Delegações de 196 países aprovaram neste domingo as bases de um acordo global a ser definido em 2015 com o objetivo de conter os efeitos de mudanças climáticas. O tratado foi fechado em conferência das Nações Unidas, em Lima, no Peru. As negociações ocorrem em meio a alertas de que ações bem mais duras serão necessárias para limitar o aquecimento global.
Segundo o acordo, governos terão que apresentar planos nacionais para controlar as emissões de gases do efeito estufa até um prazo informal de 31 de março de 2015. O objetivo é formar a estrutura de um tratado global a ser fechado na cúpula em Paris, no fim do ano que vem.
No entanto, a maioria das decisões mais difíceis sobre como amenizar o impacto de mudanças climáticas foi adiada para o próximo ano. "Muita coisa permanece para ser feita em Paris no próximo ano", disse o ministro das Relações Exteriores da França, Laurent Fabius.
Os textos, definidos após duas semanas de intensas negociações, satisfizeram economias emergentes lideradas por China e Índia. Elas estavam preocupadas que esboços anteriores, que impunham um ônus pesado demais a economias emergentes em comparação às ricas.
"Conseguimos o que queríamos", disse o ministro do Meio Ambiente da Índia, Prakash Javedekar, segundo o qual o texto preserva a noção conservada na convenção climática de 1992 de que os ricos têm que estar na dianteira dos cortes das emissões de gases.
O texto também foi aprovado por nações desenvolvidas, lideradas pelos Estados Unidos, que dizem que chegou a hora de economias emergentes controlarem crescentes níveis emissões. A China é atualmente o maior emissor de gases do efeito estufa, à frente de EUA, União Europeia e Índia.
Alguns grupos ambientais, entretanto, disseram que o acordo é fraco demais. "Fomos de fraco para mais fraco e para o mais fraco", disse Samantha Smith, do grupo de conservação WWF, sobre os sucessivos esboços nas negociações de Lima.
Veja.com
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