Um avião desaparecido há 54 anos, que transportava metade do time chileno Green Cross, foi encontrado por alpinistas a 3,2 mil metros de altitude, nos Andes, a cerca de 350 quilômetros ao sul da capital Santiago.
O avião Douglas DC-3 teve imagens divulgadas pela televisão local nesta segunda-feira.
De acordo com a mídia local, partes da aeronave estão intactas e ossos humanos podem ser encontrados ao redor dos destroços.
"Uma grande parte da fuselagem ainda está intacta e há muito material, como ossos humanos, espalhados em torno do local do acidente", afirmou Leonardo Albornoz, um dos alpinistas que encontrou os destroços.
Albornoz e os demais alpinistas não revelaram o local exato do acidente. "Não queremos que este lugar seja explorado pelas pessoas e que destroços sejam retirados do local como troféus. Temos que lembrar a todos que pessoas morreram aqui e suas famílias merecem respeito", declarou.
O acidente aconteceu em 3 de abril de 1961, quando a delegação do Green Cross voltava para casa após disputar uma partida fora, no sul do país.
O time empatara com o Osorno por 1 a 1 no jogo de ida. Na volta, o grupo foi dividido em dois voos. Somente um deles chegou ao destino. Metade da equipe e parte da comissão técnica morreu no acidente. Foram ao todo 24 mortos, sendo oito jogadores e o treinador.
O avião destruído e os corpos não foram encontrados na época mesmo após semanas de buscas realizadas pelas equipes de resgate.
Sem sucesso, as autoridades realizaram funerais simbólicos, que mobilizaram milhares de pessoas, muitos deles torcedores do Green Cross.
Apesar da tragédia, a equipe se recompôs para jogar a partida da volta. Com a derrota por 1 a 0, foi eliminado da competição nacional. Depois do acidente, a equipe perdeu rendimento e chegou a cair para a segunda divisão.
Em 1965, o time se fundiu ao Deportes Temuco, tornando-se o Green Cross Temuco. A equipe, uma das fundadoras do futebol profissional do Chile, acabou fechando as portas em 1984.
Exame.com
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