de Marte

Rover Curiosity
 
Com a primeira detecção do elemento boro na superfície de Marte, pesquisadores estão ainda mais esperançosos que o planeta vermelho já foi habitável. As informações foram dadas pelos cientistas da NASA e do Laboratório Nacional de Los Alamos, durante encontro da União Geofísica dos Estados Unidos, que ocorreu em San Francisco.
O boro, uma assinatura elementar de águas passadas que evaporaram na Terra, pode ser encontrado atualmente em regiões áridas como o Vale da Morte, localizado no Deserto de Mojave, Califórnia. No entanto, com esta nova descoberta encontrada pelo rover Curiosity, da NASA, na cratera Gale, em Marte, a ideia é que o planeta era habitável e tinha água. No entanto, mesmo que a época ou a era exata em que isso ocorreu ainda são desconhecidas, cada vez mais cientistas chegam à conclusão que Marte pode ter preparado a evolução da vida microbiana nas últimas centenas de milhares de anos.
O laboratório de Los Alamos também notou que a temperatura, o pH e o mineral dissolvido nos lençóis freáticos podem tornar o planeta habitável.
O boro, um elemento muito solúvel em água, provavelmente recuou com a água antiga do planeta para o lago próximo a área de exploração da cratera Gale e do subsolo.
De acordo com o Laboratório, o boro foi identificado pelo instrumento de química e câmera (Chemcam), desenvolvido em Los Alamos em conjunto com a CNES, a agência espacial francesa.
A água evaporada precisaria ser morna e com um pH adequado, explica Patrick Gasda, pesquisador com pós-doutorado do Laboratório de Los Alamos, em um vídeo. Ele também afirma que, de acordo com o boro encontrado, o meio não era nem tão ácido e nem tão alcalino, e com isso organismos normais poderiam ter vivido lá.
Os pesquisadores acreditam que a cratera Gale se formou quando Marte tinha água e, consequentemente, formou-se um lago dentro da cratera. Algum tempo depois, esse lago desapareceu e a cratera foi enterrada com os sedimentos.
O elemento foi encontrado exclusivamente na cratera porque, em outros locais, o boro pode estar em camadas mais profundas da superfície do planeta, devido à sedimentação, ou por causa de mudanças químicas que afetam o elemento, ele foi sedimentado em outros locais.
Entretanto, a maior questão sobre o assunto continua nos detalhes sobre como e porque Marte foi de um planeta habitável para um planeta com uma fração de atmosfera e temperaturas extremamente altas.
BBC Brasil

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Última superlua de 2016

Superlua já aparece na China e perde um pouco do brilho entre a poluição   (Foto: Ng Han Guan/AP Photo)
 
Os terráqueos poderão observar a sua última superlua do ano nesta terça-feira (13). Às 22h05, a lua atinge sua fase cheia. Ela já atingiu o perigeu - ponto de máxima aproximação da Terra - por volta das 21h desta segunda (12).
De acordo com o colunista do G1 e astrônomo, Cássio Barbosa, o melhor a fazer é observar o céu logo após a lua aparecer. Como o perigeu ocorreu na segunda, ela deverá estar mais próxima - mesmo que não completamente cheia - já no início da noite.
"A hora que nascer [a lua] vai ser melhor. Isso porque ela está se afastando e quanto tempo você demorar pra ver, mais longe do perigeu ela vai estar e menor a lua vai aparecer no céu. A diferença é mínima, mas a lógica é essa", disse Barbosa.
O fenômeno deverá ofuscar os meteoros Geminídeos, destroços de um asteroide. Eles aparecem no céu uma vez por ano por estar no caminho da Terra em torno do Sol. De acordo com a Nasa, os observadores que tiverem sorte poderão ver a passagem dos meteoros em seus momentos de "chuva" mais intensa.
"Será possível ver só os meteoros mais brilhantes porque a lua ofusca. Ela aumenta o brilho do céu, então os mais apagados vão sumir. É o mesmo princípio das estrelas: quando é lua cheia você as enxerga muito menos. E a lua vai estar muito em cima de gêmeos, quase em cima da constelação. Então, é a pior posição possível", completou o colunista.

Três vezes em 2016


A superlua, contando com esta terça, apareceu três vezes em 2016. No dia 16 de outubro ocorreu o primeiro registro do fenômeno do ano. O destaque, no entanto, ficou para a superlua de 14 de novembro, a maior em quase 70 anos.
Com exceção do eclipse da superlua de 2015, não haverá tão cedo uma lua cheia tão especial como a que ocorreu há cerca de um mês - a lua cheia mais próxima absoluta da Terra neste século ocorrerá em 6 de dezembro de 2052.
 
 Pesquisadores encontram cidade perdida de 2500 anos na Grécia
 
Uma equipe internacional de arqueólogos da Universidade de Gotemburgo, na Suécia, começou a explorar uma antiga cidade da Grécia clássica, de 2.500 anos, chamada Vlochós, que até agora havia passado despercebida porque se pensava que era um enclave sem importância do mundo antigo. No entanto, a descoberta de novos vestígios pode alterar o conceito existente sobre essa área. O lugar explorado é uma cidade praticamente desconhecida, a 300 quilômetros ao norte de Atenas, localizada ao redor e sobre a colina Strongilovoúni, que faz parte das grandes planícies da Tessália. Os vestígios encontrados pertencem a vários períodos históricos.
Entre eles, destacam-se na colina a praça de uma cidade e um bloco de uma rua, indicando que era um grande centro urbano. “A área que está localizada dentro da muralha tem mais de 40 hectares”, diz Robin Rönnlund, estudante de doutorado em arqueologia clássica e história antiga da Universidade de Gotemburgo e líder do trabalho de campo. O pesquisador diz que a colina guarda muitos segredos, porque foram encontrados vestígios de torres, paredes e portas da cidade, mas a maioria desses restos está enterrada no subsolo. O objetivo da equipe é evitar as escavações e usar outros métodos, tais como radar de penetração de solo, para evitar danos à área. “Como os vestígios são abundantes, gostaríamos de registrá-los antes de iniciar qualquer escavação”, diz Rönnlund.


 
Além dos vestígios da cidade, a equipe encontrou fragmentos de cerâmica e moedas que podem ajudar a datar a época do lugar. “As descobertas mais antigas datam de cerca de 500 anos a.C., mas o auge da cidade parece estar entre o quarto e o terceiro século antes de nossa era. Parece que depois foi abandonada, talvez por causa da conquista romana da região”, explica Rönnlund. Segundo o pesquisador, o que mais chamou sua atenção foi o tamanho do assentamento e sua pitoresca localização, nas vastas planícies da Tessália. “A cidade antiga deve ter sido muito proeminente e visualizável em toda a região”, diz Rönnlund.
A exploração faz parte do Projeto Arqueológico de Vlochós (VLAP) e é uma colaboração entre o Instituto Sueco de Atenas e o serviço arqueológico local, de Cardítsa. O trabalho de campo foi realizado durante duas semanas em setembro por uma equipe internacional da Universidade de Gotemburgo e da Universidade de Bournemouth, com o objetivo de explorar os vestígios para verificar sua importância.
“Muito pouco se sabe sobre as antigas cidades da região, e muitos pesquisadores acreditavam até agora que a Tessália ocidental era parte de um remanso sem importância durante a antiguidade”, afirma Rönnlund, esclarecendo que os vestígios explorados já são conhecidos há bastante tempo por parte das autoridades locais, mas, apenas depois de uma investigação mais sistemática, a natureza exata do enclave foi conhecida. O projeto, portanto, preenche assim uma lacuna sobre as informações disponíveis da região, e os pesquisadores dizem que ainda há muito a ser descoberto em solo grego.
O pesquisador conta que descobriu o lugar com um colega, enquanto trabalhavam em outro projeto no ano passado, e foi quando perceberam seu grande potencial. “O fato de que ninguém jamais tenha explorado a colina é um mistério”, diz Rönnlund. O pesquisador diz que a zona oeste da Tessália é muito rica em arqueologia, como pode ser visto no Museu Arqueológico local, de Cardítsa, e que tanto arqueólogos gregos quanto estrangeiros estão trabalhando muito para descobrir todos os segredos desta paisagem antiga. “Pode haver mais vestígios nas proximidades”, diz.
O arqueólogo disse não acreditar que os resultados deste projeto grego-sueco-britânico alterem a história, mas garante que demonstram definitivamente que a região da antiga Tessália foi muito rica e importante. “E não o contrário, como se pensava até agora”, conclui o pesquisador.
 El País.com

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Poluição por carvão "asfixia" ganhos econômicos na China e Índia

Delhi Schools Close Due To Extreme Levels Of AIr Pollution
 
Por seu baixo custo e alta disponibilidade, o carvão foi e continua a ser o principal combustível do crescimento econômico na China e na Índia. Mas essa fonte suja e poluente acaba por “asfixiar” os benefícios desse crescimento, segundo relatório recentemente divulgado pelo grupo ambientalista Greenpeace 
De acordo com o estudo, a poluição do ar causada pelo uso contínuo de combustíveis fósseis, em especial o carvão, causou 1,6 milhão de mortes a mais do que o número projetado com base na taxa de crescimento do PIB nesses países para o ano 2015.
Conforme Lauri Myllyvirta, do Greenpeace Índia, o relatório coloca um grande ponto de interrogação sobre a qualidade do desenvolvimento econômico que esses dois países estão oferecendo à suas populações. Ele observa que à medida que os países se tornam mais ricos, eles geralmente desenvolvem indústrias menos poluentes.
“Mas no caso da Índia e da China, a tendência tem sido oposta. Apesar de seu crescimento econômico, esses dois países têm uma qualidade do ar particularmente sofrível. É claro que uma economia fortemente dependente do carvão só pode significar a fatalidade para o seu povo”, afirma em comunicado da entidade.
Segundo o relatório, para o ano de 2015, o PIB per capita da Índia e da China foi calculado em US$ 1.582 e US$ 7.925, respectivamente. De acordo com a tendência global, isto deveria se traduzir em menos mortes devido à poluição em comparação com países com um menor PIB per capita.
Mas as taxas de mortalidade por poluição atmosférica nos dois países continuaram a crescer: em 2015, a poluição deveria ter causado 94 mortes por 100.000 pessoas na Índia e 41 mortes por 100.000 pessoas na China, mas os registros da Organização Mundial de Saúde (OMS) falam de 138 e 115 mortes por 100.000 habitantes na Índia e China, respectivamente.
Segundo a Global Burden of Diseases (GBD), plataforma científica que a OMS utiliza para avaliar progressos e retrocessos em saúde no mundo, o número real de mortes na Índia foi de cerca de 1,8 milhão e 1,5 milhão na China.
O número esperado de mortes com base no PIB da Índia e da China, porém, havia sido calculado em 1,2 milhão e 558 mil, respectivamente.
Isto sugere que há mais de um milhão de mortes por ano na China e quase 600.000 mortes por ano na Índia a mais do que se a taxa de mortalidade por poluição do ar em ambos os países seguisse a média de outros grandes países com renda média com seu nível de PIB per capita.
Consumo de carvão
O relatório considera que o uso contínuo de combustíveis fósseis é o principal culpado pela deterioração da qualidade do ar nos dois países. Contudo, a China adotou padrões de emissão para as usinas térmicas em 2011 e um plano de ação coordenado em 2013, o que de certa forma levou à redução dos níveis de poluição.
Na Índia a situação é diferente. Mesmo diante de pressões ambientais crescentes, o país não dá sinais de que seu apetite por energia “suja” esteja mudando. Pelo contrário. Em 2015, quando a demanda global por carvão sofria uma retração recorde, o consumo na Índia crescia e, segundo a Associação Mundial de Carvão (WCA), o país deve tornar-se o maior propulsor dessa fonte nos próximos 25 anos, com um crescimento esperado de 4% ao ano.
O relatório do Greenpeace recomenda que o governo aborde a questão da poluição do ar como uma emergência nacional e reconheça as usinas a carvão como uma das causas.
Exame.com