sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Asteroide gigante pode atingir a Terra em 2880, e devastar a vida humana

Posição do 1950 DA no dia 5 de abril de 2002 Foto: Nasa


Quem já assistiu a filmes catástrofe como “Armagedom” ou “Impacto Profundo” e ficou com medo pode se preparar, porque a ficção pode se tornar realidade, e com data marcada: 16 de março de 2880.
Essa é a teoria dos pesquisadores da Universidade do Tennessee, que conseguiram traçar a rota do asteroide 1950 DA, um gigante com um quilômetro de diâmetro e que viaja pelo espaço a uma velocidade de 60 mil km/h. De acordo com os cientistas, o corpo celeste tem uma chance em 300 de atingir a Terra. Pode parecer pouco, mas essa é a probabilidade mais próxima já registrada disso acontecer.
E se acertar, as consequências serão devastadoras para a Humanidade. O impacto calculado teria uma força de cerca de 44.800 megatoneladas de TNT, provocando uma explosão e tsunamis. A poeira levantada seria o suficiente para mudar o clima do planeta, eliminando a vida humana.
Mas isso só daqui a 35 gerações. Até lá, cientistas acreditam ser possível evitar o desastre. Uma das formas seria desagregar o gigante em pequenos corpos celestes pela força da gravidade. Estudos anteriores mostram que os asteroides são formados por pedaços de rocha que ficam atraídos uns aos outros pela força gravitacional.
No caso do 1950 DA, o que os mantém unidos é a conhecida como Van der Waals, nunca antes detectada em um asteroide. A rotação dele é tão rápida que, em seu equador, há gravidade negativa, e se um astronauta tentasse ficar na superfície, ele seria lançado de volta para o espaço. É essa força que os cientistas querem quebrar.
Astrônomos ficaram mais atentos ao assunto após a queda em fevereiro de 2013 de asteroide de pequeno porte em Chelyabinsk, na Rússia. Na ocasião, mais de 1,5 mil pessoas ficaram feridas com o impacto, equivalente a 30 bombas de Hiroshima. O corpo rasgou a atmosfera a 19 quilômetros por segundo.
As pesquisas foram publicadas na edição desta semana da revista científica Nature.
O Globo.com

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