Será nostalgia???!!! Ontem publiquei um soneto de Vinícius, hoje, um belo poema creditado a C. Drumond de Andrade que gostei muito. Recebi por e-mail de uma amiga.
DEFINITIVO
Definitivo, como tudo que é simples.
Nossa dor não advém das coisas vividas,
mas, das coisas que foram sonhadas
e que não se cumpriram.
SOFREMOS POR QUÊ?
Porque automaticamente esquecemos
o que foi desfrutado e passamos a sofrer
pelas nossas projeções realizadas, por
todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado do nosso amor e não conhecemos,
Por todos os filhos que gostaríamos de ter
tido juntos e não tivemos,
Por todos os shows e livros e silêncios que
gostaríamos de ter compartilhado,
e não compartilhamos.
POR TODOS OS BEIJOS CANCELADOS,
PELA ETERNIDADE.
Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e
paga pouco, mas por todas as horas livres que deixamos
de ter para ir ao cinema, para conversar com um
amigo, nadar, para namorar.
Sofremos não porque nossa mãe é impaciente
conosco, mas por todos os momentos em que
poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais
profundas angústias se ela estivesse interessada
em nos compreender.
Sofremos não porque nosso time perdeu, mas
pela euforia sufocada.
Sofremos não porque envelhecemos, mas porque
o futuro está sendo confiscado de nós, impedindo assim
que mil aventuras nos aconteçam, todas aquelas com as quais
sonhamos e nunca chegamos a experimentar
POR QUE SOFREMOS TANTO POR AMOR?
O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer
por termos conhecido uma pessoa tão bacana, que gerou
em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia
por um tempo razoável, um tempo feliz
Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples
como um verso: SE ILUDINDO MENOS E VIVENDO MAIS!!!
A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício
da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos,
na prudência egoísta que nada arrisca e, que esquivando-se do
sofrimento, perdemos também a felicidade...
A DOR É INEVITÁVEL.
O SOFRIMENTO É OPCINAL...
Obrigada! Valeu, Ingla...
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