Achei muito importante esta notícia publicada na revista Época, sobre o clima. Evidentemente que a situação não é uma brincadeira, como muitos (...) tentam pregar. É um assunto sério e deve ser levado em consideração, SIM!
Quem duvida que o clima da Terra esteja esquentando, ou que isso seja provocado pela ação humana, ganhou bons argumentos nas últimas semanas. Cada vez se aprofunda mais a crise de credibilidade em torno de alguns dos mais respeitados cientistas e centros de pesquisa responsáveis pelas evidências sobre o aquecimento global". A onda afeta a confiança no IPCC, o painel de cientistas reunidos pelas Nações Unidas para atingir um consenso acadêmico sobre o clima. Os problemas começaram em dezembro, quando hackers invadiram os computadores da Universidade East Anglia, no Reino Unido, e revelaram e-mails suspeitos entre pesquisadores relevantes do IPCC.
Agora a crise atingiu o próprio diretor do órgão, o indiano Rajendra Pachauri, que ganhou o Nobel da Paz com o vice-presidente americano Al Gore em 2007. Ele recusou-se, em novembro, a rever uma menção errada do relatório 2007. O trecho sobre o derretimento do Himalaia se baseia em um relatório de uma ONG, a WWF, e não em pesquisa científica, referendada por outros cientistas, como manda a praxe acadêmica. Pachauri só pediu desculpas públicas a duas semanas, depois que o escândalo explodiu na imprensa global.
Com o IPCC na berlinda, a opinião pública parece ter acentuado seu ceticismo diante das previsões de aquecimento global. Segundo uma pesquisa feita para a rede de TV britânica BBC, 25% dos cidadãos não acreditam na mudança climática. Seria ótimo se de repente descobríssemos que a ameaça climática era só um conto da carochinha.
Não é. Mesmo que uma das referências científicas usadas pelo IPCC seja questionável, os milhares de estudos que o compõem apontam para a mesma direção. Os 3 mil cientistas que participam do processo de elaboração dos documentos referendam suas principais conclusões. E as evidências do aquecimento vêm de centros de pesquisas e empresas em todo o mundo. Por enquanto, a principal conclusão dos escândalos é que a sociedade precisa de mecanismos para avaliar os cientistas - e o IPCC, por sua importância, tem de ser mais transparente.
(Trechos do artigo publicado na revista Época, por Alexandre Mansur)
A Credibilidade do IPCC - Mesmo sujeito a falhas pontuais, é formado por 3 mil cientistas dos principais institutos do mundo. Reúne informações de dezenas de milhares de estudos.
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