quinta-feira, 30 de junho de 2016

Sonda Rosetta vai concluir missão com novo pouso em cometa

Sonda Rosetta
 
A sonda espacial Rosetta, que permitiu o pouso histórico do robô Philae no cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko, em novembro de 2014, vai terminar sua missão com uma nova e empolgante aterrissagem, anunciou nesta quinta-feira a Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês). Em 30 de setembro, a sonda vai se reunir a Philae sobre a superfície do cometa, para concluir uma viagem de 12 anos que permitiu incontáveis avanços no conhecimento a respeito desses corpos celestes.
“Para ambos será o fim da missão mais bela que se pode imaginar, com a possibilidade de realizar novas medições e imagens o mais próximo possível do cometa”, disse Jean-Yves Le Gall, presidente da agência espacial francesa (CNES, na sigla em francês) em comunicado.
O pouso de Rosetta era discutido pela comunidade científica desde junho do ano passado, quando foi tomada a decisão de ampliar a missão. A jornada de Rosetta deveria ter sido concluída em dezembro de 2015, mas os astrônomos decidiram estender o período para aproveitar ao máximo a energia solar e todas as capacidades da sonda e também de Philae.
A nova aterrissagem, que será feita de forma controlada pela sonda que está em órbita ao redor do cometa, vai permitir que seus instrumentos obtenham dados e imagens ainda mais detalhados de 67P, informações que poderão ser enviadas à Terra antes que sua energia termine.
A comunicação cessará quando a sonda fizer o pouso. A ESA informou que nas últimas horas de descida será possível “realizar várias medições únicas, incluindo imagens de altíssima resolução, que aumentarão o retorno científico da missão com dados de grande valor”.
A mudança de sua trajetória começará em agosto e os cientistas, que ainda não decidiram em qual área do cometa Rosetta descerá, reconhecem que a nova fase final será complexa e arriscada. O responsável pela missão, Patrick Martin, admite que pode haver imprevistos.
Embora estejamos fazendo todo o possível para garantir a segurança da Rosetta até este momento, esses quase dois anos de experiência com o cometa nos mostraram que as coisas podem não sair segundo o planejado”, afirmou, em comunicado.
Origem da vida – Os cometas são importantes objetos de estudo por serem considerados “restos” da formação do sistema solar, que continuam vagando pelo Universo. De acordo com algumas teorias, podem ter sido os responsáveis por trazer a água, ou até mesmo vida, à Terra.
Uma das principais razões pelas quais a sonda Rosetta foi enviada em uma cinematográfica missão ao cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko era verificar se a água desse corpo celeste era a mesma da Terra. Um resultado positivo reforçaria a teoria de que a água foi trazida até aqui pelos cometas. No entanto, a ideia perdeu força no início de dezembro de 2014, quando um estudo publicado na revista Science mostrou que a água do 67P é diferente da existente no planeta azul.
Isso só foi possível porque, durante as primeiras 64 horas em que Philae conseguiu estudar o cometa, ela coletou informações importantes. Os dados se transformaram em uma série de estudos publicados em janeiro e abril de 2015 e, com o prolongamento da missão e o novo pouso, os pesquisadores pretendem conseguir obter ainda mais informações sobre os cometas e, consequentemente, das origens do Universo.
Veja.com
 
Fotografia feita pelo robô Philae mostra um de seus pés no local de pouso na superfície do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko

Acordo de Paris não conseguirá conter aumento da temperatura

 
 
Dez especialistas de diferentes países, incluindo o Brasil, alertam, em artigo publicado hoje (30) na revista internacional Nature, que as 195 nações signatárias do Acordo de Paris, assinado em dezembro do ano passado, têm que ser mais ambiciosas e rever com rapidez suas propostas de redução das emissões de gases de efeito estufa para conter o aumento da temperatura do planeta em menos de 2 graus Celsius (°C).
Segundo o pesquisador brasileiro Roberto Schaeffer, professor do Programa de Planejamento Energético do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o estudo associa cada possível aumento da temperatura global à probabilidade de ocorrer.
A análise levou em conta os compromissos de redução de emissões que os países apresentaram voluntariamente à Organização das Nações Unidas (ONU), conhecidas como INDCs (contribuições nacionalmente determinadas pretendidas, na sigla em inglês), e tentou traduzir tudo em uma unidade comum, para projetar as emissões globais entre 2020 e 2030.
Apesar de não haver dúvida sobre a mudança climática, Schaeffer disse que ainda existe uma série de incertezas físicas sobre a dimensão do fenômeno. “Com 50% de chance de não errar, o que significa que há 50% de chance de errar, digo que [o aumento da] a temperatura do planeta no final do século, se as INDCs forem cumpridas ao pé da letra, não deve exceder os 2,9º C.”
O estudo estima, com 66% de chance de acerte, que a temperatura no final do século não deve subir mais que 3,2º C; e com 90% de chance de acerto, que o acréscimo não exceda os 3,9º C. “Dependendo do grau de certeza ou de incerteza que se quer ter, a gente associa então o que seria a temperatura média do planeta ao final do século”.
Limite
Independente da precisão, segundo Schaeffer, o artigo mostra que em qualquer probabilidade de acertar, os países estão bastante longe do objetivo maior da Convenção de Paris de limitar o aumento da temperatura do planeta ao final do século a menos de 2º C, idealmente tentando chegar a aumento de apenas 1,5º C.
“A gente mostra que o Acordo de Paris é muito legal, que o objetivo é muito nobre, mas aquilo que neste momento os países estão propondo fazer não nos leva nem perto do bem abaixo de 2º C”.
No artigo, os pesquisadores advertem, entretanto, que ainda há tempo para tentar reverter o aumento da temperatura global. “Mas os governos têm que acelerar a ambição e a velocidade com que novas medidas são anunciadas e começam a ser de fato implementadas”.
temperatura global. “Mas os governos têm que acelerar a ambição e a velocidade com que novas medidas são anunciadas e começam a ser de fato implementadas”.
 Segundo Schaeffer, não é possível esperar o prazo previsto de cinco anos para que as metas nacionais sejam revistas pelos países. “Está na hora de acelerar isso aí”. A primeira revisão de reavaliação dos compromissos está prevista para 2020.

Pesquisa e tecnologia são as únicas armas contra o perigo real dos asteróides

 
O perigo do impacto de um asteroide na Terra é real e, embora não devemos ser alarmistas, uma sociedade que depende criticamente das comunicações e da tecnologia deve estar preparada para tentar solucionar este tipo de evento que já ocorreu no passado e que seguirá ocorrendo no futuro.
Assim afirmou à Agência Efe Adriano Campo Bagatin, da Universidade de Alicante (leste da Espanha), que participa do projeto AIDA (The Asteroid Impact & Deflection Assessment) da Agência Espacial Europeia (ESA) e da Nasa, cujo principal objetivo é o de avaliar a possibilidade tecnológica de uma nave impactar num asteroide para, entre outras coisas, desviar sua trajetória e evitar o choque com a Terra.
Hoje é comemorado no mundo todo o Dia do Asteroide com dezenas de atos, uma celebração com a qual lembra-se que em 30 de junho de 1908 caiu sobre Tunguska (a Sibéria) um meteorito que, entre outras coisas, arrasou 60 milhões de árvores em 2,2 mil quilômetros quadrados.
Por trás desta iniciativa há cientistas, astronautas, físicos, artistas e músicos -como o guitarrista de Queen e astrofísico, Brian May-, que no ano passado assinaram uma declaração -ainda pode ser assinada- na qual além de pedir a celebração deste dia, solicitavam usar a tecnologia disponível para detectar e rastrear asteroides próximos à Terra e mais investimento para isso.
Esta é uma das missões do projeto AIDA, que estará composto pela sonda espacial AIM (Asteroid Impact Mission) da ESA e o projétil DART (Double Asteroid Redirection Teste) de Nasa.
A AIM será lançado no começo em 2020 e seu objetivo é chegar até Didymos, um sistema binário de asteroides, um de 800 metros de diâmetro e outro de 150 metros (este orbita no primeiro a uma distância de 1,2 quilômetros), explica Campo Bagatin, também do Instituto Universitário de Física Aplicada às Ciências e à Tecnologia.
A nave alcançará este sistema em 2022 e "o estudará profundamente", para o qual está previsto desdobrar uma pequena sonda que aterrissará sobre o asteroide menor.
Por sua parte, a missão de DART (a nave pesa 400 quilogramas) impactará sobre o asteroide menos, confronto que será feito a seis quilômetros por segundo com o objetivo de desviar sua órbita.
A missão AIDA servirá depois, segundo Bagatin, para comprovar que dispomos da tecnologia adequada para desviar asteroides, mas não só: também ajudará a entender melhor estes objetos que nos dão pistas sobre a origem do universo e testar outro tipo de tecnologia, como o sistema de comunicação AIM.
Em dezembro será realizado o Conselho Ministerial da ESA, uma reunião "crítica" na qual a Agência deverá decidir se segue apoiando o AIDA e como financia o projeto, relata Campo Bagatin.
Os asteroides poderiam ser "insignificantes" em termos cósmicos, mas "podem apresentar uma ameaça para a humanidade se permitirmos", afirma a ESA em uma nota de imprensa, acrescentando que também nos podem mostrar muito sobre a formação do sistema solar e proporcionar valiosos recursos no futuro.
 

quarta-feira, 29 de junho de 2016

Nova droga anti-envelhecimento começa a ser testada em humanos

 
Enganar a velhice é um sonho antigo. Mas, entre pílulas para manter a memória ativa e cremes de colágeno que prometem uma pele livre de rugas, a ciência ainda não encontrou a fonte da juventude - aquilo que vá retardar o envelhecimento, em vez de remediar ou disfarçar a coisa.  
Agora, cientistas da Universidade de Keio , no Japão, estão chegando bem perto de descobrir algo assim - e quando a gente diz perto, é perto mesmo: a "fonte da juventude" vai ser testada em seres humanos no mês que vem.
A tal "fonte" não é mágica: é ciência pura, e seu poder vem de uma substância chamada mononucleotídeo de nicotinamida (NMN). Encontrada em vários alimentos comuns, como o leite, ela estimula a produção da sirtuína, enzima com uma função chave no envelhecimento: a preservação dos tecidos do corpo. Com a idade, o organismo vai perdendo a capacidade de fabricar essa enzima, então a ideia é usar o NMN para reativar essa produção.
NMN para reativar essa produção.
Por enquanto, a substância só foi testada em ratos de laboratório, e os resultados foram animadores: a droga retardou os declínios naturais do metabolismo, manteve a energia, melhorou a visão dos bichinhos e diminuiu a intolerância à glicose - problemas que vão crescendo quando a gente envelhece.
Agora, o próximo passo é testar o NMN em humanos. A partir de julho desse ano, 10 voluntários saudáveis passarão algum tempo ingerindo a substância para ver se ela realmente é efetiva contra a velhice, e se há efeitos colaterais que não foram notados nos ratos. Se a substância passar no teste, será a primeira droga no mercado que retarda - e não só disfarça - o envelhecimento.
Mas a coisa não é tão simples. Apesar de o NMN servir como um elixir da vida para os ratos, os cientistas de Keio ainda não sabem se esse efeito se manterá nos humanos.
Como o organismo dos bichinhos é muito menos complexo do que o nosso, o máximo que os pesquisadores esperam é que o NMN ajude a retardar alguns aspectos da velhice em humanos - e não que ele pare totalmente o processo.
O teste será feito na Universidade de Keio, com a ajuda da Universidade de Washington. E se você acha que esse é mais um daqueles estudos que não vão para a frente, fique sabendo que ele é uma prioridade científica no Japão , onde a população local está envelhecendo depressa - em 2055, 40% dos japoneses terão mais de 65 anos.
Então, o objetivo é correr com as pesquisas para que elas possam beneficiar a população idosa crescente.

Nova droga anti-envelhecimento começa a ser testada em humanos

 
Enganar a velhice é um sonho antigo. Mas, entre pílulas para manter a memória ativa e cremes de colágeno que prometem uma pele livre de rugas, a ciência ainda não encontrou a fonte da juventude - aquilo que vá retardar o envelhecimento, em vez de remediar ou disfarçar a coisa.  
Agora, cientistas da Universidade de Keio , no Japão, estão chegando bem perto de descobrir algo assim - e quando a gente diz perto, é perto mesmo: a "fonte da juventude" vai ser testada em seres humanos no mês que vem.
A tal "fonte" não é mágica: é ciência pura, e seu poder vem de uma substância chamada mononucleotídeo de nicotinamida (NMN). Encontrada em vários alimentos comuns, como o leite, ela estimula a produção da sirtuína, enzima com uma função chave no envelhecimento: a preservação dos tecidos do corpo. Com a idade, o organismo vai perdendo a capacidade de fabricar essa enzima, então a ideia é usar o NMN para reativar essa produção.
NMN para reativar essa produção.
Por enquanto, a substância só foi testada em ratos de laboratório, e os resultados foram animadores: a droga retardou os declínios naturais do metabolismo, manteve a energia, melhorou a visão dos bichinhos e diminuiu a intolerância à glicose - problemas que vão crescendo quando a gente envelhece.
Agora, o próximo passo é testar o NMN em humanos. A partir de julho desse ano, 10 voluntários saudáveis passarão algum tempo ingerindo a substância para ver se ela realmente é efetiva contra a velhice, e se há efeitos colaterais que não foram notados nos ratos. Se a substância passar no teste, será a primeira droga no mercado que retarda - e não só disfarça - o envelhecimento.
Mas a coisa não é tão simples. Apesar de o NMN servir como um elixir da vida para os ratos, os cientistas de Keio ainda não sabem se esse efeito se manterá nos humanos.
Como o organismo dos bichinhos é muito menos complexo do que o nosso, o máximo que os pesquisadores esperam é que o NMN ajude a retardar alguns aspectos da velhice em humanos - e não que ele pare totalmente o processo.
O teste será feito na Universidade de Keio, com a ajuda da Universidade de Washington. E se você acha que esse é mais um daqueles estudos que não vão para a frente, fique sabendo que ele é uma prioridade científica no Japão , onde a população local está envelhecendo depressa - em 2055, 40% dos japoneses terão mais de 65 anos.
Então, o objetivo é correr com as pesquisas para que elas possam beneficiar a população idosa crescente.

Acordo já permitiu a retirada de mais de 14 mil toneladas de sódio de alimentos

 Ministério da Saúde e a Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (Abia) informaram hoje (29) que o acordo de redução de sódio em alimentos processados já possibilitou a retirada de 14.893 toneladas dos produtos alimentícios. A meta é que as indústrias promovam a retirada voluntária de 28.562 toneladas de sal das prateleiras até 2020.
 
Acordo prevê que as indústrias promovam a retirada voluntária de 28.562 toneladas de sal das prateleiras até 2020
 
Os dados são resultados das três primeiras fases do acordo, iniciado em 2011.
A primeira etapa do acordo, assinado em abril de 2011, estabelecia metas nacionais de redução de sódio em massas instantâneas, pães de forma e bisnaguinhas. Os resultados mostraram  que 1.859 toneladas de sal foram retiradas dos alimentos nessa fase.
Em outubro de 2011, a retirada de sal foi acertada para batatas fritas, salgadinhos, bolos e misturas para bolos, maionese e biscoitos, com redução total de 5.793 toneladas. Os resultados da terceira etapa do acordo, assinado em agosto de 2012, que previa a redução de sódio em temperos, caldos, cereais matinais e margarinas vegetais até 2015, mostraram redução de 7.241 toneladas de sal nos alimentos.
A quarta fase, assinada em novembro de 2013, estabelece redução de sódio em empanados, queijo mussarela, sopas, requeijão cremoso, hambúrguer e embutidos, como linguiças e salsicha. Os resultados dessa etapa deverão ser apresentados até o fim deste ano. Segundo o ministério, as metas são progressivas e já está em discussão a renovação das metas da primeira etapa.
A Abia representa hoje 70% das indústrias de alimentos do País.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) apresentou também dados mostrando que, em 2014, 94,5% das 22 empresas pesquisadas já haviam alcançado a meta da terceira  etapa e traziam essa informação nos rótulos. Segundo o ministério, as demais empresas foram notificadas e se adequaram posteriormente.
De acordo com o Ministério da Saúde, o brasileiro consome uma média de 12 gramas de sódio todos os dias. O valor é quase o dobro do recomendado pela Organização Mundial da Saúde, de menos de 5 gramas por dia.
MSN Brasil
 

terça-feira, 28 de junho de 2016

"Vinho azul"- é a sensação do verão europeu

Resultado de imagem para fotos do vinho azulResultado de imagem para fotos do vinho azulResultado de imagem para fotos do vinho azul Resultado de imagem para fotos do vinho azul
Tinto, branco, rosé e agora azul. Sim, isso mesmo que você leu. Sucesso na Europa, um vinho batizado de GIK e da cor azul tem despertado a atenção daqueles que apreciam a bebida.
Produzido na Espanha a partir de uma combinação de uvas vermelhas e brancas, o GIK não tem nenhuma denominação de origem, ou seja, é feito a partir de uvas colhidas em diferentes vinhedos da Espanha e da França. 
Já a cor azul obviamente não vem da união dessas uvas. Na verdade, a coloração se dá a partir da combinação de dois pigmentos orgânicos: o índigo e a antocianina.
Mas por que azul? A escolha da cor, de acordo com seus idealizadores, tem um apelo mais poético e está relacionada com a ideia de criar um produto totalmente inovador, divertido e com espírito jovem.
"Quando começamos a trabalhar neste projeto, nos deparamos com um livro chamado a "Estratégia do Oceano Azul". O livro explica por meio de analogias que existem oceanos vermelhos cheios de predadores que massacram suas presas, mas existem também oceanos da cor azul, ou seja, sem concorrência - onde os pequenos peixes podem nadar livremente", afirma o site do produto. 
O GIK por ser azul e mais adocicado realmente não compete com os tradicionais vinhos europeus. A bebida demorou mais de dois anos para ser desenvolvida antes de ser lançada no mercado e contou com a parceria da University of the Basque Country and Food Tech.
A bebida segue todas as normas de qualidade da União Europeia, não leva açúcar na sua composição, é vegano e possui teor alcoólico de 11,5%.
 
Resultado de imagem para fotos do vinho azul

YInMn, a nova tonalidade intensa e brilhante de azul descoberta por acidente

Mais durável e não tóxico, novo pigmento azul é mais resistente ao calor
 
Tudo começou em 2009, quando a equipe de Mas Subramanian, do Departamento de Química da instituição, fazia experiências com materiais que poderiam ser usados em aparelhos eletrônicos.
"Foi quando um estudante submeteu manganês, índio e ítrio a cerca de 1,2 mil graus centígrados", contou Subramanian à BBC Mundo, serviço em espanhol da BBC.
O resultado foi um péssimo condutor de eletricidade, mas com uma cor tão incrível que chamou a atenção do chefe da equipe.
O pesquisador decidiu então analisar as propriedades óticas do que tinha acabado de ser criado no laboratório.
"Eu trabalhei para a empresa (de tintas) DuPont no passado. Percebi que tínhamos encontrado um com bom pigmento", afirmou A tonalidade não apenas era quase perfeita, muito parecida com a do lápis-lazúli, como também apresentava durabilidade, estabilidade e resistência que nunca tinham sido observadas em outra cor azul disponível no mercado.
"Nosso pigmento, chamado YInMn blue, pode refletir o calor. Logo, se for usado para pintar edifícios ou carros, pode mantê-los mais frescos", afirmou o pesquisador.
 
Especialistas garantem que o novo azul não desbota com o tempo
 
Subramanian reconhece não saber exatamente de onde veio a tonalidade - a cor natural dos elementos usados na mistura feita por seu estudante são preto e branco.
"Foi fortuito, na verdade. Uma descoberta acidental e feliz", afirmou.
 
Propriedades
O novo pigmento é formado por uma estrutura única que permite que os íons de manganês absorvam o comprimento de onda de luz vermelha e verde, enquanto reflete apenas o azul.
"O azul é a cor mais difícil de obter porque você precisa absorver o vermelho", disse o pesquisador.
Desde a Antiguidade - entre os egípcios, passando pela dinastia Han, na China, e alcançando até a cultura maia na América Latina -, todos já tentaram desenvolver um pigmento azul mais próximo da perfeição.
A cor vibrante descoberta na Universidade do Oregon é tão durável e seus compostos são tão estáveis - mesmo em contato com óleo e água - que não desbota.
 
"A intensidade das tonalidades variam desde um azul pálido até um quase negro, de acordo com a concentração de manganês", escreveu o jornalista especializado em ciência Philip Ball para a revista especializada Chemistry World .
Outra vantagem é que, diferente de pigmentos usando cobalto, que pode causar câncer, o YinMn não é tóxico.
"A estrutura cristalina básica que estamos usando era conhecida antes, mas ninguém tinha pensado em um uso comercial, incluindo em um uso em pigmentos. Desde que os egípcios desenvolveram alguns dos primeiros azuis, a indústria de pigmentos luta para tratar de problemas como segurança, toxicidade e durabilidade", afirmou Subramanian.
Agora, o YinMn está pronto para a comercialização - e poderá abrir as portas para outros novos pigmentos.
"Esse novo azul é um sinal de que, na família de pigmentos inorgânicos há muitas cores para se descobrir", afirmou Geoffrey Peake, gerente de pesquisa e desenvolvimento da empresa americana Shepherd.
A equipe da Universidade do Oregon continua com suas pesquisas. A ideia é tentar reproduzir o "acidente" ocorrido em 2009 e descobrir novas tonalidades e pigmentos, disse Subramanian.
"Quem sabe o que poderemos encontrar?"

segunda-feira, 27 de junho de 2016

A maior hélice de trurbina eólica do mundo fica na Dinamarca. É gigante!

Maior hélice eólica do mundo, produzida pela ADWEN e a LM WIND POWER
Avanço: empresas revelaram na Dinamarca a maior pá eólica do mundo, um colosso de 88,4 metros de altura.
No mundo da energia eólica, a experiência mostra que, em geral, quanto maior, melhor. Nos últimos 30 anos, as turbinas eólicas e suas hélices mais do que quadruplicaram de tamanho, passando a entregar mais energia limpa e renovável a custos menores. Com uma expansão que não dá sinal de trégua, a indústria eólica se supera novamente.
A fabricante de turbinas offshore Adwen e a fornecedora de hélices LM Wind Power revelaram neste mês a maior pá eólica do mundo: um colosso de 88,4 metros de altura, o equivalente a um prédio de 30 andares. A primeira destas enormes pás foi produzida na fábrica da LM Wind Power na Dinamarca e passará por testes.
Ela foi projetada para os modelos de turbina eólica AD 8-180, da Adwen, uma das maiores do mundo, com 8 MW de capacidade nominal e 180 metros de diâmetro do rotor. 
 
Maior pá eólica do mundo, produzida pela ADWEN e a LM WIND POWER
 
Grosso modo, quanto mais longa a pá, maior o contato com os ventos mais fortes e persistentes que ficam mais alto na atmosfera. E quanto maior a área para o vento "empurrar", mais força e poder rotacional, e maior geração de energia.
"Quando você está construindo a maior turbina eólica do mundo, quase tudo que você faz é um desafio sem precedentes. Estamos indo aonde ninguém jamais foi antes, empurrando todas as fronteiras conhecidas na indústria", disse Luis Álvarez, gerente geral da Adwen, em informe da empresa.
É certo que a expansão da energia eólica promete grandes surpresas (literalmente) para o futuro. Mas algumas delas podem revolucionar o setor.  A empresa espanhola Vortex Bladeless, por exemplo, está trabalhando com um conceito de um aerogerador que dispensa as gigantes pás, sendo constituído por pilares que se movimentam para a frente e para trás com a passagem do vento. 

Santiago do Chile decreta emergência ambiental devido à poluição

Santiago, no Chile, tem pré-emergência ambiental pela poluição que se intensificou no vale rodeado por colinas (Foto: AP Photo/Esteban Felix)
 
Santiago do Chile amanheceu nesta segunda-feira (27) sob sua primeira emergência ambiental do ano devido à alta poluição - uma medida anunciada pelo governo local e que proíbe a circulação de 40% dos veículos da cidade.
A medida foi adotada "devido às más condições de ventilação e com o objetivo de proteger a saúde da população", afirmou a Intendência (governo) de Santiago em um comunicado.
Essa emergência ambiental é a primeira a ser declarada desde junho de 2015 e chega depois de o governo de Santiago ter decretado nove "pré-emergências" ambientais nas últimas duas semanas. Nesse intervalo, os níveis de poluição se situaram entre 300 e 499 microgramas de partículas nocivas por metro cúbico.
A emergência ambiental é o nível máximo de alerta previsto pela legislação chilena e é decretada quando a poluição ultrapassa 500 microgramas de partículas por metro cúbico nas 11 estações de medição da qualidade do ar de Santiago.
Nesta segunda, que é feriado no Chile, 40% dos 1,9 milhão de veículos de Santiago ficarão parados, assim como 2.558 instalações industriais.
As autoridades também proibiram o uso de aquecedores à lenha e recomendaram que não sejam realizadas atividades esportivas ao ar livre na capital, de cerca de sete milhões de habitantes.
Santiago é uma das capitais da região com altos níveis de poluição, devido a uma combinação de fatores geográficos, climáticos e medidas pouco eficientes.
No inverno e no outono, quando os ventos diminuem, a poluição se intensifica em Santiago pelo "engavetamento" geográfico, visto que a cidade é um vale rodeado por montanhas.
A inversão térmica ocorre quando uma nuvem de ar quente impede que o ar frio - que se situa mais abaixo e concentra os poluentes - circule, um efeito que se acentua no inverno, quando as temperaturas caem.
A nuvem de fumaça diminui a visibilidade e provoca sensação de secura na garganta e irritação nos olhos. A longo prazo, pode aumentar o risco de derrames cerebrais, doenças cardíacas, câncer de pulmão e doenças respiratórias agudas e crônicas.
A cada ano, cerca de 4.000 pessoas morrem prematuramente por doenças cardiopulmonares associadas à poluição no Chile, segundo um relatório oficial de 2014.

Prédios envoltos em nuvens de poluição são vistos em Santiago, no Chile. As autoridades do país relacionam o aumento da poluição com a fumaça de churrascos feitos por pessoas que comemoravam a goleada do Chile sobre o México na Copa América (Foto: Esteban Felix/AP)

Observatório divulga espetacular imagem detalhada de Júpiter antes de chegada de sonda

Na reta final para a chegada da sonda Juno à Jupiter, astrônomos divulgaram uma imagem inédita do maior planeta do Sistema Solar.
 
O objetivo do registro, feito pelo poderoso telescópio VLT (Very Large Telescope), do consórcio internacional ESO (Observatório Europeu do Sul, na sigla em inglês), é criar mapas de alta resolução do gigante gasoso para subsidiar a missão da sonda.
A imagem, colorida artificialmente, é resultado da seleção e combinação dos melhores registros obtidos por um equipamento do VLT que consegue estudar a luz infravermelha de objetos celestes.
Lançada pela Nasa em agosto de 2011, a Juno iniciará no próximo dia 4 de julho uma missão científica de 16 meses, com a tarefa de explicar melhor o Sistema Solar a partir da origem e evolução de Júpiter.
A sonda fará uma série de voos a menos de 5 mil km da espessa camada nublada do planeta, batendo o recorde anterior de aproximação, de 1974 - 43 mil km da sonda americana Pioneer 11.
Os instrumentos de sensoriamento remoto da sonda irão analisar as várias camadas do gigante gasoso e medir propriedades como composição, temperatura e movimento.
 
sonda
 
A sonda também tentará verificar se Júpiter possui ou não um núcleo sólido, mapeará seu campo magnético, medirá água e amônia na atmosfera e observará suas auroras (as mais energéticas do Sistema Solar), entre outras ações.
Espera-se que a missão traga novas informações sobre as faixas coloridas que envolvem Júpiter, bem como revelações sobre a origem da chamada Grande Mancha Vermelha (Great Red Spot), uma tempestade gigantesca que se mantém há séculos no planeta.
Uma tarefa chave da missão será medir a abundância de água na atmosfera - indicador da quantidade de oxigênio presente na região de Júpiter quando o planeta se formou, e da possível rota de migração do gigante gasoso dentro do Sistema Solar.

terça-feira, 14 de junho de 2016

Solar e eólica vâo "eclipsar" hidrelétricas no Brasil

 Energia solar e energia eólica
 
A dependência brasileira na hidroeletricidade tem data para terminar. Dentro de 25 anos, a presença das fontes eólica e solar na matriz energética nacional deve superar a das hidrelétricas.
O prognóstico é do novo relatório New Energy Outlook 2016, produzido pela Bloomberg New Energy Finance (BNEF), que prevê uma significativa diversificação tecnológica nos próximos anos.
Segundo o estudo, a energia hidrelétrica terá sua importância diminuída, representando 29% da capacidade total da matriz em 2040, ao passo que, somadas, solar e eólica responderão por 43%.
“Essas fontes renováveis, incluindo bioenergia, vão atrair 237 bilhões de dólares nos próximos 25 anos. Já as hidrelétricas devem atrair 27 bilhões de dólares, considerando os projetos já planejados”, diz Lilian Alves, analista da BNEF.
Segundo a analista, atualmente, as regiões onde ainda é possível expandir a hidroeletricidade são de difícil acesso e implicam custos maiores de transmissão. “Além disso, a crise no setor energético nos últimos anos, agravada pela seca de 2014 e 2015, tornaram urgente a diversificação da matriz energética”, ressalta.
No cenário global, o estudo prevê que dentro de duas décadas, as energias renováveis ultrapassarão fontes fósseis como o carvão e gás natural na geração de energia, pavimentando o caminho para uma nova era de geração mais limpa e de menor impacto ambiental.
Confira a seguir as principais mudanças que prometem sacudir o tabuleiro energético brasileiro, conforme o relatório da BNEF:

1. Vem aí uma revolução solar em pequena escala
Gerar energia em casa a partir do sol, injetar na rede pública e ganhar créditos na conta de luz é possível no Brasil desde 2012, através da resolução 482 da Aneel. Com as seguidas altas na conta de luz e um sistema elétrico que dá sinais de exaustão, a microgeração residencial de energia solar fotovoltaica deve se tornar uma opção mais atrativa.
Entre 2020 e 2040, a BNEF espera que 96 gigawatt (GW) de pequenos sistemas solares serão implantados no país Isso representa 9,5 milhões de residências. “Hoje, temos pouco mais de 2 mil instalações solares. Imaginamos que certos entraves que ainda existem vão ser resolvidos, como os custos de financiamento, ainda altos, e questões de regulação”, diz Lilian.
 
2. Apesar da crise econômica, demanda por energia vai subir
Apesar da atual crise econômica no Brasil, a BNEF espera que a média de demanda de energia crescerá no nível de 2% ao longo dos próximos 25 anos. Para atender esse consumo, o estudo prevê que a matriz energética do país subirá de 149 GW, instalados em 2015, para 406GW em 2040.
 
3. Um mix mais diverso e resiliente
Em 2015, os 95 GW de hidro representaram 64% do total da capacidade instalada. O estudo prevê que este valor subirá para 117GW, mas representará apenas 29% da capacidade total da grid. Eólica vai saltar para 12% (dos 5% atuais) e a solar distribuída e de larga escala (projetos acima de 14 MW) vai ser 31%.
 

7 lições sobre a água que você bebe

Você sabia que cerca de 60% do corpo humano de um adulto é formado por água? E que consumir a quantidade certa faz com que todos os processos químicos e metabólicos funcionem plenamente? Entenda a seguir como ela influencia em nosso organismo.
potável Foto gratuita
1 – Na dose certa
Existe uma regra geral de que é necessário consumir 2 litros de água por dia. Há ainda quem defenda a ingestão de 35 ml do líquido por quilo de peso. Mas,  nutricionistas, de São Paulo, dizem que esse é um grande exagero, uma vez que é preciso levar em conta também o líquido contido nos alimentos. Ela alerta que a regularidade do consumo é o mais importante. “O corpo só consegue metabolizar até 350 ml de água por hora. Quando ultrapassa essa quantidade, o excedente é eliminado pela urina. Por isso, indico o consumo de um copo do líquido a cada hora”, orienta.
A especialista lembra ainda que pessoas com mais de 60 anos sentem menos sede. “Como a troca de calor do corpo com o ambiente não é eficiente, elas precisam lembrar sempre de tomar água”, alerta a nutricionista que e ainda comenta: “Se a pessoa tem dificuldade de tomar água pura, indico chás e águas saborizadas com hortelã ou casca e rodelas de laranja, por exemplo”.
 
2 – Participa de várias funções do organismo
Com o corpo bem hidratado, todas as células e as glândulas funcionam plenamente. Segundo a nutricionistas , beber água na quantidade ideal também melhora o aspecto da pele, do cabelo e das unhas, além de ajudar na absorção de nutrientes, na regulação da temperatura do corpo, na circulação sanguínea, no controle da pressão e no emagrecimento. “Muita gente que não consome água acha que está com fome, mas na verdade está sentindo sede. E, quando passa a se hidratar a cada hora, acaba emagrecendo”, diz. Além disso, uma pesquisa feita na Universidade Virginia Tech, nos Estados Unidos, mostra que tomar dois ou três copos do líquido antes das refeições ajuda a consumir menos calorias.
Já a falta de líquidos pode causar desidratação, dor de cabeça, náuseas, prisão de ventre, mal-estar e, em casos extremos, insuficiência renal e até a morte.
Um estudo da Keele University, no Reino Unido,  mostra ainda que beber um litro de água rica em silício ajuda a eliminar o alumínio do corpo de pessoas com Alzheimer, protegendo-as da perda de cognição. No entanto, mais estudos precisam ser feitos nesse sentido. “A água acaba ajudando, mas não podemos afirmar que ela sozinha é capaz de tratar doenças”, alertam, e lembram que uma das águas mais poderosas é a sulforosa, rica em enxofre e produzida na região de Águas de Lindóia (SP). “Ela é indicada para auxiliar no tratamento de pacientes com artrite e artrose, pois ajuda a aliviar as dores”, diz. Outra água interessante para consumo é a rica no mineral vanadium: “Ela tem poder desintoxicante e também atua para equilibrar o humor”, o que reforça que a água sozinha não faz milagres.
 
3 – Mantém a imunidade blindada
Vanderli explica ainda que garantir o consumo ideal do líquido aumenta a imunidade. Isso porque facilita a saída de certos tipos de toxinas que podem desencadear doenças. “Além disso, as mucosas permanecem íntegras, sendo mais uma barreira de proteção contra doenças”, coloca.
 
4 – Previne a prisão de ventre
Isso mesmo! Se você sofre com o problema, avalie se é água que está faltando na sua dieta. “Muita gente acaba acrescentando fibra na alimentação. No entanto, o problema pode se agravar ainda mais se você não se hidratar corretamente”, diz a nutricionista Desire. Lembram que a água é o melhor desintoxicante que existe! “Ela ajuda a reduzir o inchaço por auxiliar a saída de toxinas via fezes e urina”, explica. Portanto, se você busca fugir do inchaço e do sofrimento no banheiro, já sabe!
 
5 – Água leve
Mas, se você se pergunta porque você prefere algumas marcas a outras, aqui vai a reposta. Além dos minerais, o pH da água influencia nesse aspecto. No entanto, a nutricionista Vanderli Marchiori lembra que isso altera apenas a impressão que temos ao bebê-la. “A água leve tem menos metais pesados e dá a impressão de uma hidratação maior, mas isso é sutil”, fala.
No entanto, é interessante saber que existe água leve, média e encorpada. Para identificar em qual ela se enquadra, procure a quantidade de bicarbonatos no rótulo:
• Leve ou levíssima: tem até 120 ml/litro de bicarbonato
• Média: de 120 a 150 ml/litro de bicarbonato
• Encorpada: acima de 15m ml/litro de bicarbonato
 
6 – Água com gás só de vez em quando
Existe a água carbonatada direto da fonte e aquela que recebe as borbulhas na indústria, graças ao dióxido de carbono. “A água com gás natural pode ser consumida, mas a que passou pelo processo artificial deveria ser consumida eventualmente. Primeiro porque o gás não tem função alguma no nosso corpo. E, em segundo lugar é que, dependendo do carbonato que foi adicionado, ele pode agir na desmineralização óssea, ou seja, ‘roubar’ cálcio dos ossos”, alerta Vanderli. Então, pode deixar a água com gás apenas antes de tomar o vinho ou o cafezinho no final se semana, já que ela limpa as papilas gustativas.
 
Goles diferenciados
as características da água produzida em algumas das principais regiões do mundo.
 
- Brasil: baixa mineralização, leve, proveniente de solo de país tropical. As fontes são variadas.
 
- Estados Unidos: conta com várias fontes, de média a baixa mineralização.
 
- Argentina e Chile: originária da Patagônia ou dos Andes, é leve e com baixa mineralização.
 
- Canadá: tem baixa mineralização, mas produz versões mais ácidas e outras alcalinas.
BBC Brasil

segunda-feira, 13 de junho de 2016

Cidades medievais de até 1.400 anos são descobertas no Camboja



Arqueólogos australianos descobriram cidades medievais datadas entre 900 e 1.400 anos escondidas na floresta do Camboja, na região do famoso templo Angkor Wat, em Siem Reap. Os pesquisadores da Universidade de Sidney, na Austrália, utilizaram tecnologia de laser para escanear o local e identificar possíveis estruturas abaixo das árvores. O estudo será publicado nesta segunda-feira (13) no Royal Geographical Society. A pesquisa pode auxiliar na compreensão do declínio do Império Khmer.
Os estudos, liderados por Damian Evans, da Universidade de Sidney, utilizaram um helicóptero que sobrevoou a região com um laser chamado Lidar. O aparelho foi capaz de escanear o território e comprovar as primeiras suspeitas dos pesquisadores: existiam cidades medievais conectadas ao templo de Angkor Wat, conhecido mundialmente e declarado Patrimônio da Humanidade pela Unesco.  Lidar é um aparelho que mede distâncias e identifica padrões ao emitir lasers e analisar a luz refletida para “escanear” o ambiente.


 
A tecnologia do Lidar foi utilizada pela primeira vez em 2009, no estudo da cidade maia de Caracol, em Belize. Recentemente, ele tem sido utilizado para escanear sítios arqueológicos da Europa. O novo mapeamento dá continuidade às pesquisas que, em 2013, descobriram a cidade escondida de Mahendraparvata, construída 350 anos antes do famoso templo Angkor Wat (obtido pelo rei Suryavarman II no auge do poder do Império Khmer). 
Império – A pesquisa disponibilizou uma série de descobertas sobre o Império Khmer, que ocupava a região onde hoje ficam a Tailândia, Laos e Vietnã. Segundo informações do The Guardian, o novo mapeamento do local possibilitou a descoberta de sistemas complexos de água que devem desafiar os conhecimentos científicos tidos até então sobre o desenvolvimento do império e seu declínio. Além disso, os pesquisadores conseguiram mapear a extensão completa de Mahendraparvata.
 
 
“Existe uma ideia de que, de algum modo, invasores teriam feito os residentes de Angkor fugirem para cidades a Sul – isso não aconteceu. Não existem cidades (que foram reveladas pelo mapeamento) para qual eles fugiram. Isso coloca em questão toda a noção que temos sobre o colapso dos Angkorianos”, afirmou Evans.
De acordo com o pesquisador Martin Polkinghorne, do departamento de arqueologia da Adelaide’s Flinders University, que lidera pesquisas nas capitais pós-Angkorianas de Longvek e Oudong, os dados coletados pelo Lidar serão utilizados nas novas análises da região, previstas para acontecer até 2019.
“O declínio de Angkor está entre os eventos mais significativos da história do sudeste da Ásia, mesmo assim não temos a data exata de quando o evento ocorreu. Utilizando as informações do Lidar, poderemos guiar a escavação nas capitais para determinarmos e esclarecermos como aconteceu o final de Angkor”, afirmou o pesquisador ao The Guardian.
Veja.com

"Feliz", "enérgico", "risada": palavras que prolongam a vida




Se você usar uma linguagem positiva, viverá mais tempo e poderá atingir metas que outros, nas mesmas circunstâncias, não seriam capazes de alcançar.” Essa afirmação, com ares de charlatanismo, está se transformando em pura ciência graças a pesquisadores que estudam os mecanismos pelos quais o cérebro processa as palavras que dizemos e ouvimos.
Em 2002, David Snowdon publicou 678 Freiras e Um Cientista (em espanhol, Editora Planeta), no qual expunha suas conclusões sobre a comunidade religiosa das Irmãs de Notre Dame, em Minnesota. O estudo tinha como foco as causas do Alzheimer, mas, durante a pesquisa, descobriu outras coisas fascinantes: as freiras com um nível de estudo mais elevado corriam menos risco de morrer antes que o resto.
Desse grupo de religiosas, 180 haviam escrito um texto autobiográfico e uma carta explicando as razões para vestir o hábito. A análise ofereceu outra revelação a Snowdon: as freiras que expressavam emoções positivas viveram, em média, sete anos mais do que as que utilizavam uma linguagem mais neutra ou indiferente. Palavras como 'feliz', 'enérgico', 'orgulho' ou 'risada' prolongam a vida e nos ajudam a conseguir o que queremos; 'medo', 'repulsa' ou 'vergonha' a encurtam e barram o sucesso pessoal.
Na Espanha, o filósofo Luis Castellanos e sua equipe da consultoria El Jardín de Junio têm trabalhado com essas premissas há anos. Eles argumentam que, aprendendo a identificar as palavras que ativam positivamente nosso cérebro, temos mais chances de sucesso. “Temos demonstrado cientificamente que expressões como ‘confiar em você’ ou ‘genial’ são capazes de influenciar nosso cérebro e conseguir que este reaja mais rapidamente e aumente seus recursos. Devemos ter cuidado com o que dizemos para nós mesmos e para os outros, porque as palavras produzem resultados e mudam nossa percepção e comportamento.”
Castellanos trabalha diariamente com engenheiros, atletas ou dirigentes de qualquer idade e temperamento. Todos têm um projeto a cumprir e querem implementar uma mudança de comportamento para conseguir seus objetivos. Usando instrumentos que medem as reações do cérebro, Castellanos os ajuda, em primeiro lugar, a se conscientizar da linguagem que utilizam e, posteriormente, a modificá-la para que tenham a expressividade positiva pretendida. Cada um tem suas próprias palavras mágicas: alguns são ativados com termos convencionalmente positivos — desejo, entusiasmo — e outros com palavrões ou expressões estranhas. Por exemplo, no livro A Ciência da Linguagem Positiva (em espanhol, Editora Paidós), Castellanos conta o caso do médico Javier Padillo, que teve de realizar um transplante de órgão sob circunstâncias imprevistas, e, segundo seu depoimento, palavras como “aproximação” tiveram para ele a capacidade de salvar vidas.
O filósofo acredita que os mapas linguísticos do cérebro que estão sendo desenvolvidos em algumas universidades dos Estados Unidos e o avanço tecnológico levarão a um progresso vertiginoso neste campo: “Em poucos anos, esse conhecimento será aplicado para criar uma tecnologia que todos usaremos com facilidade, com sensores que medirão nosso estado emocional e nos avisarão, por exemplo, se está apropriado para pilotar um avião ou participar na final da Champions”. O futuro, ao que parece, está mais perto.

domingo, 12 de junho de 2016

Lâmpadas incandescentes não serão mais vendidas no país a partir do fim do mês

As lâmpadas incandescentes não vão mais ser vendidas no Brasil a partir do dia 30 de junho. Os estabelecimentos, importadores e fabricantes serão fiscalizados pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro).
 
Lâmpadas incandescentes devem ser retiradas do mercado brasileiro até 2016 (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
 
A restrição foi estabelecida em uma portaria interministerial de 2010, que tem como objetivo minimizar o desperdício no consumo de energia elétrica. Uma lâmpada fluorescente compacta economiza 75% em comparação a uma lâmpada incandescente de luminosidade equivalente. Se a opção for por uma lâmpada de LED, essa economia sobe para 85%.
A venda de lâmpadas incandescentes começou a ser proibida no Brasil em junho 2012, com a exclusão do mercado de lâmpadas com potência acima de 150 watts (W). Depois, foi a vez das lâmpadas entre 60W e 100W, em 2013. Em dezembro de 2014, foram substituídas as lâmpadas de 40W a 60W. O processo de substituição terminará em 30 junho deste ano, com a participação de unidades com potência inferior a 40W.
“A proibição da venda das lâmpadas incandescentes no país ajuda a estimular a adoção de opções mais econômicas e duráveis, como o LED, já adotado amplamente em outros países como China, Índia, Reino Unido, Estados Unidos, Canadá, Cuba, Austrália, Argentina, Venezuela, na União Europeia”, informa o Ministério de Minas e Energia.

sábado, 11 de junho de 2016

Como os computadores ajudam a ver dentro de nossos corpos

Cérebro
Tomografia computadorizada, ressonância magnética, ultrassom. Estamos todos muito acostumados a ter máquinas - e médicos - olhando dentro de nossos corpos por uma série de razões. Esses equipamentos podem ajudar a diagnosticar doenças, identificar lesões, ou dar aos futuros pais a primeira imagem de seus filhos.
Como poder computacional explodiu na metade do século passado, ele permitiu uma expansão paralela nas capacidades desses sistemas de imagem assistida por computadores. 
O que costumava ser apenas imagens de "fatias" bidimensionais agora é reconstruído em alta resolução e de maneira tridimensional. 
As imagens estacionárias do passado agora são os vídeos em tempo real de hoje, que mostram um coração batendo. Os avanços têm sido verdadeiramente revolucionários.
Embora diferentes em seus detalhes, tomografia computadorizada por raios X, ultrassom e até mesmo a ressonância magnética têm muito em comum. As imagens produzidas por cada um destes sistemas derivam de uma interação elegante de sensores, física e cálculo. 
Eles não operam como uma câmera digital, onde os dados capturados pelo sensor são basicamente idênticos à imagem produzida. 
Em vez disso, um monte de processamento deve ser aplicado aos dados brutos recolhidos por um scanner de tomografia computadorizada, uma máquina de ressonância magnética ou sistema de ultrassom para produzir as imagens

 necessárias para um médico para fazer um diagnóstico. 
Algoritmos sofisticados baseados na física subjacente ao processo de detecção são obrigados a colocar as peças do quebra-cabeças juntas novamente.

Métodos de escaneamento preliminar

Embora utilizemos raios-X em algumas técnicas imajéticas de ponta, imagens de raios-X, na verdade, remontam ao final dos anos 1800. O contraste sombrio em imagens de raio-X, ou projeções, mostra a densidade do material entre a fonte de raios-X e o sensor de dados. (No passado, este último era um pedaço de filme de raios-X, mas hoje é geralmente um detector digital.) 
Objetos densos, como ossos, absorvem e dispersam muito mais fótons de raios-X do que pele, músculo ou outros tecidos moles, que aparecem mais escuros nas projeções.
Mas, em seguida, no início de 1970, tomografia computadorizada com o

uso de raios-X foi criada. Em vez de capturar apenas uma imagem de raio-X, o sistema rotaciona as fontes de raios-X e os detectores coletam muitas imagens de diferentes ângulos.

A dificuldade é como reunir todos os dados de todos os raios-X de tantos ângulos diferentes, e fazer com que um computador monte-os adequadamente em imagens 3D de, digamos, a mão de uma pessoa, como no vídeo acima.
O problema tinha uma solução matemática que tinha sido estudada pelo matemático austríaco Johann Radon em 1917 e que foi redescoberta pelo físico norte-americano (e professor da Universidade de Tufts) Allan Cormack na década de 1960. Usando o trabalho de Cormack, Godfrey Hounsfield, um engenheiro elétrico inglês, foi o primeiro a demonstrar um scanner de tomografia funcional, em 1971. Por seus trabalhos, Cormack e Hounsfield receberam o Prêmio Nobel de Medicina, em 1979.

Estendendo o papel dos computadores


Até há pouco tempo, esses métodos de processamento tinham mais ou menos sido constantes desde os anos 1970 e 1980. Hoje, as necessidades médicas adicionais - e computadores mais poderosos - estão impulsionando grandes mudanças. Há interesse crescente em sistemas de tomografia que minimizem aexposição de raios-X, produzindo imagens de alta qualidade a partir de menos capturas.
Além disso, certos usos, tais como imagens da mama, encontram limitações físicas quanto ao acesso que o gerador de imagens pode ter a determinadas partes do corpo. Isso requer a digitalização a partir de apenas um conjunto muito limitado de ângulos em torno do objeto de análise. Essas situações levaram a investigação sobre sistemas para o que se chama "tomossíntese" - em que uma quantidade limitada de dados é interpretada pelos computadores para formar imagens mais completas.
Problemas semelhantes surgem, por exemplo, no contexto da imagiologia do solo para ver quais objetos - tais como poluentes, minas terrestres ou depósitos de petróleo - estão escondidos debaixo dos nossos pés.
Em muitos casos, tudo o que podemos fazer é enviar sinais a partir da superfície, ou perfurar alguns buracos para fazer as medições de amostragem. A varredura de segurança nos aeroportos é limitada pelo custo e tempo, já que esses sistemas de raios-X podem capturar apenas algumas imagens.
Nesses e em uma série de outros campos, somos confrontados com menos dados globais, o que significa que a matemática Cormack-Hounsfield não pode funcionar corretamente para formar imagens. O esforço para resolver estes problemas levou ao surgimento de uma nova área de pesquisa, o "sensoriamento computacional", em que sensores, física e computadores estão trabalhando em conjunto de novas maneiras.
Às vezes, isso envolve aplicar mais poder computacional para os mesmos dados. Em outros casos, engenheiros de hardware projetando o equipamento trabalham juntamente a matemáticos para descobrir como é a melhor forma de analisar os dados providos. Juntos, esses sistemas podem oferecer novas capacidades que prometem mudanças de grande porte para muitas áreas de pesquisa.

Novas capacidades de escaneamento

Um exemplo disso é o potencial em bio-óptica, o uso de luz para olhar profundamente no interior do corpo humano. Enquanto a luz visível não penetra bem no tecido, quem já apontou um laser bem próximo do seu dedo sabe que a luz vermelha o atravessa pelo menos alguns centímetros.
A luz infravermelha penetra ainda mais no tecido humano. Esse recurso abre maneiras totalmente novas para gerar imagens do nosso corpo do que raios-X, a ressonância magnética ou o ultrassom.
É preciso reafirmar a necessidade do poder de computacional para irmos dessas imagens que temos hoje para um retrato 3D unificado da parte do corpo que está sendo digitalizada. Mas os cálculos são muito mais difíceis, porque a maneira em que a luz interage com o tecido é muito mais complexa do que no caso dos raios-X.
Como resultado, precisamos usar um método diferente do que foi pioneiramente proposto por Cormack em que os dados de raios-X, mais ou menos, são diretamente transformados em imagens de densidade corporal. Agora, vamos construir um algoritmo que segue um processo diversas vezes, enviando

resultados de uma iteração para o anterior, como uma entrada para o próximo.
O processo começa com o computador tentando adivinhar uma imagem das propriedades ópticas da área do corpo que é digitalizada. Em seguida, ele utiliza um modelo para calcular quais dados do scanner resultariam nessa imagem. Talvez não surpreendentemente, a estimativa inicial, geralmente, não seja tão boa: os dados calculados não correspondem às varreduras reais.
Quando isso acontece, o computador volta atrás e refina seu palpite sobre a imagem, recalcula os dados associados com sua sugestão e novamente faz a comparação com os resultados da análise. Enquanto o algoritmo garante que a combinação será melhor, é provável que sempre haja espaço para melhorias.
Então o processo continua e o computador gera um novo, e melhor, palpite. Com o tempo, seus palpites ficam cada vez melhores: ele cria resultados que parecem mais e mais como os dados que foram colhidos pelo escâner. Uma vez que a combinação é precisa o suficiente, o algoritmo fornece a imagem final para exame por parte de um médico ou de outro profissional.

As próximas fronteiras para esse tipo de pesquisa ainda estão sendo exploradas. Nos últimos 15 anos, pesquisadores têm explorado os potenciais da luz infravermelha, como para a detecção de câncer de mama, criação de imagens de um cérebro funcionando e buscas por novas drogas. Combinar “big data” e “big physics” requer uma colaboração forte entre engenheiros elétricos e biomédicos, assim como médicos e matemáticos. À medida que somos capazes de desenvolver essa técnica – matemática e tecnológica – temos esperança de fazer grandes avanços nos próximos anos, melhorando a forma como vivemos.
Exame.com