O cometa Halley passa pelos céus terrestres em média a cada 75 anos, mas o nosso contato com ele é bem mais frequente do que isso: anualmente, nos meses de maio e outubro, a Terra atravessa regiões do espaço repletas de detritos que se desprenderam do núcleo do astro. Quando cruzamos com estes rastros do Halley, os fragmentos se incineram na nossa atmosfera e o resultado são belas chuvas de meteoro, como a que terá seu pico de atividade nas noites desta segunda-feira (20/10) e terça-feira (21/10).
As Orionídeas poderão ser vistas a olho nu de todo o país, se as condições climáticas de sua cidade colaborarem e se o local não apresentar muita poluição luminosa. O horário ideal para a observação começa na noite de hoje, às 23h, e se estende até pouco antes do amanhecer desta terça-feira. Segundo a NASA, a madrugada oferecerá as melhores oportunidades de visualização dos meteoros, que podem aparecer a uma taxa de 20 a 30 por hora. O fenômeno deve continuar nas próximas noites, só que com uma intensidade cada vez menor.
Para apreciar este tipo de evento, não é necessário nenhum tipo de equipamento astronômico, como binóculos ou telescópios: por cruzarem o céu muito rapidamente, as estrelas cadentes devem ser vistas a olho nu. Uma boa notícia é que a lua não atrapalhará as Orionídeas deste ano, já que se encontra em quarto minguante, quase atingindo a fase nova, quando não reflete luz e, portanto, não compromete a visibilidade do céu noturno.
Quem quiser observar o fenômeno deve olhar para a direção leste e encontrar a constelação de Órion, onde estará localizado o radiante da chuva – ponto do qual os meteoros parecem se originar. Uma boa referência são as populares Três Marias, que na verdade são o cinturão de Órion, estrelas que ficam próximas ao radiante.
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