sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

6 substâncias que não dão a mínima para as leis da física

A física é uma grande sacana em que não se pode confiar. Basta caminhar para um penhasco e ver como ela está disposta a dar um chute no traseiro até dos maiores amantes da ciência apenas para provar que está certa. Felizmente, a humanidade tem as suas formas de enganá-la, com as leis da matéria e do movimento. Nós já mostramos em outros artigos, mas vale a pena reiterar que os gênios modernos são mais do que capazes de lograr a física com as irmãs gêmeas inovação e tecnologia.

6. O grafeno pode fazer quase tudo

 
Visível a olho humano em uma camada de apenas um átomo de espessura, capaz de dobrar-se em formas que fariam a minha mãe corar (e olha que isso não é pouca coisa) e muito provavelmente o material mais forte do mundo: o grafeno é, sem dúvida, um valentão de primeira.
Na verdade, ele mostra suas propriedades incríveis em quase todos os campos de força e condutividade. Ele transporta os elétrons 10 vezes mais rápido do que o silício e em breve poderá substituí-lo como material principal para transistores e peças de computador. Se isso não é impressionante o suficiente para você, que tal o fato de que o grafeno é tecnicamente um plástico, por isso não deveria ter nenhum papel em conduzir eletricidade – no entanto, ele desempenha esse papel melhor do que ninguém?
Estamos falando de uma condutividade que permite carregar iPhones em cinco segundos. Imagine um mundo com os carros elétricos que recarregam tão rapidamente quanto levariam para encher o tanque com gasolina, ou telefones de plástico dobráveis tão finos como uma folha de papel que recarregam no instante em que você os conecta no carregador. É exatamente esse tipo de coisa que o grafeno oferece.
E depois há a pequena questão de sua força. Misture o grafeno com metais e terá aumentado a sua resistência em 500 vezes. Também há o aerogel grafeno, um dos materiais mais leves do mundo. Um pequeno cilindro do aerogel grafeno pode ser colocado sobre uma flor e não chegar nem perto de amassar as suas pétalas.
 
5. LiquiGlide faz a fricção de boba
LiquiGlide é um revestimento insano e super escorregadio que impede literalmente o aderimento de qualquer coisa a ele. Os GIFs abaixo mostram o produto em ação. Veja uma garrafa de ketchup revestida com LiquiGlide:
 
A preocupação óbvia (uma vez que o produto está sendo demonstrado em recipientes de comida) é se o material é ou não seguro para o consumo. Afinal, mesmo maionese antiaderente não vale a pena se lhe dá uma noite de dor e intestinos antiaderentes. Não temais: LiquiGlide é feito de materiais completamente comestíveis e é insípido. Sinta-se livre para revestir seus pratos com a substância e nunca mais se preocupar com a hora de lavar a louça!
Claro, você terá que se preocupar com o menor movimento descuidado, que pode mandar seu macarrão com queijo voando do seu prato para o outro lado da sala de jantar – mas, ei, apenas aplique LiquiGlide nas paredes e está tudo certo. E no piso. E no sofá. Passe LiquiGlide em tudo.
Quem teria pensado que o mundo acabaria desta forma? Não com um estrondo, mas com o barulho sutil de tudo na Terra deslizando suavemente para longe no espaço.
 
4. Baterias em spray para transformar qualquer coisa em uma fonte de alimentação
 
 
Uma das maiores lutas diárias da vida moderna é o flagelo da bateria vazia. Se você já esteve se guiando pelo GPS do celular para um lugar totalmente desconhecido quando ele te deixou na mão, a ciência está aqui para resolver seus problemas.
Pesquisadores da Universidade Rice não são os primeiros a abordarem a questão da bateria, mas a sua solução é de longe a mais elegante. Eles estão planejando dar adeus à bateria convencional e substituí-la com um composto que pode ser aplicado com spray em qualquer superfície.
Veja como funciona: uma bateria de íons de lítio convencional é feita de ânodo, cátodo e eletrólito. Estes ingredientes são montados para formar a bateria física que todos nós conhecemos e com a qual nos decepcionamos constantemente. Os cientistas a transformaram em uma versão spray simplesmente através da liquefacção de cada um dos componentes – presumivelmente enquanto acariciavam um gato branco e resmungavam sobre como eles falharam pela última vez, ao melhor estilo de vilão de Hollywood.
A técnica parece funcionar em praticamente qualquer material, desde aço, indo para madeira, chegando até mesmo a… canecas de cerveja inovadoras? Ninguém disse que você precisava fazer ciência sóbrio, não é?
Tudo que você tem a fazer é pulverizar a bateria sobre uma superfície e começar a alimentar o seu dispositivo instantaneamente.
No entanto, por mais atraente que possa parecer ligar o seu computador portátil deste jeito, vale a pena lembrar que a tecnologia não está exatamente em fase comercial ainda. Construir uma bateria em spray funcional requer várias camadas de diferentes “tintas”, e anexar uma ao seu gadget preferido requer um pouco de fiação criativa.

3. Polímero “Exterminador do Futuro” que se cura sozinho
 
 
As substâncias autocura que a ciência conseguiu desenvolver no passado foram de uma qualidade relativamente baixa, consertando apenas pequenas fissuras com resina de uma forma que é mais próxima ao modo como o corpo cura lentamente pequenas feridas. O que estamos prestes a te mostrar é algo completamente diferente. Conheça o primeiro polímero realmente autocurável do mundo:
aqui vai um passo-a-passo. Primeiro, eles cortaram um pedaço da coisa pela metade.
 
 
Em seguida, eles colocaram as peças juntas novamente e saíramm, por exemplo, para almoçar por duas horas.
 então… Ah meu pai, isso não pode ser real!
 
 
Finalmente, um descrente apavorado agarra a peça restaurada e a estica, tentando encontrar provas da ferida, mas não descobre nada.
 
 
O polímero pode realmente se curar de basicamente qualquer dano dentro de um par de horas e com uma eficiência de 97%, representando, assim, uma ameaça para o superpoder de cura do Wolverine. Não é apenas um produto extravagante de cientistas – na verdade, o material é barato, bastante simples de fazer e possivelmente estará disponível em breve para todos. Os pesquisadores até apelidaram o material de “Terminator Polymer”, como uma homenagem à famosa máquina de matar de metal líquido de autocura de O Exterminador do Futuro.

2. Metamaterial metamorfo que tem memória


Pesquisadores da Universidade de Cornell recentemente se depararam com um tipo de metamaterial de DNA metamorfo – um hidrogel sintético que pode lembrar a sua forma original e voltar a ela.

No começo, é apenas o líquido em um prato. Ei, vamos adicionar um pouco de água e ver o que acontece.
Espera, isto está se movendo por conta própria?
 
 
É quase como se essas manchas vermelhas estivessem formando uma espécie de… Ah meu Deus, está tentando se comunicar!
 
Essas letras que soletram “DNA” eram, na verdade, a forma original do material e a adição de água agiu como um sinal para que ele retomasse seu formato. O material também consegue realizar o mesmo truque em 3D.
Apesar de soar como um daqueles animais de brinquedo que você colocava na água e que cresciam até virarem uma coisa grande e viscosa, quem pensa assim está enganado. Na verdade, o que está acontecendo aqui é tão estranho que até mesmo os próprios cientistas não são capazes de explicar exatamente como funciona.
Mas, ei, não se preocupe com o fato de que os acadêmicos creem que esse material se compara a um famoso monstro tecnológico assassino, que está além de sua compreensão e sobre o qual eles não têm absolutamente nenhum controle. Quer dizer, provavelmente você deveria se preocupar, mas o que diabos você pode fazer a respeito?
1. Starlite é imune ao calor (e explosões nucleares)
 
 
Starlite pode soar como um membro particularmente infeliz dos X-Men da década de 1990, porém, na verdade, é praticamente a substância mais legal do mundo. Este material pode suportar temperaturas extremamente altas e permanecer inalterado.
O Starlite não é o produto de uma equipe profissional de pesquisa ou mesmo um acidente radioativo numa discoteca russa que produziu o super-herói mais descontraído desde Gelado, de “Os Incríveis”. O material foi inventado por um químico amador talentoso chamado Maurice Ward, que de alguma forma conseguiu cozinhá-lo em sua casa, há duas décadas. Desde então, passou a se tornar um dos segredos mais bem guardados do mundo da ciência.
Aqui temos um ovo perfeitamente normal, sendo aquecido com um maçarico de oxi-acetileno.

 
O apresentador, em seguida, pega o ovo super aquecido como se não fosse grande coisa, apesar de sua superfície ter sido exposta a 3315° C, o ponto de fusão do diamante.
 
 
Depois, ele quebra o ovo para nos mostrar que ele não está nem mesmo ligeiramente cozido.
 
 
Aqui está o que acontece com papel normal, sob a tocha de acetileno:
 
 
E aqui está como papel revestido de Starlite se comporta, em comparação:
 
 
Inicialmente, os cientistas se recusavam a acreditar nas propriedades quase mágicas do Starlite, o que não era surpreendente, considerando o seu nome piegas e requintado local de nascimento da “cozinha de um cara”. Alguns acreditam que é uma farsa; outros, uma conspiração. No entanto, teste após teste após teste, realizados por todos os tipos de peritos independentes, mostraram que poderia fazer tudo o que prometia e mais: pesquisadores militares obtiveram uma amostra e a submeteram a temperaturas próximas a mais de 5500° C e até mesmo a um flash nuclear equivalente a 75 Hiroshimas. Esse pequeno chamuscado que pode ser observado abaixo é o único prejuízo registrado.
 
 
Ambas Boeing e NASA manifestaram interesse na subtância, visto que esta poderia revolucionar o mundo. Ward chegou a negociar a venda do produto, que não deu certo porque ele se recusou a dar a receita para o Starlite. Ele iria licenciar a produção tanto quanto quisessem, contudo exigia que a receita continuasse exclusivamente sob seu poder. Ele até mesmo recusou-se a patentear o composto, uma vez que isto o obrigaria a revelar seus segredos.
Infelizmente, Ward morreu em 2011, e Starlite está longe de ser visto. Ainda assim, há esperanças: há rumores de que a família de Ward está em posse da receita, de modo que, a não ser que o governo norte-americano a tenha declarado Top Secret – o que pode ter realmente acontecido – você ainda pode ter a chance de, um dia, deslizar pelas ondas de lava de um vulcão em uma prancha super-resistente.
Superinteressante.com
 
 

 
 
 
 

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