O Universo como o conhecemos, aponta a teoria mais bem aceita, começou com uma grande explosão há coisa de 14 milhões de anos. Os cientistas, já faz tempo, não esperam que ele dure para sempre. Em algum momento no futuro, o Universo vai morrer – uma morte de causas ainda indefinidas, porém certa. Até hoje, faltaram evidências claras dessa morte anunciada. Um grupo de cientistas composto por mais de 100 especialistas de todo o mundo decidiu se debruçar sobre esse problema. E descobriam que o Universo está se apagando aos poucos.
Os especialistas analisaram os dados coletados por telescópios poderosos, na Terra e no espaço. Chegaram à conclusão de que o Universo, hoje, emite metade da energia que emitia há 2 bilhões de anos. Os resultados do estudo foram publicados nesta segunda-feira (10) no site do Observatório Europeu do Sul. Os cientistas examinaram a energia de um largo espectro de ondas e de radiação eletromagnética, e concluíram que ela decaiu em todos os comprimentos de ondas.
“O Universo, basicamente, sentou no sofá, puxou um cobertor e está se preparando para uma soneca”, disse o astrônomo Simon Driver, que lidera a equipe. A maior parte da energia que circula no Universo foi gerada no Big Bang. O cosmos continua a criar novas fontes de energia – quando, por exemplo, a gravidade extrema transforma massa em energia. Ela se dissipa aos poucos, ao ser absorvida por poeira espacial, estrelas, planetas ou lentes de telescópio, por exemplo. Os cientistas afirmam que a morte do universo não significa que ele desaparecerá. Segundo esse modelo, o Universo vai deixar de converter matéria em energia gradualmente, até se tornar um imenso espaço frio e escuro.
Mas o fim ainda deve demorar um pouco, não é nada com que se preocupar por ora – alguns tantos trilhões de anos, segundo os cientistas.
Época.com
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