Os mesmos motivos que o levaram a ser inventado fazem atualmente, durante a pandemia de coronavírus, do álcool gel um dos produtos mais procurados em todo o planeta: a mobilidade e a facilidade de desinfetar as mãos. Vale lembrar que o bom e velho sabão, lavando intensamente as mãos por ao menos 20 segundos, é mais eficaz para impedir a disseminação do vírus do que o álcool gel, mas para quem precisa sair de casa, trata-se de uma solução eficaz e importante quando se está sem acesso a uma pia. Poucos sabem, porém, que a invenção do álcool gel foi feita por uma mulher e de origem latina: a enfermeira Lupe Hernandez, então estudante de enfermagem em Bakersfield, nos EUA, em 1966.
A enfermeira Lupe Hernandez
A preocupação de Hernandez era justamente sobre a disponibilidade de água e sabão para os profissionais de saúde, para todo o processo, antes e depois, de seus contatos com pacientes. Foi diante desse quadro que ela concluiu que uma versão em gel do álcool, que fosse portátil e eficaz, poderia ser uma solução para tal dilema – e que ainda poderia se tornar um sucesso comercial, como se tornou. O álcool mata germes e bactérias e evapora, facilitando a vida de quem os usa, em especial dos profissionais de saúde.
Era impossível, 54 anos atrás, que Hernandez pudesse prever o próprio coronavírus, mas é evidente que ela previu a utilidade de sua invenção: em 2015 o mercado de álcool gel valia 250 milhões de dólares somente nos EUA – e hoje o valor deve ter bem mais do que dobrado. Curiosamente, pouco se sabe hoje sobre Lupe Hernandez, se ela lucrou em proporção ao sucesso de sua invenção, ou mesmo se ela continua viva – mas o fato é que sua invenção pode ajudar a manter muita gente com vida atualmente.
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