quinta-feira, 17 de julho de 2014

Missão árabe planeja chegar a Marte em 2021

A imensidão vazia de Marte, fotografada por Opportunity durante um mês em que esteve preso na areia do planeta

As últimas grandes contribuições islâmicas à ciência ocorreram em meados do século XII, na época de Averróis, com o advento de instrumentos astronômicos, dos cálculos matemáticos e da cartografia, entre outros avanços. Um anúncio feito na quarta-feira pelo governo dos Emirados Árabes Unidos pode recolocar a sociedade muçulmana no trilho da ciência. O país pretende criar uma agência espacial com o propósito de enviar uma missão não tripulada a Marte em 2021. "A sonda representa a entrada do mundo islâmico na era da exploração espacial. Provaremos que somos capazes de entregar novas contribuições científicas à humanidade", disse o presidente dos Emirados Árabes Unidos, xeque Khalifa bin Zayed al-Nahyan, em um comunicado oficial.
A primeira missão espacial árabe na história foi escolhida para pousar em Marte no ano que marca o 50º aniversário da formação dos Emirados Árabes Unidos. Até 2021, a agência espacial irá desenvolver uma indústria de tecnologia espacial no país e supervisionar o projeto. O comunicado não forneceu detalhes sobre o custo da sonda ou como será projetada e construída. 
A agência de notícias oficial do governo informou que a viagem espacial levará nove meses para percorrer os 60 milhões de quilômetros até o planeta. A nota afirma que os investimentos do país em tecnologia espacial superam os 5,4 bilhões de dólares, incluídos os recursos de várias companhias de telecomunicações e satélites.
Desafio — Há algum tempo, os Emirados Árabes têm pressionado os países da região para a criação de uma agência espacial semelhante à Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês). Com uma população estimada em cerca de 8 milhões de pessoas, a maioria de trabalhadores estrangeiros, os Emirados ainda não possuem a base científica e industrial de outros países que exploram o espaço. Enviar uma sonda a Marte é um desafio, pois as missões ao planeta costumam ter alto índice de falhas. Desde os anos 1960, a Nasa, agência mais bem sucedida no envio de sondas ao planeta, planejou 21 missões, das quais quinze deram certo.
Veja.com

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