segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Satélite da NASA chega à órbita da Terra para ajudar países a combater falta d´água

Satelite SMAP
 
Neste final de semana, a NASA lançou o SMAP, sigla para satélite ativo-passivo de umidade do solo, preso a um foguete não-tripulado United Alliance Delta II. Enquanto muitos dos lançamentos recentes da NASA tiveram como destino a ISS ou trajetórias no espaço profundo, o SMAP voltará seu olhar para a Terra - mais especificamente, para o solo debaixo dos nossos pés.
O SMAP é um dos satélites de observação da NASA focados na Terra, que vai medir a umidade do solo ao redor do mundo e também monitorar a seca no mundo ocidental.
Usando uma antena rotativa que mede 6 m de diâmetro, ele criará mapas globais de precipitação a cada três dias, proporcionando-nos uma visão do nosso planeta que nós nunca tivemos antes.
O satélite para monitoramento de secas no mundo chega em um momento crítico. O Brasil está passando por uma crise hídrica em vários Estados do sudeste, o que pode levar até mesmo a racionamento de energia.
Nos EUA, a Califórnia está passando pela pior seca nos últimos 1.200 anos, e estimativas recentes da NASA dizem que o estado americano perdeu cerca de 40 trilhões de litros d'água.
A missão de três anos do SMAP vai analisar o solo a até 5 cm de profundidade, dia e noite, e assim criar os mapas da umidade do solo mais precisos já obtidos a partir do espaço, de acordo com a NASA.
O satélite vai fornecer informações vitais para os cientistas monitorarem a seca, e também permitirá uma precisão maior na previsão do tempo, detecção de inundações e análise de colheita para antecipar crises de falta de comida - tudo isso pode salvar vidas.
Além disso, o SMAP dará aos cientistas uma melhor compreensão do ciclo de dióxido de carbono na Terra, que tem um efeito enorme sobre o aquecimento global.
O SMAP é o quinto instrumento que a NASA lançou nos últimos 11 meses voltados para analisar o nosso planeta. Os outros quatro projetos estão tentando revelar mistérios por trás da atmosfera da Terra, enquanto o SMAP estará estritamente focado no solo. Sua missão durará três anos.

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