O secretário de Estado americano John Kerry ressaltou nesta terça-feira (11), na COP 20, que não há tempo para os negociadores debaterem qual país precisa fazer mais pela redução das emissões de gases-estufa, principal entrave nas discussões diplomáticas em torno de um novo acordo global.
Ele ainda cobrou das nações ricas e em desenvolvimento mais ações para reduzir os impactos da mudança climática.
Kerry discursou em Lima, no Peru, no penúltimo dia da Conferência do Clima das Nações Unidas. uma "quase palestra" sobre os efeitos do clima no mundo, que teve na plateia jornalistas e delegados, incluindo o ex-vice-presidente dos EUA, Al Gore, ele tocou em um dos principais problemas das negociações, o princípio das "responsabilidades comuns, porém diferenciadas".
A discussão em torno do tema impede um avanço significativo para o novo tratado. O acordo, ainda desenhado na capital peruana, terá que ser assinado em 2015 e entrar em vigor em 2020.
"Simplesmente não temos tempo para sentar e discutir de quem é a responsabilidade, ela é de todo mundo", disse ele. "Todas as nações têm a responsabilidade de fazer sua parte se quisermos passar nesse teste. E apenas aqueles que contribuírem terão o direito de exigir resultados... se você é uma grande nação e não faz parte do esforço, então você é parte do problema”, complementou.
Mais de países em desenvolvimento Kerry também cobrou mais ação do bloco em desenvolvimento. "Se uma ou duas grandes economias falharem, já é suficiente para atrapalhar todo o resto. É claro que nações industrializadas têm grande responsabilidade, mas isso não isenta os outros, os países em desenvolvimento. É difícil, entendemos, mas mais da metade da emissão vem de lá... Se eles optarem por energia do passado, estarão perdendo a chance de criar a economia do futuro", explicou Kerry.
Ele comentou que as fontes de energia como carvão e petróleo, consideradas "do passado", são mais baratas atualmente, mas que é preciso pensar nos custos a longo prazo. "É caro fazer a transição, mas é preciso fazer a verdadeira matemática, considerar os custos envolvidos na reconstrução de lugares devastados, os danos materiais e os gastos com saúde", afirmou o secretário.
Ele comentou que as fontes de energia como carvão e petróleo, consideradas "do passado", são mais baratas atualmente, mas que é preciso pensar nos custos a longo prazo. "É caro fazer a transição, mas é preciso fazer a verdadeira matemática, considerar os custos envolvidos na reconstrução de lugares devastados, os danos materiais e os gastos com saúde", afirmou o secretário.
Para ele, a mudança climática é uma das maiores oportunidades de crescimento econômico do mundo em todos os tempos. “A ciência nos mostra que existe uma janela. Há tempo de mudar nossa rota e mudar os eventos, Mas a janela está se fechando rapidamente”. O secretário finalizou o discurso dizendo que "um acordo abrangente em Paris não é uma opção, é uma necessidade”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário