quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Frase


Coração de "Ricardo Coração de Leão" é analisado 800 anos após morte do rei

Uma equipe francesa analisou os restos mortais do coração do rei Ricardo I, morto em uma batalha em Châlus, na França em 1199. Os pesquisadores afirmam que o estudo do material deu várias informações sobre como era feito o embalsamamento no período.
O rei da Inglaterra recebeu o apelido de Ricardo Coração de Leão por causa de sua fama de corajoso guerreiro e líder militar. O monarca foi comandante dos cristãos durante a terceira cruzada, quando derrotou o líder islâmico Saladino.
De acordo com práticas da época, as vísceras foram enterradas em Châlus. O coração foi embalsamado separadamente e enterrado em um caixão na catedral de Rouen, a 530 quilômetros de distância do local da morte do monarca. O restante do corpo foi enterrado em Abadia de Fontevarud.
Os pesquisadores do Hospital Universitário de Raymond Poincaré descobriram que o coração de Ricardo I foi envolto em linho com hortelã, franquincenso, creosoto, mercúrio e possivelmente cal. A equipe acredita que o material usado no embalsamento tenha sido inspirado em textos bíblicos.
“O objetivo de usar estes matérias de conservação era permitir a conservação no longo prazo dos tecidos e um cheiro semelhante ao de Cristo, comparável ao odor de uma santidade” afirmou equipe de pesquisadores em artigo publicado no periódico científico Scientific Reports.

Estudo relaciona crise na Síria com queda de império ancestral

A atual crise na Síria tem paralelo em eventos que precederam a queda do império Acádio, na Mesopotâmia, há mais de quatro mil anos, de acordo com uma pesquisa publicada recentemente no Journal of Archaeological Science.
O império Acádio floresceu no terceiro milênio a.C. Por volta do ano 2200 a.C., a seca chegou, as terras secaram, e pessoas migraram de centros urbanos. Em seguida o governo colapsou, e o poderoso império começou a esmorecer em uma série de calamidades chamadas coletivamente de crise urbana do terceiro milênio da Mesopotâmia.
Até agora nossa compreensão da crise urbana da Mesopotâmia se baseava em estudos arqueológicos de artefatos de cerâmica e mudanças no tamanho de sítios arqueológicos junto com o que sabemos sobre práticas de cultivo populares à época.
Mas em vez disso o arqueólogo Ellery Frahm, da University of Sheffield, no Reino Unido, e seus colegas, usaram técnicas geoquímicas e análises magnéticas de rochas para examinar o comércio e as redes sociais associadas a ele.
Os pesquisadores usaram microcopia eletrônica e análises químicas para examinar 97 ferramentas de obsidiana escavadas anteriormente de um sítio chamado Tell Mozan, datando do início do império Acádio até vários séculos após seu desaparecimento. Localizado no sopé das Montanhas Tauras no nordeste da Síria, o sítio era conhecido como Urkesh na antiguidade, e era densamente povoado no auge do império Acádio.
As ferramentas com datas anteriores a 2200 a.C. eram feitas de rocha obsidiana originalmente coletada de seis sítios na Anatólia Oriental. Essa variedade sugere que Urkesh era uma cidade cosmopolita com redes de comércio complexas, de longa distância, que a ligavam com civilizações no Egeu e no Eufrates médio.
As ferramentas com datas posteriores a 2200 a.C., porém, vinham de apenas duas fontes locais, sugerindo que o colapso ocorrido no final do terceiro milênio destruiu essas ligações comerciais.
“Urkesh pode ter especializado sua economia em resposta à demanda por certas commodities, como metais de montanhas próximas”, observa Frahm. “Com mudanças climáticas e o fim do império, os habitantes podem ter tido que reconcentrar sua economia na produção e consumo locais, atendendo suas próprias necessidades em vez de se engajarem em negociações de longa distância”.
Alguns paralelos podem ser traçados com a situação atual da Síria. “Alguns arqueólogos argumentam que o Império Acádio foi derrubado pelo militarismo e que a violência pôs fim a seu papel econômico central na região, e um colapso governamental é uma possibilidade real na Síria depois de quase dois anos de lutas”, adiciona Frahm.
Além disso, a agricultura contemporânea no nordeste da Síria depende muito da chuva, assim como acontecia no império Acádio, e a mudança climática já está custando caro com várias secas severas.
“Pesquisadores que estudam pessoas e o passado estão em uma posição única para considerar o que poderia acontecer após o fim da crise imediata”, aponta Frahm. “O que acontece com cidades quando um estado cai? Como os moradores se sustentam se essa infraestrutura colapsar? Esse é o tipo de contribuição que a arqueologia pode fazer para melhorar o futuro”.
Scientific American

Humanidade conhece apenas 30% dos seres vivos que habitam a Terra

Você já parou pra pensar quantas espécies de seres vivos existem na Terra? Uma estimativa mais ou menos bem aceita entre a comunidade científica é a de 1,75 milhão de espécies diferentes. Um número alto, mas certamente inferior ao que existe fora das enciclopédias e catálogos: pesquisadores acham que esse cálculo representa apenas 30% dos seres vivos existentes. O resto ainda é puro mistério.
O número foi apresentado durante o Ciclo de Conferências 2013 da FAPESP - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo. Há quem diga que 12 milhões de espécies ainda vagam desconhecidas por aí. Há quem diga que esse número ultrapassa a marca dos 100 milhões, o que faria com que o nosso conhecimento de hoje não chegue a dar conta nem de 2% da realidade. Para medir o tamanho da nossa ignorância, os cientistas comparam os grupos de organismos mais estudados com aqueles menos conhecidos. Estatísticas sobre novas descobertas também são levadas em conta na hora de fazer a estimativa.
No ritmo atual, levaria algo em torno de 2 mil anos para que conseguíssemos catalogar todos os seres vivos que de fato habitam nosso planeta. Se houvesse um investimento de 500 milhões a 1 bilhão de dólares por ano nesse setor, o tempo necessário poderia cair para 50 anos. Mas é sempre bom lembrar que isso são hipóteses e nada mais: por se tratar de seres vivos desconhecidos, a prática pode ser completamente diferente da teoria, por mais embasada e tecnologicamente avançada que ela seja.
Quando o assunto é biodiversidade, não dá pra deixar de lado as agressões humanas contra a natureza - é por causa delas que um grande número de seres vivos some da face da Terra antes mesmo de ser descrito pela ciência formal. A fragmentação e a perda do habitat são os efeitos colaterais mais nocivos para o meio ambiente: quando um bioma é fragmentado, suas subdivisões ficam muito mais frágeis e as taxas de extinção costumam ser bem maiores nesses ambientes.
Galileu.com 

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Frase


Começa a contagem regressiva para a Hora do Planeta

A quinta edição da Hora do Planeta foi lançada mundialmente nesta quarta-feira. Capitaneada pelo grupo ambientalista WWF, a ação convoca todos a apagarem as luzes durante uma hora no dia 23 março, das 20h30 às 21h30.
O ato simbólico pretende conscientizar a população sobre problemas ambientais que a humanidade enfrenta e sinalizar aos governantes sobre a necessidade urgente de agir contra o aquecimento global.
Este ano, o movimento chamará a atenção para as necessidades e os desafios em torno da água. A ação está alinhada à iniciativa da Unesco que definiu 2013 como o Ano Internacional da Cooperação pela Água.
Cada vez mais brasileiros participam do movimento. Em 2012, a adesão foi recorde, com todas as capitais e mais de 130 cidades se mobilizando. Para Maria Cecília Wey de Brito, CEO do WWF-Brasil, essa é uma oportunidade de alertar sobre a gestão da água no país.
“No Brasil a maior parte da eletricidade (90%) vem das hidrelétricas, que dependem dos rios, que dependem das chuvas, que dependem do clima, que está mudando como resultado do aquecimento global, que é resultado de muitas de nossas ações cotidianas”, explica.
A campanha começou 2007 a partir de uma iniciativa da cidade de Sidney, na Austrália, e vem crescendo para se tornar a maior ação voluntária pelo planeta. Na edição 2012, o evento foi abraçado por mais de 7 mil cidades em 152 países nos sete continentes. Vamos apagar?

Proteger a Amazônia ou produzir mais carne?

 Proteger a Amazônia ou produzir carne para um mundo cada vez mais carnívoro? Este é um dos grandes dilemas do Brasil, que para o engenheiro Carlos Nobre, doutor em Meteorologia e secretário para políticas e programas de pesquisa e desenvolvimento do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), tem solução: uma pecuária mais eficiente.
Nos últimos 3 a 4 anos, a Amazônia reduziu o desmatamento em cerca de 75% e o cerrado, em cerca de 50%. Manter essas baixas taxas é um esforço permanente.
Tem muito a ver com políticas públicas, de fiscalização e controle, mas também com o fato de que a agricultura brasileira começou a se convencer de que o caminho de qualquer agricultura no mundo – e o Brasil é uma potência agrícola – é a eficiência.
O desmatamento não tinha nada a ver com eficiência. No Brasil, a média de ocupação de cabeças de gado ainda é muito baixa. São 200 milhões de hectares com 200 milhões de cabeças de gado.
Uma cabeça de gado por hectare, quando o potencial econômico de ocupação é de 3 ou 4 por hectare numa pecuária moderna. A Embrapa (nr: Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias) tem feito estudos mostrando que o Brasil poderia produzir 20% mais com 35% menos área até 2022. A palavra-chave é eficiência: a pecuária brasileira é muito pouco eficiente.
As metas são factíveis, em grande parte pela redução do desmatamento ilegal nos grandes biomas, Amazônia e cerrado (...) Como os desmatamentos diminuíram rapidamente, as estimativas de emissões em 2010 indicam uma redução de 40% com relação em 2005. O Brasil está fazendo o seu papel, mas o esforço é permanente.
Após 2020, quando teremos uma matriz de emissões muito parecida com a de países industrializados, com a maior parte das emissões de energia e agricultura e não de desmatamento, o desafio ainda é maior porque o caminho é o das energias renováveis, onde o Brasil tem enorme potencial.
A agricultura brasileira também tem enorme potencial de reduzir emissões e avançamos muito nessa área. Em 2010 foi lançado o programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC) e os agricultores finalmente começaram, em 2012, a acessar este crédito, subsidiado para atividades agrícolas.
Todas as atividades previstas no programa ABC são de aumento da eficiência, o que eleva a produtividade e diminui as emissões. Com um programa ABC forte, as emissões da agricultura brasileira em 10 a 15 anos vão ser muito menores.
Exame.com

Falta de gravidade debilita sistema imunológico de astronautas

As perturbações do sistema imunológico dos astronautas nos voos espaciais, um problema identificado desde as primeiras missões, podem ser atribuídas à falta de gravidade. É o que aponta uma pesquisa realizada por cientistas da França e de Luxemburgo e publicada na última edição do The FASEB Journal, publicação da Federação das Sociedades Americanas para Biologia Experimental.
O levantamento teve início em 2005, com o objetivo de explicar o motivo pelo qual o sistema imunológico dos astronautas fica debilitado depois de missões espaciais. "Em um voo espacial há muitos fatores de estresse: a microgravidade, a hipergravidade durante a decolagem, choques térmicos, perturbações vinculadas à alternância de dia e noite", afirma o professor Jean-Pol Frippiat, da Universidade de Lorraine, no leste da França, que coordenou as pesquisas.
Para descobrir o fator determinante desse dano, observado desde as primeiras missões lunares americanas Apollo, nos anos de 1960 e 1970, os cientistas enviaram à Estação Espacial Internacional (ISS) ovos de pleurodeles, uma espécie de salamandra. Ao fim do estudo, foi constatado que apenas a falta de gravidade tem influência nos anticorpos dos animais, de forma quantitativa e qualitativa. "Alguns anticorpos aumentam em número, outros diminuem", diz Frippiat.
A fragilidade do sistema imunológico é a razão pela qual os cientistas colocam os astronautas em quarentena antes da decolagem. Jean-Pol Frippiat advertiu ainda para os riscos à saúde representados pelas viagens longas. "Atualmente, as missões à ISS são de curta ou média duração. Por exemplo, para uma viagem de 10 dias precisamos de 15 dias depois do retorno para que o sistema imunológico se normalize. Mas não conhecemos os efeitos de uma viagem muito longa ao espaço", diz.
Veja.com

Cientistas discutem possibilidade de vida em Marte

Marte, provavelmente, era um lugar mais aconchegante em seu passado de temperaturas mais amenas e com mais umidade. Mesmo assim, cientistas afirmam que ainda hoje há a possibilidade de existir vida microbiana no planeta vermelho. Em uma conferência realizada pela Universidade da Califórnia - Los Angeles, pesquisadores usaram dados obtidos em ambientes como o Deserto do Atacama e a Antártica para provar que a vida pode existir em condições extremas.
Uma das hipóteses é que não é toda a superfície do planeta que é árida - existe a suspeita de que fluxos de água sazonais corram pela superfície de Marte. De acordo com dados coletados pelo HiRise (centro de experiências da Universidade do Arizona, que analisa Marte), há várias formações rochosas estranhas no planeta, que poderiam indicar que um fluxo líquido passa por pelo menos 16 regiões, durante verões e primaveras marcianos. O líquido pode sair de regiões mais profundas do solo do planeta, mas também há a chance de ser resultado de um processo conhecido como deliquescência, no qual a umidade da atmosfera acaba reunida na superfície do planeta.
Mesmo assim, vale lembrar que esse líquido pode não ser água e sim outros líquidos que não seriam capazes de sustentar vida.
No evento, cientistas também levantaram a hipótese de micróbios que não precisam de água para sobreviver - eles ressaltaram a resistência dos micróbios do Atacama como exemplo, que conseguem reunir água em um ambiente árido graças ao sal da região. A Antártica é outro exemplo - por lá, existem vales secos e rochosos, que recebem uma enorme quantidade de raios UV (graças ao buraco na camada de Ozônio). Mesmo assim, foram encontrados micróbios no local. Eles se protegem da radiação desenvolvendo colônias em rochas.
Uma substância encontrada pela sonda Phoenix da Nasa, em 2008, também pode ser um sinal de vida - o perclorato, que seria capaz de sustentar microorganismos quando a fotossíntese não é uma opção. Afinal, alguns micróbios na Terra já usam a substância em sua alimentação.
Só que todas essas são possibilidades levantadas por cientistas - nenhuma dessas hipóteses foi provada!!!
Galileu.com

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Frase


Energia sustentável limita aquecimento global

Negociações climáticas internacionais ficaram estagnadas em anos recentes, há pouca esperança de manter o aquecimento global abaixo de 2 graus Celsius até o fim do século. Mas o compromisso das Nações Unidas com o acesso universal à energia sustentável poderia avançar muito essa meta.
Em 2011, o Secretário Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, lançou a iniciativa “Energia Sustentável Para Todos” (SE4ALL). Os três objetivos do programa eram garantir acesso universal à energia moderna, dobrar a distribuição global de energia sustentável e dobrar a taxa de melhorias em eficiência energética até 2030.
Se todos os três objetivos fossem alcançados e sustentados, a probabilidade de manter o aumento de temperatura global abaixo de 2 graus seria maior que 66%, de acordo com estudo publicado em 25 de fevereiro no periódico Nature Climate Change.
Esses três objetivos, se cumpridos, poderiam deflagrar uma rigorosa proteção climática, de acordo com Joeri Rogelk, pesquisador da ETH de Zurique e principal autor do estudo.
Ainda que as iniciativas SE4ALL não abordem a mudança climática diretamente, o acesso à energia sustentável é uma parte fundamental da redução de emissões de gases estufa, além da erradicação da pobreza. O sistema global de energia, incluindo transportes, construções, indústrias, e a produção de eletricidade, calor e combustível, é responsável por 80% das emissões de dióxido de carbono da humanidade.
Se pelo menos o objetivo de dobrar a distribuição de energia renovável fosse atingido, a probabilidade de manter o aumento de temperatura abaixo de 2 graus ficaria entre 40 e 90% – o que não é suficiente para garantir estabilidade climática.
O terceiro objetivo, de atingir acesso universal à energia moderna, parece contradizer a redução de gases estufa por implicar a ativação de mais fontes de energia em geral. Mas pesquisadores descobriram que o acesso universal à energia teria, na verdade, um efeito insignificante sobre o clima, já que fontes de energia modernas, incluindo combustíveis fósseis, são muito mais eficientes que fontes tradicionais de energia.
Mais acesso à energia poderia trazer resultados mais limpos
“Quando falamos de acesso universal à energia em nossos artigos, estamos falando de aproximadamente três bilhões de pessoas no mundo em desenvolvimento (principalmente no Sul da Ásia, na África Subsaariana, e no Sudeste Asiático), que não têm qualquer acesso à eletricidade e/ou que ainda queimam lenha, carvão ou esterco diariamente para cozinhar seus alimentos e aquecer suas casas”, escreveu David McCollum, pesquisador do Instituto Internacional para Análise Aplicada de Sistemas, por e-mail.
 “Esses últimos processos são tão incrivelmente ineficientes que se pessoas puderem receber acesso a dispositivos modernos de cozinha e aquecimento (mesmo os movidos a combustíveis fósseis, como querosene ou fornos a gás liquefeito de petróleo), que são muito mais eficientes, o efeito total sobre emissões de gases estufa será, no fim das contas, bastante marginal”, declarou ele.
Alcançar o acesso de todos à energia moderna pode na verdade complementar o objetivo de dobrar a eficiência energética ao atualizar o sistema energético geral.
Mas apenas os objetivos do SE4ALL não garantirão que metas climáticas de longo prazo sejam atingidas sem a utilização de outras medidas para deter as emissões de gases estufa, escreveram os autores. Essas medidas poderiam incluir acordos vinculantes globais, nacionais ou regionais, para limitar o dióxido de carbono através de uma taxa ou de um programa “cap and trade”. [mecanismo para definir limite de emissão e negociação/comercialização de créditos de emissão]
Scientific American

Primeiro satélite capaz de monitorar asteroides é lançado ao espaço

O primeiro satélite capaz de monitorar objetos espaciais, como asteroides e lixo espacial, foi lançado ao espaço nesta segunda-feira (25). O Neossat foi projetado pela agência espacial canadense (CSA, na sigla em inglês) e lançado da Índia, a bordo de um foguete. “Por ser plenamente operacional, o satélite vai nos fornecer dados e imagens importantes a partir de um ponto de vista único do espaço”, disse Gilles Leclerc, presidente da CSA.
O Neossat é um microssatélite que possui o tamanho aproximado de uma mala. Vai orbitar a uma distância de 800 km da superfície da Terra, em busca de asteroides que possam, de alguma forma, ameaçar nosso planeta. Concentrará suas atenções em objetos espaciais difíceis de detectar a partir de telescópios terrestres. Por conta de sua localização, o satélite não vai sofrer influência do dia ou da noite, operando 24 horas por dia, 7 dias por semana.
O lançamento ocorreu na base de Sriharikota, sudeste da Índia. Além do instrumento canadense, o mesmo foguete enviou mais seis satélites ao espaço, entre eles o indo-francês Saral, destinado a estudar a superfície do mar, os austríacos Brite e UniBrite, o britânico Strand-1, o dinamarquês Aausat e mais um canadense, o Sapphire. O foguete, chamado PSLV-C20, tem 44,4 metros de altura e 229 toneladas de peso.
Época.com

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Frase


Começam os projetos para desviar ou destruir objetos espaciais perigosos

Pesquisadores da Universidade de John Hopkins vão construir uma nave não tripulada que vai interceptar o asteróide Didymos em 2022 para desviar sua trajetória. Tudo deverá ser registrado por outra nave, enviada para filmar a missão, enquanto ambas serão acompanhadas da Terra por telescópios.
        O projeto foi selecionado por uma parceria entre a Agência Espacial Européia (ESA) e a NASA, que estão procurando propostas para desviar ou destruir grandes corpos que eventualmente possam se chocar com a Terra. O objetivo é testar a tecnologia, que poderá ser utilizada em riscos reais no futuro.
        Didymos é um sistema binário de asteróides: uma rocha de 800 metros de largura é orbitada por uma menor, de 150 metros. O plano é lançar o corpo menor em direção ao maior, o que causará um desvio orbital no sistema, mudando sua trajetória.
Andy Cheng, o cientista chefe do Laboratório de Física Aplicada da universidade, diz que há o lado científico e o de defesa planetária na missão. "É importante ressaltar que Didymos não é um asteróide que vai passar pela Terra, e não é provável que o experimento vá criar algum risco de impacto", diz o relatório preparado por Cheng.
        Se o projeto conseguir os US$ 350 milhões de financiamento, as naves deverão ser lançadas em 2021 e alcançarão Didymos depois de percorrer mais de 10 milhões de quilômetros.
Galileu.com

Pesquisadores identificam fragmentos de continente antigo sob o Oceano Índico

Sob as águas do Oceano Índico, abaixo das ilhas Reunião e Maurício, residem vestígios de um continente antigo, há muito escondido, segundo pesquisa de uma equipe internacional liderada pelo norueguês Trond Torsvik publicada na edição desta semana da revista “Nature Geoscience”.
A equipe de pesquisadores analisou as areias das praias dessas ilhas, formadas a partir da erosão de rochas vulcânicas que eclodiram nove mil anos atrás. Junto com essa areia, os cientistas encontraram minerais de zircão e areias antigas, típicas de crostas continentais, com idades entre 660 e 1.970 milhões de anos, o que sugere a existência de fragmentos de um antigo microcontinente abaixo das ilhas. As peças devem ter sido trazidas para a superfície por atividade vulcânica recente.
O microcontinente conhecido como Mauritia se separou há cerca de 60 milhões de anos, quando Madagascar e Índia se destacaram, segundo os pesquisadores, e ficou escondido embaixo de uma grande quantidade de lava.
O desmembramento dos continentes é frequentemente associado a fenômenos geológicos conhecidos como as plumas mantélicas, bolhas gigantes magma que sobem das profundezas da Terra para suavizar as placas tectônicas. Quando a zona de ruptura fica na extremidade de uma massa de terra (neste caso Madagascar e Índia), fragmentos desta massa pode permanecer separada, como no caso de Mauritia.          

Teorias Há até 750 milhões de anos, toda a massa terrestre do Planeta estava concentrada em um continente gigante, chamado de Rodínia pelos cientistas.              
Países que hoje estão a milhares de quilômetros de distância - como Índia e Madagascar - ficavam lado a lado.              
A nova pesquisa sugere que havia um "microcontinente" entre Índia e Madagascar. Os cientistas pesquisaram grãos de areia de Maurício, um país localizado no Oceano Índico. Os grãos se originaram em uma erupção vulcânica que ocorreu há nove milhões de ano. Mas apesar disso, eles contém minerais que são de um período ainda mais antigo.              
"Nós encontramos zircão, que foi extraído das areias da praia, e isso é algo que se encontra tipicamente na crosta continental. Elas são de uma era muito antiga", disse o professor Trond Torsvik, da Universidade de Oslo.              
O zircão é datado de entre 1970 e 600 milhões de anos atrás, e a equipe concluiu que os restos da terra antiga foram levados para a superfície da ilha durante uma erupção vulcânica.            
O professor disse acreditar que pedaços do continente poderiam estar 10 quilômetros abaixo de Maurício e sob o solo do Oceano Índico.              
A existência do continente teria atravessado diferentes éons da Terra - desde o Pré-Cambriano, quando não havia vida na terra, ao período em que surgiram os dinossauros.              
Mas há 85 milhões de anos, quando a Índia começou a se separar de Madagascar em direção à sua posição atual, o microcontinente teria se desfragmentado - e eventualmente desaparecido sob as ondas.              
No entanto, uma parte pequena do microcontinente pode ter sobrevivido, especulam os pesquisadores.            
"No momento, as (ilhas) Seicheles são um pedaço de granito, ou crosta continental, que está praticamente assentada no meio do Oceano Índico", diz Torsvik.              
"Mas houve uma época em que ficavam logo ao norte de Madagascar. E o que estamos dizendo é que talvez isso fosse muito maior, e que esses fragmentos continentais estão espalhados pelo oceano."            
Essas teorias ainda precisam ser confirmadas com mais pesquisa. "Nós precisamos de dados sísmicos que possam formar uma imagem desta estrutura... isso seria a prova definitiva.
IGCiência

Cientistas anunciam descoberta de novo sistema planetário

 
A Nasa, agência espacial americana, anunciou a descoberta de um novo sistema planetário. Chamado de Kepler-37, o sistema abriga o menor planeta já identificado, o Kepler-37b, pouco maior que a lua terrestre. O anúncio foi feito na última quarta-feira, 20, pela missão Kepler, dedicada a identificar planetas do tamanho da Terra na chamada “zona habitável”.
O sistema foi localizado a cerca de 210 anos-luz da Terra, na constelação de Lyra. A área é considerada habitável pela possibilidade de possuir água na superfície dos planetas em sua órbita. Além do Kepler-37b, o novo sistema possui outros dois planetas. O Kepler-37c mede cerca de três quartos o tamanho da Terra, pouco menor que Vênus. Já o Kepler-37d é duas vezes maior que a Terra.
Para os cientistas da missão, o planeta Kepler-37b não possui atmosfera nem capacidade para abrigar vida e parece ser rochoso. Embora possua uma estrela central, o sistema planetário Kepler-37 não se parece com o sistema solar. A estrela é menor e menos quente que o Sol, e os planetas, por estarem próximos a ela (menor que a distância de Mercúrio ao Sol), tendem a ser quentes e inóspitos.
 Comparativamente, Kepler-37b, o mais próximo da estrela central, leva 13 dias para completar uma volta completa em sua órbita (cerca de um sétimo do tempo da de Mercúrio ao redor do Sol). Esta proximidade leva os cientistas a estimar que a temperatura na superfície do planeta chegue à média superior a 420°C. Kepler-37c leva 21 dias para completar a volta ao redor da estrela central, enquanto Kepler-37d leva 40.
Veja.com
 

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Oscar 2013


A cerimônia do Oscar neste domingo tem tudo para encerrar com suspense depois de uma temporada de premiações que deixou os dois principais prêmios - melhor filme e melhor diretor - com a disputa muito acirrada.
Faltando apenas algumas horas antes das mais altas honrarias da indústria do cinema serem entregues  neste 24 de fevereiro, observadores de premiações se preparam para uma das noites mais emocionantes da história recente do Oscar. Difícil arriscar um palpite...!!!

ONU diz que ameaça de meteoros exige coordenação mundial

A ONU afirmou que a ameaça de meteoros que podem atingir a Terra exige uma coordenação internacional para enfrentar o problema.
A conclusão é da equipe de ação sobre objetos espaciais do Escritório para Assuntos Espaciais da ONU, Unoosa.

Projeto

Segundo o chefe do grupo, também conhecido como Equipe de Ação 14, Sergio Camacho, se este mecanismo de coordenação estivesse em funcionamento a população não teria sido pega de surpresa no caso do meteoro na Rússia.
Na sexta-feira passada, um asteroide atingiu a região de Chelyabinsk, causando danos e ferindo muitas pessoas.
Sistema
A Equipe de Ação recomendou a criação de uma Rede Internacional de Alerta de Asteroide, que reunirá cientistas do mundo inteiro. A meta é descobrir e acompanhar a trajetória de objetos espaciais que possam atingir o planeta.
Com base nesses dados, os analistas terão condições de alertar a população sobre os possíveis impactos.

Ameaça

No mesmo dia em que um meteoro atingiu a Rússia, um outro asteroide passou perto da Terra e chamou a atenção dos cientistas.
O asteroide, do tamanho de um prédio, chegou a 27 mil km do planeta. A distância pode parecer grande para a população comum mas para os especialistas virou motivo de alerta porque ele atravessou a órbita onde estão vários satélites de comunicação.
Desde 1995, o Escritório da ONU tem demonstrado preocupação com o assunto, dada a devastação potencial que um objeto dessa magnitude pode causar ao se chocar contra a Terra e, também, dos recursos necessários para evitar essa colisão.
 

Outdoor produz água potável usando o ar

 
Lima, no Peru, é a segunda maior capital do mundo localizada em um deserto. Ou seja - raramente chove lá. Mesmo assim, a umidade do ar gira em torno de 98%. Tendo isso em mente, a Universidade de Engenharia e Tecnologia local criou um outdoor capaz de produzir água potável usando ar, retirando gotículas e as retendo em seu sistema.
Cada outdoor é equipado com um tanque capaz de armazenar 96 litros de água, além de torneiras de onde as pessoas podem tirar o líquido. Antes de sair da torneira, no entanto, a água passa por um sistema de filtragem, tornando o líquido potável.
Galileu.com 

Nasa divulga imagens que mostram efeitos do degelo no Alasca

 
A agência espacial americana (Nasa) lançou um projeto para divulgar informações sobre os efeitos das mudanças climáticas no mundo. Chamado "Climate 365", o programa inclui um site, um perfil de Facebook e montagens com fotos atuais e antigas. A ideia é explicar de forma simples as causas do degelo em regiões do Ártico, o aumento do nível do mar devido ao derretimento e efeitos do aquecimento global na Antártica, entre outros fenômenos.
Em uma montagem, a Nasa apresenta duas fotos da geleira de Muir, no Alasca, com uma diferença de 63 anos: uma imagem é de 13 de agosto de 1941 e a outra, de 31 de agosto de 2004.
É visível como o tamanho da geleira diminuiu - onde antes havia neve, agora há um rio, e as montanhas estão muito mais expostas do que anteriormente.
"Este par de imagens em particular mostra o recuo contínuo da geleira e sua redução na segunda metade do século 20. De 1941 a 2004, a parte frontal da geleira retrocedeu cerca de 11 km, enquanto sua espessura diminuiu mais de 800 metros", afirmou a Nasa, atribuindo os dados ao Centro Nacional de Dados Sobre Neve e Gelo dos EUA.
A agência americana afirma que imagens e dados de satélite obtidos a partir de 1970 estão "dando um quadro das mudanças no gelo em locais como Alasca, Groenlândia e Antártica", onde a "perda de áreas congeladas está contribuindo para a elevação do nível dos mares em escala global".
G1
 

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Frase


Mapa aponta locais onde já caíram meteoritos em todo mundo

 
A queda de um meteoro na Rússia no último dia 15 deixou mais de mil feridos e aumentou a curiosidade em relação ao fenômeno. Ao longo da semana, algumas pessoas enviaram registros de uma mancha no céu, e em Campos dos Goyatacazes (RJ), astrônomos amadores chegaram a afirmar que seriam grandes as chances de que fragmentos de um meteoro cairiam na cidade.
No entanto, a queda de meteoros é um fenômeno relativamente comum. O site “CartoDB” fez uma montagem em um mapa mostrando todos os lugares onde já foram registrados oficialmente quedas de meteoritos, incluindo os que já foram encontrados em terra e aqueles cuja descida foi presenciada.
O mapa foi montado a partir da base de dados da “Meteoritical Society”, um grupo internacional que mantém o registro de todos os meteoritos reconhecidos pela comunidade científica. Ao todo, a relação usada no mapa tem pouco menos de 35 mil pedras.
A lista conta com meteoritos encontrados desde a Antiguidade, como o Ur, encontrado pelos mesopotâmios por volta do ano 2.500 a.C. no atual Iraque. O maior já registrado é o Hoba, encontrado na Namíbia em 1920, que tem 60 toneladas e é composto de aço.
No mapa, as áreas em vermelho mais escuro representam os locais onde já foram encontrados mais meteoritos. Os círculos maiores representam também meteoritos mais pesados.
Isso não significa que as demais áreas não tenham tido o fenômeno, apenas que não há registro oficial – na floresta amazônica, por exemplo, seria naturalmente mais difícil encontrar essas pedras, o que explica o clarão no Norte do Brasil.
G1

Efeito do aquecimento por atividades urbanas é sentido em outras regiões

 
Você não precisa viver em uma cidade – ou mesmo perto de uma – para que as atividades urbanas afetem seu clima, de acordo com um novo estudo.
Pesquisadores usando um modelo computadorizado da atmosfera concluíram que as atividades das áreas urbanas podem aquecer o ar a mais de 1600 quilômetros de distância. Em algumas áreas, esse aumento foi maior do que um grau Celsius (1,8 grau Fahrenheit).             
As mudanças de temperatura foram causadas pelo comportamento humano nas cidades, como o aquecimento causado por edifícios e veículos no lugar do calor natural, que é absorvido pelas superfícies pavimentadas. O calor entra na atmosfera diretamente acima das cidades, segundo os cientistas, mas depois é disperso pelos movimentos naturais das corrente globais.
Ao mesmo tempo, no entanto, ao afetar o movimento do ar na atmosfera, o calor dos centros urbanos resulta também em ar mais frio em algumas partes do mundo, incluindo certas partes da Europa.
O estudo, conduzido por cientistas da Universidade Estadual da Flórida, da Instituição Scripps de Oceanografia e do Centro Nacional para Pesquisa Atmosférica dos Estados Unidos, foi publicado no periódico Nature Climate Change. Ele se baseou em dados climáticos da Organização das Nações Unidas e em vários relatórios publicados sobre o consumo de energia per capita.
O aumento da temperatura pode explicar o motivo de algumas áreas estarem enfrentando invernos mais quentes do que modelos climáticos computadorizados haviam projetado, segundo os pesquisadores. Para melhor representar os efeitos do aquecimento global, cientistas do clima devem considerar a incorporação dos efeitos das zonas urbanas, concluíram eles.
IGCiência

Desmatamento mata

Com seus hospitais, postos de saúde e ambulâncias, as cidades são consideradas locais que ajudam a manter os humanos protegidos contra enfermidades. Principalmente se comparadas às florestas densas e inexploradas, com seus ambientes inóspitos e cheios de perigos. Mas estudos recentes demonstram que a mata pode ser muito mais benéfica do que as metrópoles para a manutenção da saúde humana. E essa proteção atende por um nome: biodiversidade.
Pesquisadores brasileiros e estrangeiros concluem que a presença de inúmeras espécies da fauna é fundamental para a proteção contra doenças infecciosas, transmitidas por animais. O fato já era perceptível por quem morava nas áreas desmatadas, mas agora os cientistas começam a desvendar o complexo sistema que fornece proteção por meio da biodiversidade. “Existem apenas alguns tipos de mosquitos que transmitem a malária. Se você conta com outros animais na mesma comunidade, eles irão ou comer o mosquito ou consumir as mesmas coisas que o inseto. Assim, o número de transmissores da moléstia diminui”, explica o pesquisador Matthew Bonds, do Departamento de Saúde Global da Universidade Harvard. Usando estatísticas, ele conclui que, quando um ambiente rico em biodiversidade perde 15% de suas espécies, o risco de doenças aumenta cerca de 30%.
Pieter Johnson, da Universidade de Colorado Boulder, nos EUA, demonstrou que isso se aplica a outros animais. Para tanto, recolheu girinos em um lago da Califórnia. Eles foram levados para lagos artificiais e infectados com os mesmos parasitas do ambiente de origem, mas com biodiversidade muito menor do que aquela encontrada em seu hábitat de origem. O resultado foi um número grande de sapos com mais pernas do que o normal, entre outras anomalias.
No Brasil, a coordenadora do Programa Biodiversidade e Saúde da Fiocruz, Márcia Chame, cita os estudos realizados pela fundação na Amazônia. Na floresta, o Trypanosoma cruzi (protozoário causador da doença de Chagas) vive disperso entre muitas espécies, como roedores, gambás, morcegos, primatas e insetos, mas em baixíssima densidade e sem afetar humanos. “Com a limpeza da mata para facilitar a coleta do açaí na região, muitos animais acabam mortos, o que deixa a região perfeita para apenas um dos hospedeiros do Trypanosoma cruzi: o barbeiro. Sem predadores e com sangue humano abundante para se alimentar, o inseto deixa um rastro de doença”, afirma a coordenadora.
VIZINHO INCÔMODO
Ao limpar terreno para cultivar açaí, moradores da Amazônia deixaram
o local livre para o barbeiro, transmissor da doença de Chagas
Segundo Norma Labarthe, subcoordenadora do Probio II, programa da Fiocruz que procura assegurar a biodiversidade, uma boa analogia é a das vacinas. “Podemos pensar numa comunidade na qual metade das pessoas foi vacinada e a outra metade não. Nessa situação, quando um vírus infectar uma pessoa, ele terá 50% menos chance de sobreviver e se propagar do que se estivesse numa comunidade totalmente suscetível”, explica Norma. Isso mostra que a natureza já produz o ambiente “vacinado” que os humanos buscam desde a época de Louis Pasteur (1822-1895). Assim, quanto menos biodiversidade no planeta, mais a humanidade depende de cientistas como Pasteur para sobreviver.
IstoÉ

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Frase


Cometa pode ser atração no céu a partir de novembro

Se o meteoro que caiu na Rússia na semana passada já chamou a atenção de muitas pessoas para o verdadeiro universo de objetos que nos cercam no espaço, um cometa com previsões de fazer um espetáculo no céu no fim deste ano deverá reforçar este interesse. Batizado C/2012 S1 (ISON), ou simplesmente ISON, ele foi descoberto em setembro passado pelos astrônomos russos Vitali Nevski e Artyom Novichonok além da órbita de Júpiter, a caminho do que se acredita ser sua primeira passagem pelo Sistema Solar interior. Por enquanto, o ISON ainda é um objeto muito tênue que só pode ser visto com a ajuda de telescópios sofisticados, mas se as previsões mais otimistas se confirmarem ele poderá passar a ser conhecido como o “cometa do século”, atingindo um brilho equivalente ao da Lua cheia, ficando visível a olho nu e talvez até durante o dia na época de sua maior aproximação do Sol e da Terra, respectivamente no fim de novembro e no fim de dezembro.
— O ISON tem o potencial de ser um cometa histórico — diz Bruno Mendonça, astrônomo da Fundação Planetário do Rio. — Se tudo correr como o previsto, ele vai se destacar no céu e acredito que será o cometa mais marcante que eu mesmo já tive a oportunidade de ver até agora na minha vida.
Diferentemente dos asteroides, aglomerados de rochas e metais em geral oriundos do cinturão localizado entre Marte e Júpiter, os cometas são grandes bolas de gelo recobertas por uma crosta de sujeira espacial originárias da Nuvem de Oort, uma gigantesca esfera de objetos gelados que cerca nosso Sistema Solar e cujo limite alcança mais de um ano-luz de distância da Terra. Às vezes, porém, um destes objetos tem sua órbita estável perturbada pela ação gravitacional da movimentação de uma estrela próxima ou da combinação dos efeitos gravitacionais do conjunto das estrelas da Via Láctea, sendo então lançado em uma longa viagem em direção ao Sol. E, a medida que ele se aproxima de nossa estrela, o calor começa a quebrar sua crosta e a fazer evaporar o gelo, gerando as características coma (cabeça) e cauda dos cometas, que brilham ao reflexo da luz solar.
Cometa do tipo chamado sungrazer (“pastor do Sol”, em uma tradução livre), o ISON vai passar a menos de 2 milhões de quilômetros do Sol em novembro e, caso sobreviva ao encontro, emergirá do outro lado da estrela e chegará a menos de 60 milhões de quilômetros da Terra em dezembro no seu caminho de volta aos confins do Sistema Solar. Segundo Mendonça, essas deverão ser as melhores épocas para observar o objeto, sempre em horários perto do anoitecer e do amanhecer devido à sua proximidade da linha de visão do Sol.
— Mas é muito difícil prever o comportamento de um cometa — explica Daniela Lázaro, astrônoma do Observatório Nacional. — Muitos deles se quebram no caminho ou mesmo não sobrevivem à aproximação do Sol. No caso do ISON, como é sua primeira passagem, não sabemos quão grossa é a sua crosta e se terá muitas áreas ativas, isto é, em que seu material é aquecido e lançado para o espaço. Mas a teoria é que, como ele é um cometa jovem, sua crosta é menor e ele ainda tem muito material volátil que pode ser evaporado para criar a coma e a cauda, devendo então ser muito brilhante.
 


ONU lança centro de tecnologia para redução de emissão de gases do efeito estufa

No último dia do encontro que reuniu ministros do meio ambiente e diplomatas de todo mundo, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) lançou um centro de tecnologia climática que tem como objetivo transferir tecnologias e expertise para os países em
desenvolvimento poderem reduzir a emissão de gases estufa e os efeitos da seca, erosão do solo e outros impactos causados pelas mudanças climáticas.
O centro vai funcionar com parceria com a Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (Onudi) e outras 11 entidades internacionais dedicadas à pesquisa e desenvolvimento. Esse consórcio é resultado da decisão da Conferência de Mudanças Climáticas ocorrida em 2010, em Cancún, no México.
De acordo com o diretor-executivo do Pnuma, Achim Steiner, o centro vai trabalhar para remover barreiras políticas e tentar mobilizar fundos para que os países em desenvolvimento tenham acesso a tecnologias que lhes permitam atuar com mais eficiência.
- Sob a liderança do Pnud, o centro vai trabalhar para acelerar o uso de novas tecnologias para melhorar vidas de milhões de pessoas nos países em desenvolvimento - disse ele, ressaltando que o consórcio terá uma participação de aproximadamente 1.500 atividades, em 150 países.
Christiana Figueres, secretária-executiva da ONU para mudanças climáticas, observou que os países em desenvolvimento têm dificuldades para acessar novas tecnologias e por isso é importante a formação do consórcio.
- O mundo precisa urgentemente acelerar a preparação para os efeitos das mudanças climáticas por meio de três pilares de ações: nacional, internacional e por meio de negócios.
O centro tecnológico vai criar uma plataforma de informações com dados, estudos e outras pesquisas.



Como será a nova nave espacial americana que irá abastecer a ISS

A nave espacial que substituirá os famosos “ônibus espaciais” tem “cara” de trem-bala e um componente muito, muito novo: está sendo feita pela iniciativa privada. Veja a espetacular e muito realista animação no vídeo abaixo, em que a nave ruge, deixa a plataforma de lançamento, vai soltando elementos descartáveis e voa em direção a seu objetivo.
Esta “Caçadora de Sonhos” (tradução livre do nome em português) foi concebida em 2004 pela empresa americana de integração de sistemas e eletrônica Sierra Nevada Coorporation e será utilizada para levar e trazer até sete passageiros e carga à Estação Espacial Internacional, localizada a cerca de 400 quilômetros de altura e que se encontra em contínua construção e operação desde 1998.
O projeto conta também com dinheiro público, já que a Sierra Nevada ganhou edital da NASA, por meio do qual recebeu 212,5 milhões de dólares (446 milhões de reais) para investimento. Segundo a empresa, uma série de modelos de aeronaves anteriores à Dream Chaser, incluindo os ônibus espaciais, desativado em 2011, serviram de modelo para a engenharia do novo veículo, que deve estrear em 2016.
 

Dream Chaser New Concept of Operations


quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Frase


Aumento de nevascas na Antártica não impedirá degelo, sugere estudo

Uma maior frequência de nevascas na Antártica devido à mudança climática não vai impedir um ritmo maior de derretimento na região, sugere um estudo realizado por cientistas do Instituto de Pesquisa do Impacto Climático de Potsdam, na Alemanha.

De acordo com a investigação, publicada na quarta-feira (12) na edição online da revista “Nature”, um conjunto de simulações físicas sobre a formação de neve na região mostrou que o degelo poderá ser até três vezes maior quando forem registradas nevascas adicionais no Polo Sul -- consequência de alterações no fluxo hidrológico da atmosfera que podem ocorrer devido à elevação da temperatura global.
Segundo a principal autora do estudo, Ricarda Winkelmann, o aumento de gelo na região por conta das nevascas poderá variar entre 30% e 65%. No entanto, isso acontecerá concomitantemente a um maior ritmo de degelo na costa antártica.
O estudo contraria teorias apresentadas anteriormente de que um possível aumento de neve impediria que o continente contribuísse para o aumento do nível do mar. Alguns modelos globais e regionais sugeriam a contribuição líquida da Antártica para a elevação do nível do mar seria negativa nos próximos cem anos.
No entanto, os resultados do novo estudo apontam ainda que a neve que se acumula sobre as plataformas flutuantes poderá exercer uma pressão maior para o desprendimento do gelo. Isso porque a superfície das calotas não aguentariam "um peso maior" sobre elas.
“Sabemos que as nevascas na Antártica não nos salvarão de um aumento do nível do mar (...) agora necessitamos entender com qual velocidade teremos que adaptar nossa infraestrutura costeira, mas isso depende de quanto CO2 seguiremos emitindo na atmosfera", disse a pesquisadora.
G1

Cientistas apontam turismo como ameaça à biodiversidade na Antártica

Cientistas que estudam a fauna e flora existentes na Antártica afirmam que a ida de turistas para o continente já é considerada uma ameaça à biodiversidade local.
O risco de transportar vegetação exótica para o solo antártico ou ainda de transmitir doenças para espécies de aves e mamíferos se tornou foco de estudo de pesquisadores brasileiros.
O G1 acompanhou entre 03 e 12 de fevereiro uma expedição da Marinha que integra a 31ª edição da Operação Antártica (Operantar), que se concentra neste ano na remoção dos destroços da Estação Antártica Comandante Ferraz, destruída por um incêndio em fevereiro de 2012 que matou duas pessoas.
O continente é lar de aves, como pinguins e skuas, além de mamíferos como focas e leões-marinhos. Apesar de distante, há roteiros turísticos que atraem milhares de visitantes todos os anos para a região, que chegam de aeronave ou em cruzeiros, saindo principalmente de Punta Arenas, no Chile.
De acordo com a Associação Internacional das Operadoras de Turismo da Antártica (IAATO, na sigla em inglês), nas quatro últimas temporadas abertas a visitantes (durante o verão no Hemisfério Sul), mais de 135 mil pessoas seguiram para a região. A estimativa do órgão para a temporada 2012-2013 é que mais 34.950 pessoas de diversas partes do planeta sigam para lá em busca dos atrativos antárticos.
Pinguins com vírus da gripe No entanto, para os cientistas, quanto mais pessoas na região, maior o risco para a fauna e a flora que conseguem viver em temperaturas abaixo de zero. “O que mais me assusta é o chamado ecoturismo. O pessoal vai às pinguineiras (local que abriga colônias de pinguins) e caminha por lá sem cuidados. Ali é um ambiente frágil e qualquer coisa que seja introduzida é arriscado”, disse Edison Luiz Durigon, professor do Departamento de Microbiologia do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo.
Ele é responsável pela pesquisa que encontrou o vírus da gripe em pinguins e aves migratórias nativas da Antártica. Entre 2007 e 2008, foi constatado que seis pinguins que vivem em uma colônia que tem uma população de 6 mil aves tinham incubados o vírus Influenza. Esses exemplares foram encontrados em uma pinguineira próxima ao refúgio Copacabana, que pertence aos Estados Unidos e está próximo da estação brasileira.
Mais distante dali, na Ilha Elefante, onde o Brasil mantém um refúgio utilizado por pesquisadores, o Influenza também foi detectado em um exemplar de petrel, ave migratória encontrada em grande quantidade na borda do Polo Sul. De acordo com o especialista, é provável que a gripe tenha sido transmitida devido ao contágio por humanos.
Há bastante tempo que o homem vem degradando a região. O fato de achar o Influenza por lá não foi grande novidade. No entanto, todos os animais são suscetíveis ao vírus. Se você levar a doença, é possível causar uma infecção geral na colônia. Mesmo que não cause a morte, o vírus permanece naquela área para sempre”, explica o pesquisador.
A cepa da doença deverá ser descrita em março com a ajuda da Universidade de Memphis, nos Estados Unidos, graças ao sequenciamento genético de amostras de sangue.
Durigon afirma ainda que uma solução para evitar o risco de epidemia é obrigar os visitantes a tomar vacina contra a gripe antes de embarcar em navios ou aeronaves em direção à Antártica. “Funcionaria como já acontece com quem vai viajar para a Amazônia, por exemplo, e é obrigado a tomar vacina contra a febre amarela. Os indivíduos teriam que mostrar a carteira de vacinação”, disse Durigon.
 
Vegetação exótica Outro grupo de pesquisadores do Rio Grande do Sul, liderados por Jair Putzke, da Universidade Federal de Santa Cruz do Sul, aponta para o risco de turistas levarem para a Antártica nos calçados sementes e resquícios de vegetação de diferentes partes do mundo.
 Ele afirma que na Península Antártica já é possível encontrar espécies consideradas exóticas, ou seja, que são de fora da região, que ameaçam os poucos vegetais que conseguem sobreviver ao frio extremo.
A região é a que mais sofre as consequências das mudanças climáticas. Segundo pesquisas científicas, ali há registro de aumento de 3º C nos últimos 55 anos.
No restante da costa da Antártica, o crescimento máximo registrado foi de 2º C. Por conta disso, há observações de retrações de geleiras e de migração de aves e plantas para o sul da península antártica, de acordo com pesquisadores brasileros.
G1

Poluição por nitrogênio no solo sobe 60% em 20 anos na China

O nitrogênio depositado no solo da China cresceu cerca de 60% em duas décadas, como consequência do uso de adubos agrícolas e de poluição emitida por indústrias, aponta um estudo publicado no site da renomada revista "Nature", nesta quarta-feira (20).
De acordo com os cientistas, a deposição anual de nitrogênio no solo chinês subiu de 13,2 kg por 10 mil m², em 1980, para 21,1 kg por 10 mil m² em 2000. O nitrogênio depositado provém na maior parte de emissões na atmosfera, que cresceram muito com a atividade industrial crescente da China, apontam os pesquisadores.
 estudo foi elaborado por cientistas da Universidade Stanford, nos EUA, da Universidade de Hohenheim, na Alemanha, da Universidade Vrije de Amsterdã, na Holanda, e da Universidade de Agricultura da China, entre outras instituições.
A presença excessiva de nitrogênio tem consequências nocivas para o ambiente e a saúde das pessoas. Em níveis elevados, a substância pode causar acidificação do solo, reduzir o crescimento das plantas, levar à perda de biodiversidade e poluir águas de rios e lagos.
"O rápido crescimento econômico da China levou a altos níveis de emissão de nitrogênio ao longo das últimas décadas", disse o pesquisador Zhang Fusuo, co-autor do estudo.
"A China e outras economias estão enfrentando um desafio contínuo de reduzir as emissões de nitrogênio, a deposição de nitrogênio, e seus efeitos negativos", afirma o texto da pesquisa publicada pela "Nature".
O crescimento anual de deposição foi de 0,41 kg de nitrogênio para cada 10 mil m² de solo desde 1980 até 2010, segundo os pesquisadores. "Informações sobre a magnitude, o alcance e as consequências reais [da poluição por nitrogênio] ainda são desconhecidas", afirma o estudo dos cientistas.
G1

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Frase


Criatividade não é petróleo

O mundo estava acabando em 1915. A população de cavalos nos EUA tinha chegado a um ponto insustentável. Eram 21 milhões de animais consumindo, cada um, 4 toneladas de comida por ano, entre grãos e alfafa. Um terço das terras agricultáveis dos EUA estava dedicado à alimentação deles. Mas não dava para viver sem cavalos. A agricultura dependia dos quadrúpedes. Sem cavalo para puxar arado, você não tem plantio de larga escala. E sem plantio de larga escala não dava para alimentar uma população mundial que já roçava a marca de 2 bilhões de habitantes. Mas agora a conta ameaçava não fechar mais.
Era a profecia do economista Thomas Malthus virando realidade: a Terra não teria condições de suportar bilhões de pessoas. Malthus tinha previsto isso lá atrás, em 1798. Os donos do dinheiro não deram ouvidos. E agora, em pleno 1915, era tarde demais. Mas não. Se você está lendo este texto agora é porque passamos bem pela crise da superpopulação equina.
O herói que salvou o mundo dessa tem nome: petróleo. O motor à combustão interna, na forma de tratores e carros, substituiu os cavalos. E o petróleo tomou o lugar dos grãos e da alfafa no papel de fonte de energia, liberando terras para o plantio de comida para humanos. De quebra, um subproduto da produção de petróleo, o gás natural, virou a base para a produção de fertilizantes – sem os quais não daria mesmo para alimentar bilhões de cabeças humanas. E hoje uma parte razoável do que você come passou por uma fábrica de fertilizantes antes de entrar na sua boca – carvão, gás e ar, a matéria-prima dos insumos agrícolas, entraram para o nosso cardápio.
Ainda bem. O boom na produção de comida alimentou outro: a da produção de riqueza na forma de bens materiais. Essa sim, e não a população, cresceu de forma exponencial, como traduz o jornalista inglês Matt Ridley em seu livro O Otimista Racional: “A classe média americana de 1955, luxuriante em seus carros, confortos e aparelhos elétricos, hoje seria descrita como ´abaixo da linha da pobreza` nos EUA. Hoje, dos americanos oficialmente designados como pobres, 99% têm energia elétrica e geladeira, 95% têm televisão”. No Brasil, o salto é até mais espantoso, já que nosso boom de produção de riqueza é bem mais recente. Em 1992, um quarto dos domicílios não tinha televisão. Em 2009, 95,6% tinham. A penetração das máquinas de lavar quase dobrou desde 1992 para cá: de 24% das casas para 44%. E tem os celulares. No ano 2000, a Finlândia chegava à marca de um celular por habitante. Isso surpreendeu o mundo na época. Aí chegou 2010 e o Brasil ultrapassou essa marca. Agora temos 260 milhões de linhas, ativas, para 195 milhões de habitantes. E estamos falando de uma invenção que começou sua carreira como coisa phyna, só pra gente rica.
Mas agora essa massificação da prosperidade é a vilã. O discurso comum é o de que, nesse ritmo, a Terra não aguenta. Haja lítio para tanto celular. Haja carvão para tanto consumo de energia. Haja fertilizante para os trabalhadores braçais que hoje se alimentam mais e melhor que o rei Henrique 8º. A conta também não fecha mais para o motor de combustão interna. Nem para o carvão como fonte de energia – não dá mais para brincar com as emissões de CO2, e com o clima. E tem a água: a produção de um quilo de carne demanda 15 mil litros de água. E com bilhões de Henriques 8ºs por aí, o planeta chia: hoje 2,7 bilhões de pessoas sofrem com falta de água pelo menos durante um mês por ano.
Mas, de novo, não significa que Thomas Maltus estava certo. A tecnologia que nos livrou do caos lá atrás agora nos leva a outro caos. Ok. Só que já começam a pipocar soluções. Na ponta da energia, tem o “carvão limpo” – termelétricas que eliminam o CO2 da fumaça que emitem. Dá para cobrir os gastos com essa filtragem aumentando em 30% a conta de luz – indigesto, mas viável. E a fusão nuclear, que não deixa resíduos radiativos e promete energia virtualmente infinita, continua no horizonte. Na ponta da água, uma solução pode estar numa máquina criada pelo inventor do Segway, Dean Kamen: um aparelho capaz de transformar água salgada (e de esgoto e de rios poluídos) em água potável gastando relativamente pouca energia. Cada unidade, do tamanho de um frigobar, produz mil litros de água por dia – havendo eletricidade limpa e barata para esses “frigobares” trabalharem, vamos ter água para tantos quantos cavalos ou Heriques 8ºs existirem no mundo. Uma inovação leva à outra. Mas e aí? Tudo isso é a salvação da lavoura?
Não. Temos muito a resolver antes de decretar a viabilidade de um mundo para 10, 20 bilhões de pessoas. Mas iniciativas desse tipo mostram um ponto que pouca gente leva em conta: o de que a inventividade humana não é petróleo. Não é um recurso finito.
Texto de Alexandre Versignassi - Superinteressante.com

NASA anuncia tempestade solar mais intensa do ano

 O Observatório de Dinâmica Solar (SDO) anunciou que a tempestade solar mais forte de 2013 aconteceu domingo (17). Apesar da intensidade, a alta atividade solar não causou muitos transtornos na Terra.
Essas tempestades são causadas por manchas solares, regiões onde há uma redução de temperatura e pressão das massas gasosas no Sol, relacionadas ao seu campo magnético. O Sol tem ciclos de atividade de aproximadamente 11 anos, com períodos mais intensos. O auge desse ciclo acontece agora, em 2013.
A tempestade foi classificada como do tipo M. Isso significa que ela teve uma intensidade média. Isso porque as erupções solares são classificadas de acordo com o seu brilho em raios-X em um determinado intervalo de comprimento de onda.
As erupções solares de classe M afetam os polos. Por isso, podem acontecer rápidos bloqueios nas emissões de rádio. Tempestades solares mais intensas podem afetar a comunicação da Terra, redes de energia e operações por satélite.
A radiação ultravioleta dessa erupção do Sol gerou uma onda de ionização na alta atmosfera terrestre. Esse fenômeno provavelmente foi percebido por quem escutava rádio na Europa e na América do Norte.
Exame.com

Meteorito gigante atingiu a Austrália há 360 milhões de anos

 
 Uma equipe de cientistas descobriu que um gigantesco meteorito atingiu a bacia de East Warburton, na Austrália, há 360 milhões de anos. Medindo entre 10 e 20 quilômetros, o corpo celeste abriu uma enorme cratera, atualmente encoberta por uma camada de 3 quilômetros de sedimentos.
Segundo Andrew Glikson, da Universidade Nacional da Austrália, o que chama a atenção é a extensão da zona de impacto do meteorito: um raio de 100 quilômetros. É a terceira maior zona de impacto em todo o mundo.
Glikson disse que o estudo do terreno foi iniciado após outro cientista identificar anomalias na estrutura de cristais das rochas da região. "Depois disso, passei meses em um laboratório fazendo testes com microscópio para medir as orientações dos cristais, e constatei que as rochas encontradas no local apresentavam marcas de um impacto extraterrestre."
Além do impacto local, a queda do meteorito também teve efeitos globais. Segundo Glikson, o choque provocou gigantescas nuvens de fumaça e vapor, que teriam coberto a Terra.
Veja.com
 
 



terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Frase


Um mundo perdido sob a neve antártica

A camada de gelo de quase três quilômetros de espessura que recobre a Antártica esconde um passado muito diferente do deserto branco e gelado de hoje. O continente já abrigou uma densa floresta temperada onde viviam bizarras e gigantescas criaturas pré-históricas. Fósseis de árvores e de animais vem sendo desenterrados ali, revelando, a cada dia, uma natureza das mais exuberantes.
Durante boa parte do Cretáceo (144 a 65 milhões de anos atrás), e até há 50 milhões de anos, um clima bem ameno predominou na Antártica e favoreceu o crescimento de grandes árvores, com folhas de até 10 centímetros, e portanto, de animais, entre eles dinossauros e répteis igualmente grandes, e, posteriormente, mamíferos marsupiais. Atualmente, a média de temperatura registrada no verão é de 35 graus Celsius negativos no continente e 0 grau Celsius na península, o que torna a região praticamente inabitável.
— Dentre os vários mitos que cercam a Antártica, um dos mais recorrentes é achar que o continente sempre foi totalmente branco e estéril. Não é bem assim — explica o paleobiólogo Marcelo Leppe, chefe científico do Instituto Antártico Chileno. — Na maior parte do tempo, a Antártica foi verde e cheia de espécies. As últimas árvores desapareceram há 4,5 milhões de anos. Havia uma floresta temperada, similar à que existe hoje na área central do Chile, com araucárias e notofagus.
Um dos grupos que pesquisou a vegetação antártica foi do brasileiro Alex Kellner, do Museu Nacional. Em 2007, seu grupo passou 37 dias acampado na Ilha James Ross, de onde retirou nada menos que uma tonelada e meia de troncos de árvores — um deles com mais de quatro metros de comprimento, que se encontra em exibição no Museu Nacional, no Rio.
O continente também foi habitado por dinossauros e outros animais gigantescos. No mar, viviam verdadeiros monstros marinhos, como ictiossauros, plesiossauros e mosassauros.
Dragões de komodo pré-históricos
Os ictiossauros eram répteis carnívoros que mediam de 2 a 3 metros de comprimento, tinham um focinho longo e afilado, e barbatanas caudais e dorsais tal como os peixes. Embora apenas um fragmento fóssil tenha sido encontrado até hoje na Antártica, os especialistas acreditam que eles teriam sido comuns na região. Os plesiossauros vieram um pouco depois. Os répteis gigantes e carnívoros de pescoço longo chegavam a ter, em média, 5 metros de comprimento. O mais antigo fóssil de plesiossauro já achado na Antártica foi descoberto pelo grupo de Kellner; tem 80 milhões de anos.
E havia ainda o mosassauro, um gigante lagarto marinho.
— Eram criaturas enormes e monstruosas, parecidas com o dragão de Komodo de hoje, mas muito maiores — conta Leppe. — Somente o seu crânio media cinco metros. Eles comiam os plesiossauros. A Antártica era, definitivamente, um lugar muito mais perigoso que hoje.
Em terra, havia um carnívoro chamado de criolofossauro, um carnívoro, bípede e de braços curtos — uma espécie que vem sendo estudada por cientistas americanos e já ganhou o apelido de Elvis devido a uma espécie de penacho que tinha na cabeça.
— Ele era parecido com o Tiranossauro Rex, mas era um pouco menor e tinha uma espécie de crista na cabeça.
Saurópodes — os herbívoros de pescoço e cauda longas — também já foram achados por lá. Especialistas estimam que o continente guarde uma infinidade de espécies, inclusive algumas desconhecidas. O problema é que escavar na Antártica não é tarefa das mais fáceis. A logística necessária para trabalhar em condições tão inóspitas acaba encarecendo demais as operações.
O Chile tem dois importantes projetos de pesquisa sobre o tema, no qual trabalham 13 paleontólogos. Este ano, três deles estão no continente, escavando. No Brasil, Alexander Kellner tenta emplacar um novo projeto.
— Nossa ideia é ir mais para o sul, além de James Ross, e procurar tudo o que pudermos encontrar, mas em especial vertebrados fósseis — contou Kellner.
O clima mais ameno
A Antártica era unida aos demais continentes, na chamada Gondwana, e, por isso, seu clima era temperado. A separação só se configurou há 32 milhões de anos, quando a corrente fria que se dispersava pelo Oceano Pacífico passou a circundar a Antártica, isolando-a.
— Quando os continentes eram unidos, os animais antárticos entraram na América do Sul — explica Leppe. —Até o Sul do Brasil era dominado por espécies antárticas.
Isso explica como, por exemplo, já foram encontrados fósseis de mosassauros até no Nordeste brasileiro. Explica também porque as mais variadas espécies dos mais diversos continentes, como avestruzes, quivis e gnus têm sua origem rastreada até o continente.
Também havia uma intensa atividade vulcânica na própria Antártica — erupções lançam consideráveis volumes de CO2 na atmosfera, intensificando o efeito estufa natural e, assim, o calor. Estudos indicam que havia períodos bastante frios e longas noites polares, mas, ainda assim, nada comparável ao clima atual.




Saiba o que fazer em caso de meteoro ou asteroide

Na última sexta-feira (15), o asteroide 2012 DA14 passou a 27 mil quilômetros da Terra. A distância, menos de um décimo da distância que separa a Terra da Lua, deixou muita gente preocupada. Não que o 2012 DA14 tivesse alguma chance de colidir com a Terra, mas a pergunta que ainda não tem resposta é: o que fazer no caso de um asteroide vir de encontro ao nosso planeta?
Segundo o relatório “Defending Planet Earth”, publicado pelo Programa de Objetos Próximos à Terra da Nasa (NEO, na sigla em inglês), as ações vão depender do tamanho da rocha. A medida mais efetiva, no caso de objetos pequenos (dezenas de metros de diâmetro), é literalmente esvaziar a região do impacto - solução conhecida também como correr, e muito. Para o caso de objetos com tamanho na casa das centenas de metros de diâmetro, a melhor atitude seria enviar algo para colidir com ele e desviar a órbita do tal objeto.
O problema é que esta é uma solução teórica que precisaria de anos para ser testada e executada com sucesso (e atualmente ninguém garante que ela funcionaria mesmo). Um asteroide que está nesta faixa de tamanho e chegou a preocupar os cientistas do NEO foi o Apophis. Detectado pela primeira vez em 2004, eles estimaram que havia o risco de 1 em 45 mil de ele se chocar com a Terra em 2029. Alguns cálculos depois, no entanto, os cientistas concluíram que não havia risco de colisão. Mas o mesmo Apophis irá passar novamente perto da Terra em 2036 e, para esta data, os cientistas não tem uma posição conclusiva. Eles estimam uma chance de 1 em 200 mil do Apophis colidir com a Terra. A possibilidade é mínima, mas o encontro faria um estrago razoável em nosso planeta.
Nada comparável, no entanto, ao caso extremo de objetos com quilômetros de diâmetro. Para este caso, segundo o relatório, não há defesa conhecida. O encontro de um deles com a Terra poderia causar extinções em massa, caso do objeto que teria varrido os dinossauros da Terra há 65 milhões de anos. A boa notícia é que eventos deste porte ocorrem, segundo o mesmo documento, a cada 100 milhões de anos. Fazendo as contas, restam cerca de 35 milhões de anos antes de um novo hecatombe ocorrer. A questão é que estamos falando de probabilidades. Ninguém garante que não poderia acontecer antes disso – ou depois. Foi exatamente para ficar sabendo de antemão quando um desses objetos estará na direção da Terra, que a Nasa criou o tal NEO Olho no NEO!
Em tempo: na mesma sexta-feira em que o 2012 DA14 passou a 27 mil quilômetros da Terra, um meteorito entrou na atmosfera terrestre, se desintegrou no ar e deixou cerca de mil feridos na Rússia, a maioria com machucados causados por estilhaços de vidros que quebraram devido ao deslocamento do ar causado por ele.
O detalhe interessante é que a chegada do 2012 DA14 foi anunciada com pompa e circunstância há mais de mês e a do meteorito pegou todo mundo de surpresa. O motivo é simples: o tamanho. O meteorito é muito pequeno, o que complica sua detecção.
IGCiência

ONU lança alerta sobre impacto de produtos químicos do dia a dia

O estudo diz que o número de químicos EDCs - químicos com efeitos endocrinológicos, na sigla em inglês - aumentou "dramaticamente" entre 2000 e 2012, e muitos não são testados quanto a seus efeitos na saúde humana e na vida selvagem.
Eles incluem aditivos em embalagens, brinquedos, bens de consumo (eletrônicos, móveis, produtos de limpeza), produtos de cuidados pessoais (xampus, cremes, sabão) e farmacêuticos.
"Humanos estão expostos a EDCs por diversas formas, incluindo ingestão de comida, poeira, água, inalação e pela pele", aponta o relatório, feito em parceria da Organização Mundial da Saúde e a agência da ONU para o meio ambiente (Unep).
"Esses químicos vêm de fontes variadas, entram no meio ambiente durante a produção, o uso ou a eliminação de químicos e produtos e provocam diferentes (efeitos)."
O problema, diz o relatório, é que é ainda há poucos dados sobre como esses EDCs são produzidos e onde são colocados. Também faltam estudos detalhados sobre seus efeitos no sistema hormonal e sua relação com doenças específicas.
O que se acredita é que a exposição a muitos desses químicos pode estar ligada a casos de câncer de mama, tireoide e próstata, deformações em bebês, hiperatividade em crianças, diabetes, asma, obesidade, males de Alzheimer e Parkinson, derrames e queda de fertilidade.
Crianças podem entrar em contato com EDCs no ventre da mãe ou na infância, colocando coisas na boca.
Produtos químicos
Entre os produtos químicos que, segundo a ONU, podem alterar o sistema hormonal estão ftalatos (usados em plásticos maleáveis e na produção de brinquedos, perfumes e farmacêuticos, inclusive desodorantes); bisfenol A (também chamado BPA, substância usada para endurecer plásticos e encontrada em embalagens de bebidas e alimentos).
O relatório diz também que níveis relativamente altos de bifenil policlorado já foram encontrados em atuns coletados na costa do Brasil; o componente é um dos fatores de risco para câncer de mama.
Por enquanto, são poucos os países - EUA, Canadá e algumas nações europeias - que baniram o uso de alguns EDCs, especialmente em itens usados por crianças.
"No momento, apenas uma pequena parcela de químicos e poucos tipos de EDCs são medidos, fazendo deles a ponta do iceberg", prossegue o estudo, agregando que muitos produtos não declaram esses aditivos químicos em suas embalagens.
"Deve ser uma prioridade global desenvolver habilidades para medir possíveis EDCs e desenvolver um mapa detalhado das exposições (a que estamos sujeitos)."
Vida selvagem
O relatório da ONU também levanta preocupações quanto ao impacto dos EDCs na vida selvagem.
No Alasca (EUA), a exposição a alguns químicos pode ter contribuído para defeitos reprodutivos, infertilidade e má-formação em algumas populações de veados.
Grupos de lontras e leões marinhos também estão sob risco por estarem em contato com químicos presentes em pesticidas.
"Uma vez que um EDC entra no corpo de um (animal) invertebrado, um peixe, ave ou mamífero através da água ou da comida, o químico pode ser transportado a diferentes tecidos, onde pode ser metabolizado, excretado ou armazenado", aponta o estudo.
BBC