quarta-feira, 9 de julho de 2014

Satélites podem podem prever inundações catastróficas meses antes

Enchentes em subúrbio de Depot Hill em Rockhampton, leste de Queensland, Austrália

Os dados de satélites da NASA podem melhorar, significativamente, as previsões sobre a probabilidade de uma bacia hidrográfica transbordar meses antes da catástrofe. É o que aponta um novo estudo da Universidade da Califórnia em Irvine, publicado na revista científica Nature Geoscience.
De acordo com a descoberta, o uso de tais dados poderia resultar num importante mecanismo de alerta, capaz de salvar vidas.
Um estudo de caso das enchentes de 2011, no Rio Missouri, nos Estados Unidos, mostrou que a formulação de modelos hidrológicos com base nas informações de armazenamento total de água na bacia - incluindo a acumulação subterrânea - poderia ter antecipado o alerta das cheias regionais, que foi de dois meses, em até cinco meses.
Atualmente, medições abrangentes sobre as águas subterrâneas não fazem parte de modelos preditivos de enchentes, que normalmente levam em conta as taxas de fluxo do rio e alguns valores de queda de neve, no caso dos EUA.
"Os dados de satélites contém informações hidrológicas importantes que não estão sendo utilizadas para estimar o potencial de inundação regional", disse o principal autor do estudo, J.T. Reager.
Os dois satélites GRACE, da NASA, fornecem um meio para observar as variações mensais no total de armazenamento de água dentro de grandes bacias hidrográficas com base em medições de pequenas mudanças no campo gravitacional da Terra.
Quando a quantidade de água armazenada em uma região aumenta, a força gravitacional da área aumenta proporcionalmente – e os satélites podem detectar isso.
Segundo os pesquisadores, não se trata de averiguar a dimensão da inundações real (medida que já conta com ajuda de satélites), mas  de avaliar o nível de saturação do solo e sua predisposição a enchentes.
Exame.com

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