Os primeiros testes com humanos de uma vacina contra o zika vírus começarão no segundo semestre, mas os cientistas precisarão de até três anos para determinar se ela será efetiva, explicou nesta terça-feira (3) o diretor do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos, Anthony Fauci.
Fauci explicou em entrevista coletiva realizada na Organização Pan-Americana de Saúde (OPS) que os testes da vacina com humanos terão início em setembro. No entanto, isso não significa que ela estará pronta para ser usada em toda a população.
"No início de 2017 saberemos se ela é segura para humanos, mas precisaremos de dois ou três anos para realizar estudos de eficácia na América Latina", disse o especialista, destacando, porém, que há variáveis em jogo que podem antecipar as previsões. "É muito difícil acelerar o desenvolvimento de uma vacina, especialmente em uma situação no qual se quer medidas de segurança extremas", indicou Fauci.
Por enquanto, o diretor do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas dos EUA está usando fundos dedicados para o estudo de outros vírus transmitidos por mosquitos enquanto espera a designação dos US$ 1,9 bilhão prometidos pelo governo do presidente do país, Barack Obama.
Fauci indicou que uma das maiores dificuldades para deter a disseminação do zika vírus é a eliminação do Aedes Aegypti, algo que necessitaria de um "esforço agressivo".
Por sua vez, Sylvain Aldighieri, gerente de Incidentes para Zika da OPS, explicou que, baseado no alcance da dengue e da chicungunha, o zika infectará milhares de pessoas na região.
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