O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) afirmou que o lançamento do satélite CBers-3, desenvolvido conjuntamente por Brasil e a China e que melhoraria a observação do desmatamento na Amazônia, não obteve sucesso.
O lançamento foi feito dentro do horário previsto, 1h26 (horário de Brasília) desta segunda-feira (9) da base de Taiyuan, na província de Shanxi – a 700 km de Pequim. Porém, a suspeita é de que houve uma falha de funcionamento do foguete Longa Marcha 4B, responsável por levar o satélite ao espaço. Ainda não se sabe o que provocou o problema. De acordo com o MCTI, avaliações preliminares sugerem que o CBers-3 tenha retornado ao planeta. Engenheiros chineses responsáveis pela construção do veículo lançador estão avaliando as causas do problema e o possível ponto de queda.
Inicialmente, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) informou que o lançamento foi um sucesso. Mas cerca de uma hora depois do lançamento, os responsáveis chineses informaram que o satélite não entrou em órbita. O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, e o ministro de Ciência e Tecnologia, Marco Antonio Raupp, viajaram para a China para acompanhar a operação.
Por meio do CBERS, um projeto de cooperação especial com duas décadas de história, Brasil e China desenvolveram e já lançaram três satélites (CBers-1, CBers-2 e CBers-2B). O objetivo do satélite que deveria entrar em órbita era substituir o CBers-2, que deixou de funcionar.
O lançamento desta segunda-feira ocorreu três anos após a data prevista inicialmente pelo Inpe, que desenvolveu o projeto em parceria com a Cast (Academia Chinesa de Tecnologia Espacial). Apenas do lado brasileiro, foram investidos R$ 300 milhões para colocar em prática o projeto. O Brasil tem 50% de participação no novo equipamento. Antes, a participação no desenvolvimento de satélites com a China era de 30%.
A CBers-3 é dotado de equipamentos que permitiriam ao satélite fotografar, rastrear e registrar atividades agrícolas, desmatamento das florestas, incêndios, mudanças na vegetação, recursos hídricos e expansão urbana com uma resolução muito superior à dos anteriores aparelhos.
Época.com
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