Uma expedição de nove sherpas do Nepal chegou ao topo do Everest pela primeira vez desde a avalanche que em 2014 causou a morte de 16 guias e o terremoto que no ano passado deixou cerca de nove mil mortos no país, 19 deles na montanha mais alta do mundo.
Os nove guias alcançaram o cimo situado a 8.848 metros de altitude por volta das 17h local (8h15, em Basília) após uma ascensão dirigida a traçar a rota para os montanhistas, indicou à Agência Efe um porta-voz do Departamento de Turismo nepalês, Gyanendra Shrestha, por via telefônica desde o campo base do Everest.
"Agora a rota fica aberta para os solicitantes, os montanhistas começarão a avançar para o cimo a partir da quinta-feira de manhã", detalhou a fonte, ao agregar que os primeiros a testar a sorte serão um grupo de 12 escaladores.
Os sherpas, que descerão agora até os 8 mil metros, colocaram as cordas para a temporada durante a subida ao cume e também participarão dos trabalhos de apoio aos montanhistas.
"O grupo de nove membros é o primeiro a alcançar o pico em dois anos, é um sinal positivo para a expedição", manifestou Shrestha.
Pelo menos 290 montanhistas de 34 expedições diferentes obtiveram autorizações para empreender a escalada nesta temporada e estarão acompanhados de cerca de 400 guias e ajudantes, segundo a fonte.
Após o terremoto que castigou o Nepal em abril de 2015, que causou a morte de 19 pessoas ao provocar várias avalanchas no Everest, as autoridades do país estenderam até 2017 as permissões daqueles que não puderam completar a ascensão devido à tragédia.
Em abril do ano anterior, uma avalanche perto do campo base causou a morte de 19 sherpas.
Apesar de em maio de 2014 um montanhista chinês ter alcançado o cume do pico mais alto do mundo, muitos não consideraram válido sua ascensão já que utilizou um helicóptero para contornar zonas perigosas.
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