O monte Fuji, no Japão, pode entrar em erupção. De acordo com pesquisas conduzidas por estudiosos franceses em colaboração com cientistas do Japão, e publicadas agora na revista Science, o terremoto que atingiu a costa japonesa em 2011 criou perturbações no vulcão. Fuji, segundo o estudo, está em estado crítico. Uma erupção pode ameaçar as vidas das 8 milhões de pessoas que vivem em Tóquio e em áreas próximas, além de destruir estradas e ferrovias que ligam as cidades mais populosas do Japão.
A suspeita de que o terremoto e o tsunami de 2011 tinham afetado o vulcão existia desde 2012. No começo deste mês, pesquisadores do Institut des Sciences de la Terre e do Institut de Physique du Globe de Paris, em colaboração com cientistas japoneses, publicaram as conclusões de um estudo conduzido nos vulcões japoneses. A intenção era descobrir como as ondas sísmicas liberadas pelo terremoto haviam afetado os vulcões, e tentar entender se esses ecos dos tremores poderiam ser úteis para prever grandes erupções.
Os pesquisadores usaram os “ruídos sísmicos” do tremor Tohoku-Oki para criar uma espécie de ultrassonografia da crosta terrestre. Com isso, perceberam que as maiores perturbações na crosta ocorreram justamente abaixo do monte Fuji – a 400 quilômetros do epicentro do tremor. O terremoto aumentou a pressão naquela região vulcânica onde erupções não acontecem desde 1707. A última erupção de Fuji aconteceu justamente dias depois de um terremoto de 8,7 graus na escala Richter ter atingido a costa de Osaka. Na ocasião, o vulcão liberou cerca de 1 bilhão de metros cúbicos de cinzas e rochas. Parte desse material atingiu Tóquio – que na época se chamava Edo – localizada a 100 quilômetros dali. Uma nova erupção, segundo os especialistas, deixaria Tóquio coberta por cinzas.
O Tohoku-Oki, de 2011, foi um tremor de magnitude 9. De acordo com pesquisas japonesas, a pressão na câmara de magma do vulcão está cerca de 16 vezes mais alta do que quando da última erupção.
A suspeita de que o terremoto e o tsunami de 2011 tinham afetado o vulcão existia desde 2012. No começo deste mês, pesquisadores do Institut des Sciences de la Terre e do Institut de Physique du Globe de Paris, em colaboração com cientistas japoneses, publicaram as conclusões de um estudo conduzido nos vulcões japoneses. A intenção era descobrir como as ondas sísmicas liberadas pelo terremoto haviam afetado os vulcões, e tentar entender se esses ecos dos tremores poderiam ser úteis para prever grandes erupções.
Os pesquisadores usaram os “ruídos sísmicos” do tremor Tohoku-Oki para criar uma espécie de ultrassonografia da crosta terrestre. Com isso, perceberam que as maiores perturbações na crosta ocorreram justamente abaixo do monte Fuji – a 400 quilômetros do epicentro do tremor. O terremoto aumentou a pressão naquela região vulcânica onde erupções não acontecem desde 1707. A última erupção de Fuji aconteceu justamente dias depois de um terremoto de 8,7 graus na escala Richter ter atingido a costa de Osaka. Na ocasião, o vulcão liberou cerca de 1 bilhão de metros cúbicos de cinzas e rochas. Parte desse material atingiu Tóquio – que na época se chamava Edo – localizada a 100 quilômetros dali. Uma nova erupção, segundo os especialistas, deixaria Tóquio coberta por cinzas.
O Tohoku-Oki, de 2011, foi um tremor de magnitude 9. De acordo com pesquisas japonesas, a pressão na câmara de magma do vulcão está cerca de 16 vezes mais alta do que quando da última erupção.
“Nosso trabalho não diz que o vulcão vai entrar em erupção imediatamente, mas mostra que está em estado crítico”, disse Florent Brenguier,um dos autores do estudo, ao jornal britânico The Guardian . “Tudo que podemos dizer é que o Monte Fuji está, agora, sob pressão, o que significa que ele apresenta um grande potencial para entrar em erupção. O risco é claramente maior”.
A possibilidade de uma erupção preocupa o governo japonês. Em fevereiro deste ano, as províncias de Shizuoka, Yamanashi e Kanagawa divulgaram um plano de evacuação, para evacuar as 750 mil pessoas que vivem nas 14 cidades mais próximas do vulcão.
O monte Fuji é o ponto mais alto do arquipélago japonês, com quase 4 mil metros de altura. Em junho de 2013, foi declarado pela Unesco como patrimônio da humanidade, por ser considerado “um lugar sagrado e fonte de inspiração artística”.
O monte Fuji é o ponto mais alto do arquipélago japonês, com quase 4 mil metros de altura. Em junho de 2013, foi declarado pela Unesco como patrimônio da humanidade, por ser considerado “um lugar sagrado e fonte de inspiração artística”.
Época.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário