sábado, 12 de dezembro de 2009

Higiene bucal - No Egito antigo


Nobres do antigo Egito sofriam com a falta de higiene bucal! Se uma dor de dente, hoje, século XXI, pode da acabar com dia de alguém, dá para imaginar o sofrimento que uma inflamação dentária causava em um morador da antiguidade, milênios antes  da invenção da broca e do creme dental. Uma pesquisa realizada na Universidade de Zurique, na Suiça, concluiu que dentes gastos e abscessos eram o terror daqueles tempos. Trata-se do primeiro estudo aprofundado da saúde bucal de faraós e outros membros da nobreza, feitos a partir de uma revisão de pesquisas realizadas em tres mil múmias desde 1977. Tais estudos só foram possíveis graças às "técnicas de mumificação egípcias", capazes de preservar dentes ao longo de milênios.
O levantamento confirma o que os arqueólogos já suspeitavam: no antigo Egito, o trigo era processado em moedores de pedra, o que fazia com que pedaços de rocha se soltassem e se misturassem à matéria-prima com a qual o pão era feito. Como alimento abundante sempre foi privilégio dos mais ricos, os nobres tinham as bocas mais prejudicadas. "Quanto mais alta a posição social, pior eram os dentes", explica um egiptólogo da Universidade do Rio de Janeiro.
Tantos dentes gastos e quebrados aumentavam a demanda por especialistas, o que fez do Egito antigo, a terra dos melhores dentistas do Mediterrâneo durante a Terceira Dinastia, por volta do ano de 2300 a.C. Já naquela época os profissionais da saúde eram divididos em cirurgiões, oftalmologistas, veterinários e dentistas. Graças a seu talento e perícia, muitos deles iam trabalhar em outras cortes que reconheciam seu talento no tratamento de doenças e fraturas.
Enfim, pobres ou ricos, dividiam a mesma dor e a mesma carência de higiene bucal, numa época em que o abismo entre as duas classes era muito maior do que hoje!!!
(Terra Notícias online)

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