Marcha Mundial pelo Clima/Divulgação
Manifestantes em Paris pedem por mais ações contra aquecimento global
Quando acontecer o encontro para negociações climáticas ainda no mês de novembro, haverá uma nova discussão urgente à mesa: o aquecimento global e o possível aumento de mais de 3 graus Celsius (°C) na média de temperaturas no planeta Terra. Até agora, os esforços para alcançar as metas do Acordo de Paris traçavam um limite de 2 °C em relação às temperaturas encontradas no período pré-industrial. Contudo, as últimas projeções apontam que o crescimento no termômetro terrestre apresentará um crescimento de 3,2 °C até o ano de 2100.
Desse modo, com as novas projeções realizadas, as metas sobre o aquecimento global parecem ter ficado ainda mais distantes de serem cumpridas. “Nós ainda estamos vivendo uma situação em que não realizamos o suficiente para salvar centenas de milhões de pessoas de um futuro miserável”, alerta o chefe de meio ambiente da ONU, Erik Solheim, antecipando o tema a ser discutido na Conferência em Bonn, na Alemanha.
Uma das grandes consequências do aumento de temperatura no planeta está a mudança no nível do mar, ou seja, a expansão da água por causa do derretimento das geleiras dos polos norte e sul – o que, por sua vez, atinge dezenas de cidades litorâneas de todo o mundo.
Cientistas da organização não governamental “Climate Central” estimam que 275 milhões de pessoas em todo o mundo vivem em áreas que podem, eventualmente, sofrer inundações caso o aquecimento seja de 3 °C. Uma delas é o Rio de Janeiro, onde hoje vive 1,8 milhão. Veja lista de cidades que podem ser atingidas:
Rio de Janeiro, Brasil (1,8 milhão de pessoas afetadas)
A cidade do Rio, que é cartão-postal do Brasil, tem muitos motivos para se preocupar em relação ao aquecimento global – mesmo que muitas pessoas não saibam disso. Segundo a ONG, em um cenário de aumento de 3 °C no termômetro, não só a praia de Copacabana sumiria do mapa como também as
áreas da Barra da Tijuca, por exemplo.
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