terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Captura de carbono não deve ser o único critério para preservar florestas

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As florestas mais ricas em biodiversidade - variedade de espécies e habitats - nem sempre são as que mais retêm carbono, mas sua conservação é fundamental para o equilíbrio e para a sobrevivência do planeta foi o que revelou uma pesquisa publicada nesta terça-feira na revista "Scientific Reports".
O estudo foi dirigido pelo cientista Martin Sullivan, da Universidade de Leeds, e desenvolvido por especialistas de 22 países que estudaram a biodiversidade e a capacidade de armazenamento de carbono em 360 pontos de florestas temperadas da África, Ásia e a Amazônia, analisando um total de 200 mil árvores.
Seus resultados mostraram como as florestas tropicais africanas, que se estendem de leste a oeste pela faixa central do continente, são as que
As florestas mais ricas em biodiversidade - variedade de espécies e habitats - nem sempre são as que mais retêm carbono, mas sua conservação é fundamental para o equilíbrio e para a sobrevivência do planeta foi o que revelou uma pesquisa publicada nesta terça-feira na revista "Scientific Reports".
O estudo foi dirigido pelo cientista Martin Sullivan, da Universidade de Leeds, e desenvolvido por especialistas de 22 países que estudaram a biodiversidade e a capacidade de armazenamento de carbono em 360 pontos de florestas temperadas da África, Ásia e a Amazônia, analisando um total de 200 mil árvores.
Seus resultados mostraram como as florestas tropicais africanas, que se estendem de leste a oeste pela faixa central do continente, são as que espécies do que as de outras partes do planeta. Ao contrário, as florestas da região amazônica e da Ásia, principalmente em Bornéu, contam com mais biodiversidade, mas armazenam menos carbono por hectare.
Até agora, as políticas de luta contra a mudança climática foram centradas na conservação das florestas e na capacidade delas de reter o gás carbônico.
"Se basearmos a conservação apenas nesse tipo de política não necessariamente protegemos as florestas mais ricas em biodiversidade. É preciso preservar também outras, inclusive porque abrigam um maior número de variedade de espécies", explicou Sullivan.
O estudo lembrou, por exemplo, que as florestas tropicais mais primitivas do planeta cobrem metade do total de espécies do mundo e que conservá-los não é vital apenas para armazenar carbono e para que a temperatura do planeta não suba mais do que 2 graus com relação aos níveis pré-industriais, mas também para garantir a sobrevivência de milhões de espécies.
"Apesar de mais biodiversidade nem sempre significar mais armazenamento de  "Apesar de mais biodiversidade nem sempre significar mais armazenamento de carbono, conservar as florestas mais ricas em espécies é fundamental para o equilíbrio do planeta", destacaram os pesquisadores.
O professor Simon Lewis, também da Universidade de Leeds e outro autor do estudo, ressaltou, por sua vez, que é preciso lembrar que as florestas não são somente depósitos de carbono.
"Lá também é o lar de comunidades e de todo tipo de espécies de plantas e animais, por isso é preciso protegê-los com uma visão integral que vá além da captura de carbono", disse.
 

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