sexta-feira, 29 de junho de 2018

'Cérebro voador' é enviado à Estação Espacial Internacional

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Um robô com inteligência artificial e em forma de bola, apelidado "cérebro voador" e treinado para interagir com um astronauta alemão, foi lançado nesta sexta-feira (29) para a Estação Espacial Internacional (ISS) a bordo da nave Dragon, da companhia SpaceX.
Às 5h42 hora local da Flórida (6h42 de Brasília), o foguete Falcon 9 decolou de Cabo Canaveral na 15ª missão de abastecimento da SpaceX.
Integrada ao foguete Falcon 9, a cápsula Dragon leva 2.700 quilos de material e é parte do contrato que a SpaceX assinou com a Nasa no valor de 1,6 bilhão de dólares.
A primeira fase do lançamento transcorreu sem inconvenientes até que a Dragon se separou do foguete, depois de dez minutos, e abriu seus painéis solares.
No próximo dia 2, deve alcançar a ISS, a 400 quilômetros de altitude.
Não é a primeira viagem desse foguete, nem desta nave de carga. Em 2016, a Dragon foi lançada ao espaço e, há dois meses, esse mesmo foguete foi usado para colocar um satélite da Nasa em órbita.
- Experimento histórico para a IA -
Uma peça-chave do material transportado pela Dragon é um aparelho do tamanho de uma bola de basquete chamado CIMON, a sigla em inglês para Companheiro Móvel Interativo da Tripulação.
Manfred Jaumann, diretor da Airbus, batizou o aparelho de "cérebro voador".
A ativação do CIMON representará um momento histórico, pois será o primeiro robô de seu tipo a interagir com pessoas no espaço, informou o diretor de projetos no Centro Aeroespacial Alemão (DLR), Christian Karrasch.
O CIMON foi treinado para reconhecer a voz e o rosto de Alexander Gerst, um geofísico da Agência Europeia Espacial de 42 anos.
Flutuando à altura dos olhos dos astronautas, o CIMON pode detectar com sua câmera frontal se a pessoa na sua frente é Gerst, ou outro astronauta.
Também foi instruído para interpretar o estado emocional do astronauta Gerst.
O "cérebro voador" conta com mais de dez propulsores que o ajudam a evitar tropeçar, enquanto estiver flutuando no módulo Columbus do laboratório espacial.
Apesar de os seis membros da tripulação poderem falar com CIMON (que também pode se comunicar em inglês), ele foi treinado para trabalhar melhor com Gerst.
O principal objetivo deste voo será demonstrar se esta tecnologia funciona, pois o robô deve ser capaz de guiar Gerst em vários procedimentos, inclusive mostrando fotos e vídeos necessários.
O astronauta Gerst também poderá questionar sua IA pessoal sobre outros temas, além do simples procedimento de que estejam tratando no momento.
Jornal do Brasil

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