terça-feira, 23 de janeiro de 2018

O Facebook inventou uma nova unidade de tempo

Já existe um cartão microSD capaz de armazenar metade de um terabyte de dados. Segundo informações do The Verge, o novo cartão de 512 GB da Integral Memory excede o maior cartão disponível no mercado até então, o SanDisk de 400 GB. No entanto, ele não é tão rápido – o novo cartão da Integral Memory atinge o máximo de 80 megabytes por segundo de transferência, um pouco mais lento que os 100 MB/s da SanDisk – mas ele cumpre o requisito para capturar vídeos em alta definição. Como aponta o AndroidPolice, ele “definitivamente não é ideal para utilizar como memória de armazenamento para um Android ou o Nintendo Switch”, mas ele deve funcionar muito bem para capturar vídeos em HD. Em um comunicado à imprensa, a Integral Memory afirma que alguns consumidores estão preferindo armazenar seus dados na nuvem, mas a tecnologia não eliminará a necessidade de cartões de memória tão cedo. O comunicado também não menciona valores, mas o cartão de 400 GB da SanDisk é vendido por salgados U$ 250, então é bem provável que ele não será nada barato. 512 GB de armazenamento costumam ser bem mais do que um indivíduo normal costuma precisar, já que armazenamentos de 64 GB costumam ser o padrão para usuários de celulares de última geração e este armazenamento ainda é capaz de guardar de centenas a milhares de fotos em alta qualidade. Alguns dispositivos, como alguns modelos de Zenphone e o Nintendo Switch, são capazes de reconhecer cartões microSD de até 2 TB, o quádruplo deste novo cartão. No entanto, estes cartões ainda não existem -- e nem há previsão de quando estarão disponíveis para os consumidores. As fabricantes de celular e dispositivos incluem suporte a esta capacidade pois a tecnologia microSDXC por trás destes cartões prevê capacidades de até 2 TB -- assim, mesmo que eles ainda não existam, aparelhos que possuem suporte a tecnologia microSDXC serão capazes de reconhecê-los quando um dia forem lançados. O novo cartão da Integral Memory estará disponível em fevereiro. [The Verge] Conheça nossa extensão Gizmodo Ofertas Encontrar o melhor preço com o Gizmodo Ofertas é moleza. Quando você acessar uma loja virtual, nossa extensão para o Chrome alertará se existe preço melhor em outro lugar, além de checar cupons de desconto disponíveis. Tudo automático. O Gizmodo Ofertas monitora os preços das principais lojas virtuais do país e você pode colocar uma meta de quanto quer pagar para receber uma notificação depois. Baixe agora!
 
Às vezes, é fácil esquecer que o Facebook, como empresa, deve ser inovador em campos que vão além da vigilância. Mas o anúncio de que a companhia havia criado uma unidade de tempo completamente nova é um bom lembrete de que a enorme empresa, dona tanto do WhatsApp quanto da Oculus VR, é mais do que apenas um dos maiores aparatos de espionagem da história.

A nova unidade de tempo, anunciada no Twitter e disponível no Github, é chamada de Flicks e foi especificamente criada para ser usada por artistas de efeitos visuais trabalhando em cinema, TV e vídeo.
Frequentemente, é necessário usar "porções de tempo" muito reduzidas quando se trabalha com efeitos visuais. Em vez de operar em segundos, artistas de efeitos visuais, produtores e programadores às vezes trabalham em nanossegundos. Mas isso pode resultar em umas contas e codificações bagunçadas, já que eles não se convertem facilmente para as taxas de quadro de vídeo padrões. Então, o Facebook desenvolveu a unidade de tempo Flicks que, de acordo com sua página no Github, "é a menor unidade de tempo que é MAIOR que um nanossegundo e pode, em quantidades inteiras, representar exatamente uma duração de um só quadro" de filme.

Os Flicks foram inicialmente sugeridos por Christopher Horvath, artista de efeitos visuais e funcionário da Oculus, em um post no Facebook lá em 2016.
É interessante notar que essa unidade de tempo foi criada por um funcionário do Story Studio, da Oculus, um estúdio de filme focado em realidade virtual, e foi lançada por meio do repositório Github da Oculus VR, não através do Facebook em si. O cinema VR ainda está em sua infância. Comparado ao cinema tradicional, ainda está no estágio "O Grande Roubo do Trem", filme de 1903 que foi um marco para a indústria. Ainda não tivemos exemplos de filmes em realidade virtual que radicalmente mudaram como o público e os artistas abordam o meio. Nenhum Cidadão Kane por enquanto. Mas o Flicks é a prova de que o cinema VR está pelo menos tentando se dirigir em direção a um novo futuro bem legal. 
 

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