domingo, 31 de agosto de 2014
Microplásticos em xampus estão sufocando o oceano
Pedaços minúsculos de plástico usados em pastas de dente, xampu, gel de banho e esfoliantes foram encontrados no porto de Sydney, na Austrália, e podem significar uma ameaça à vida marinha e a humanos, uma vez que se tornam tóxicos no ambiente.
O governo de Nova Gales do Sul pediu uma proibição da venda e fabricação destes produtos que contenham microplásticos, antes que provoquem mais danos a ecossistemas marinhos.
“Tudo que é fabricado e persiste no ambiente não deveria estar lá,” disse ontem Martina Doblin, professora da Universidade de Tecnologia de Sydney.
“Ele está sendo invadido por toda espécie de estressores, e qualquer esforço de redução de microplásticos é uma boa iniciativa.”
O ministro do ambiente da Austrália, Rob Stoke, disse que pássaros e várias formas de vida marinha são colocadas em risco pelas partículas de menos de 5 milímetros que acabam indo parar no oceano.
A degradação completa destas substâncias não é possível pelo seu tamanho, porque possuem a capacidade de boiarem na água.
Elas têm uma tendência de atrair toxinas que foram encontradas em moluscos e peixes consumidos por humanos.
Tim Silverwood, co-fundador do grupo ambiental Take 3, afirmou que um único produto pode conter centenas de milhares de partículas, que persistiriam por décadas e seriam ingeridas por um grande número de organismos, informa o International Business Times.
Exame.com
Terror do EI ameaça acabar com idioma de Jesus Cristo
O violento avanço dos terroristas do Estado Islâmico (EI) está ceifando não apenas a vida dos iraquianos, mas também bens culturais. Um idioma ameaçado pela insanidade assassina dos jihadistas é o aramaico. O Iraque tem uma população de cerca de 20.000 pessoas, majoritariamente cristãos, que ainda falam o neo-aramaico assírio, evolução da língua usada por Jesus Cristo há mais de 2.000 anos. O prestigiado linguista americano Ken Hale certa vez afirmou que o prejuízo causado pela extinção de uma língua equivale à detonação de uma bomba no museu do Louvre. Em outras palavras, a morte de um idioma significa também o desaparecimento de um sistema cultural inteiro, com seus padrões de pensamento, oralidade, musicalidade e narração histórica.
Segunda as últimas estimativas disponíveis, ainda da década de 1990, portanto antes da Guerra do Iraque e da tensa ocupação americana, a população falante de aramaico no mundo era de 500.000 pessoas – sendo que metade vivia no norte iraquiano. Hoje os especialistas são unânimes em afirmar que a sondagem da década de 1990 era um exagero e que o quadro atual é desanimador. Estima-se que haja no mundo todo apenas 30.000 pessoas que falam aramaico, sendo que dois terços são iraquianos que habitam o norte do país.
situação do aramaico ficou ainda mais delicada após a queda das cidades de Mosul, Qaraqush, Tel Kepe e Karamlesh, invadidas pelos jihadistas sunitas. Localizadas na província de Nínive, no norte do país, nessas cidades e em pequenas vilas próximas delas, estavam as únicas escolas primárias e secundárias de aramaico do Oriente Médio, que foram abandonadas às pressas. Segundo os especialistas, a existência de escolas regulares é uma condição sine qua non para a perpetuação de uma língua. Sem as instituições de ensino, a língua fica restrita somente a sua forma oral e enclausurada no ambiente familiar. Com isso, o idioma vai perdendo força rapidamente, podendo sumir em poucas gerações. Fugindo da morte, os cristãos falantes de aramaico dispersaram-se pela região. Os sobreviventes se refugiaram no Curdistão e umas poucas famílias mais abastadas foram para a Turquia. “Há cada vez menos crianças falando a língua. É uma queda considerável para uma língua que já foi universal”, atesta Ross Perlin, diretor da fundação Endangered Language Alliance, que estuda e tenta preservar idiomas ameaçados de extinção.
Segundo o professor Steve Fassberg, especialista em aramaico da Universidade Hebraica de Jerusalém, o desaparecimento do idioma seria particularmente prejudicial para aqueles que, como ele, estudam o cristianismo primitivo e o desenvolvimento do pensamento cristão após a fundação da Igreja Católica. A morte do aramaico atrapalharia também o estudo de outras línguas e dialetos semitas que são pouco falados ou já foram extintos no Oriente Médio, Norte da África e Ásia Menor. Ross Perlin lembra que o aramaico foi extremamente relevante ao longo da história. “O aramaico era o inglês da sua época, era a língua franca falada do Egito à Índia”, explica.
Língua de Jesus – De acordo com os especialistas ouvidos pelo site de VEJA, a língua materna de Jesus – que também falava hebraico – era o aramaico, idioma que deixou marcas no Novo Testamento. Originalmente escrito em grego koiné (versão arcaica do grego), os livros que compõe a segunda parte da Bíblia cristã contêm palavras em aramaico ou derivadas do idioma de Jesus. Em uma passagem marcante do Evangelho de Mateus (27:46), por exemplo, Jesus, pregado na cruz, indaga: ‘Eli, Eli, lamá sabactâni?’ (Meu Deus, meu Deus, por que me desamparaste?). As palavras em aramaico resistem em muitas traduções atuais da Bíblia, inclusive em português.
Porém, como as línguas evoluem ao longo dos anos, o aramaico que Jesus falou não soaria como o aramaico falado hoje, conhecido pelos linguistas pela denominação de neo-aramaico assírio. “A linguagem se desenvolveu ao longo dos últimos dois mil anos e também foi influenciada pelo vocabulário de línguas muito próximas geograficamente, como o árabe, o turco e o persa”, explica Fassberg. Em 2004, o filme A Paixão de Cristo, uma sanguinolenta versão do astro hollywoodiano Mel Gibson para a via-crúcis, teve os diálogos em aramaico. Mas a empreitada atraiu críticas de linguistas e historiadores puristas justamente por levar à tela a versão moderna do idioma.
História – Com uma história que remonta há mais de 3.000 anos, a língua aramaica era falada por povos nômades que vagavam numa área que hoje é o território da Síria. Depois, o idioma se popularizou no Oriente Médio por ser a língua oficial do Império Assírio, um dos mais importantes da antiguidade, que dominou a região entre 2000 a.C. e 600 a.C.. Muitos séculos depois, no ano 4 a.C., o macedônio Alexandre, o Grande, conseguiu impor o idioma grego como língua oficial dos territórios que comandava – terras dos Balcãs, na Europa, à Índia, incluindo Egito, Mesopotâmia, Pérsia e outras regiões do Oriente Médio. Mesmo perdendo o status de idioma oficial, o aramaico sobreviveu e prosperou.
Na época de Jesus Cristo, o aramaico era uma das línguas mais faladas da região, junto com o hebraico e o grego koiné. Depois, com o aparecimento da língua árabe (por volta do século IV) e, sobretudo, com a ascensão do islamismo (no século VII), o idioma começou a perder força. Especialistas apontam que o aramaico perdeu relevância ao longo dos séculos porque não era associado diretamente a nenhuma religião e a nenhum império. Os impérios e califados islâmicos disseminaram a língua do Corão, o árabe; o Império Romano adotou o catolicismo como religião oficial e disseminou o latim, que por séculos ficou identificado como a língua dos católicos.
A perseguição dos terroristas do EI não é a primeira investida violenta contra os iraquianos católicos falantes de aramaico. Entre 1986 e 1989, o governo liderado por Saddam Hussein destruiu mais de 4.000 vilas de curdos, católicos e outras minorias no norte do país, numa tentativa de “arabizar” o Iraque. O ataque às minorias foi interrompido pela primeira Guerra do Golfo, em 1990. A criação da região autônoma do Curdistão, em 1992, representou um alento para as minorias, pois a região no norte do país passou a ser a mais segura, tolerante e próspera do Iraque.
Há no meio acadêmico especializado um debate sobre como chamar a língua em sua versão atual, de neo-aramaico assírio, siríaco ou apenas aramaico. De maneira geral, os linguistas tendem a se referir à linguagem falada como neo-aramaico e à escrita como siríaco. Porém, independentemente do nome, todos estão de acordo sobre o seu inestimável significado cultural e sobre a necessidade de preservá-la. Qualquer tentativa nesse sentido, contudo, dependerá do combate ao Estado Islâmico, que persegue com brutalidade seu plano de instalar um califado nos territórios da Síria e do Iraque pelos quais avança.
Veja.com
Cientistas desvendam mistério das "pedras que andam" na Califórnia
Pesquisadores americanos conseguiram resolver um mistério científico que já durava décadas: as "pedras que andam" no Vale da Morte, no deserto de Mojave, na Califórnia.
Algumas destas pedras chegam a pesar 300 kg. Elas ficam em um lago seco, plano e rodeado por montanhas. Em algumas épocas do ano, este lago se enche com água da chuva, que evapora rapidamente.
Estas pedras se movem, deixando um rastro na terra por dezenas de metros. Mas, desde que elas começaram a ser estudadas por cientistas, nos anos 1940, ninguém as havia visto se mover.
Isso fez com que surgissem várias teorias para o fenômeno, algumas delas bastante exóticas, atribuindo seu movimento a campos de energia poderosos, ao magnetismo da Terra e até mesmo a extraterrestres.
Algumas destas pedras chegam a pesar 300 kg. Elas ficam em um lago seco, plano e rodeado por montanhas. Em algumas épocas do ano, este lago se enche com água da chuva, que evapora rapidamente.
Estas pedras se movem, deixando um rastro na terra por dezenas de metros. Mas, desde que elas começaram a ser estudadas por cientistas, nos anos 1940, ninguém as havia visto se mover.
Isso fez com que surgissem várias teorias para o fenômeno, algumas delas bastante exóticas, atribuindo seu movimento a campos de energia poderosos, ao magnetismo da Terra e até mesmo a extraterrestres.
Até que finalmente, em dezembro passado, o pesquisador Richard Norris, da Universidade da Califórnia, em San Diego, nos Estados Unidos, e seu primo James Norris puderam presenciar e captar em imagens o fenômeno.
Capa de gelo
Eles explicam em um estudo publicado nesta semana na revista "PLOS ONE" que tudo começa quando a chuva produz uma capa de água sobre o terreno seco, criando um lago superficial.
Durante a noite, essa água se congela, formando uma capa de gelo de cerca de três a seis milímetros na qual ficam presas as bases das rochas.
Quando o sol sai, o gelo começa a quebrar, criando placas de vários metros de largura que se deslocam com o vento.
Assim, as pedras se movem sobre o barro, impulsionadas pelas placas de gelo, a uma velocidade de dois a cinco metros por minuto, formando os famosos sulcos na terra.
Durante a noite, essa água se congela, formando uma capa de gelo de cerca de três a seis milímetros na qual ficam presas as bases das rochas.
Quando o sol sai, o gelo começa a quebrar, criando placas de vários metros de largura que se deslocam com o vento.
Assim, as pedras se movem sobre o barro, impulsionadas pelas placas de gelo, a uma velocidade de dois a cinco metros por minuto, formando os famosos sulcos na terra.
As trajetórias dependem da velocidade e da direção do vento e da água que se encontra abaixo do gelo.
Segundo Richard, o fenômeno não é frequente porque quase não chove no Vale da Morte, e as temperaturas médias são elevadas.
Segundo Richard, o fenômeno não é frequente porque quase não chove no Vale da Morte, e as temperaturas médias são elevadas.
Chuva, frio e vento
Para que possa ocorrer, é preciso que tenha chovido e que a temperatura baixe a cerca de 0ºC antes que a água evapore.
Por fim, o vento precisa ter força suficiente para mover as placas e, junto com elas, as rochas.
Na época em que Richard e James presenciaram o fenômeno, no fim de 2013, havia chovido bastante na região e até mesmo nevado.
Há alguns meses, Ralph Lorenz, pesquisador do Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins, em Maryland, e um dos autores do estudo publicado nesta semana, explicou por que havia sido difícil captar o movimento das rochas.
Por fim, o vento precisa ter força suficiente para mover as placas e, junto com elas, as rochas.
Na época em que Richard e James presenciaram o fenômeno, no fim de 2013, havia chovido bastante na região e até mesmo nevado.
Há alguns meses, Ralph Lorenz, pesquisador do Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins, em Maryland, e um dos autores do estudo publicado nesta semana, explicou por que havia sido difícil captar o movimento das rochas.
"Elas estão em uma área remota, de difícil acesso e protegida, onde não se pode acampar e há muitas restrições do que as equipes podem levar para lá", disse.
Além disso, "a maioria dos deslocamentos ocorre quando está frio, chovendo e ventando, o que dificulta captá-los."
Além disso, "a maioria dos deslocamentos ocorre quando está frio, chovendo e ventando, o que dificulta captá-los."
sexta-feira, 29 de agosto de 2014
Suas bactérias vivem em sua casa e se mudam com você
Uma família divide mais do que a mesa de refeições — ela divide também as mesmas bactérias. Esses micro-organismos, únicos e idenfiticáveis, estão espalhados pela casa das pessoas e "viajam" com elas para outros endereços. Essas foram algumas das revelações de um estudo publicado nesta quinta-feira na revista Science, que analisou os trilhões de bactérias que habitam casas e apartamentos. O resultado pode ajudar a decifrar a interação entre humanos e os micróbios que vivem ao seu redor.
Nos últimos anos, centenas de estudos têm demostrado que as bactérias desempenham um papel na saúde humana e na transmissão e tratamento de doenças. "Elas são essenciais para entendermos nossa saúde no século 21", afirma o microbiólogo Jack Gilbert, do Laboratório Nacional Argone, nos Estados Unidos, e líder do Home Microbiome Project. "Como as pessoas passam mais e mais tempo em casa, queríamos mapear os micróbios que vivem em nossas residências e a probabilidade que eles têm de se estabelecer em nós."
Por seis semanas, pesquisadores acompanharam sete famílias, que incluíam dezoito pessoas, três cães e um gato. Os participantes coletaram amostras diárias dos pés, mãos e narinas, assim como de superfícies da casa, incluindo maçanetas, interruptores de luz, pisos e bancadas.
Mudança — Os cientistas descobriram que os moradores afetam substancialmente as comunidades de micróbios das residências. No estudo, quando três famílias mudaram de endereço — uma delas de um hotel para uma casa —, levaram menos de um dia para povoar a nova residência com os micróbios da anterior.
O contato físico entre os indivíduos também contou. Em uma família, o casal tinha os mesmos micróbios, e pais e filhos pequenos dividiam a maioria das bactérias. As mãos eram a parte do corpo com mais quantidade de micro-organismos semelhantes, enquanto as narinas exibiam maior variação individual. Lares com animais de estimação tinham mais bactérias de plantas e solo.
Imunidade — Em pelo menos uma casa, os pesquisadores encontraram uma cepa potencialmente perigosa de uma bactéria, que primeiramente apareceu na mão de uma pessoa, depois em um balcão, e em seguida na mão de outro indivíduo. "É bem provável que estejamos rotineiramente expostos a bactérias prejudiciais, no organismo e no meio ambiente, mas elas só causam doenças quando nosso sistema imune está enfraquecido", afirma Gilbert.
Mudança — Os cientistas descobriram que os moradores afetam substancialmente as comunidades de micróbios das residências. No estudo, quando três famílias mudaram de endereço — uma delas de um hotel para uma casa —, levaram menos de um dia para povoar a nova residência com os micróbios da anterior.
O contato físico entre os indivíduos também contou. Em uma família, o casal tinha os mesmos micróbios, e pais e filhos pequenos dividiam a maioria das bactérias. As mãos eram a parte do corpo com mais quantidade de micro-organismos semelhantes, enquanto as narinas exibiam maior variação individual. Lares com animais de estimação tinham mais bactérias de plantas e solo.
Imunidade — Em pelo menos uma casa, os pesquisadores encontraram uma cepa potencialmente perigosa de uma bactéria, que primeiramente apareceu na mão de uma pessoa, depois em um balcão, e em seguida na mão de outro indivíduo. "É bem provável que estejamos rotineiramente expostos a bactérias prejudiciais, no organismo e no meio ambiente, mas elas só causam doenças quando nosso sistema imune está enfraquecido", afirma Gilbert.
De acordo com os autores, o estudo do microbioma pode servir de ferramenta forense — ele seria uma versão mais sofisticada da impressão digital. A pesquisa sugere que, quando uma pessoa (e suas bactérias) deixa uma casa, a comunidade microbiana do local muda em poucos dias. "É possível determinar se alguém morou em um lugar, e quando, com boa precisão", diz Gilbert.
Veja.com
Estudo genético revela como ebola se espalhou pela África
Como resposta ao maior surto de ebola da história, um grupo internacional de cientistas sequenciou e analisou 99 genomas do vírus. Com o estudo, publicado nesta sexta-feira, na revista Science, foi possível rastrear a origem e transmissão do vírus no surto atual — informações que são essenciais para o desenvolvimento de vacinas, diagnósticos e tratamentos. A pesquisa mostrou que o genoma do vírus atual tem mais de 300 modificações genéticas em relação às linhagens das epidemias anteriores da doença.
O estudo foi realizado pelo Broad Institute do MIT e Harvard, em colaboração com o Ministério da Saúde de Serra Leoa. Cinco dos 58 autores do artigo contraíram o vírus do ebola e morreram antes da publicação, entre eles o médico Sheik Humarr Khan, especialista na febre de Lassa — uma febre hemorrágica viral — do Centro Africano de Genômica de Doenças Infecciosas, Saúde Humana e Hereditariedade.
Primeiro surto — Segundo os autores, as linhagens de ebola atuais têm um ancestral comum com o primeiro surto da doença, ocorrido em 1976. Os pesquisadores traçaram o caminho de transmissão e as relações evolutivas das amostras, revelando que a linhagem da atualidade divergiu da versão do vírus nos últimos dez anos. Segundo eles, o surto de 2014 teve origem na Guiné e se espalhou por Serra Leoa, Libéria e Nigéria.
Primeiro surto — Segundo os autores, as linhagens de ebola atuais têm um ancestral comum com o primeiro surto da doença, ocorrido em 1976. Os pesquisadores traçaram o caminho de transmissão e as relações evolutivas das amostras, revelando que a linhagem da atualidade divergiu da versão do vírus nos últimos dez anos. Segundo eles, o surto de 2014 teve origem na Guiné e se espalhou por Serra Leoa, Libéria e Nigéria.
De acordo com o artigo, nas ocorrências anteriores, a exposição contínua a reservatórios virais, como morcegos infectados, contribuiu para a difusão da doença. Mas, a partir das variações genéticas encontradas no vírus atual, concluiu-se que o surto de 2014 começou em uma única troca entre humanos, espalhando-se depois de pessoa para pessoa.
Funeral — Os pesquisadores acham que o vírus foi para Serra Leoa a partir de duas linhagens do vírus originárias da Guiné. A possível fonte dessas linhagens foram doze pessoas que participaram do funeral de um curandeiro na fronteira da Guiné, em maio.
Para chegar a essas conclusões, os cientistas estudaram amostras do vírus coletadas de 78 pacientes que foram diagnosticados com a doença em Serra Leoa nos primeiros 24 dias do surto. Alguns pacientes contribuíram com mais de uma amostra — o que permitiu estudar a mudança do vírus em cada indivíduo no decurso da infecção.
Para caracterizar as cepas atuais, os cientistas utilizaram a tecnologia conhecida como sequenciamento profundo, quando o procedimento é repetido inúmeras vezes para obter resultados de alta confiabilidade. No estudo da Science, cada genoma foi sequenciado em média 2 000 vezes, conforme os autores do artigo.
Funeral — Os pesquisadores acham que o vírus foi para Serra Leoa a partir de duas linhagens do vírus originárias da Guiné. A possível fonte dessas linhagens foram doze pessoas que participaram do funeral de um curandeiro na fronteira da Guiné, em maio.
Para chegar a essas conclusões, os cientistas estudaram amostras do vírus coletadas de 78 pacientes que foram diagnosticados com a doença em Serra Leoa nos primeiros 24 dias do surto. Alguns pacientes contribuíram com mais de uma amostra — o que permitiu estudar a mudança do vírus em cada indivíduo no decurso da infecção.
Para caracterizar as cepas atuais, os cientistas utilizaram a tecnologia conhecida como sequenciamento profundo, quando o procedimento é repetido inúmeras vezes para obter resultados de alta confiabilidade. No estudo da Science, cada genoma foi sequenciado em média 2 000 vezes, conforme os autores do artigo.
Veja.com
Preservação da biodiversidade na Mata Atlântica custaria 0,01% do PIB
Um novo estudo brasileiro mostra que seria possível recuperar a Mata Atlântica em propriedades agrícolas com um investimento de apenas 0,01% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores selecionaram propriedades que apresentam pelo menos 20% de floresta conservada e calcularam o quanto seria necessário para aumentar a área preservada para 30%. Com 198 milhões de dólares, seria possível restaurar 424.000 hectares de Mata Atlântica. A pesquisa foi publicada na revista Science, na quinta-feira.
Com essa porcentagem, seria possível manter nas propriedades agrícolas a biodiversidade em nível semelhante ao das áreas de proteção. Além disso, a preservação de 30% da Mata Atlântica também traria benefícios aos agricultores. "Seria possível trazer de volta para as propriedades agrícolas muitas espécies que realizam funções importantes no ecossistema, como polinização e controle de pestes", disse ao site de VEJA a brasileira Cristina Banks-Leite, professora do Imperial College, na Grã-Bretanha, e principal autora do estudo.
O valor que seria necessário investir para atingir os 30% corresponde a 6,5% do que o Brasil gasta anualmente com subsídios agrícolas. Ele inclui os gastos com a recuperação da floresta e também o que seria pago aos agricultores. A "indenização" foi calculada com uma média dos valores praticados pelos programas desse tipo que já existem na Mata Atlântica. "Na prática, algumas áreas seriam mais caras do que outras. Essa estratégia não seria eficaz em lavouras de laranja ou cana-de-açúcar, mas produtores que muitas vezes têm prejuízo dependendo do clima ou da balança comercial, como na lavoura de tomate ou morango, ficariam interessados nessa estratégia", afirma a pesquisadora.
O valor que seria necessário investir para atingir os 30% corresponde a 6,5% do que o Brasil gasta anualmente com subsídios agrícolas. Ele inclui os gastos com a recuperação da floresta e também o que seria pago aos agricultores. A "indenização" foi calculada com uma média dos valores praticados pelos programas desse tipo que já existem na Mata Atlântica. "Na prática, algumas áreas seriam mais caras do que outras. Essa estratégia não seria eficaz em lavouras de laranja ou cana-de-açúcar, mas produtores que muitas vezes têm prejuízo dependendo do clima ou da balança comercial, como na lavoura de tomate ou morango, ficariam interessados nessa estratégia", afirma a pesquisadora.
Após três anos de funcionamento, o valor desse projeto cairia. A área reflorestada já poderia se manter sozinha, sem ajuda externa, de forma que sobraria apenas o valor pago aos agricultores, que representaria 0,0026% do PIB. "A partir do quarto ano seria possível restaurar outras áreas de Mata Atlântica com o investimento inicial, então essa é uma estratégia que pode ser adaptada à medida que o tempo for passando", diz Cristina. Ela alerta que o ideal seria passar dos 30%, para haver uma margem de segurança na biodiversidade.
Para a pesquisadora, esse projeto poderia evitar uma polarização entre os interesses de ambientalistas e agricultores. "Seria uma boa ideia tanto para cientistas e conservacionistas quanto para os fazendeiros, que se beneficiariam tanto pelos recursos ecológicos quanto pelos recursos financeiros que receberiam", explica. Ela é otimista quanto à possibilidade do projeto se concretizar: "o trabalho saiu hoje e eu já vi pessoas comentando que essa é uma estratégia que eles já queriam levar adiante, mas não tinham argumentos, faltava o apoio científico. Eu acho que existe interesse político e dinheiro disponível no momento, então é um momento propício", afirma.
Veja.com
quinta-feira, 28 de agosto de 2014
Somos 202 milhões
Somos 202.768.562 de brasileiros, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta quinta-feira (28) no Diário Oficial da União. A contagem corresponde à quantidade de brasileiros vivendo, no dia 1º de julho de 2014, nos 5.570 municípios que compõem as 27 Unidades da Federação.
Os 3 (três) estados mais populosos localizam-se na Região Sudeste enquanto que os 3 (três)
estados menos populosos localizam-se na Região Norte. O estado mais populoso, São Paulo, tem 44,03 milhões de habitantes, representando 21,7% da população total do país, seguido por Minas Gerais, com 20,7 milhões de habitantes (10,2% da população total), e Rio de Janeiro, com 16,5 milhões de habitantes (8,1% da população total).
estados menos populosos localizam-se na Região Norte. O estado mais populoso, São Paulo, tem 44,03 milhões de habitantes, representando 21,7% da população total do país, seguido por Minas Gerais, com 20,7 milhões de habitantes (10,2% da população total), e Rio de Janeiro, com 16,5 milhões de habitantes (8,1% da população total).
O estado de Roraima é o menos populoso, com 496,9 mil habitantes (0,2% da população total), seguido do Amapá, com 750,9 mil habitantes (0,4% da população total), e Acre, com 790,1 mil habitantes (0,4%).
Quanto às cidades, São Paulo continua sendo a mais populosa, com 11,9 milhões de habitantes, seguida por Rio de Janeiro (6,5 milhões), Salvador (2,9 milhões), Brasília (2,9 milhões) e Fortaleza (2,6 milhões). Os 25 municípios mais populosos somam 51,0 milhões de habitantes, representando 25,2% da população total do Brasil.
Confira abaixo os 25 municípios mais populosos do país:quarta-feira, 27 de agosto de 2014
NASA lançará primeiro foguete capaz de voar a Marte em 2018
A Agência Espacial dos Estados Unidos (NASA) anunciou nesta quarta-feira que pretende lançar, pela primeira vez, um poderoso foguete conhecido como Space Launch System (SLS) para viagens ao espaço profundo, no mais tardar no fim de 2018.
O SLS está em desenvolvimento há três anos e, quando estiver concluído, deverá ser capaz de impulsionar naves para além da órbita terrestre e, eventualmente, lançar veículos tripulados para Marte em 2030.
A NASA completou a revisão do projeto, o que representa um compromisso formal da agência para esta versão de 70 toneladas métricas do SLS, que custará 7,021 bilhões de dólares entre 2014 e 2018.
"O programa está virando realidade, o que significa progresso", disse William Gerstenmaier, administrador associado de Explorações Humanas e da Diretoria de Operações de Missões da NASA.
"Manteremos as equipes trabalhando para uma data mais ambiciosa para deixá-lo pronto, o que deve acontecer até novembro de 2018", acrescentou.
No entanto, o Gabinete Governamental de Contabilidade (GAO) emitiu um relatório no mês passado questionando o plano de recursos para o SLS da agência, dizendo que "poderia ser 400 milhões de dólares a menos do que o programa precisa".
O SLS é o primeiro veículo de lançamento deste tipo da NASA dos últimos 40 anos e a agência espacial estima que os custos totais para o desenvolvimento das primeiras três variações do SLS será de 12 bilhões.
O SLS "proporciona uma capacidade de ascensão sem precedentes de 130 toneladas métricas (143 toneladas), que permitirá às missões ir além no nosso sistema solar, incluindo destinos como asteroides e Marte", informou a NASA.
Exame.com
Descobertos 15 monumentos desconhecidos enterrados ao redor de Stonehenge
Um estudo pioneiro, que usou técnicas de ressonância em 3D na área de Stonehenge, encontrou 15 estruturas desconhecidas (ou, no caso de algumas delas, pouco conhecidas) enterradas sob o círculo de pedras ou em sua proximidade. A pesquisa faz parte do "The Stonehenge Hidden Landscape Project", uma iniciativa que já dura quatro anos e busca encontrar mais informações sobre os arredores das ruínas.
Uma das descobertas foi batizada de Cursus - uma calha que corta um fosso de leste a oeste. Acredita-se que essa estrutura ficava alinhada com o Sol durante os equinócios de primavera e outono, indicando um caminho para o Stonehenge (ao sul) durante procissões religiosas.
Com as descobertas, acredita-se que é possível comprovar que a área de Stonehenge é a mais antiga a ser habitada na Grã-Bretanha, sendo ocupada desde 8820 a. C.
A técnica usada durante a pesquisa tem a vantagem de ser menos destrutiva do que técnicas arqueológicas tradicionais, que envolvem escavações. Mas, apesar das estruturas atuais já terem colaborado para uma outra visão de Stonehenge, cientistas afirmam que precisam, sim, cavar para conseguir fazer uma análise completa.
Galileu.com
Sonda Rosetta identifica 5 opções para pouso em cometa
Após dez anos viajando pelo Sistema Solar, a sonda Rosetta chegou no começo deste mês a seu destino, o cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko, e agora os cientistas devem selecionar o melhor ponto da superfície do astro para o pouso do módulo Philae, que a sonda carrega. Cinco lugares estão entre os mais indicados.
O módulo de 100 quilos será lançado em direção à superfície do cometa quando o astro estiver a uma distância de 450 milhões de quilômetros do Sol. As cinco opções de pouso escolhidas pelos cientistas que controlam o dispositivo a partir de Toulouse, no sul da França, permitem que o Philae receba pelo menos seis horas de luz solar durante cada rotação do cometa, de modo que suas baterias sejam recarregadas.
Os locais foram identificados com base nas informações prestadas pela Rosetta. "A orientação do cometa com relação ao Sol, sua velocidade de rotação, massa e gravidade na superfície têm um papel importante para estudar a viabilidade técnica de cada um dos possíveis lugares de pouso", diz comunicado da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês).
Local — O melhor ponto para o pouso será revelado em 12 de outubro, um mês antes da data prevista para a operação, 11 de novembro. "Este cometa não se parece com nada que vimos antes, e apresenta espetaculares formações que ainda não terminamos de compreender", explicou um dos cientistas do módulo de aterrissagem, Jean-Pierre Bibring. De acordo com a ESA, a missão Rosetta vai ajudar a decifrar a história e a evolução de nosso Sistema Solar. Ela pode encontrar respostas sobre a origem de água na Terra e até sobre a vida.
Veja.com
terça-feira, 26 de agosto de 2014
25 países têm quase todas as florestas intactas do mundo
Mais de metade destas florestas ficam na Austrália, Nova Zelândia, Rússia e Estados Unidos. E apenas 22% delas são protegidas.
Este número consta de estudo publicado ontem na Conservation Letters.
O que poderia salvar os 13 milhões de quilômetros quadrados de áreas intocadas? Elas hospedam mais de metade das plantas e animais do planeta e fornecem serviços como ar e água limpos.
Mas estão sob séria ameaça, seja pela extração, mineração ou agricultura.
Tais mudanças no uso da terra explicam porque apenas 3% das florestas que existiram no passado permanecem em partes temperadas do mundo.
Uma sugestão para sua preservação é torná-las parte das negociações internacionais do clima, como a Convenção-Quadro da Mudança do Clima, da ONU, tentou fazer.
Os bens e serviços que as florestas fornecem deveriam ser incorporados também em avaliações econômicas, e não só o valor de sua madeira.
E os governos deveriam evitar mais perdas de florestas, para desacelerar a mudança do clima e a taxa de extinção de espécies.
Brendan Mackey, diretor do Programa de Resposta à Mudança do Clima da Universidade Griffith, na Austrália, disse ontem que as negociações internacionais não estão dando conta de frear as perdas das florestas primárias mais importantes do mundo e que, na ausência de políticas específicas para proteção, seus valores únicos de biodiversidade e ecossistemas continuarão a ser perdidos tanto em países desenvolvidos quanto em desenvolvimento.
Os cientistas afirmam ainda que deve-se aceitar universalmente o papel importante de áreas conservadas por comunidades locais e indígenas, onde a proteção é eficaz, diz o Economic Times.
Exame.com
Impacto diferente do clima nos polos ainda é um enigma
Em décadas recentes, cientistas têm observado um enigma nos lados opostos do planeta: o Ártico aqueceu e perdeu constantemente gelo do mar, enquanto que a Antártica esfriou em muitos lugares e mesmo ganhou mais gelo no mar.
Agora, pesquisadores do Massachusetts Institute of Technology (MIT) têm uma compreensão melhor do que há por trás da resposta assimétrica das regiões polares à mudança do clima induzida pelo homem.
Em estudo publicado na Philosophical Transactions of the Royal Society na semana passada, John Marshall, professor de oceanografia da instituição, e colegas investigaram o fenômeno considerando a dinâmica do oceano.
Por causa de sua capacidade de absorver e transportar enormes quantidades de calor, ele tem um papel crítico na mudança do clima.
Os autores argumentam que a circulação oceânica pode explicar a assimetria.
Em simulações de computador de oceano e clima, o excesso de calor das emissões de gases de efeito estufa é absorvido pelo Oceano Sul em torno da Antártica, e pelo Atlântico norte, mas não permanece nestes locais.
Em vez disto, o movimento do oceano redistribui o calor.
No Oceano Sul, correntes de ventos fortes que sopram em direção ao norte empurram o calor para o equador, longe da Antártica.
No Atlântico Norte, um sistema separado de correntes leva o calor para o Ártico.
Assim, enquanto a Antártica tem um aquecimento apenas moderado, as temperatura no Ártico sobem com rapidez, acelerando a perda de gelo e intensificando o calor na atmosfera da região.
Os cientistas também acrescentam confiança às previsões existentes de grandes mudanças ao norte no futuro.
Em meados do século, o Ártico poderá estar completamente livre de gelo do mar nos verões.
O estudo descobriu ainda que o buraco de ozônio sobre a Antártica provocou uma breve pausa na perda de gelo do mar na região.
“Em torno da área, o buraco pode ter atrasado em décadas o aquecimento devido a gases de efeito estufa. Sou tentado a especular que este período é o que estamos atravessando” disse Marshall, de acordo com a Nature World News.
Exame.com
segunda-feira, 25 de agosto de 2014
Seca épica no ocidente está literalmente movendo montanhas
A mudança climática está fazendo a camada de gelo da Groenlândia derreter, o que está contribuindo para o aumento do nível do mar. Mas imagine que essa mesma quantidade de água derretendo todos os anos está sendo perdida na Califórnia e no resto do Ocidente devido à seca épica que domina a região.
E o que acontece? A terra do Ocidente começa a se elevar.
De fato, um novo estudo mostra que algumas partes das montanhas da Califórnia já se elevaram até 15 milímetros nos últimos 18 meses devido à quantidade massiva de água perdida na seca que não exerce mais peso sobre a terra, fazendo com que ela se eleve como uma mola.
Pela primeira vez, cientistas são capazes de medir quanta água do subsolo e da superfície é perdida durante secas ao medir o quanto a terra se eleva quando o local seca. Essas são as conclusões do novo estudo publicado em 21 de agosto no periódico Science por pesquisadores da Instituição Scripps de Oceanografia da University of California-San Diego.
A seca que está devastando a Califórnia e grande parte do Ocidente já atingiu a região com tanta força que 240 gigatoneladas de superfície e água do solo foram perdidos, o equivalente aproximado de 10 centímetros de água em todo o Ocidente, ou a perda anual de massa da camada de gelo da Groenlândia, de acordo com o estudo.
Enquanto algumas montanhas da Califórnia se elevaram até 1,5cm desde o início de 2013, o Ocidente em geral se elevou uma média de aproximadamente 4 milímetros.
“A água do solo é uma carga sobre a crosta terrestre”, explica Klaus Jacob, sismólogo do Observatório Terrestre Lamont-Doherty, da Columbia University em Nova York, que não está afiliado ao estudo. “Uma carga comprime a crosta como um elástico, e assim ela recua. Quando a carga desaparece (devido à seca) a crosta perde sua compressão e a superfície se eleva. Com base na elevação, é possível estimar a quantidade do déficit de água”.
E o que acontece? A terra do Ocidente começa a se elevar.
De fato, um novo estudo mostra que algumas partes das montanhas da Califórnia já se elevaram até 15 milímetros nos últimos 18 meses devido à quantidade massiva de água perdida na seca que não exerce mais peso sobre a terra, fazendo com que ela se eleve como uma mola.
Pela primeira vez, cientistas são capazes de medir quanta água do subsolo e da superfície é perdida durante secas ao medir o quanto a terra se eleva quando o local seca. Essas são as conclusões do novo estudo publicado em 21 de agosto no periódico Science por pesquisadores da Instituição Scripps de Oceanografia da University of California-San Diego.
A seca que está devastando a Califórnia e grande parte do Ocidente já atingiu a região com tanta força que 240 gigatoneladas de superfície e água do solo foram perdidos, o equivalente aproximado de 10 centímetros de água em todo o Ocidente, ou a perda anual de massa da camada de gelo da Groenlândia, de acordo com o estudo.
Enquanto algumas montanhas da Califórnia se elevaram até 1,5cm desde o início de 2013, o Ocidente em geral se elevou uma média de aproximadamente 4 milímetros.
“A água do solo é uma carga sobre a crosta terrestre”, explica Klaus Jacob, sismólogo do Observatório Terrestre Lamont-Doherty, da Columbia University em Nova York, que não está afiliado ao estudo. “Uma carga comprime a crosta como um elástico, e assim ela recua. Quando a carga desaparece (devido à seca) a crosta perde sua compressão e a superfície se eleva. Com base na elevação, é possível estimar a quantidade do déficit de água”.
A elevação relativa à seca foi descoberta quando pesquisadores analisavam dados de estações de GPS dentro do Observatório Plate Boundary, da Fundação Nacional de Ciências. Um pesquisador percebeu que todas as estações de GPS haviam se elevado desde 2003, coincidindo com o momento da seca atual.
Mas a maior parte do movimento ocorreu desde o ano passado, quando a seca do Ocidente se tornou cada vez mais extrema, explica Duncan Agnew, professor do Instituto de Geofísica e Física Planetária da Instituição Scripps de Oceanografia da University of Caifornia-San Diego, e coautor do estudo.
“As implicações desse fenômeno ainda são desconhecidas”, observou Agnew. “O que mostramos é a existência de uma técnica que nos permite medir a perda total de água – a perda de água em locais onde não temos medidas diretas”.
De acordo com ele, essa elevação provavelmente ocorre em todas as secas, mas nunca havia sido observada antes porque cientistas não tinham as ferramentas adequadas para detectá-la – até agora.
“É isso que torna o estudo interessante”, declarou Agnew. “Nós podemos usar esse conjunto de ferramentas, instalado com um propósito diferente, para monitorar mudanças na água”.
Ele apontou que a elevação provavelmente não tem efeitos significativos sobre o potencial de terremotos na Califórnia e em outros locais, mesmo que a perda de água de subsolo e de superfície tenha adicionado estresse sobre grandes falhas geológicas da região.
“A quantidade total de estresse que foi adicionada nos últimos 18 meses devido à seca é a mesma quantidade de estresse adicionada todas as semanas devido à tectônica de placas”, explicou ele.
De acordo com Jacob, o estudo mostra que as mudanças na elevação do terreno e o estresse sobre as falhas são tão pequenas que o efeito será extremamente reduzido.
Mas Jacob também aponta que a importância do estudo é mostrar uma nova maneira para cientistas estimarem a perda total de água durante tempos de seca, o que seria mais difícil de fazer sem conseguir detectar quanta terra está sendo elevada em áreas secas.
Mas a maior parte do movimento ocorreu desde o ano passado, quando a seca do Ocidente se tornou cada vez mais extrema, explica Duncan Agnew, professor do Instituto de Geofísica e Física Planetária da Instituição Scripps de Oceanografia da University of Caifornia-San Diego, e coautor do estudo.
“As implicações desse fenômeno ainda são desconhecidas”, observou Agnew. “O que mostramos é a existência de uma técnica que nos permite medir a perda total de água – a perda de água em locais onde não temos medidas diretas”.
De acordo com ele, essa elevação provavelmente ocorre em todas as secas, mas nunca havia sido observada antes porque cientistas não tinham as ferramentas adequadas para detectá-la – até agora.
“É isso que torna o estudo interessante”, declarou Agnew. “Nós podemos usar esse conjunto de ferramentas, instalado com um propósito diferente, para monitorar mudanças na água”.
Ele apontou que a elevação provavelmente não tem efeitos significativos sobre o potencial de terremotos na Califórnia e em outros locais, mesmo que a perda de água de subsolo e de superfície tenha adicionado estresse sobre grandes falhas geológicas da região.
“A quantidade total de estresse que foi adicionada nos últimos 18 meses devido à seca é a mesma quantidade de estresse adicionada todas as semanas devido à tectônica de placas”, explicou ele.
De acordo com Jacob, o estudo mostra que as mudanças na elevação do terreno e o estresse sobre as falhas são tão pequenas que o efeito será extremamente reduzido.
Mas Jacob também aponta que a importância do estudo é mostrar uma nova maneira para cientistas estimarem a perda total de água durante tempos de seca, o que seria mais difícil de fazer sem conseguir detectar quanta terra está sendo elevada em áreas secas.
Scientific American Brasil
O limite dos oceanos
O trabalho de dois climatologistas chineses, publicados na revista científica americana Science, explica o que pareceu uma pausa no processo de aquecimento global e levou, temporariamente, observadores céticos quanto a essa mudança, a um contrataque, em especial devido a contribuição humana com uso de combustíveis fósseis.
Segundo Xianyao Chen e Ka-Kit Tung, ambos da Universisty of Washington, o Oceano Atlântico absorveu um calor excedente e dragou essas temperaturas mais elevadas para áreas mais profundas de sua bacia.
A pausa no processo contínuo de aquecimento ocorreu entre 1999/2012.
No período anterior, 1985/1998, a elevação de temperaturas vinha num crescendo.
A climatologia é uma área complexa da ciência e isso é o bastante para desestimular versões que, à primeira vista, parecem óbvias como a descoberta, no século 19, pelo físico-químico e Prêmio Nobel sueco Svant Arrhenius (1859-1927), de que o dióxido de carbono (ou gás carbônico) é um aprisionador de calor atmosférico.
Assim, se aumentar a concentração desse (e de outros gases de efeito estufa) o resultado seria, inevitalmente, um aquecimento do envoltório de gases que envolvem a Terra, compondo a atmosfera.
A questão aqui é que outros processos poderiam compensar ou ao menos amenizar esse fenômeno, como a formação de uma capa mais perene e espessa de nuvens ˗ resultado da evaporação ˗ e isso refletiria como um espelho parcela da radiação solar que, antes disso, atingia a superfície do planeta.
Ainda assim, no entanto, não conviria “varrer para baixo do tapete”, o fato de que a concentração de gás carbônico na atmosfera passou de 280 ppm (partes por milhão) à época da previsão de Arrhernius para 400 ppm em 9 de maio do ano passado.
Essa constatação (400 ppm) foi feita do topo do vulcão extinto de Mauna Loa, no Pacífico, um amostrador científico ideal por sua localização distante de centros urbano-industriais capazes de contaminar as medidas.
A discussão em torno do aquecimento global com mudanças climáticas por efeito antrópico é uma evidência clara de que a ciência, como qualquer outra atividade humana, é permeada por efeitos político-ideológicos que, à primeira vista, seriam incompatíveis com a metodologia científica.
Otimismo precoce
O trabalho da dupla de cientistas chineses, num primeiro momento, pode sugerir certo alívio, com a idéia de que as grandes massas de água oceânicas absorvem o calor excedente aprisionado na atmosfera e com isso um equilíbrio desejável é mantido.
Ocorre que o processo é bem mais complexo que isso, o que faz crescer os níveis de preocupação quanto ao futuro imediato do perfil climático da Terra com influência em toda forma de vida.
Para começar, a absorvação de excedentes de gás carbônico implica em acidificação dos oceanos e comprometimento profundo das formas de vida que eles abrigam.
Além disso, não se sabe até quando os oceanos do mundo podem absorver gás carbônico sem sofrerem um processo parecido ao que os físicos chamam de “mudança de fase”. Quando a água muda da forma sólida do gelo para a líquida, ou mesmo gasosa.
Processos como a defaunação, o desaparecimento de animais de ambientes que parecem sadios, tem relação com mudanças climáticas a partir do aquecimento global?
Ainda não se tem resposta para esta pergunta.
O que se sabe, para além da defaunação, é que o planeta passa por uma aceleradíssima perda de biodiversidade. E se o especismo (idéia de que a espécie humana é o principal legado da vida, com direito a explorar todas as outras) não for capaz de se sensibilizar com essa situação, é preciso lembrar que a teia de relações fará com que, a certo estágio desse processo, os humanos sintam o peso dessa nova realidade.
Como isso pode se manifestar?
A mudança climática deve impactar o regime de chuvas em escala global e a distribuição de água potável, pelo ciclo hidrológico, afeta tanto o abastecimento hídrico para consumo humano como para atividades agropecuárias e industriais.
As torneiras secas durante certas horas da noite em boa parte da megalópole de São Paulo é um exemplo de que essas cenas são parte da realidade atual e não ficção distante.
Os céticos do aquecimento global com mudanças climáticas, que inicialmente envolveu o setor ligado aos combustíveis fósseis e um pensamento politicamente conservador (em alguns casos, reacionários) negou o processo desde o início sem embasamento científico. Aqui prevaleceu apenas a opinião desses críticos.
Pode-se argumentar que os defensores do aquecimento global com mudança climática a partir de contribuições antrópicas também não dispunham ˗ ao menos de início e pode-se dizer, neste exato momento ˗ mas há uma diferença radical entre esses dois grupos.
A admissão do aquecimento como resultado de atividades humanas (o que não nega a participação de efeitos naturais em um ou outro sentido, já que esses fenômenos não cessaram e nem cessariam abruptamente), no entanto, acena com a possibilidade de mudança de atitudes e isso é fundamental de um ponto de vista tanto pessoal como social.
Ponto de não retorno
Há quem duvide, em função da complexidade do clima referido inicialmente, que mesmo uma mudança radical, um corte completo na emissão de gases de efeito estufa por atividades humanas não seria capaz de deter o aquecimento com mudanças climáticas.
A razão por trás disso é uma certa inércia.
Um navio que se dirige sem controle rumo ao cais, mesmo que tenha seus propulsores desligados, ainda viajará certa distância antes de ser paralisado pelo atrito com a massa de água sobre o que desliza.
A inércia que governa nosso barco virtual pode fazer com que ele destrua o cais e se destrua sem que nada possa evitar a tragédia.
Isso significa que, de um ponto de vista climático, teríamos chegado a um ponto sem retorno?
Essa é outra pergunta para a que também não se tem resposta.
Na dúvida, a sociedade humana não deveria adotar medidas preventivas e acauteladoras?
Respostas mais cínicas podem dizer que, de certa maneira, isso nunca ocorreu e nem ocorrerá, no que podem estar corretas.
Mas, em escala planetária e por razões que dizem respeito à qualidade de vida, ou mesmo à sobrevivência de cada um, uma ameaça dessa natureza é inédita na historia da civilização. O que significa que não foi respondida antes.
função da ciência e da cultura em geral (evidentemente que a ciência é parte da produção cultural e não algo à parte, como se ouve dizer mesmo em ambientes onde essa maneria de pensar não passa de limitação intelectual) é alimentar um substrato mental, uma concepção sobre o que o mundo é, a partir de olhos humanos.
Então, se a função da ciência é um refazer constante do substral mental social, e a divulgação de ciência um mecanismo indispensável neste processo, é de se esperar que a ciência possa sensibilizar os humanos para as perspectivas do futuro a partir de toda aventura, enquanto espécie, que vivenciamos desde o passado mais remoto.
Neste sentido, o aquecimento global com mudanças climáticas diz respeito a uma civilização (a única que conhecemos até agora) em um dos possíveis numerosos mundos habitados, no corpo da Galáxia, ou no bojo de muitas das bilhões de galáxias que dançam ao compasso da gravidade no salão cósmico.
Em princípio, ainda que possa parecer exagero, tudo está em aberto.
Este pode ser tanto mais um desafio ˗ entre os infinitos já enfrentados pelo Homo sapiens, desde que elevou-se sobre duas pernas, construiu ferramentas, desenvolveu a linguagem e forjou a cultura para que pudesse se desenvolver ˗ como o começo de um fim.
Isso tudo pode, também, parecer pura ficção.
Ocorre que, neste momento, aparentemente realidade e ficção se confundem como em nenhum outro momento da historia humana.
Scientific American Brasil
sexta-feira, 22 de agosto de 2014
A vida extraterrestre sob o gelo da Antártica
Mesmo sendo o ambiente mais frio – e um dos mais inóspitos – do globo, a Antártica pulula de vida. Centenas de micróbios se digladiam na superfície e interior das geleiras. Sob a grossa camada de gelo, no entanto, a luz do Sol não penetra há milhões de anos. Por isso, até agora, os cientistas acreditaram que a vida não existisse longe da superfície. Uma nova pesquisa mostrou que, sob as grossas camadas de gelo, há um rico ecossistema microbiano.
De acordo com um estudo publicado na revista Nature, um grupo de cientistas conseguiu extrair vida microbiana no Lago Williams, localizado 800
De acordo com um estudo publicado na revista Nature, um grupo de cientistas conseguiu extrair vida microbiana no Lago Williams, localizado 800
metros abaixo da superfície gelada no oeste da Antártica. A descoberta foi celebrada como um
A península Antártica, fotografada pela NASA.
Sob o gelo, mesmo sem luz, há milhares de formas
de vida
avanço nas pesquisas sobre os ecossistemas polares. E foi apontada também como um avanço no campo da astrobiologia – a ciência que especula em que condições podem existir formas de vida fora da Terra.
Nas últimas décadas, a ciência descobriu que a vida é extremamente versátil – pode ocorrer em ambientes e condições improváveis. Da água superquente no fundo do oceano às cavernas geladas e submersas da Groenlândia. A existência de vida nos lagos da Antartica, segundo os cientistas, sugere que a vida pode surgir mesmo em ambientes fora da Terra aparentemente inabitáveis.
Os micróbios encontrados no lago Williams se alimentam de minerais. A descoberta levanta uma questão: “Os micróbios podem consumir rochas sob a superfície de gelo em lugares como Marte?”,escreveu na Nature o geoquímico Martyn Trater, da Universidade de Bristol. Trater não participou da pesquisa.
As cerca de 4 mil espécies de micro-organismos identificados no lago Williams são quimioautótrofos: em lugar de tirar energia da luz ou de se alimentar de outros animais, eles consomem minerais dissolvidos na água, como nitritos, ferro e compostos de enxofre. Dada a sua capacidade de sobreviver sem luz ou fontes orgânicas de energia, esses organismos podem ser um modelo de vida capaz de resistir nos lagos gelados de Europa, uma das luas de Júpiter.
Pesquisas anteriores já haviam encontrado vida sob o gelo da Antártica. Seus resultados foram postos em dúvida, no entanto, porque as amostras coletadas foram contaminadas. Para evitar que o mesmo voltasse a acontecer, os cientistas desse novo trabalho usaram água quente purificada para penetrar o gelo. O calor bastou para matar qualquer micróbio da superfície que tentasse se aventurar em meio às amostras. A água usada para perfurar o gelo foi filtrada, irradiada com raios ultravioletas e aquecida a 90°C.
Os cientistas tentarão, agora, tentar entender melhor como funcionam as interações dessas formas de vida. Em janeiro, retornarão ao Lago Williams para tentar encontrar, em outro ponto, novos e diferentes organismos.
Os micróbios encontrados no lago Williams se alimentam de minerais. A descoberta levanta uma questão: “Os micróbios podem consumir rochas sob a superfície de gelo em lugares como Marte?”,escreveu na Nature o geoquímico Martyn Trater, da Universidade de Bristol. Trater não participou da pesquisa.
As cerca de 4 mil espécies de micro-organismos identificados no lago Williams são quimioautótrofos: em lugar de tirar energia da luz ou de se alimentar de outros animais, eles consomem minerais dissolvidos na água, como nitritos, ferro e compostos de enxofre. Dada a sua capacidade de sobreviver sem luz ou fontes orgânicas de energia, esses organismos podem ser um modelo de vida capaz de resistir nos lagos gelados de Europa, uma das luas de Júpiter.
Pesquisas anteriores já haviam encontrado vida sob o gelo da Antártica. Seus resultados foram postos em dúvida, no entanto, porque as amostras coletadas foram contaminadas. Para evitar que o mesmo voltasse a acontecer, os cientistas desse novo trabalho usaram água quente purificada para penetrar o gelo. O calor bastou para matar qualquer micróbio da superfície que tentasse se aventurar em meio às amostras. A água usada para perfurar o gelo foi filtrada, irradiada com raios ultravioletas e aquecida a 90°C.
Os cientistas tentarão, agora, tentar entender melhor como funcionam as interações dessas formas de vida. Em janeiro, retornarão ao Lago Williams para tentar encontrar, em outro ponto, novos e diferentes organismos.
Época.com
Conjunção de Marte e Saturno pode ser observada a partir desta sexta
A partir desta sexta-feira até o fim de agosto será possível observar os planetas Marte e Saturno se aproximando, em um fenômeno denominado conjunção planetária. "Mesmo nas grandes cidades é possível ver os dois planetas a olho nu", afirma Alexandre Amorim, coordenador de observações do Núcleo de Estudos e Observação Astronômica José Brazilício de Souza, vinculado ao Instituto Federal de Santa Catarina.
Menos poluição luminosa e atmosférica são sempre fatores recomendáveis para observações astronômicas, mas eles não são essenciais neste caso, uma vez que os planetas são bem fáceis de visualizar. "Eles serão mais brilhantes do que a maioria das estrelas, então não deve ser difícil encontrá-los", afirma Eduardo Cypriano, professor e pesquisador do departamento de astronomia da Universidade de São Paulo. De acordo com ele, com um binóculo pode ser possível ver até mesmo os anéis de Saturno.
Entre os dias 25 e 27, os astros devem estar mais próximos um do outro, e no dia 31 serão acompanhados pela Lua, que ainda estará com brilho fraco. O melhor momento para observar o fenômeno é logo após o pôr do sol, na direção oeste, um pouco acima dele. Os planetas devem ficar visíveis a partir das 19h até por volta das 23h.
Cor — A principal dica para identificar os planetas é prestar atenção na sua cor: Marte é vermelho-alaranjado e Saturno tem coloração amarela. Além disso, Paulo Varella, astrônomo do observatório Céu Austral, lembra que, ao contrário das estrelas, os planetas não têm cintilação, ou seja, não piscam.
Vale lembrar que a aproximação entre os dois astros é aparente, e que continuam havendo centenas de milhões de quilômetros entre eles. Aqui da Terra, eles parecem se aproximar devido ao caminho que percorrem em suas órbitas. "É como se Marte estivesse ultrapassando Saturno, cada um correndo em uma raia diferente. Como a de Marte está mais próxima do Sol, a nossa impressão é que ele passa mais rápido", explica o Amorim.
Veja.com
Arqueólogos encontram duas cidades maias escondidas em floresta no México
Arqueólogos encontraram duas cidades maias que estavam escondidas na floresta tropical do sudeste do México, uma região onde, segundo o chefe dos pesquisadores, poderia conter outras "dezenas" a desvendar.
O professor associado da Academia de Ciências e Artes da Eslovênia, Ivan Sprajc, disse que sua equipe encontrou em abril as antigas cidades de Lagunita e Tamchen, na península de Yucatán, mediante a análise de fotografias aéreas da região.
Sprajc comentou que ambas as cidades alcançaram seu apogeu nos períodos Clássico Tardio e Clássico Terminal, entre os anos 600 e 900 depois de Cristo.
Em cada local, os cientistas encontraram edificações parecidas a um palácio, praças e pirâmides, uma delas de quase 20 metros de altura.
Os arqueólogos também descobriram a fachada de uma construção com uma porta que se assemelha às garras de um monstro que provavelmente marcava uma das principais entradas do centro da cidade.
As fotografias dos lugares mostram pirâmides de pedra que se sobressaem na densa folhagem.
"A entrada, pelo que parece, simboliza a entrada a uma caverna e ao submundo... alguém que entra através deste portal teria entrado em recintos sagrados", disse Sprajc à Reuters por telefone da Eslovênia.
Ele explicou que sua equipe traçou um mapa de 10 a 12 hectares para cada lugar, mas que as cidades provavelmente eram maiores. As escavações ainda não começaram.
Sprajc descobriu no ano passado outra antiga cidade maia na região, a qual batizou de Chactun.
Bolha encontrada em meteorito sugere que Marte foi habitável
As respostas sobre se já houve vida em marte podem estar escondidas em um meteorito de origem marciana, que caiu no Egito em 1911. Novos estudos feitos no material descobriram uma bolha cheia de barro que revela chances plausíveis de que o planeta vermelho tenha sido habitável no passado. A pesquisa foi publicada nesta quinta-feira (21) na revista Astrobiology.
O meteorito Nakhla, que leva o nome do seu local de queda, desprendeu-se da superfície marciana há 1,3 bilhão de anos, vindo parar na Terra. O material indica presença de água líquida, como a encontrada em lagos e rios, propícia ao desenvolvimento da vida. A sonda Curiosity da Nasa também encontrou as mesmas evidencias em minerais de argila descobertos no planeta vermelho.
Os resultados do novo estudo, no entanto, dependem dessa bolha recém-identificada, preenchida com argila rica em ferro, que tem forma oval e se assemelha ao efeito de bactérias fósseis. Os pesquisadores concluíram, no entanto, que a forma ovóide não surgiu a partir de materiais biológicos, mas de processos geológicos, como a percolação --movimento e filtragem de fluidos por materiais porosos-- da água através da rocha.
Dentro da bolha foram encontrados vários tipos de argila, incluindo esmectites, óxidos de ferro e sulfuretos de ferro, conjunto semelhante ao encontrado pelo material coletado pela sonda Curiosity da Nasa, de acordo com os autores.
Em 2006, um estudo informou que túneis microscópicos no meteorito Nakhla imitam o tamanho e a forma dos túneis deixados por bactérias em rochas da Terra, nos seus primórdios. Características encontradas no meteorito pelos pesquisadores são tem fortes indicativos de terem se formado antes de o material se desprender da superfície de Marte.
quinta-feira, 21 de agosto de 2014
"Fêmur de alienígena" em Marte?
Um misterioso objeto flagrado pela sonda Curiosity, da Nasa, na superfície de Marte está dando combustível para que acreditam em vida fora da Terra. Para muitos, a imagem mostra o "fêmur de uma alienígena".
A imagem começou a circular em 14 de agosto no site "UFO-blogger" e se espalhou pela web.
"Sabemos que é muito provável que Marte já tenha tido vida e é possível que envolvesse grandes criaturas, que podem ter deixado fósseis", comentou um internauta no site "Above Top Secret". "Sabíamos que, com o impacto de meteoros e intensas tempestades de areias, esses fósseis ficariam visíveis em algum momento", acrescentou.
A Curiosity está em Marte desde agosto de 2012.
"Sabemos que é muito provável que Marte já tenha tido vida e é possível que envolvesse grandes criaturas, que podem ter deixado fósseis", comentou um internauta no site "Above Top Secret". "Sabíamos que, com o impacto de meteoros e intensas tempestades de areias, esses fósseis ficariam visíveis em algum momento", acrescentou.
A Curiosity está em Marte desde agosto de 2012.
Degelo na Groenlândia e na Antártica dobra em cinco anos, diz estudo
O satélite CryoSat foi lançado pela Agência Espacial Europeia em 2010 com um sofisticado instrumento de radar projetado para medir o formato das camadas de gelo polares.
Os mapas mostram os resultados dos modelos de elevação gerados pela equipe alemã
A redução da área de gelo da Groenlândia e Antártida, as duas principais capas de gelo do planeta, dobrou desde 2009, de acordo com um estudo que analisou imagens de um satélite europeu.
O exame dos dados gerados pelo CryoSat indicam que só a Groenlândia vem perdendo cerca de 375 km cúbicos de gelo por ano.
Somado, o volume de gelo despejado todo ano pelas duas maiores capas chega a 500 km cúbicos, disse à BBC a pesquisadora Angelika Humbert, do Instituto Alfred Wegener (IAW), na Alemanha.
"A contribuição das duas capas de gelo à elevação do nível dos oceanos dobrou desde 2009", afirmou Humbert. "Para nós, é um número inacreditável."
O estudo do instituto, publicado na revista científica The Cryosphere, não calculou quanto o degelo colabora para a elevação do nível dos mares. Mas se todo o volume despejado nos oceanos for considerado como gelo (uma porção pequena seria de neve), a contribuição poderia ficar na ordem de pouco mais de um milímetro por ano.
O satélite CryoSat
Comparações
O grupo do IAW, coordenado pelo cientista Veit Helm, estudou pouco mais de dois anos de dados para criar um modelo de elevação digital (MED) da Groenlândia e da Antártida e avaliar a sua evolução.
O modelo incorpora 14 milhões de medidas de altura referentes à Groenlândia e outros 200 milhões referentes à Antártida.
Quando comparadas com bases de dados semelhantes produzidas pela missão IceSat, da agência espacial americana (Nasa) produzidas entre 2003 e 2009, as medições permitem calcular mudanças no volume de gelo mais abrangentes que o período observado pelo CryoSat.
Tendências negativas são resultado de degelo, enquanto tendências positivas são consequência de precipitação ou nevascas.
A Groenlândia vem atravessando o seu momento de maior redução na elevação, perdendo 375 km cúbicos de gelo por ano, a maior parte nas costas oeste e sudeste da ilha.
Há um derretimento significativo também na Corrente de Gelo Nordeste da Groenlândia.
"Esta região é formada por três glaciares. Um deles, o Zachariae Isstrom, recuou um bocado e já houve registros de perda de volume. Mas agora vemos que essa perda de volume está se alastrando para áreas superiores, muito mais para o interior da capa de gelo do que se via antes", disse a professora Humbert.
Antártida Já na Antártida, a perda de volume anual foi calculada em cerca de 128 km cúbicos por ano.
Como outros estudos já haviam indicado, a maior parte do degelo se concentra no lado oeste do continente, na área conhecida como Baía do Mar de Amundsen.
Grandes glaciares da região estão recuando e perdendo espessura a um ritmo acelerado.
Por outro lado, há ganhos de espessura na camada de gelo de algumas áreas, como em Dronning Maud Land, onde foram registradas nevascas colossais. No entanto, o acúmulo nessas áreas não compensa as perdas nas outras.
Um grupo científico britânico recentemente produziu o seu próprio MED a partir de um algoritmo diferente aplicado sobre a base de dados do CryoSat.
O resultado é parecido com o do IAW, e os alemães aplicaram o mesmo método para a Groenlândia, de maneira que pudessem comparar as duas capas de gelo.
Quando comparadas, as reduções indicam as mesmas conclusões da missão americana Grace, que monitora as mudanças nas regiões polares a partir de dados gerados por um outro tipo de satélite, que observa o volume de gelo despejado no mar.
quarta-feira, 20 de agosto de 2014
Estudo estima em 70% contribuição humana no recuo de geleiras
O fator humano foi a maior causa do recuo das geleiras no mundo nos últimos 20 anos, revelou uma nova pesquisa, publicada nesta quinta-feira (14) na revista americana "Science".
Para esse estudo realizado por Ben Marzeion, do Instituto de Meteorologia e Geofísica da Universidade de Innsbruck, na Áustria, os cientistas elaboraram um modelo informático que leva em conta os fatores naturais do aquecimento, como a atividade vulcânica e as variações solares, além das atividades humanas, como as emissões de gases causadores do efeito estufa e o uso do solo.
A geleiras começaram a derreter em meados do século XIX, época que marcou o fim da pequena era glacial - um período de resfriamento registrado na Europa e na América do Norte de 1300 a 1850.
Segundo este modelo, de 1851 - início da era industrial - a 1989, cerca de 25% da massa perdida pelas geleiras resultou das atividades antropogênicas. De 1991 a 2010, porém, essa proporção chegou a 69%, constataram os cientistas.
"No século XIX e durante a primeira metade do século XX, nós constatamos que a perda de massa das geleiras, atribuída à atividade humana, é pouco perceptível, mas depois aumentou continuamente", destacou Ben Marzeion.
"Normalmente, são necessárias décadas, inclusive séculos, para que as geleiras se adaptem às mudanças climáticas", acrescentou, destacando que "os resultados do modelo correspondem aos movimentos de massa das geleiras" observados.
Graças a esse modelo, os autores conseguiram simular a evolução de todas a geleiras do mundo, com exceção da Antártica, ao usar sobretudo a coleta de dados do "Randolph Glacier Inventory" para reconstituir sua extensão e sua massa em 1851.
Em seguida, eles reproduziram seu derretimento desde então, segundo dois cenários diferentes: o primeiro, simulando apenas os fatores climáticos, como evoluções do sol e erupções vulcânicas; e o outro, unicamente fatores antropogênicos.
Embora as geleiras armazenem menos de 1% da massa de gelo do planeta, seu derretimento foi a causa principal da elevação do nível dos mares no século XX, afirmaram os cientistas.
terça-feira, 19 de agosto de 2014
Em oito meses, consumimos os recursos naturais de todo o ano
Se o planeta Terra tivesse um orçamento anual, nesta terça-feira ele entraria no vermelho. Segundo um cálculo das ONGs Global Footprint Network e WWF, desde o começo do ano até esta terça a humanidade consumiu todos os recursos naturais gerados pelo planeta para o ano. Segundo o estudo, este 19 de agosto se tornou o "Dia da Sobrecarga da Terra" (Earth Overshoot Day), e a partir de agora estamos consumindo mais do que o planeta consegue regenerar.
A ideia de criar um "orçamento" de recursos naturais é uma forma de tentar conscientizar a população quanto a exploração predatória dos recursos naturais. Estamos derrubando mais florestas do que o planeta consegue recuperar e lançando mais gases de efeito estufa do que o clima consegue suportar, por exemplo. O resultado é que precisamos de "um planeta Terra e meio" para manter nosso padrão de consumo. Mas onde vamos encontrar meio planeta?
Para quem acompanha as notícias sobre meio ambiente, o "Dia da Sobrecarga" não é uma grande novidade. O que assusta é que, ano após ano, esse dia recua na calendário. No ano 2000, quando o cálculo foi feito pela primeira vez, o planeta entrou no vermelho em 1º de novembro. Até 2008, o dia caía em outubro. Nos anos seguintes, começou a aparecer em setembro e, finalmente, agosto. No ano passado, consumimos todos os recursos naturais no dia 20 de agosto, e continuamos o recuo neste ano. Se esse ritmo continuar, não vai demorar para estarmos gastando todo os recursos da Terra ainda no primeiro semestre do ano.
segunda-feira, 18 de agosto de 2014
Como a Terra mantém a Lua aquecida por dentro
A Lua é quentinha. Ao menos por dentro. Comparando leituras sísmicas e análises de material coletado no satélite, cientistas do Japão e da China afirmam que uma camada de solo próxima ao centro da Lua é macia e quente. E que a Terra é a maior responsável por esse calor.
A teoria mais aceita para a origem da Lua diz que, quando o Sistema Solar se originou, um proto-planeta do tamanho de Marte chocou-se contra a Terra. A Lua teria surgido dos destroços dessa explosão. Desde então, as camadas mais próximas do centro da Terra permaneceram quentes e pastosas, em parte como resultado do calor liberado pelo choque. A Lua, bem menor, já deveria ter resfriado.
A teoria mais aceita para a origem da Lua diz que, quando o Sistema Solar se originou, um proto-planeta do tamanho de Marte chocou-se contra a Terra. A Lua teria surgido dos destroços dessa explosão. Desde então, as camadas mais próximas do centro da Terra permaneceram quentes e pastosas, em parte como resultado do calor liberado pelo choque. A Lua, bem menor, já deveria ter resfriado.
Mas evidências trazidas ainda pelas primeiras missões Apolo sugeriam que, sob a crosta fria, a Lua escondia um interior quente e macio. Registros de tremores lunares levantavam suspeitas de que, sob o solo lunar, havia material semelhante ao magma, capaz de gerar tremores ao se mover e se rearranjar – as leituras mostravam ondas sísmicas passando por camadas pastosas. O problema era que nem todos os tremores criavam imagens assim, o que fazia a dúvida persistir. Além disso, os cientistas têm dificuldade para estudar o que se passa nas camadas mais profundas da Terra, quem dirá da Lua. A atividade é especialmente complicada porque, para esses estudos, eles precisam confiar em registros antigos feitos pelas missões Apolo. Dados que, associados a outras observações, por vezes soam contraditórios.
Nenhum modelo desenvolvido até agora conseguia fornecer uma imagem aceitável do interior lunar. Yuji Harada da Universidade de Geociências da China decidiu abordar o problema e reunir todos os dados à disposição sobre o assunto em um modelo único. As conclusões de sua equipe, publicada na revista Nature Geoscience, afirmam que os dados coletados podem ser explicados se os modelos do interior da lua incluírem uma discreta camada quente e pastosa próxima ao ponto em que o manto lunar encontra o centro.
“O que a análise deles mostra é que é possível explicar os dados que temos hoje se uma camada quente for incluída próximo ao centro, e se essa camada tiver alguma viscosidade”, disse Maria Zuber, geofísica do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) a revista do Instituto Smithsonian. A viscosidade do material quente não é a mesma que a do magma que sai dos vulcões terrestres – o valor é baixo, 18 vezes menor que a da água. A massa manteve-se quente graças à gravidade do nosso planeta: segunda Harada, a gravidade terrestre mantém o manto lunar quente e em movimento à medida que atrai e repele a Lua.
O estudo ajuda a compreender melhor a composição da Lua, e pode ajudar a traçar a história do satélite e de suas interações com a Terra.
Nenhum modelo desenvolvido até agora conseguia fornecer uma imagem aceitável do interior lunar. Yuji Harada da Universidade de Geociências da China decidiu abordar o problema e reunir todos os dados à disposição sobre o assunto em um modelo único. As conclusões de sua equipe, publicada na revista Nature Geoscience, afirmam que os dados coletados podem ser explicados se os modelos do interior da lua incluírem uma discreta camada quente e pastosa próxima ao ponto em que o manto lunar encontra o centro.
“O que a análise deles mostra é que é possível explicar os dados que temos hoje se uma camada quente for incluída próximo ao centro, e se essa camada tiver alguma viscosidade”, disse Maria Zuber, geofísica do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) a revista do Instituto Smithsonian. A viscosidade do material quente não é a mesma que a do magma que sai dos vulcões terrestres – o valor é baixo, 18 vezes menor que a da água. A massa manteve-se quente graças à gravidade do nosso planeta: segunda Harada, a gravidade terrestre mantém o manto lunar quente e em movimento à medida que atrai e repele a Lua.
O estudo ajuda a compreender melhor a composição da Lua, e pode ajudar a traçar a história do satélite e de suas interações com a Terra.
Época.com
Vênus e Júpiter aparecem juntos
Vênus e Júpiter apareceram juntos acima das pontes Hell Gate e Robert F. Kennedy no começo da manhã desta segunda-feira. O fenômeno é chamado conjunção.
As pontes ficam em Nova York, Estados Unidos, e formaram, juntamente com os planetas mais brilhantes do céu, um cenário belíssimo e raro. A conjunção desta segunda-feira promoveu a maior aproximação entre Vênus e Júpiter desde 1999.
Os dois planetas, cada um em sua órbita, estão na mesma direção: a do Sol. É como se os eles estivessem em uma linha reta, formando o efeito “conjunção” porque aparecem lado a lado no céu.
As pontes ficam em Nova York, Estados Unidos, e formaram, juntamente com os planetas mais brilhantes do céu, um cenário belíssimo e raro. A conjunção desta segunda-feira promoveu a maior aproximação entre Vênus e Júpiter desde 1999.
Os dois planetas, cada um em sua órbita, estão na mesma direção: a do Sol. É como se os eles estivessem em uma linha reta, formando o efeito “conjunção” porque aparecem lado a lado no céu.
Vênus e Júpiter estavam separados na manhã desta segunda-feira por 0,25 graus se vistos da Terra, uma distância menor que o tamanho de uma Lua Cheia. Eles aparecerão mais afastados a cada dia, mas ainda relativamente perto nesta semana. Quem quiser observar a conjunção, basta olhar para a direção leste-nordeste do céu, perto do horizonte, por volta de 45 minutos antes do nascer do sol. O ponto mais brilhante será Vênus.
No sábado, a Lua Minguante deve se juntar aos planetas, que estarão a uma distância de cinco graus.
No sábado, a Lua Minguante deve se juntar aos planetas, que estarão a uma distância de cinco graus.
sábado, 16 de agosto de 2014
Espinafre é promessa de energia limpa e renovável
O espinafre é famoso na cultura popular por ser o elixir da superforça do marinheiro Popeye. Mas, para um grupo de cientistas, a hortaliça guarda um poder ainda maior: a capacidade de converter a luz solar em um combustível renovável, limpo e ultra eficiente.
Em estudo recentemente publicado na revista científica Science pesquisadores avaliam o potencial das proteínas envolvidas na fotossíntese, o processo pelo qual as plantas convertem a energia solar em hidratos de carbono, base alimentar dos processos celulares.
Cientistas da Universidade de Purdue, nos EUA, um dos centros envolvidos no estudo, extraíram de um espinafre comum, encontrado em supermercados, um complexo de proteína chamado fotossistema II.
Em laboratório, os pesquisadores "excitaram" este complexo de proteína com um laser (que faz as vezes da luz solar) e registraram as mudanças na configuração eletrônica das moléculas.
"As proteínas que estudamos são parte do sistema mais eficiente já construído, capaz de converter a energia do sol em energia química, com uma inigualável eficiência de 60 por cento", disse Yulia Pushkar, professora assistente de física envolvida na pesquisa.
Ao compreender melhor como a fotossíntese natural funciona, os pesquisadores esperam alavancar o desenvolvimento de tecnologias limpas a partir da fotossíntese artificial, gerando combustíveis renováveis e limpo.
Não é a primeira vez que o espinafre aparece como promessa energética. Em 2012, cientistas da Universidade Vanderbilt, nos Estados Unidos, turbinaram a produção de energia solar com esse tipo de hortaliça.
Exame.com
sexta-feira, 15 de agosto de 2014
Asteroide gigante pode atingir a Terra em 2880, e devastar a vida humana
Quem já assistiu a filmes catástrofe como “Armagedom” ou “Impacto Profundo” e ficou com medo pode se preparar, porque a ficção pode se tornar realidade, e com data marcada: 16 de março de 2880.
Essa é a teoria dos pesquisadores da Universidade do Tennessee, que conseguiram traçar a rota do asteroide 1950 DA, um gigante com um quilômetro de diâmetro e que viaja pelo espaço a uma velocidade de 60 mil km/h. De acordo com os cientistas, o corpo celeste tem uma chance em 300 de atingir a Terra. Pode parecer pouco, mas essa é a probabilidade mais próxima já registrada disso acontecer.
E se acertar, as consequências serão devastadoras para a Humanidade. O impacto calculado teria uma força de cerca de 44.800 megatoneladas de TNT, provocando uma explosão e tsunamis. A poeira levantada seria o suficiente para mudar o clima do planeta, eliminando a vida humana.
Mas isso só daqui a 35 gerações. Até lá, cientistas acreditam ser possível evitar o desastre. Uma das formas seria desagregar o gigante em pequenos corpos celestes pela força da gravidade. Estudos anteriores mostram que os asteroides são formados por pedaços de rocha que ficam atraídos uns aos outros pela força gravitacional.
No caso do 1950 DA, o que os mantém unidos é a conhecida como Van der Waals, nunca antes detectada em um asteroide. A rotação dele é tão rápida que, em seu equador, há gravidade negativa, e se um astronauta tentasse ficar na superfície, ele seria lançado de volta para o espaço. É essa força que os cientistas querem quebrar.
Astrônomos ficaram mais atentos ao assunto após a queda em fevereiro de 2013 de asteroide de pequeno porte em Chelyabinsk, na Rússia. Na ocasião, mais de 1,5 mil pessoas ficaram feridas com o impacto, equivalente a 30 bombas de Hiroshima. O corpo rasgou a atmosfera a 19 quilômetros por segundo.
As pesquisas foram publicadas na edição desta semana da revista científica Nature.
O Globo.com
As pesquisas foram publicadas na edição desta semana da revista científica Nature.
O Globo.com
1600 kg de lixo vão queimar na atmosfera neste fim de semana
Depois de ficar por um mês na Estação Espacial Internacional, uma nave comercial de carga foi despachada para a atmosfera terrestre - recheada com mais de 1600 quilos de lixo.
Os astronautas a bordo da EEI usaram um braço robótico para liberar a nave Cynus, nesta sexta, acima da costa sudoeste da África. Ela foi enviada para a estação em julho, com comida, equipamento científico, mini satélites e até roupas resistentes a odor para os astronautas.
No entanto, em sua volta, a Cygnus não irá alcançar a superfície da Terra. Estima-se que, no sábado, ela queime na atmosfera enquanto a tripulação da EEI filme o evento. Mas, antes que você acuse os astronautas de asssitirem muito "Mythbusters", saiba que há motivos científicos para a destruição - como a vida útil da EEI vai terminar daqui a uma década, agências espaciais querem entender melhor como acontece a entrada de grandes objetos na atmosfera.
quinta-feira, 14 de agosto de 2014
Como o aquecimento deixa o Alasca mais verde
Imagem de satélite de geleiras do Alasca em 1987 (Foto: Divulgação/Nasa)
Imagem de satélite de geleiras do Alasca em 2013 (Foto: Divulgação/Nasa)
Duas imagens de satélite divulgadas pela Nasa mostram mais uma evidência do aquecimento global acumulado nas últimas décadas. A geleira de East Novatak no Alasca vem perdendo extensão. A foto do alto é de 1987. A de baixo, de 2013. Em 25 anos, a língua de gelo perdeu mais de um quilômetro de extensão. Também dá para reparar que a área coberta por vegetação cresceu.
Assinar:
Postagens (Atom)