segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

Origem da vida: o que é LUCA, o antepassado comum dos seres vivos que habitam a Terra

E se pudéssemos fazer a árvore genealógica de toda a vida na Terra?
Imagine que essa árvore seja grande o suficiente para que consigamos identificar o momento em que todas as espécies que hoje habitam o planeta - animais, plantas, bactérias - se originaram.
Essa viagem de retrospectiva teria quase 4 bilhões de anos.
Na primeira linha, ela mostraria LUCA, o "parente" mais distante de todos os seres que hoje encontramos na Terra.

Evolução
 
Quando a Terra se formou, há cerca de 4,6 bilhões, de anos não havia vida - ela apareceu alguns milhões de anos depois, na água.
LUCA não foi a primeira forma de vida que surgiu no planeta, mas aquela a partir da qual se desenvolveram os organismos que hoje conhecemos.
O nome vem da sigla em inglês Last Universal Common Ancestor, que se traduz como Último Ancestral Comum Universal e vem de um conceito que aparecia já na teoria da evolução de Darwin.

Água quente

LUCA não faz referência a um exemplar específico, mas a um tipo de organismo unicelular que evoluiu por milhões de anos.
Todos os seres vivos compartilham um código que traduz a informação contida no material genético - no DNA e no RNA - para viabilizar a produção dos aminoácidos que vão dar origem às proteínas - e, em última instância, à vida.
O mesmo aminoácido será formado pela mesma sequência de bases nitrogenadas, ainda que ele esteja presente em animais diferentes.

Bactérias
 
É assim que, de alguma forma, todos compartilhamos um pouco de LUCA.
origem às proteínas - e, em última instância, à vida.
O mesmo aminoácido será formado pela mesma sequência de bases nitrogenadas, ainda que ele esteja presente em animais diferentes.

DNA
 
É assim que, de alguma forma, todos compartilhamos um pouco de LUCA.
Um grupo do Instituto Pasteur, na França, realizou análises genéticas e evolutivas que os levaram a concluir que nosso antepassado possivelmente não vivia em águas tão quentes.
Os pesquisadores avaliaram sequências de uma proteína chamada girase reversa, que está presente nos organismos capazes de suportar altas temperaturas.
As análises dos cientistas apontam que essa proteína não estava presente no LUCA e, por isso, dificilmente ele seria capaz de viver em ambientes extremamente quentes.
"A mera ausência (desta proteína) nos permite deduzir informações acerca da temperatura ótima para o crescimento de organismos extintos há muito tempo, tão antigos quanto o LUCA", diz um dos pesquisadores no estudo.
A Ciência continua buscando evidências concretas do LUCA no planeta - mas, se essa pesquisa estiver correta, há décadas estivemos procurando no lugar errado.
BBC

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