Um pesquisador amador do bairro berlinense de Pankow, descobriu uma seção da chamada primeira geração do muro que dividiu a capital alemã nos tempos em que a cidade estava no centro da Guerra Fria.
Segundo o jornal local Berliner Zeitung, o trecho de 80 metros de extensão do muro, que se encontra numa floresta em Berlin-Schönholz, parece ter tido sua demolição esquecida em 1989, após a queda do Muro de Berlim.
O trecho do muro descoberto por Christian Bormann é da primeira fase da construção da fortificação erguida pela República Democrática Alemã (RDA), a antiga Alemanha Oriental. A construção passou por vários estágios a partir de agosto de 1961.
Segundo afirmou Bormann ao jornal, após pesquisar nos arquivos locais ele concluiu que este seria o "último pedaço remanescente do muro original". Até então, supunha-se que não havia mais remanescentes dessa estrutura. Oficialmente, a seção do muro entre a rua Schützen e a linha férrea é registrada como tendo sido demolida.
Em seu blog, onde postou várias fotografias do muro nos dias atuais, Bormann afirma que o termo muro originial (Ur-Mauer) se refere à "primeira geração do muro provisório com construção completa anti-invasores, com os arames farpados conhecidos em todo o mundo". Na primeira geração, de 1961 a 1966, o Muro de Berlim tinha construção irregular e em média 30 centímetros de espessura.
O trecho do muro descoberto por ele é datado de antes da construção da chamada "faixa da morte" na fronteira que separava a parte ocidental e oriental da cidade. A também chamada de "terra de ninguém" era composta de diversas barreiras de muros, cercas e torres de observação, onde era proibida a circulação de pessoas.
Bormannn afirma ter descoberto essa seção do muro antigo em 1999, mas decidiu revelar o achado apenas agora para despertar a atenção para o local, uma vez que a construção precisa de proteção contra os efeitos das condições climáticas.
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