sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Capela Sistina ganha nova iluminação



Novo sistema destaca afrescos e economiza 60% de energia. Cerca de seis milhões de pessoas visitam o espaço todos os anos

A Capela Sistina, no Vaticano, recebe desde hoje um novo sistema de iluminação, ventilação e ar condicionado especialmente desenhado para proteger o espaço contra a deterioração e as consequências das cerca de seis milhões de visitas anuais.A intervenção teve um custo de mais de 3 milhões de euros, suportado por duas companhias internacionais que ofereceram os seus serviços à Santa Sé.Entre hoje e amanhã, o Vaticano vai promover um congresso internacional em Roma para apresentar a intervenção.

 
Antonio Paolucci, diretor dos Museus do Vaticano, explica que a iniciativa acontece 20 anos depois da inauguração, por São João Paulo II, do restauro da Capela Sistina dirigido por Fabrizio Mancinelli e realizado por Gianluigi Colalucci, “cientificamente exemplar e tecnicamente impecável”.O novo sistema garante garantindo maior eficiência energética e limitação de ruído e deslocação do ar em volta dos frescos da capela, com recurso à tecnologia LED azul.
 
 
A Academia Real de Ciências da Suécia concedeu eeste ano o Prémio Nobel de Física a Isamu Akasaki, Hiroshi Amano e Shuji Nakamura pela invenção de diodos de luz azul, que proporcionaram uma fonte económica de luz branca. A Capela Sistina deve o seu nome a Sisto IV, Papa entre 1471 e 1484, que promoveu as obras de restauro da antiga Capela Magna a partir de 1477.A decoração do espaço de 1100 metros quadrados foi confiada em 1508 a Miguel Ângelo por Júlio II, Papa entre 1503 e 1513.
 
 
NOVA TECNOLOGIA

Os afrescos de Michelangelo adquiriram uma nova beleza com o sistema de iluminação instalado na Capela Sistina. Graças à nova tecnologia que faz uso de LEDs, se economiza 60% em energia e emissões, além de diminuir o envelhecimento dos afrescos em relação ao sistema precedente.O novo sistema de diodos luminosos - chamado ‘Led4 Art’. -, é financiado por um projeto de pesquisa da União Européia e instalou 7 mil diodos no ambiente. Um comunicado da Comissão da EU responsável pela instalação indica que os afrescos podem ser admirados de uma maneira “sem precedentes”. “Alguns detalhes podem agora ser vistos pela primeira vez em três dimensões por uma pessoa em pé e os outros podem ser vistos com maior detalhe”.
 

 

    



 
 
 



 



 



 

 
 



 
 

 

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