quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Tempestades devem ficar mais intensas com aquecimento global, preveem especialistas

 (Foto: Kuster & Wildhaber Photography/flickr/creative commons)
 
O aquecimento global não provocaria um crescimento generalizado na quantidade de chuvas no planeta – a hipótese é um tanto lógica, se levarmos em conta que o montante de vapor d’água acumulado na atmosfera será maior. O aumento de temperatura fará com que cresça também a evaporação nos oceanos. Mas pesquisadores do departamento de física da Universidade de Toronto descobriram recentemente que não haverá mudanças substanciais no nível de água das precipitações, mas sim em sua natureza e intensidade. Segundo os cientistas, as grandes tempestades tendem a ganhar ainda mais força e a ocorrer cada vez mais, enquanto as chuvas mais fracas devem minguar e se tornar menos frequentes.
“Em poucas palavras, tempestades poderosas serão fortalecidas à custa das mais fracas”, explicou em um comunicado Frederic Laliberte, autor principal do estudo publicado semana passada na revista Science. A mudança deverá ocorrer devido a uma perda de eficiência na circulação atmosférica, processo natural análogo a um mecanismo gerador de calor que funciona da seguinte maneira: na medida em que vão esquentando, as massas de ar se movem em direção ao equador terrestre, e quanto mais quentes, mais úmidas se tornam. Ao chegar, começam a ganhar altitude e esfriar, provocando a condensação e a liberação de calor e, com isso, subindo ainda mais e puxando mais ar junto delas. O resultado, além de enormes tempestades, é a redistribuição de calor e umidade do equador em direção
aos polos.
Os físicos criaram um modelo baseado nas leis da termodinâmica para analisar os efeitos do aquecimento global na circulação atmosférica, mais especificamente das mudanças que o aumento de vapor d’água deve provocar no ciclo. Com técnicas emprestadas da oceanografia, eles puderam simular cenários climáticos mais quentes e observar os impactos na circulação de ar pela atmosfera. “Nós desenvolvemos uma técnica melhorada para descrever minuciosamente como as massas de ar mudam conforme se movem do equador para os polos e vice-versa, o que nos permitiu atribuir um número à eficiência energética do mecanismo atmosférico gerador de calor e medir seus produtos”, explicou Laliberté.
A conclusão dos cientistas foi que a maior evaporação de água em um ar que ainda não está totalmente saturado de vapor torna o processo menos eficiente, limitando de forma irregular a circulação atmosférica. O resultado é que as massas que conseguirem atingir o topo acabam fortalecidas, enquanto aquelas que não conseguirem ficam mais fracas. “Nós acreditamos que a circulação atmosférica irá se adaptar a esta forma menos eficiente de transferência de calor e nós veremos ou menos tempestades como um todo, ou ao menos um enfraquecimento das tempestades mais comuns e mais fracas”, afirma Laliberté.
Galileu.com
 

Os eventos astronômicos imperdíveis de 2015

O ano de 2014 foi um prato cheio para a exploração espacial, principalmente devido ao pouso do robô Philae no cometa 67P, em novembro. Em 2015, sondas estudarão pela primeira vez dois planetas anões: Plutão, ainda pouco conhecido pela ciência, e Ceres, localizado no cinturão de asteroides entre Marte e Júpiter. Entre os eventos visíveis a olho nu, o destaque do ano é o eclipse lunar na noite de 27 de setembro. As condições de observação serão favoráveis para todo o Brasil, e não será preciso madrugar para ver o fenômeno: a Lua começará a escurecer por volta das 22h. Confira o que mais esperar no céu e no espaço em 2015.
 
Eclipses lunares
 
O destaque do ano é o eclipse lunar de 27 de setembro, visível em todo o Brasil. A Lua começará a escurecer às 22h07, ficará totalmente encoberta às 23h11 e voltará ao normal à 1h27. “A Lua terá uma aparência avermelhada, causada pelos raios solares refratados pela atmosfera terrestre”, explica Gustavo Rojas, astrofísico da Universidade Federal de São Carlos. Por causa da coloração, a ocorrência é conhecida como "Lua de sangue”.
O eclipse de 27 de setembro também coincide com a data de uma superlua, fenômeno em que o satélite aparece maior e mais brilhante no céu, por estar no ponto de sua órbita mais próximo da Terra. “A Lua vai aparecer um pouco maior no céu, mas isso não é muito perceptível. Para a maioria dos espectadores será um eclipse como os demais”, afirma Rojas. O próximo eclipse lunar tão bem visível no Brasil acontecerá novamente apenas em 2019.
  Em 4 de Abril haverá outro eclipse lunar, mas ele só poderá ser visto no Acre e no Oeste do Amazonas.
 
Eclipses solares
 
Assim como no ano passado, nenhum dos dois eclipses solares de 2015 será visível do Brasil. No dia 20 de março, um eclipse total do Sol, quando toda a luminosidade da estrela é encoberta pela Lua, será visível apenas do Ártico. Já em 13 de setembro haverá um eclipse parcial, que poderá ser observado na Antártida, Namíbia e África do Sul.
 
Chuvas de meteoros
 
 
Quando a Terra cruza a órbita de cometas, as partículas liberadas por eles provocam as chuvas de meteoros. Isso porque, ao se aproximar do Sol, o cometa perde matéria e deixa um rastro pelo caminho. Ao entrar em contato com a atmosfera terrestre, essas partículas queimam, formando os meteoros que vemos no céu.
 “O ano promete ser bom para os que gostam de estrelas cadentes. Algumas das principais chuvas de meteoros do ano acontecerão sob condições favoráveis, em períodos em que o céu está escuro pela ausência do brilho lunar”, afirma Gustavo Rojas.
  Os meteoros Geminídeos atingem o pico na noite de 13 para 14 de dezembro, considerada uma das melhores do ano por ser uma das mais intensas. Outras datas que terão boas condições de observação são 22 de Abril, noite dos meteoros Lirídeos, e 21 de outubro, noite dos Orionídeos. “As três chuvas acontecerão durante o quarto crescente. Portanto, no fim da madrugada (melhor horário para a observação dos meteoros) a Lua não estará no céu”, explica.
 
Planetas em oposição
 
 
Quando um planeta está em oposição em relação ao Sol, é o melhor momento para observá-lo. Aqui da Terra, conseguimos ver a oposição de Marte, Júpiter e Saturno, que ficam visíveis, cada um no seu período de oposição, durante toda a noite. Urano e Netuno, mesmo ficando mais brilhantes, não atingem o nível suficiente para serem vistos a olho nu, enquanto Mercúrio e Vênus, por estarem mais perto do Sol do que a Terra, nunca ficam em oposição para nós – embora ambos sejam normalmente visíveis.
Para observar um planeta em oposição, deve-se olhar, no começo da noite, na direção Leste, onde o Sol nasce. O ponto mais brilhante será o planeta. Júpiter fica em oposição no dia 2 de fevereiro, Saturno em 23 de maio, Urano em 11 de outubro e Netuno em 11 de setembro. Marte só ficará em oposição em 2018.
 
Conjunções planetárias
 
 
Em 22 de Fevereiro, Vênus e Marte estarão lado a lado no céu logo após o entardecer. E em 26 de outubro, os dois planetas mais brilhantes, Júpiter e Vênus, aparecerão um ao lado do outro antes do amanhecer. Nos dois casos, deve-se olhar na direção em que o Sol está (Oeste do primeiro caso e Leste do segundo).
  Em 28 de outubro, Vênus, Marte e Júpiter estarão em conjunção, enquanto no dia 7 de dezembro será a vez da Lua e de Vênus estarem próximos. Nesses últimos casos, deve-se olhar para o Leste antes de o sol nascer.
 
Chegada a Plutão
 
 
A sonda, lançada pela Nasa em 19 de janeiro de 2006, será a primeira a estudar Plutão de perto, assim como Charon, a maior lua desse planeta anão. Em seguida, a New Horizons viajará para uma região do Sistema Solar conhecida como Cinturão de Kuiper, que se estende de Netuno até depois de Plutão. Nesse Cinturão existem diversos planetas anões, mas a área foi até hoje pouco explorada por missões espaciais. Esses pequenos planetas são importantes por tratar-se de relíquias de mais de 4 bilhões de anos. A viagem ao Cinturão de Kuiper, no entanto, está prevista para o período entre 2016 e 2020.
 
Chegada ao planeta anão Ceres
 
 
Lançada em 2007 pela Nasa, a Missão Dawn orbitará o planeta anão Ceres, a fim de estudar sua estrutura interna, densidade, forma, tamanho, composição e massa, entre outros aspectos. Ela deve chegar ao seu destino em 1.º de fevereiro de 2015, onde ficará por cinco meses. A missão acaba oficialmente em julho, mas a sonda continuará na órbita de Ceres depois disso.
 
Novidades no cometa 67P
 
 
A sonda Rosetta, que liberou o módulo Philae para o pouso no cometa 67P/Churyumov–Gerasimenko em novembro de 2014, continuará em atividade em 2015. Ela acompanhará a trajetória do cometa rumo ao Sol, registrando a formação de sua cauda e as diferentes densidades da poeira que esse corpo vai liberar conforme se aquece. 
 Apesar de estar atualmente em modo de hibernação por falta de bateria, Philae, que foi parar em uma parte do cometa onde a luz do Sol não atinge seus painéis da forma que os cientistas tinham planejado, pode despertar novamente. 
  A esperança dos cientistas é que, conforme o 67P se aproxime do Sol, o Philae receba mais luz solar e saia do modo de hibernação por volta de maio ou junho. Se o Philae despertar, os cientistas podem tentar refazer algumas medições que parecem não ter dado certo, como a ferramenta de perfuração. 
Veja.com
 
 

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Frase

Foto de Frase Seleta.

2014 é oficialmente o mais quente já registrado no mundo

Mapa colorido da NASA exibe anomalias de temperatura no ano de 2014, o mais quente já registrado
 
O ano de 2014 é oficialmente o mais quente já registrado no mundo, segundo anunciou a Organização Meteorológica Mundial (OMM), nesta segunda-feira (02). Antes disso, a NASA e a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos já haviam confirmado a previsão. Conforme os dados da OMM, no ano passado, a temperatura do ar sobre a terra e mar ficou em média 0.57 graus Celsius (°C) acima da média do período de referência de 1961 a 1990.
A título de comparação, 2010 e 2005, segundo e terceiro anos mais quentes, respectivamente, tiveram temperaturas 0.55°C e 0.54°C acima da média histórica. O balanço realizado anualmente confirma uma "tendência de aquecimento global de longo prazo", com temperaturas médias elevadas, alerta a entidade.
Exame.com

Satélite da NASA chega à órbita da Terra para ajudar países a combater falta d´água

Satelite SMAP
 
Neste final de semana, a NASA lançou o SMAP, sigla para satélite ativo-passivo de umidade do solo, preso a um foguete não-tripulado United Alliance Delta II. Enquanto muitos dos lançamentos recentes da NASA tiveram como destino a ISS ou trajetórias no espaço profundo, o SMAP voltará seu olhar para a Terra - mais especificamente, para o solo debaixo dos nossos pés.
O SMAP é um dos satélites de observação da NASA focados na Terra, que vai medir a umidade do solo ao redor do mundo e também monitorar a seca no mundo ocidental.
Usando uma antena rotativa que mede 6 m de diâmetro, ele criará mapas globais de precipitação a cada três dias, proporcionando-nos uma visão do nosso planeta que nós nunca tivemos antes.
O satélite para monitoramento de secas no mundo chega em um momento crítico. O Brasil está passando por uma crise hídrica em vários Estados do sudeste, o que pode levar até mesmo a racionamento de energia.
Nos EUA, a Califórnia está passando pela pior seca nos últimos 1.200 anos, e estimativas recentes da NASA dizem que o estado americano perdeu cerca de 40 trilhões de litros d'água.
A missão de três anos do SMAP vai analisar o solo a até 5 cm de profundidade, dia e noite, e assim criar os mapas da umidade do solo mais precisos já obtidos a partir do espaço, de acordo com a NASA.
O satélite vai fornecer informações vitais para os cientistas monitorarem a seca, e também permitirá uma precisão maior na previsão do tempo, detecção de inundações e análise de colheita para antecipar crises de falta de comida - tudo isso pode salvar vidas.
Além disso, o SMAP dará aos cientistas uma melhor compreensão do ciclo de dióxido de carbono na Terra, que tem um efeito enorme sobre o aquecimento global.
O SMAP é o quinto instrumento que a NASA lançou nos últimos 11 meses voltados para analisar o nosso planeta. Os outros quatro projetos estão tentando revelar mistérios por trás da atmosfera da Terra, enquanto o SMAP estará estritamente focado no solo. Sua missão durará três anos.

domingo, 1 de fevereiro de 2015

Ebola matou um terço da população de gorilas e chipanzés nos últimos 25 anos

  (Foto: Marieke IJsendoorn-Kuijpers/flickr/creative commons)

A espécie humana não é a única que enfrenta os efeitos devastadores do ebola: nossos parentes mais próximos, os chimpanzés e os gorilas, são ainda mais vulneráveis ao vírus, com taxas de mortalidade que podem chegar a 95% e 77%, respectivamente. Para os humanos a letalidade gira em torno dos 50%, segundo a Organização Mundial de Saúde. Os números revelam que o desenvolvimento de uma vacina contra a doença é tão urgente para os macacos quanto é para nós – na realidade é ainda mais urgente, se levarmos em conta as estimativas atuais que afirmam que um terço da população destes animais não resistiu ao ebola e foi eliminada desde a década de 90.
Acrescente a ameaça do desmatamento, da destruição do habitat natural e da caça ilegal, e não fica nada difícil de entender porque os gorilas do oriente entraram para a lista vermelha da IUCN de animais em risco de extinção, e os do ocidente estão em risco crítico. Para se ter uma ideia do estrago que uma epidemia do vírus pode provocar entre estes primatas, em 1995 sucumbiram mais de 90% dos espécimes do Parque Minkébé, no norte do Gabão. Em 2002, um surto na República Democrática do Congo chegou a matar 5000 gorilas do ocidente – número que representa 5% de todos os animais da espécie que ainda vivem na natureza, estimados pela WWF em 100 mil. Usando a mesma porcentagem, é como se em uma única epidemia de ebola morressem 350 milhões de seres humanos.
Em 2003, o primatologista Peter Walsh e sua equipe já previam em um artigo que “sem investimentos agressivos na aplicação de leis, manejo de áreas protegidas e prevenção contra o ebola, a próxima década verá nossos parentes mais próximos serem levados à beira da extinção”. Parece que, infelizmente, os pesquisadores acertaram em cheio na previsão. Ao contrário da vacina para nós, para os macacos uma já foi testada e é comprovadamente efetiva e segura. Agora o processo está parado na etapa em que animais vacinados devem ser expostos ao vírus vivo – algo que a legislação de diversos países proíbe para grandes primatas, devido à semelhança cognitiva com os humanos. A questão é se, em um caso extremo como este, não seria válido abrir uma exceção.
Galileu.com

Aquecimento dos oceanos derrete uma das maiores geleiras da Antártida

  (Foto: wikimedia commons)

Uma das maiores geleiras do planeta, conhecida como Totten, está derretendo por causa das águas quentes, o que evidencia a vulnerabilidade da Antártida e seu papel no aumento do nível dos oceanos.
Com seus 120 quilômetros de comprimento e 30 quilômetros de largura, a Totten é uma "das maiores geleiras do planeta e um dos sistemas de geleiras menos compreendidos", disse Steven Rintoul, chefe de uma expedição científica que mediu as águas abaixo de sua camada de gelo.
O cientista australiano de origem americana esclareceu que se trata das primeiras medições das temperaturas das águas que rodeiam a Totten, que está situada cerca de 3,2 mil quilômetros ao sul da ilha australiana da Tasmânia, e portanto é prematuro imaginar um vínculo com a mudança climática.
Apesar disso, Rintoul considerou que a "Antártida Oriental é mais vulnerável do que se pensava e pode contribuir para o aumento do nível das águas", em uma medida que ainda é desconhecida.
A Totten deságua a 538 mil quilômetros quadrados da Antártida Oriental e dela fluem cerca de 70 bilhões de toneladas de gelo a cada ano, uma quantidade que poderia encher a cada dois dias e meio a baía de Sydney, mas até o momento esse volume é considerado normal.
Mas esta imensa geleira da Antártida Oriental, uma das duas grandes regiões do continente branco, está derretendo desde baixo pelo efeito das águas quentes que a rodeiam, como comprovou a pesquisa de 23 cientistas e técnicos que viajaram a bordo do navio quebra-gelo australiano "Aurora Australis".
As imagens dos satélites já davam conta de que a Totten estava derretendo, mas o estudo liderado por Rintoul comprovou a hipótese de que as águas quentes estão derretendo desde seus alicerces.
Antes costumávamos pensar que esta parte da Antártida Oriental estava protegida e era menos suscetível às mudanças como é a Antártida Ocidental e pela primeira vez, foi possível ter evidências de que as águas quentes estão chegando até a Totten", enfatizou Rintoul, ao se referir a esta expedição que conseguiu, pela primeira vez, chegar até a parte frontal da geleira para medir as águas submarinas.
Para seu derretimento contribui o fato de que a Totten se assenta sobre um leito de rochas que está muito abaixo do nível do mar, o que a expõe mais às águas quentes, em processo parecido ao que ocorre nas zonas antárticas ao sul da América do Sul e que não é possível reverter.
As temperaturas das águas que atingem a Totten no momento das medições era de cerca de quatro graus abaixo de zero, mas muito mais perto da base a água é "três graus mais quente do que o ponto de congelamento", que depende da profundidade do oceano, explicou o cientista.
Rintoul, chefe da expedição da Divisão Australiana Antártica, esclareceu que a Totten não derreterá completamente.
"Pelo menos não em muitos milênios", ressaltou, ao destacar que não se deve esperar que os níveis do mar no planeta aumentem em seis vezes, o que poderia acontecer no remoto caso da Totten se desintegrar completamente.
Com as amostras a caminho do laboratório e novos estudos pela frente e projetos para desenvolver novas técnicas de medição, Rintoul espera poder determinar em um futuro próximo quanta água glacial está presente nos mares.
O cientista também tenta averiguar quanto tempo a mais as águas antárticas podem contribuir para a absorção do gás carbônico da atmosfera.
"Os mares antárticos como 'ralo' nos fazem um serviço, mas este vem com um custo, que é a acidificação dos oceanos. As mudanças na química dos oceanos têm implicações, como na vida marinha", alertou o especialista.
Galileu.com

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Rato no alto de monte amazônico intriga cientistas: como ele chegou lá?


O ratinho redescoberto por um trio de pesquisadores no topo das montanhas em forma de mesa na Amazônia não é tão espetacular quanto os habitantes dessa área alimentados pela ficção, como dinossauros e aves gigantes. mas é igualmente fascinante do ponto de vista evolutivo.
É que, a rigor, o Podoxymys  roraimay não 'deveria' estar ali.
Uma análise de DNA confirmou que o bicho pertence a uma linhagem completamente diferente das dos roedores amazônicos.
Seus parentes mais próximos (que nem são tão próximos assim) estão no serrado, a milhares de quilômetros dali. A separação entre eles teria se dado a 3 há cerca de 3 milhões de anos, quando os ancestrais do homem ainda não passavam de macacos bípedos.  

Descoberto local onde os nazistas desenvolviam bomba atômica

 
No início no século, os búnquers ou casamatas eram muito comuns. Tratam-se de instalações militares fortificadas usadas para o desenvolvimento bélico. No fim do ano passado, arqueólogos encontraram uma arquitetura parecida em St. Georgen an der Gusen, na Áustria, que pode ter sido usada pelos nazistas.
O búnquer está localizado em um labirinto subterrâneo gigante de 300 mil m², que pode ter sido usado também como campo de concentração. O curioso é que o alto nível de radiação do local indica possíveis desenvolvimentos de armar nucleares e até de uma bomba atômica. Andreas Sulzer, arqueólogo e documentarista, acredita que o local pertenceu aos nazistas por ter encontrado capacetes e equipamentos pertencentes a SS, divisão militar dos homens de Adolf Hitler.
Depois da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), soviéticos e americanos fizeram uma espécie de corrida nuclear. Muitas pesquisas do físico alemão Albert Einstein foram usadas durante esse período. Agora os cientistas tentam ligar o fato do búnquer nazista aos posteriores desenvolvimento nuclear da Rússia e Estados Unidos.
Galileu.com

Bill Gates: mundo deve se preparar para pandemia

 Bill Gates, fundador da Microsoft

O bilionário Bill Gates acredita que o mundo deve aprender com a batalha contra o vírus ebola para se preparar para uma guerra contra uma possível doença fatal e global, utilizando, para isso, a ajuda das novas tecnologias. O americano, que participou em Berlim de uma conferência de doadores da organização Gavi, a Aliança Global para Vacinas e Imunização, considera que seria imprudente não se preparar para o risco de uma pandemia mundial.
"Um patógeno ainda mais difícil (que o ebola) poderia surgir: uma forma de gripe, de sars ou um tipo de vírus nunca antes visto", declarou em entrevista. "Nós não sabemos se isso vai acontecer, mas o risco é significativo o suficiente, e uma coisa que deveríamos aprender com o ebola é perguntar-nos: Estamos prontos o suficiente? É como quando estamos nos preparando para a guerra, temos aviões e precisamos treinar", continuou ele.
Segundo ele, se preparar pode significar recrutar voluntários para serem treinados para responder rapidamente às emergências de saúde, à imagem dos planos desenvolvidos nos países mais atingidos pelo ebola  Guiné, Libéria e Serra Leoa , que registraram quase 8.700 mortos, segundo o último relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Vacinação infantil — Bill Gates, classificado pela revista Forbes como o homem mais rico do mundo, com uma fortuna de cerca de 80 bilhões de dólares, explicou que a fundação que dirige com sua esposa Melinda tem distribuído em torno de 4 bilhões de dólares por ano para ajudar os mais pobres do mundo. A fundação também é um dos principais contribuintes da organização Gavi, que arrecadou promessas de doação de 7,5 bilhões de dólares para prosseguir com sua campanha de vacinação infantil de 2016 a 2020.
As vacinas são "os maiores salva-vidas de vidas humanas", de acordo com o americano de 59 anos de idade, que comemora o fato de a chanceler alemã Angela Merkel ter recebido esta conferência de doadores em Berlim e feito da vacinação no mundo uma das prioridades do G7 presidido pela Alemanha este ano. Ele também expressou sua preocupação com a ascensão de uma corrente antivacinação nos países ocidentais, ligada a um medo exagerado dos riscos associados às vacinas.
"Nós nos concentramos em crianças pobres. Milhões delas morrem de doenças que poderiam ser evitadas por meio de vacinas", acrescenta. "É uma pena não haver uma taxa de 100% (de vacinação) nos países ricos. Eles escolhem infectar potencialmente pessoas que não podem se proteger", considera Gates, observando que doenças como sarampo e a coqueluche podem voltar a se espalhar.
O cofundador da empresa de software Microsoft também salienta a importância da tecnologia na realização de campanhas de vacinação. "Nós usamos fotos de satélite para determinar onde as pessoas vivem, usamos o GPS com telefones móveis para ver se as equipes de vacinação estão indo em todos os lugares que precisam ir, fazemos uma análise estatística para ver se alguma criança não foi atendida", explica.
"As novas tecnologias inovadoras vão nos permitir ver o que está acontecendo, a um custo muito mais baixo", disse ele. Bill Gates também diz estar orgulhoso de ter incentivado outros bilionários americanos, como Warren Buffett, a dedicar uma parcela significativa de sua riqueza à caridade. Ele diz que quer levar esta mensagem para a Europa, Índia e China, "onde quer que eu vá, eu digo às pessoas o quanto eu me deleito na filantropia e eu encorajo outros a se envolver."
Veja.com

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

8 itens que podem ser reciclados (e você nem imaginava)

Papel, plástico, metal e vidro. Hoje em dia não sobram muitas desculpas para não separarmos o lixo que geramos em casa. Apesar de ainda faltar muito para que a coleta seletiva e a reciclagem funcionem com máxima eficiência nas cidades brasileiras, está bem mais fácil fazer a nossa parte. O problema é quando nos deparamos com tipos de lixos que não se encaixam em nenhuma das lixeiras coloridas e também não são materiais orgânicos. Acontece que vários desses materiais podem ser reciclados, se forem descartados do jeito certo e passarem pelo tratamento adequado. Dá uma olhada na lista a seguir e repense o jeito como você joga as coisas fora:

1. Óleo de cozinha
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Jogar no ralo não rola, não importa se é só um pouquinho. O óleo pode entupir canos, romper redes de coleta, prejudicar o funcionamento das estações de tratamento de água, comprometer o equilíbrio ambiental e impermeabilizar o solo. Basicamente, todo o óleo que você descartar na pia terá que ser separado quimicamente depois para que o problema não fique pior. Por que não reciclar, então? Óleo de cozinha pode ser usado para fazer tinta, sabão, detergente e biodiesel. Em alguns países até têm orientações oficiais para ajudar a população na hora de descartar o óleo que sobrou das frituras.
Dá para armazenar o óleo em garrafas e depois levar a um posto de coleta. O site da Ecóleo (Associação Brasileira para sensibilização, coleta e reciclagem de resíduos de óleo comestível) mostra alguns pontos de coleta por todo o Brasil. Se você estiver em São Paulo, pode procurar onde descartar nessa lista da ONG TREVO, especializada nesse tipo de resíduo.
 
2. Chapas de raio-x
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As chapas são compostas de acetato, plástico que leva mais de 100 anos para se decompor, e prata, um metal pesado que pode contaminar água e solo. Então, jogar no lixo comum aqueles exames antigos guardados na gaveta por anos está fora de cogitação. Melhor reciclar. A separação dos grãos de prata acontece por meio de um processo que utiliza altas temperaturas e dá origem a “escamas” do metal – usados na fabricação de joias e talheres. O plástico que sobra (o suporte das chapas) pode ser reaproveitado em embalagens de presente, capas de caderno e fichários.
Em São Paulo, o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP mantém um posto de coleta de chapa de raio X. O laboratório Fleury faz coleta das chapas para quem é cliente. As unidades ficam em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.
 
3. Absorventes e fraldas descartáveis sujas
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Não precisa sentir nojo. Reciclar fraldas descartáveis vai evitar que esses materiais se acumulem nos aterros sanitários pelos próximos 500 anos. Se um bebê usa umas 6 mil fraldas ao longo da infância, imagina quantas já não estão aí na natureza. O problema é que a reciclagem do material absorvente usado ainda não é muito comum mundo afora. Mas que tem jeito, tem. Uma empresa canadense desenvolveu uma solução interessante e inaugurou, no Reino Unido, uma usina de reciclagem de fraldas, absorventes femininos e geriátricos. A sujeira é separada e transformada em gás para a geração de energia. Aí as fraldas passam por um tratamento. O material é comprimido, triturado e pode dar origem a madeira plástica, telhas ou outros materiais absorventes.
 

4. Sofá
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“Como assim? Por que eu ia querer reciclar um sofá?” Porque chega um ponto em que o sofá velho está tão destruído que não adianta vender nem doar para o Exército da Salvação. Mas ele ainda tem serventia. As borrachas, que são tecnicamente conhecidas como percintas, passam por processo de industrialização e se transformam em manta asfáltica, solas de sandálias ou tubos para a canalização de água pluvial. A espuma do sofá pode ser transformada em colchonete de academia, recheio de almofadas ou dar origem a outros sofás. A madeira das vigas do sofá pode ser triturada e usada na fabricação de placas aglomeradas que são utilizadas por indústrias de imóveis e fabricantes de caixas e embalagens. Ou então virar matéria-prima em fábricas de papel e celulose.

5. Vaso sanitário
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Sobrou uma privada velha na obra da sua casa? Avise o pessoal da Ecoassist e eles encaminham a porcelana para o descarte correto. Esse material pode ser usado para fabricação de pias e outros vasos. Também dá para triturá-la e transformá-la em material para cascalho, estradas ou drenagem.
 
6. Entulho e restos de obras
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Reformou a casa? Provavelmente sobraram entulhos e outros restos de materiais de construção. Também tem jeito de dar um destino sustentável para esses resíduos. 95% dos resíduos provenientes de obras em residências podem passar por processos de usinas de britagem e classificação. Segundo a Ecoassist, o entulho pode se transformar em brita, pedrisco e areia, que são reutilizados como base e sub-base em obras de pavimentação.


7. Caminhões
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Tem um caminhão que não presta pra mais nada encostado aí? As chances parecem pequenas, mas mais de 1000 veículos do tipo são reciclados todos os anos. A primeira empresa a fazer o processo no Brasil foi a JR Diesel, fundada em 1985. Eles são referência no segmento de reciclagem automotiva, com foco em caminhões. Do caminhão desmontado, 85% das peças são encaminhadas para reutilização, 10% para reciclagem (resíduos como óleo, bateria e pneus) e apenas 5% é descartado. A operação possibilita uma redução no volume de CO² que seria emitido na produção de peças novas. A maioria das peças é utilizada em outros caminhões, mas algumas também são reaproveitadas por diferentes setores, como mineração, marinha e agricultura. Há ainda o benefício ambiental com o descarte correto e reaproveitamento das autopeças.
 
8. Aviões
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Ok, se as chances já eram pequenas com os caminhões, imagina com os aviões! Mas também é possível reciclá-los. A Boeing tem um programa para reaproveitar as ligas de alumínio dos aviões para fabricar outras peças para novos veículos. Uma das vantagens é que o material não perde suas características quando reciclado. Assim, dá para produzir peças que formam a asa e a fuselagem de aviões sem desperdiçar nada. Em julho de 2013, quando o programa começou, a Boeing tinha a expectativa de reciclar 3,5 mil toneladas de alumínio por ano.
Superinteressante.com

Documentos revelam duas décadas de buscas por óvnis nos EUA

Thinkstock
 
O historiador amador John Greenewald passou quase duas décadas solicitando informações consideradas não confidenciais do governo dos Estados Unidos sobre objetos voadores não identificados (óvnis).
Veja abaixo cinco entre os principais pontos dos arquivos abertos pelo chamado Projeto Livro Azul. As revelações podem ser lidas no site http://projectbluebook.theblackvault.com.

1. O Projeto Livro Azul foi um projeto ambicioso

As origens do ambicioso projeto datam de junho de 1947, disse à BBC o pesquisador sobre óvnis Alejandro Rojas.
O editor da revista Open Minds disse que um respeitado empresário e piloto, Kenneth Arnold, estava sobrevoando sobre o Estado de Washington quando testemunhou vários objetos voadores não identificados.
Mais tarde, Arnold descreveu que os objetos "saltavam como pires". A imprensa adotou o termo, e passou a chamá-los de discos voadores.
Este incidente - e vários outros, incluindo o possível pouso de um óvni em Roswell, no Novo México, no mesmo ano - levou a Força Aérea a lançar um órgão de investigação específico sobre o tema.
Nomeado Projeto Livro Azul e sediado na Base Aérea de Wright-Patterson, em Ohio, a ideia era que o programa fosse formado por apenas alguns funcionários. No entanto, o grupo investigou 12.618 registros de óvnis num período de duas décadas.

2. Projeto respondeu a um mal-estar público

Criado nos anos imediatamente seguintes à Segunda Guerra Mundial, o Projeto Livro Azul tinha a intenção de interromper a disseminação do mal-estar público diante do número crescente de relatos de visualizações de óvnis, incluindo sobre locais importantes como a Casa Branca e o Capitólio.
"Havia muita histeria do público, e para os militares e o governo na época, era uma grande ameaça", diz Greenewald. "Não importa se os óvnis eram alienígenas ou não, eles estavam causando pânico, então [o governo] tinha de controlar os nervos de todo mundo."
Embora sejam vistas com sarcasmo hoje, as ocorrências de avistamento de óvnis teriam sido discutidas por altos integrantes do governo americano nos anos 1940 e 1950.
 "A questão foi levada muito a sério naquela época", disse Rojas. Chefes da CIA, a agência de inteligência americana, à época afirmavam publicamente que se tratava de um fenômeno real.
Em 1966, outra comissão da Força Aérea foi criada para analisar a fundo alguns dos casos do Projeto Livro Azul. Mais tarde, esse grupo divulgou um relatório que afirmou não ter encontrado evidências de óvnis.
O Livro Azul foi oficialmente encerrado em 1969.

3. Muitos dos casos não deram em nada

Apesar de muitas fontes confiáves - de almirantes da Marinha a pilotos militares e civis - terem relatado avistamento de óvnis, a maioria dos casos investigados pelo Projeto Livro Azul acabou envolvendo balões meteorológicos, gases de pântano, eventos meteorológicos e até mesmo inversões de temperatura.
Em Seattle, no Estado de Washington, em abril de 1956, uma testemunha descreveu ter visto um "objeto redondo, branco... [que] dava voltas e voltas", de acordo com os documentos. Posteriormente, os investigadores concluíram que se tratava de um meteoro e encerraram o caso.
Em janeiro de 1961, em Newark, New Jersey, uma testemunha relatou ter visto um objeto cinza escuro "do tamanho de um jato sem asas". Esse objeto, mais tarde, foi identificado como um avião.

4. Outros casos não são tão facilmente explicados

De acordo com Greenewald e Rojas, mais de 700 casos do Livro Azul não puderam ser explicados pelos investigadores. Muitos desses casos citaram dados ou provas insuficientes.
Mas mesmo alguns dos casos encerrados levantam mais perguntas do que respostas para os ufólogos. Em um deles, em 1964, um policial em Socorro, no Novo México, interrompeu uma perseguição a um suspeito após avistar uma aeronave estranha.
 Ele seguiu o objeto - descrito como tendo uma insígnia vermelha estranha - e o viu aterrissar. Dois seres do tamanho de crianças saíram. O objeto, então, decolou, deixando queimaduras e vestígios no terreno.
"O Livro Azul rotulou [o caso] como inexplicável e, mesmo depois de todas estas décadas, ainda não conseguem explicá-lo", diz Greenewald.

5. Há ainda informações a serem descobertas sobre óvnis

Embora Greenewald tenha acumulado um arsenal de documentos do governo, ele diz haver muitos outros a que nem ele nem o público tiveram acesso.
Um pedido feito à Agência de Segurança Nacional rendeu centenas de páginas - mas as revelações estavam tão editadas que apenas algumas palavras apareciam em cada página, diz.
Outras entidades do governo americano - incluindo a CIA e a agência de inteligência de defesa - também realizaram investigações sobre óvnis que não foram divulgadas, diz Greenewald.
"Eu acho que o Projeto Livro Azul é apenas a ponta do iceberg", diz ele, acrescentando que vai continuar a pedir mais informações ao governo dos EUA.
BBC Brasil

Astrônomos encontram planeta com anéis maiores que Saturno

Esta imagem mostra como o sistema seria visível na Terra caso estivesse no lugar de Saturno (Foto: N. Kenworthy/Leiden/BBC)
 
Astrônomos holandeses e americanos afirmam ter descoberto um planeta com um sistema de anéis gigantesco, 200 vezes maior do que os anéis de Saturno.
Segundo os pesquisadores, esta é a primeira estrutura deste tipo detectada em volta de um planeta fora do Sistema Solar.
Os cientistas afirmam que o sistema provavelmente tem mais de 30 anéis, cada um medindo dezenas de milhões de quilômetros de diâmetro.
Espaços detectados no sistema de anéis também sugerem que parte do material em volta do planeta pode estar se unindo para formar luas - um fenômeno que pode ser observado nos anéis de Saturno.
"Você pode pensar nisto (neste sistema) como um tipo de super-Saturno", disse o professor Eric Mamajek, da Universidade de Rochester, nos Estados Unidos.
Exoplanetas
Os anéis foram encontrados graças a dados levantados pelo observatório SuperWASP, que pode detectar exoplanetas quando estes cruzam em frente às estrelas em volta das quais orbitam - provocando um enfraquecimento da luz emanada por estas.
Neste caso, os astrônomos observaram uma série complexa de eclipses profundos que durou 56 dias. Eles acreditam que este fenômeno foi causado por um planeta com um sistema de anéis gigante que bloqueou a luz enquanto passava em frente da estrela J1407.
"A curvatura da luz, de ponta a ponta, levou cerca de dois meses, mas podíamos ver mudanças rápidas no espaço de uma noite", disse à BBC o líder da pesquisa Matthew Kenworthy, da Universidade de Leiden, na Holanda.
"Durante o período entre meia e uma hora, a (luz da) estrela podia diminuir entre 30 ou 40%", acrescentou.
Se os anéis de Saturno fossem do mesmo tamanho dos observados neste planeta, eles seriam visíveis da Terra durante a noite e muito maiores do que a Lua cheia.
No ano passado os astrônomos tentaram encontrar o planeta, olhar diretamente para o corpo celeste e não apenas para os eclipses, mas não conseguiram.
Mesmo assim, Kenworthy acredita que a única coisa que poderia manter estes anéis unidos "é um planeta".
A equipe de pesquisadores acredita que o planeta provavelmente é um gigante de gás, como Júpiter, mas entre dez e 40 vezes maior.
Amadores
O planeta distante, batizado de J1407b, também poderá dar pistas sobre o processo que levou à formação de luas em volta de gigantes gasosos em nosso Sistema Solar.
"A comunidade de ciência planetária cria teorias há décadas, (especulando) se Júpiter e Saturno teriam, em um estágio inicial, discos em volta deles que levaram à formação de satélites, disse Eric Mamajek.
Os astrônomos encontraram pelo menos uma falha na estrutura dos anéis.
"Uma explicação óbvia (para esta falha) é que um satélite se formou e abriu esta falha. A massa do satélite poderia ser algo entre a Terra e Marte", disse Kenworthy.
Os pesquisadores estão incentivando astronônomos amadores a co-monitorar o sistema da estrela J1407, para ajudar a detectar o próximo eclipse dos anéis.
As observações da J1407 podem ser relatadas à Associação Americana de Observadores de Variações de Estrelas (AAVSO, na sigla em inglês).

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

As nevascas dos EUA podem ser consequencia do aquecimento global

Nevasca nos Estados Unidos (Foto: NOAA/Divulgação)
 
A nevasca que atingiu o nordeste dos Estados Unidos, principalmente Nova York, têm relação com as mudanças climáticas. Acredite. O aquecimento global provocado pelos gases emitidos pela humanidade faz mais do que apenas aumentar as temperaturas. Também gera mais umidade, que gera as grandes nevascas.
O planeta vem esquentando. O ano passado foi o mais quente já registrado, segundo o índice que mede as temperaturas médias da atmosfera. Além disso, a temperatura do oceano vem esquentando sem parar. Isso é ainda mais importante. Embora a gente olhe mais para o que ocorre na atmosfera, o verdadeiro motor do clima do planeta são os oceanos. Eles guardam 90% do calor do planeta. O gráfico abaixo mostra o aumento de calor nos oceanos.
 
  Com os oceanos mais quentes, há mais umidade do ar. E mais umidade gera mais neve, segundo o climatologista Kevin Trenberth, ex chefe do Centro de Análise Climática do Centro Nacional para Pesquisa Atmosférica dos Estados Unidos. Diz ele: "A primeira causa para isso (a nevasca) é que é inverno. No inverno, é frio no continente. Mas é quente sobre os oceanos. E o contraste entre o frio do continente e o calor da Corrente do Golfo (ao longo do Atlântico Norte) está aumentando. No momento, as temperaturas da superfície do mar estão mais de 2 graus Fahrenheit acima do considerado normal na costa dos EUA. O vapor na atmosfera está 10% maior. Cerca de metade isso pode ser atribuído às mudanças climáticas".
O gráfico da NOAA, agência de atmosfera e oceanos dos EUA, mostra como a quantidade de calor armazenada nos oceanos vem crescendo desde os anos 1960 (Foto: NOAA/Divulgação)
Isso significa que num mundo de aquecimento global devemos esperar menos neve, já que será mais quente. Nas regiões onde a ocorrência de neve começa, serão menos eventos com nevasca, já que os invernos tendem a ser mais amenos. Mas, quando a neve cair, ela virá em maior volume, por causa da umidade elevada. Nas regiões tradicionalmente frias, podemos esperar nevascas mais intensas.
Um estudo do Centro Nacional de Dados Climáticos dos EUA mostrou que existem de 71% a 90% mais chances de tempestades de neve nos anos com janeiro e fevereiro mais quentes no território americano.
Isso tudo mostra que as mudanças climáticas são mais complexas do que se imagina. Há indícios que elas estão ligadas a ondas de frio recentes na Europa. Aparentemente, o derretimento do Ártico está mudando todo o clima do Hemisfério Norte.
Veja.com

Cientistas estudam meteorito encontrado em Porongaba

Meteorito encontrado em Porangaba, de aproximadamente 400 gramas
 
Um meteorito que cruzou o céu de São Paulo no último dia 9 e colidiu com a Terra no município de Porangaba, região de Sorocaba, está sendo estudado por cientistas do Museu Nacional do Rio de Janeiro. O fragmento de rocha espacial com cerca de dez centímetros de diâmetro, pesando 400 gramas, pode ter mais de 4 bilhões de anos e remonta aos primeiros momentos da formação do Sistema Solar.
Mais que a composição da pedra, interessa aos pesquisadores a viagem do objeto pelo espaço, até a colisão. Não é comum no Brasil um astrônomo estabelecer com precisão, em tempo real, o local da queda de um meteorito, como nesse caso.
Ao entrar na atmosfera e explodir, espalhando fragmentos, a rocha espacial pesava cerca de cem quilos e se deslocava a 180 000 quilômetros por hora. A partir da explosão, o astrônomo amador Carlos Eduardo di Pietro, que acompanhava o meteorito de Goiânia (GO), onde mora, conseguiu estabelecer a rota e o ponto quase exato em que o pedaço de rocha caiu.
Ele passou essas informações a um colega paulista, Renato Cássio Poltronieri, que localizou a pedra no último dia 18, em Porangaba. Os dois astrônomos amadores fazem parte do Brazilian Meteor Observation Netowork (Bramon), uma rede mundial de investigadores voluntários desse tipo de fenômeno.
Poltronieri foi à cidade paulista na companhia da pesquisadora Maria Elizabeth Zucolotto, cientista do Museu Nacional. A eles, o caseiro da propriedade relatou ter visto uma explosão no céu e o barulho de dois objetos caindo. Um deles caiu a três metros da casa e causou uma perfuração de 25 cm no solo.
O próprio caseiro resgatou a pedra, da qual os cientistas retiraram amostras para pesquisas na universidade do Rio. O outro fragmento relatado pelo caseiro continuou sendo procurado, mas os pesquisadores interrompem a busca nesta terça-feira. O destino do meteorito ainda não foi decidido.
Veja.com

Boeing será primeira empresa comercial a levar astronautas à ISS

O astronauta Garret Reisman, durante uma caminhada espacial. A Terra e a Estação Espacial Internacional se refletem em seu visor
 
A Boeing será a primeira empresa privada a levar astronautas à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), por meio de um contrato comercial com a Nasa, informou nesta segunda-feira a agência espacial americana.
A escolha é parte do Commercial Crew Program, da Nasa, que tem como objetivo lançar astronautas ao espaço a partir de solo americano pela primeira vez em anos, e conseguir a independência da Roscosmos, agência espacial Russa, atualmente responsável pelo transporte de passageiros à ISS, por meio das naves Soyuz. 
Em setembro passado, a Nasa elegeu Boeing e SpaceX para construir as duas primeiras naves espaciais privadas capazes de transportar astronautas à ISS. Nesta segunda-feira, Kathy Lueders, que chefia o programa de voos tripulados comerciais da Nasa, afirmou em coletiva de imprensa que a primeira missão comercial tripulada à ISS será da Boeing.
A Boeing já venceu duas etapas chaves de seu contrato, enquanto a SpaceX superou uma", disse a Lueders. Ela citou também as diferenças no desenvolvimento dos programas espaciais das duas empresas e a necessidade de começar a enviar estas missões no fim de 2017 ou no começo de 2018. O contrato com a Nasa, de  6,8 bilhões de dólares, cobre no total seis missões tripuladas para a ISS para cada uma das empresas.
John Elbon, encarregado da Boeing Space Exploration, filial das atividades espaciais do grupo aeroespacial americano, afirmou na mesma coletiva que o primeiro voo de teste não tripulado da cápsula CST-100 está programado para abril de 2017, seguido, em julho, de uma missão com dois passageiros.
O primeiro voo no âmbito do contrato com a Nasa com astronautas a bordo deve ocorrer em dezembro de 2017, acrescentou.
Veja.com

Cientistas descobrem o mais antigo sistema de planetas do tamanho da Terra

Representação artística da estrela Kepler-444 e seus cinco planetas
 
Um sistema com cinco planetas do tamanho da Terra foi encontrado por pesquisadores da Universidade de Birmingham, na Inglaterra. O estudo foi publicado nesta terça-feira, no periódico Astrophysical Journal
Com dados do telescópio Kepler, da Nasa, os pesquisadores encontraram uma estrela semelhante ao Sol, Kepler-444, com cinco planetas ao seu redor, com tamanhos que variam entre Mercúrio e Vênus.
Essa estrela se formou há 11,2 bilhões de anos, quando o Universo tinha menos de 20% de sua idade atual. Este é, então, o sistema planetário com planetas de tamanho semelhante ao da Terra mais antigo conhecido até hoje.
Técnica — A equipe utilizou asterossismologia para realizar a descoberta, uma técnica que consiste em estudar as ressonâncias naturais da estrela hospedeira. Essas oscilações levam a minúsculas mudanças ou pulsações em seu brilho, que permitem aos pesquisadores medir seu diâmetro, massa e idade. 
Os planetas foram detectados por meio da oscilação da luz que ocorre quando eles atravessam a estrela. Essa pequena diminuição do brilho permite aos cientistas medir o tamanho dos planetas.
“Agora nós sabemos que planetas do tamanho da Terra se formaram durante a maior parte dos 13,8 bilhões de anos do Universo, o que possibilita a existência de vida anterior na galáxia”, afirma Tiago Campante, pesquisador da Universidade de Birmingham e principal autor do estudo. “Quando a Terra se formou, os planetas desse sistema já eram mais velhos do que o nosso planeta é hoje. Essa descoberta pode apontar o início do que nós podemos chamar de ‘a era da formação dos planetas’.”
Veja.com

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Como é a vida nas cidades mais ecológicas do mundo

 
A CIDADE DO CABO é uma das menos agressivas ao meio ambiente
 
Cidade do Cabo
 
Da oferta de ciclovias e mercados de produtos orgânicos ao monitoramento da qualidade do ar, os esforços ecológicos de uma cidade beneficiam seus moradores e ajudam o planeta.
O Siemens Green City Index, um projeto de análises da Economist Intelligence Unit, da Grã-Bretanha, organiza um ranking de cidades mais 'verdes' do mundo, atribuindo pontos nos quesitos de emissões de gases poluentes, alternativas de transporte, gerenciamento de recursos hídricos e do lixo, e políticas ambientais.
A BBC Travel conversou com os moradores das cidades no topo da lista para saber como é viver nelas.
Os três bairros são populares entre ciclistas, por causa de sua topografia plana.
"Cada um tem sua própria vibe", define Jarie Bolander, ex-presidente da Associação de Moradores de NoPa. "Nosso bairro tem uma maioria de jovens profissionais liberais, enquanto Haight abriga uma mistura de hipsters com antigos hippies."
 
Copenhague, Dinamarca
 
Copenhague vista de uma bicicleta
 
Apesar de ser seguida de perto pelas capitais escandinavas Oslo e Estocolmo, Copenhague tem mantido a posição de cidade mais ecológica da Europa.
Quase todos os seus moradores vivem a 350 metros do transporte público, e mais de 50% se locomovem de bicicleta. Como resultado, Copenhague apresenta emissões de poluentes extremamente baixas para uma cidade de seu tamanho (cerca de 1,2 milhão de habitantes).
Os bairros de Norrebrø, no noroeste, e Frederiksberg, no oeste, são especialmente comprometidos com o ciclismo, como conta Mia Kristine Jessen Petersen, que nasceu e mora na capital dinamarquesa.
"Foi investido muito dinheiro na criação da 'Via Verde', uma faixa de nove quilômetros para pedestres e ciclistas. Ela serve para ajudar as pessoas a circular pela cidade rapidamente e em um cenário lindo. Não se trata apenas de uma ciclovia, mas sim de um caminho cheio de parques, playgrounds e bancos para contemplarmos a paisagem", descreve.
Além de adorar pedalar, os residentes de Copenhague são apaixonados por reciclagem e fabricação de adubo orgânico, e são conhecidos por inventar maneiras de economizar eletricidade e calor.
"Nós, dinamarqueses, enxergamos a natureza como um porto sagrado. Fazemos todo o possível para tomar conta da natureza que temos nas cidades", explica Petersen.
 
Vancouver, Canadá
 
Vancouver
Comparada com outras cidades do mesmo tamanho (pouco mais de 600 mil habitantes), Vancouver ganhou muitos pontos do Siemens Index no que se refere a emissões de gás carbônico e qualidade do ar, em parte por causa da ênfase local no incentivo ao uso de energias limpas.
A cidade prometeu reduzir suas emissões em 33% até 2020. O compromisso não surpreendeu o morador Lorne Craig, que se mudou para lá em 1985 e escreve o blog Green Briefs.
"Vancouver tem abrigado uma profunda contracultura ecológica desde os anos 60 e é reconhecida em todo o mundo por ser o berço do Greenpeace", diz Craig. "A própria paisagem da cidade, cercada por montanhas, nos faz lembrar que somos parte de algo muito maior e mais bonito."
Enquanto outras cidades do Canadá continuaram abrindo avenidas para melhorar o trânsito de veículos, Vancouver se manteve comprometida com a qualidade de vida de seus cidadãos. É o que mostra o desenvolvimento da Granville Island, uma península essencialmente pedestre onde os moradores frequentam mercados e estúdios de arte.
Muitos outros bairros de Vancouver também são ecológicos. Um extensa rede de ciclovias facilita o tráfego de bicicletas pela cidade, especialmente a West 10th Avenue, onde as pessoas circulam com bicicletas, mobiletes e até monociclos.
 
Curitiba, Brasil
 
Jardim Botânico de Curitiba
 
De todas as cidades latino-americanas listadas no Siemens Index, apenas Curitiba aparece com uma contagem de pontos acima da média. Depois de ter construído um dos primeiros grandes sistemas de corredores de ônibus do mundo, nos anos 60, e ter desenvolvido um programa de reciclagem pioneiro nos anos 80, a capital paranaense continua a pensar no meio ambiente.
O uso em massa do transporte público faz de Curitiba uma das cidades com os melhores índices de qualidade do ar do ranking.
Curitiba, no entanto, parece estar carente de revitalização, segundo o britânico Stephen Green, que mora na cidade há 15 anos e escreve o blog Head of the Heard.
Estão nos planos a construção de um metrô e mais 300 quilômetros de ciclovias, mas os projetos são caros e a cidade precisa de mais verbas para colocar tudo em pé.
Green mora nas Mercês, um tradicional bairro do centro. "Temos uma ótima feira aos domingos, uma boa conexão de transportes e estamos perto do maior parque da cidade", elogia.
 

Cidade do Cabo, África do Sul

A segunda cidade mais populosa da África do Sul está na dianteira do movimento ambiental no continente africano, pressionando por uma maior economia de energia e um uso maior de recursos renováveis.
Em 2008, a Cidade do Cabo começou a usar energia da primeira estação eólica privada do país. Agora tem o objetivo de obter 10% de sua energia de fontes renováveis até 2020.
Esses esforços estão transformando a vida na cidade. "Temos cada vez mais ciclovias e feiras livres. E os restaurantes valorizam ingredientes produzidos localmente", diz Sarah Khan, uma nova-iorquina que adotou a cidade africana em 2013, e que escreve o blog The SouthAfriKhan.
Ainda assim, ela acredita que a cidade ainda poderia fazer mais para melhorar o transporte público e evitar os constantes cortes de energia elétrica.
Os moradores têm uma "natureza exploradora" e não têm medo de circular de bicicleta. "As melhores áreas para pedalar na cidade são o Sea Point e o Green Point", conta Leonie Mervis, fundadora e diretora da campanha Bicycle Cape Town.
Apesar de o centro da cidade não ter muitas ciclovias, as bicicletas podem ser levadas a bordo dos ônibus, o que torna mais fácil a circulação sem carro.
Mervis mora em Hout Bay, um bairro 20 quilômetros ao sul do centro que abriga muitos artistas e moradores com consciência ecológica.
"Muita gente aqui usa sistemas de aquecimento por painel solar e produzem seus próprios legumes e verduras", diz Mervis. "Também temos uma comissão de meio ambiente que apoia iniciativas ecológicas e cuida dos espaços ao ar livre."
BBC Brasil

Como fazer um mapa 3D do Universo?

 
É uma tarefa de magnitude quase inimaginável: fazer um mapa em três dimensões das bilhões de galáxias que formam o universo.
Cientistas planejam fazer isso usando um novo telescópio chamado Square Kilometre Array (SKA), nome dado graças à área combinada ocupada pelas antenas de satélite usadas pelo projeto na Austrália e na África do Sul.
Mas o SKA não monitora emissões de luz como os telescópios convencionais. Ele reúne a fraca radiação emitida pelo hidrogênio, o elemento químico mais comum do universo.
É por isso que cientistas dizem que o telescópio será capaz de "enxergar" qualquer local do cosmos, fornecendo um retrato da forma do universo que nunca foi feito antes.
"Você poderia percorrê-lo e ver as galáxias conforme passa por elas, entender como o gás é distribuído em seus interiores e aprender como se formam as estrelas, sobre o efeito de buracos negros e entender como funciona a energia e a matéria escuras", disse o astrofísico Matt Jarvis, da Universidade de Oxford, na Grã-Betanha, ao programa Today, da BBC.

Leis da física

Especialistas dizem que o mapa também os ajudará a testar as leis fundamentais da física, inclusive modelos como a Teoria da Relatividade de Einstein ou até mesmo a buscar vida extraterrestre.
A vantagem do SKA sobre telescópios convencionais é a velocidade com que ele rastreia os céus.
Isso permite que cientistas monitorem as datas de emissões de radiação, o que fornece não apenas a posição de um corpo celeste, mas também sua distância.
 A desvantagem é que ele gera uma imagem com resolução bem menor do que as produzidas com a técnica baseada nas emissões de luz.
"Ao observar um bilhão de galáxias em duas datas diferentes, com dez anos de diferença, o SKA poderá medir diretamente a expansão do universo", diz Hans-Rainer Klöckner, do Instituto Max-Planck, na Alemanha.
Como a expansão cósmica ocorre numa escala de tempo bem mais lenta se comparada com o tempo de duração de uma vida humana, ser capaz de medi-la seria considerado um "grande feito técnico", diz Klöckner.
O projeto internacional deve ser completado em 2030, com a primeira fase a ser concluída em 2023.
 
AFP
BBC.com
 

Sonda New Horizons começa fotografar Plutão

 
Após nove anos viajando pelo espaço, a sonda New Horizons, da Nasa, começa a fotografar Plutão. As melhores imagens que temos desse planeta anão foram feitas pelo telescópio Hubble. Nunca o vimos de perto. Corpos celestes assim podem indicar como se deu a formação de planetas como o nosso.
Como a sonda ainda está a 210 milhões de quilômetros do planeta, as imagens, feitas a partir do último domingo, ainda não serão nítidas. "Plutão e sua principal Lua, Caronte, ainda aparecem como pontos sobre um fundo de estrelas. Esperamos o retorno das primeiras imagens à Terra na semana que vem, quando serão publicadas", afirma Mike Buckley, da Universidade Johns Hopkins, que trabalha em parceria com a Nasa.
A maior aproximação com o planeta ocorrerá em julho deste ano, quando serão feitas as primeiras fotos in loco de Plutão e de Charon, sua maior lua.
Em seguida, a New Horizons viajará para uma região do Sistema Solar conhecida como Cinturão de Kuiper, que se estende de Netuno até depois de Plutão. Nesse Cinturão existem diversos planetas anões, mas a área foi até hoje pouco explorada por missões espaciais. Esses pequenos planetas são importantes por tratar-se de relíquias de mais de 4 bilhões de anos. A viagem ao Cinturão de Kuiper, no entanto, está prevista para o período entre 2016 e 2020.
Plutão ainda não havia sido reclassificado como planeta anão quando a sonda New Horizons (Novos Horizontes, em tradução livre) foi lançada pela Nasa, em 19 de janeiro de 2006, para estudá-lo. A New Horizons chegará ao seu destino em julho e fará as primeiras fotos in loco de Plutão e de Charon, a maior lua desse planeta anão. Esse objeto é tão grande em comparação com Plutão (tem cerca de metade de seu tamanho), que alguns pesquisadores preferem considerá-los como um sistema planetário duplo.
 
"A resolução das imagens da New Horizons serão melhores que as melhores fotos tiradas pelo telescópio Hubble. No momento da maior aproximação, as imagens da New Horizons terão a resolução de uma aproximação de cerca de 100 metros. Assim, objetos do tamanho de uma bola de futebol serão vistos. Pela primeira vez, Plutão e seus satélites serão mostrados em toda a sua complexidade e diversidade e deixarão de ser apenas pontos de luz, que é a forma como os telescópios os veem", diz  o astrônomo Hal Weaver, cientista responsável pela missão New Horizons e pesquisador do Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos.  
 
Em seguida, a New Horizons viajará para uma região do Sistema Solar conhecida como Cinturão de Kuiper, que se estende de Netuno até depois de Plutão. Nesse Cinturão existem diversos planetas anões, mas a área foi até hoje pouco explorada por missões espaciais. Esses pequenos planetas são importantes por tratar-se de relíquias de mais de 4 bilhões de anos. A viagem ao Cinturão de Kuiper, no entanto, está prevista para o período entre 2016 e 2020.
Veja.com

Asteroide gigante, conforme já foi anunciado, passa 'perto' da Terra, nesta noite

Outro asteroide como esse só passará tão perto da Terra em 2027, de acordo com a Nasa
 
Um asteroide com cerca 500 metros de diâmetro vai passar perto da Terra na noite desta segunda-feira, de acordo com a Nasa. A agência espacial americana informou que o asteroide, batizado de 2004 BL86, não tem qualquer risco de colisão com nosso planeta.
Ele passará a cerca de 1,2 milhão de quilômetros da Terra, cerca de três vezes mais distante do que a Lua (a distância lunar é de 384.401 quilômetros). Outro astro como esse só passará tão perto da superfície da terrestre em 2027. A passagem será mais visível entre 23 horas desta segunda e 4 horas da madrugada de terça (no horário de Brasília) nas Américas, Europa e África. No entanto, será preciso ter um pequeno telescópio ou binóculo para observar sua trajetória.
"Embora não represente uma ameaça para a Terra num futuro próximo, trata-se de uma passagem relativamente próxima de um asteroide relativamente grande, o que nos proporciona uma oportunidade única para observar e aprender mais", disse em comunicado o astrônomo Don Yeomans, do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, em Pasadena, nos Estados Unidos.
Descobertas — Os cientistas planejam mapear a superfície do asteroide com radares durante o sobrevoo, na esperança de aprender mais sobre o seu tamanho, a forma, a velocidade de rotação e outras características. "No momento, não sabemos quase nada sobre ele, portanto, é provável que haja surpresas”, declarou ao site SpaceWeather.com o astrônomo Lance Benner, do Laboratório de Propulsão a Jato.
O asteroide, que orbita o Sol a cada 1,84 ano, foi descoberto em 2004 pelo telescópio Linear (sigla em inglês para Lincoln Near-Earth Asteroid Research), localizado no Estado do Novo México, nos Estados Unidos.
Impacto — Atualmente, a Nasa rastreia mais de 11 000 asteroides em órbitas que passam relativamente perto da Terra. A agência espacial americana diz ter localizado mais de 95% dos maiores asteroides, aqueles com diâmetro de 900 metros ou mais, com órbitas próximas da Terra.
Um objeto desse tamanho atingiu o planeta há cerca de 65 milhões de anos no que hoje é a península de Yucatán, no México, provocando uma mudança climática global que se acredita tenha sido responsável pela extinção dos dinossauros e muitas outras formas de vida na Terra.
Dois anos atrás, um meteorito (pedaços de asteroides que eventualmente atingem a superfície da Terra) relativamente pequeno explodiu na atmosfera sobre a cidade de Chelyabinsk, na Rússia, deixando mais de 1 500 pessoas feridas por estilhaços de vidro e destroços voando.
 Nesse mesmo dia, um outro asteroide não relacionado com ele passou a apenas 28.000 quilômetros da Terra, mais perto do que as redes de satélites de comunicação que cercam o planeta.

sábado, 24 de janeiro de 2015

Frase

Foto de Frase Seleta.

Temas da sucessão saudita que interessam ao mundo

 
Poucas horas após ascender ao trono da Arábia Saudita, nesta sexta-feira, o novo rei do país, Salman, prometeu continuidade e mandou uma mensagem pelo Twitter pedindo a Deus que o ajude a "manter a segurança e estabilidade" e "proteja o reino de todos os males".
Ele sucede seu meio-irmão, o rei Abdullah, que morreu na véspera, aos 90 anos, de infecção pulmonar. Seguindo a tradição do wahabismo ─ forma ultraconservadora do islã sunita praticada no reino ─, ele foi sepultado em um túmulo simples após as preces de sexta-feira.
Salman, de 78 anos, rapidamente nomeou ocupantes de cargos de alto escalão, em aparente tentativa de evitar vácuos de poder num momento em que a Arábia Saudita está cercada de desafios internos e externos. Eis alguns deles, e os motivos pelos quais eles interessam ao resto do mundo:

Estabilidade

E o primeiro desses desafios é garantir que a sucessão ocorra sem turbulências ou rachas na família real.
"Com o Oriente Médio em um estado de turbulência sem precedentes, a necessidade de uma transferência de poder ordeira na Arábia Saudita se torna mais crucial do que nunca - mas quem herdará o trono nos próximos anos é uma questão espinhosa", explica Gerard Butt, analista de Oriente Médio da Oxford Analytica e da Petroleum Policy Intelligence, em artigo à BBC News.
 "A Arábia Saudita é um país grande e influente. Guardiã dos dois lugares mais sagrados do islã (Meca e Medina), se enxerga como líder da comunidade sunita no mundo. E é uma peça-chave nas tentativas sunitas de bloquear a influência xiita vinda do Irã na região. Além disso, é o maior produtor de petróleo do mundo."
Por tudo isso, explica Butt, o processo de sucessão é arranjado entre os príncipes mais velhos da família real Al Saud.
Abdullah, Salman e Muqrin (o próximo na linha sucessória) são filhos do fundador da Arábia Saudita, rei Abdulaziz (conhecido como Ibn Saud), que morreu em 1953. Mas teme-se que as futuras sucessões ao trono não ocorram em clima de concordância e consenso, o que pode levar à instabilidade regional.

Segurança

A segurança do reino deve ser a prioridade número um de Salman, explica Butt.
"Centenas de jovens sauditas foram lutar ao lado do (grupo autodenominado) 'Estado Islâmico' e estão voltando para casa inspirados pela ideologia jihadista", relata o analista.
Butt acredita que o rei estará menos inclinado que seu antecessor em intervir nos assuntos mais polêmicos da região.
"Ainda que o reino vá continuar a apoiar a oposição síria, por exemplo, deverá olhar mais favoravelmente para soluções (que incluam governos) de transição que mantenham no poder alguns membros do regime (do presidente sírio) Bashar al-Assad. Da mesma forma, no Iraque o rei deve continuar comprometido com a coalizão anti-Estado Islâmico (liderada pelos EUA), mas manterá a recusa em enviar tropas."
É possível, porém, que o país envie tropas a sua fronteira com o Iêmen, outro país que enfrenta turbulências internas. A recente (e rápida) expansão de grupos rebeldes que supostamente contam com o apoio do Irã são uma crescente preocupação ao reino saudita. Além disso, o Iêmen abriga um ativo braço da Al-Qaeda, fonte de temor ao Ocidente.
"Continua havendo (na Arábia Saudita) a ameaça provocada por jihadistas, tanto internamente quanto nas fronteiras", explica o analista de segurança da BBC, Frank Gardner.
"O país está no meio do agressivo 'Estado Islâmico', ao norte, e a Al-Qaeda no Iêmen, ao sul. Aviões sauditas ajudaram a coalizão comandada pelos EUA em ataques aéreos contra o EI, mas isso é altamente impopular entre muitos sauditas."

Petróleo

O processo sucessório desperta uma questão crucial ao mundo: haverá mudanças na política petrolífera do reino?
O maior produtor mundial de petróleo tem sido, até o momento, resistente em cortar a produção do combustível (o que ajudaria a aumentar os preços, que caíram pela metade desde junho). Acredita-se que essa política se manterá no reinado de Salman, relata Andrew Walker, repórter de economia do Serviço Mundial da BBC.
Ainda assim, houve leve alta no preço do barril nos mercados internacionais nesta sexta.
Alguns membros da Opep (grupo que reúne os principais países exportadores do petróleo), em especial Irã e Venezuela, queriam um freio coordenado na produção mundial, com a esperança de elevar os preços.
Mas acredita-se que a Arábia Saudita tema perder sua fatia de mercado para países não membros da Opep e tenha reservas monetárias suficientes para suportar por mais algum tempo a baixa nos preços.
Isso não muda, porém, o fato de que o petróleo barato tem um forte impacto nas contas do país.

Reformas e direitos civis

O país enfrenta muitos desafios internos, como o aumento do desemprego entre jovens, o regresso de jihadistas no Iraque e na Síria e crescentes críticas à família real nas redes sociais.
 Em meio a isso, os governantes evitarão demonstrar qualquer racha na cúpula de poder e devem manter a linha dura contra manifestantes e opositores.
Gardner lembra que a Arábia Saudita é o país menos democrático no Oriente Médio e extremamente resistente a avanços em direitos civis, em especial os femininos.
"Muitos pensam que os governantes atrasam o país em termos de reformas, mas Abdullah pressionou por avanços no papel das mulheres. Só que os conservadores religiosos não querem ver mulheres dirigindo (carros, o que são proibidas de fazer) ou tendo papéis políticos. Eles temem mudanças drásticas", explica o analista.
O temor a mudanças se refletiu também no rigor contra manifestações ocorridas na época da Primavera Árabe.
Para Gerard Butt, essas políticas devem mudar pouco sob o novo rei. "Acredita-se que Salman seja ainda menos favorável que seu antecessor a reformas políticas e sociais. Seria uma grande surpresa se as mulheres obtivessem o direito de dirigir durante o reinado."
Fortemente criticada por organizações de direitos humanos, a Arábia Saudita tampouco deve avançar nesse aspecto.
"O rei não vai estar interessado em arriscar disputas com o poderoso establishment religioso ou tentar persuadi-lo a amenizar a lei islâmica", diz o analista.
BBC Brasil