O Parlamento da Macedônia aprovou na noite de ontem (19) o processo para alterar o nome do país e encerra um conflito histórico com a Grécia. Agora, a Macedônia deve passar a se chamar Macedônia do Norte.
O primeiro-ministro Zoran Zaev comemorou a aprovação. "Parabéns à Macedônia. A missão foi concluída com êxito", escreveu em seus perfis nas redes sociais. Para a aprovação, era necessária a maioria de dois terços dos 120 votos totais - apoio que o governo não tinha inicialmente.
Porém, a medida recebeu o voto de 80 parlamentares, graças a negociações de Zaev, que conseguiu reverter a decisão de oito deputados da oposição, prometendo liberar opositores condenados por episódios de violência em abril de 2017 no Parlamento. "Gostaria de agradecer os membros do VMRO-DPMNE, que se colocaram acima dos interesses pessoais e do partido, pensando no interesse do país e votando 'sim' ao projeto", disse o premier.
Já o líder do conservador VMRO-DPMNE, Hristijan Mickoski, contrário ao acordo com a Grécia, afirmou que este "foi um dos piores dias da história da Macedônia". Com a aprovação no Parlamento, a Macedônia poderá alterar sua Constituição, o que permitirá mudar o nome do país para República da Macedônia do Norte, uma exigência da Grécia há 25 ano.
Atenas boicotou a adesão da Macedônia à União Europeia e à OTAN porque os gregos reivindicam a exclusividade do termo "Macedônia", que batiza uma porção do território do arquipélago.
Para acabar com a disputa, a Macedônia e a Grécia assinaram em junho um acordo para a mudança de novo, que dependia de uma alteração da Constituição pelo Parlamento. A União Europeia e a OTAN comemoraram a decisão do Parlamento da Macedônia, enquanto a Rússia se posiciona de maneira contrária à mudança, já que vê países onde mantinha influência se aproximando da Europa Ocidental. (ANSA)
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