domingo, 30 de agosto de 2015

Arqueólogos descobrem vestígios de palácio micênico perto de Esparta

 
Arqueólogos descobriram no sul da Grécia os vestígios de um palácio pertencente à civilização micênica, uma das mais conhecidas da antiguidade grega, cuja cultura inspirou os épicos de Homero “A Ilíada” e “A Odisseia”. O complexo de dez quartos, batizado como Ayios Vassileios, fica em um assentamento que teve início entre os séculos XVII e XVI a.C. De acordo com os pesquisadores, o palacete, que deve ter abrigado a elite local, foi construído no século XIV a.C., e destruído por um incêndio na mesma época. A estrutura fica perto da região que se tornaria famosa séculos depois por abrigar os guerreiros de Esparta.
As escavações revelaram diversos artefatos, incluindo fragmentos de murais ornados, uma escultura em formato de cabeça de boi, jarros de cerâmica, um selo com o brasão de náutilo e diversas espadas de bronze. Mas o achado mais surpreendente foi o de tabuletas de argila com escritos em Linear B, um das mais antigas formas do grego.
De acordo com o Ministério de Cultura da Grécia, a descoberta do “complexo palaciano de Ayios Vassileios nos dá uma oportunidade única de investigar o surgimento e a evolução do palácio micênico, de forma a reconstruir a organização política, administrativa, econômica e social da região. Ao mesmo tempo estima-se que novas provas da religião, linguística e paleografia micênicas sejam reveladas”.
 
Os micênicos foram os primeiros a estabelecer uma civilização em grande escala na Grécia, ainda no século XVII a.C., com centros urbanos ancorados por grandes palácios para a elite, uma tradição artística impressionante e a escrita Linear B, decifrada na década de 1950. Sua cultura é mais conhecida pelo sítio arqueológico de Micenas, do século XVI a.C. e a “máscara de Agamenon”.
As escavações em Ayios Vassileios começaram em 2009, mas os resultados das primeiras análises foram divulgados apenas na semana passada. O incêndio que destruiu o palácio, também queimou as tabuletas de argila e, por esse motivo, os textos se tornaram permanentes. Até o momento, os arqueólogos conseguiram identificar nomes masculinos e femininos, dados sobre trocas financeiras e oferendas religiosas. As anotações revelam uma cultura sofisticada, com uma burocracia intrincada.
 

Uma segunda estrutura no sítio arqueológico tem antigos murais preservados, enquanto um santuário continha objetos de culto religioso, como ídolos de marfim e gemas decorativas. Para o arqueólogo Hal Haskell, da Universidade Southwestern, no Texas, o palácio preenche uma grande lacuna na arqueologia.
— A tradição nos diz que Esparta era um importante local no período micênico — disse Haskell, ao site Live Science. — O que é mais excitante é ter esses objetos da Idade do Bronze que sugerem que o sítio seja de grande significância.
Para Torsten Meissner, da Universidade de Cambridge, a descoberta é “imensamente importante”. Todos os principais lugares mencionados por Homero em seus épicos já foram descobertos.
— Os espartanos micênicos, ou da Idade da Pedra, eram o último ‘grande prêmio — disse Meissner.


Nível do mar não vai parar de subir, afirma Nasa

iStock

Desde 1992, o nível do mar ao redor do mundo aumentou, em média, 80 cm. Em outros lugares, porém, esse crescimento foi muito maior: 230 cm. Os números foram divulgados pela Nasa na última quarta-feira (26) e são da medida mais recente feita por satélites. Os estudos apontam também que o fenômeno é inevitável e que o nível aumentará ainda mais futuramente.
“Sabemos que o oceano se expande conforme a água do mar esquenta e as geleiras e calotas polares derretem, aumentando o volume marítimo. Por isso, é quase certo que teremos, pelo menos, mais 0,9 m de elevação – ou talvez mais”, afirma Steve Nerem, líder da equipe responsável pela área de alterações no nível do mar da Nasa. “Mas ainda não sabemos se isso acontecerá em um século ou mais”, explica.
Os cientistas atribuem um terço do aumento do nível do mar a cada uma das causas: aquecimento da água do oceano, derretimento das calotas polares e diminuição das geleiras. No entanto, eles afirmam que, se os blocos de gelo começarem a desaparecer mais rapidamente, o panorama pode mudar e o crescimento do nível pode aumentar em algumas décadas.
“Os efeitos dessa mudança estão sendo sentidos agora”, diz Michael Freilich, diretor da divisão de ciências da Terra da Nasa. Ele exemplificou com as inundações que aconteceram em Miami em função das marés muito altas, o que não era normal na região. Freilich explicou que os efeitos da elevação do nível do mar podem afetar – e muito – outras grandes cidades como Bangladesh e Tóquio.
As descobertas são baseadas em 23 anos de estudos sobre os níveis do mar feitas com base nas informações fornecidas por três satélites da Nasa. Os cientistas da equipe dizem que, apesar de os dados apontarem para um aumento global, os efeitos não são sentidos da mesma maneira em todos os lugares do mundo.

sábado, 29 de agosto de 2015

Equipe da Nasa viverá isolada por um ano para simular vida em Marte

Isolamento de um ano será o mais longo do tipo
 
Uma equipe da Nasa se mudou na sexta-feira para um local inusitado: durante um ano, seis pessoas irão viver isoladas perto de um vulcão inativo no Havaí para simular o que seria a vida em Marte.

A experiência de isolamento será a mais longa de tipo já feita.

Especialistas estimam que uma missão humana ao Planeta Vermelho poderia demorar entre um e três anos.

A equipe vai viver em uma espécie de cúpula, sem ar ou alimentos frescos e sem privacidade.

Eles se isolaram às 15h no horário local na sexta-feira (22h no horário de Brasília).

Grupo terá que vestir roupas de astronauta para ir ao exterior

Para sair da estrutura em que vivem - a cúpula tem 11 metros de diâmetro e 6 metros de altura -, eles precisarão usar roupas de astronauta.
Um astrobiológo francês, um físico alemão e quatro americanos - piloto, arquiteto, jornalista e cientista de solo - integram a equipe.

Os homens e mulheres terão uma pequena cama dobrável e uma mesa em seus quartos.

Entre os mantimentos as quais terão acesso estão queijo em pó e conservas de atum.

Missões à Estação Espacial Internacional costumam durar seis meses. A agência espacial dos EUA realizou recentemente experiências de isolamento de quatro e oito meses de duração.

Enquanto há preocupação com os desafios técnicos e científicos da viagem, as experiências de isolamento abordam o elemento humano da exploração e problemas que surgem quando as pessoas vivem em locais apertados.

"Eu acho que uma das lições é que você realmente não pode evitar conflitos interpessoais. Vai acontecer durante estas missões de longa duração, mesmo com as melhores pessoas", disse Kim Binsted, pesquisador da Nasa.

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

A nova escalada de desmatamento da Amazônia no Mato Grosso

Desmatamento  (Foto: Instituto Centro de Vida)
 
Nesta semana, o Imazon divulgou dados sobre o desmatamento nos estados da Amazônia Legal e as notícias não foram boas. O índice de derrubadas na maioria dos nove estados aumentou. Mato Grosso teve o pior desempenho. Entre agosto de 2014 e julho de 2015, o derrubada de árvores no estado mais que dobrou em comparação com o mesmo do período anterior. Foi um crescimento de 152%, indo contra a tendência de queda, registrada nos últimos anos.

Para que possamos entender melhor o perfil desses desmates, o Instituto Centro de Vida (ICV) montou um infográfico interativo com os dados do Mato Grosso. O estado lidera o ranking nacional de corte da floresta - é responsável por 31% de todo o desmatamento da Amazônia Legal.
Os gráficos mostram, por exemplo, que a maior parte das áreas desmatadas está em imóveis rurais não cadastrados no Sistema Integrado de Monitoramento e Licenciamento Ambiental (SIMLAM) – versão estadual do CAR. Na teoria, esses sistemas são a forma do governo mapear os desmatamentos que aconteceram ilegalmente até agora e controlar as áreas que devem ser recuperadas. Também é uma forma de coibir novas derrubadas ilegais, já que os dados sobre localização e donos das terras estão facilmente acessíveis. Na prática, a devastação da floresta continua. Um outro estudo do Imazon já havia mostrado que o CAR também não inibiu os desmatamentos no Pará
Segundo os dados atuais, o município de Colniza é o maior desmatador do Mato Grosso. Foram 171 quilômetros quadrados de retirada da floresta – registrou aumento de 204% na comparação dos dois períodos em questão. Alice Thuault, diretora adjunta do ICV, destaca que o município não aderiu ao Programa Municípios Sustentáveis. Se tivesse feito isso, já teria elaborado um plano de metas de gestão ambiental e fundiária no município, incentivando o fim das derrubadas ilegais. “Já está provado que não é necessário mais desmatar para produzir. Mato Grosso, como maior produtor de grãos e maior rebanho bovino do Brasil, precisa assumir esse compromisso e empenhar esforços para zerar o desmatamento”, afirma.
Época.com

Brasil tem população de 204 milhões de habitantes, diz IBGE

Estação República do metrô de São Paulo lotada na hora de pico. A capital paulista é a cidade com mais populosa do país (Foto: Miguel Tovar/LatinContent/Getty Images)

Um novo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publicado nesta sexta-feira (28) mostrou que somos 204.450.649 brasileiros. Os dados são de julho de 2015. Em 2014, o IBGE tinha estimado que a população brasileira era de 202 milhões de habitantes, segundo o G1.

De acordo com a publicação feita no Diário Oficial da União, o Estado mais populoso é São Paulo com 44.396.484 pessoas. Já o menos habitado é Roraima com 505,6 mil. Confira quais são os Estados mais populosos do país:
1º São Paulo: 44.396.484
2º Minas Gerais:  20.869.101
3º Rio de Janeiro: 16.550.024
4º Bahia: 15.203.934
5º Rio  Grande  do  Sul:  11.247.972
6º Paraná: 11.163.018
7º Pernambuco:  9.345.173
8º Ceará:  8.904.459
9º Pará:  8.175.113
10º Maranhão: 6.904.241
11º Santa Catarina:  6.819.190
12º Goiás:  6.610.681
13º Paraíba:  3.972.202
14º Amazonas: 3.938.336
15º Espírito  Santo:  3.929.911
16º Rio Grande do Norte:  3.442.175
17º Alagoas:  3.340.932
18º Mato Grosso: 3.265.486
19º Piauí:  3.204.028
20º Mato Grosso do Sul:  2.651.235
21º Sergipe:  2.242.937
22º Rondônia: 1.768.204
23º Tocantins: 1.515.126
24º Acre: 803.513
25º Amapá: 766.679
26º Roraima:  505.665

* População do Distrito Federal:  2.914.83

4 materiais que vão mudar o mundo em breve

Teia de aranha

O mundo está colapsando. Até aí, nenhuma novidade. A notícia boa é que tem muita gente por aí desenvolvendo novas alternativas de materais para sobrecarregar menos o planeta, tanto nos esforços necessários para a produção dos bens, como na gestão de resíduos. 
Materiais realmente biodegradáveis, ou com vida útil maior, ou que reaproveitam materiais e os transformam em outros produtos de grande utilidade no dia a dia. Nossa Superlista de hoje vai te mostrar quatro produtos que vão mudar o mundo quando começarem a ser amplamente usados – e algo me diz que isso não vai demorar muito.
1. Vidro com memória eterna
Todo mundo já passou pela ingrata experiência de molhar um pendrive com aquele trabalho que você levou dois meses para concluir, ou de o computador dar um defeito sem conserto antes de você fazer o backup, ou (essa é das antigas) de arranhar um CD em que você havia gravado todas as fotos daquela viagem depois de limpar o cartão da máquina.
Você chorou, eu chorei, todo mundo já chorou por causa desse tipo de situação. Mas é possível que a Hitachi tenha descoberto a solução para esse problema. Eles desenvolveram um tipo de cristal de vidro que consegue guardar as informações gravadas nele para sempre.
A fabricante desenvolveu um novo tipo de vidro que consegue “suportar temperaturas extremas e condições hostis sem se degradar praticamente para sempre”. Os dados são armazenados em formato binário em pontos dentro de uma finíssima camada do cristal.
Atualmente, o protótipo mede 2 cm quadrados, tem 2 mm de espessura e consegue armazenar até 40 Gb, mas os cientistas da Hitachi já estão trabalhando para aumentar essa capacidade.
2. Plástico de camarão e teia de aranha
Não é bruxaria, é tecnologia. Cientistas do Wyss Institute for Biologically Inspired Engineering, da Universidade de Harvard, inventaram um tipo de plástico totalmente biodegradável feito da quitina, um polissacarídeo duro retirado da casca do camarão junto com a proteína que faz a teia da aranha ser elástica.
 O novo produto foi chamado de Shrilk, e promete ser a solução para um dos maiores problemas ambientais do mundo, que é o descarte de plásticos derivados de petróleo.
3. Aerogel
Parece fumaça congelada. Só de olhar, não dá pra botar fé de que o aerogel é um sólido. Mas, na verdade, ele é o sólido mais leve e de menor densidade do mundo. Feito retirando todo o líquido da sílica – mesmo mineral de que se faz vidro e areia -, o gel sólido promete ter muitas aplicações em um futuro próximo. Com uma estrutura extremamente porosa, ele poderá ser usado para isolar as casas do futuro do calor. Hoje em dia, já há roupas de bombeiros que são feitas com o material.
4. Madeira biossintética
Se você viveu no Brasil nos últimos 20 anos, sabe que um dos nossos maiores problemas ambientais é o desmatamento. Mas como conter o desmatamento, se boa parte dos produtos que usamos em nosso dia a dia são feitos de madeira (pense em todos os móveis da sua casa, faculdade e/ou do seu local de trabalho)?
Foi para resolver esse problema que surgiu a madeira biossintética. Fabricada a partir de materiais orgânicos que seriam, em tese, desperdiçados – como a casca do coco -, a novidade permite substituir a madeira retirada dos troncos de árvores.
O material ainda não é produzido no Brasil, mas isso pode mudar em breve. Em Belo Horizonte, um grupo de alunos do Centro Universitário Uni-BH ganharam um prêmio por terem desenvolvido uma máquina que permitiria a produção da madeira biossintética a partir de fibra de coco.
Exame.com

Foguete russo põe em órbita satélite britânico de telecomunicações

O foguete russo Proton-M, carregando o satélite britânico de comunicações Inmarsat-5 F3, decola de Baikonur, no Cazaquistão. O satélite que foi colocado em órbita completará o programa Global Express (GX), destinado a levar internet de banda larga para todos os lugares do planeta
 
O foguete russo Proton-M, carregando o satélite britânico de comunicações Inmarsat-5 F3, decola de Baikonur, no Cazaquistão. O satélite que foi colocado em órbita completará o programa Global Express (GX), destinado a levar internet de banda larga para todos os lugares do planeta
Um foguete russo Protón-M, lançado nesta sexta-feira da base de Baikonur, no Cazaquistão, pôs em órbita o satélite britânico Inmarsat-5 F3, que completará o programa Global Express (GX), destinado a levar internet de banda larga até o último cantinho do planeta.

O F3 cobrirá a região do Pacífico e se unirá a outros dois satélites já lançados e que cobrem outras regiões, incluída a América Latina.

O diretor-executivo da Inmarsat, Rupert Pearce, destacou que a quinta geração de satélites da companhia britânica favorecerá a "transformação das sociedades localizadas em lugares remotos" que atualmente não têm acesso às altas tecnologias de informação.

O programa GX, segundo Pearce, abrirá a porta a "uma nova era de comunicações móveis por satélite que vai mudar o futuro para todos".
A tecnologia da quinta geração de satélites Inmarsat oferecerá aos usuários velocidades de internet de banda larga até 100 vezes superiores ao programa anterior.

O primeiro satélite de GX, o Inmarsat-5 F1 foi lançado em dezembro de 2013 e entrou em serviço em julho de 2014 para cobrir Europa, Oriente Médio, África e Ásia.

O F2 foi posto em órbita em 1º de fevereiro e entrará em serviço comercial no final deste mês, enquanto o F3 completará o programa no final deste ano, segundo a companhia.

O de hoje é o primeiro lançamento de um foguete russo deste tipo após o acidente de um Protón-M em maio, justo um ano após outro acidente semelhante com outro portador russo.

O Inmarsat-5 F3 devia ser posto em órbita no final de maio, mas a perda do Protón-M obrigou a adiar o lançamento até que os especialistas russos encontrassem as causas da falha.

 

Empresa nos EUA propões avião comercial de pouso vertical

O TriFan 600 poderá voar a velocidade máxima de 630 km/h e terá alcance de quase 2.000 km (XTI Aircraft)
 
A capacidade de uma aeronave poder decolar e pousar na vertical (VTOL) dá a ela uma incrível versatilidade de operação, podendo realizar seus embarques e desembarques em espaços pequenos. Helicópteros já realizam essa tarefa e também existem aviões militares especiais que também podem fazê-lo, como os famosos V-22 Osprey e o caça Harrier.
Nesta semana a empresa XTI Aircraft apresentou o projeto “TriFan 600”, uma aeronave exclusivamente comercial que pode pousar e decolar como um helicóptero e que poderá revolucionar a aviação executiva. “A visão da XTI é desenvolver uma aeronave executiva que possa viajar de porta-a-porta”, afirmou Jeff Pino, ex-presidente da Sikorsky, a maior fabricante de helicópteros do mundo, e atualmente vice-presidente da XTI.
Conforme dados do projeto, o Trifan 600 tem um desempenho muito próximo ao de um jato executivo. Pode atingir a velocidade máxima de 630 km/h a uma altitude de 10 mil metros e tem alcance de até 1.930 km – o suficiente para ir de São Paulo a Salvador sem escalas. Já a cabine de passageiros poderá ser configurada para receber de quatro a seus ocupantes.
A aeronave é equipada com dois motores turboshaft que geram 2.800 hp ligados a três hélices montadas em dutos móveis. Após decolar na vertical, as duas hélices montadas nas asas inclinam para permitir o voo horizontal, enquanto a terceira é desligada e seu duto é selada para melhorar o fluxo aerodinâmico na fuselagem.
O Trifan 600 ainda terá componentes de alta tecnologia, como a fuselagem construída em fibra de carbono e controles de voo fly-by-wire, o que aumenta o nivel de automação da aeronave facilitando sua condução para os pilotos.
 
O TriFan 600 poderá transportar até seis passageiros (XTI Aircraft)
 
Crowdfunding
A XTI Aircraft ainda é uma empresa start-up, por isso lançou uma campanha de financiamento colaborativo (crowdfunding) para desenvolver e construir o TriFan 600. Segundo a fabricante, é necessário um capital de US$ 15 milhões para lançar o programa da aeronave
 

NASA desenvolve material capaz de se autorregenerar


Uma pesquisa financiada pela NASA trabalha em um tipo de material capaz de se recuperar de qualquer perfuração em questão de segundos. No vídeo divulgado pelos pesquisadores, é possível ver uma peça ser atingida por um tiro de revólver e então se autorregenerar rapidamente.
O material consiste em duas camadas de polímero divididas por uma espécie de gel que solidifica em contato com oxigênio. Outras linhas de pesquisa já desenvolveram materiais semelhantes, geralmente em compostos feitos de líquido, ou com técnicas similares, mas oferecendo resultados bem mais lentos.
O destino para esse tipo de material é, preferencialmente, a proteção da Estação Espacial Internacional, constantemente atingida por detritos que vagam pela órbita da Terra. Outras aplicações possíveis estão na segurança de soldados em situações de conflito, blindagem para carros e até telas de celular.
 

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

O "cálice sagrado" dos supercondutores pode revolucionar os eletrônicos


O cheiro de ovo podre faz você pensar em lixo, mas no futuro esse cheiro desagradável poderá estar relacionado com trens de alta velocidade. O sulfureto de hidrogênio - o composto químico que emite o cheiro forte de ovo podre - é um supercondutor com um potencial imenso.
O composto conduz eletricidade sem resistência a temperaturas de até 70°C, explicaram físicos na Nature. Isso significa que o sulfeto de hidrogênio é o supercondutor com maior temperatura que o homem conhece, superando o antigo campeão em cerca de 40°C. E isso importa muito porque trata-se de um grande passo em direção à descoberta de um supercondutor a temperatura ambiente, o que revolucionaria eletrônicos, tornando a geração diária de eletricidade e a sua transmissão muito mais eficientes.
Supercondutores - materiais que canalizam corrente elétrica sem resistência - foram inicialmente descobertos no começo do século 20. Eles são usados em algumas das mais importantes tecnologias do mundo moderno, de aparelhos de ressonância magnética a aceleradores de partículas, passando por forno micro-ondas e telefones celulares. Mas há um problema persistente: são necessárias temperaturas extraordinariamente baixas e muita energia para formar esses materiais mágicos. E alguns dos supercondutores de temperaturas altas são substâncias incomuns e caras. Uma classe exótica de compostos com cobre chamada de "cupratos" podem superconduzir a temperaturas de -109°C se antes forem expostos a pressão muito alta.
Mas agora os cupratos podem ser substituídos por outra coisa melhor. Quando Mikhail Eremets e seus colegas do Instituto Max Planck de Química na Alemanha colocaram pequenas quantidades de sulfeto de hidrogênio a até 1,6 milhão de vezes a pressão atmosférica, o material comum se transformou.
Ele se torna supercondutor a temperaturas mais comuns na superfície da Terra. É um começo, e pode significar que uma classe inteira de compostos naturais se tornarão candidatos a supercondutores de alta temperatura.
Alguns cientistas estão bastante empolgados com a notícia: Igor Mazin, do Laboratório de Pesquisa Naval, chama o sulfeto de hidrogênio de "o cálice sagrado dos supercondutores." Outros se mantêm céticos até que a descoberta seja confirmada. De acordo com a Nature News, um grupo da Osaka University conseguiu reproduzir a eletricidade, mas não as propriedades magnéticas de um supercondutor no sulfeto de hidrogênio, enquanto outros sequer conseguiram chegar a alguma supercondutividade.
Em relação aos supercondutores de temperatura ambiente que podem propulsionar os trens de alta velocidade e melhorar consideravelmente a tecnologia de ressonância magnética? "Teoricamente eles são não proibidos,"
Eremets disse à New Scientist. Vamos precisar esperar para ver o que acontece.

Nave de reabastecimento acopla com a ISS

(19 ago) Foguete que transportou a nave de reabastecimento Kounotori 5

A nave de reabastecimento HTV5 (ou Kounotori 5) acoplou sem problemas na madrugada desta terça-feira (hora de Tóquio) com a Estação Espacial Internacional (ISS), anunciou a agência espacial japonesa, Jaxa.
"A operação de acoplamento terminou às 02h28", hora local (14h28 de Brasília de segunda-feira), explicou o organismo público.
O encarregado de realizar esta delicada tarefa foi o astronauta japonês Kimiya Yui. A manipulação consistiu em agarrar o HTV5 com a ajuda de um braço robotizado para fixá-lo à ISS e efetuar todas as conexões necessárias para poder descarregá-lo.
Outro japonês, Koichi Wakata, supervisionou as operações a partir do centro de controle de missão da agência espacial americana, a Nasa. É a primeira vez em que uma equipe japonesa dirige todo o acoplamento de uma nave.
"Fico orgulhoso de poder entregar assim o abastecimento indispensável para a ISS graças às possibilidades da robótica japonesa, à nossa tecnologia e aos nossos astronautas", celebrou o presidente da Jaxa, Naoki Okumura, em um comunicado.
O Kounotori 5 foi lançado ao espaço no dia 19 de agosto por um foguete japonês H-2B que havia decolado da base de Tanegashima (sul).
Está carregado com 5,5 toneladas de material e suprimentos para os residentes da ISS, incluindo uma equipe de tratamento de água da Nasa e um dispositivo de experimentação para estudar os efeitos do envelhecimento nos ratos.
A missão japonesa Kounotori 5 (que permanecerá ancorada à ISS por 45 dias) é a quinta deste tipo para o modelo de lançador H-2B desde 2009.
A decolagem da quarta-feira foi realizada pela Jaxa e pelo grupo industrial Mitsubishi Heavy Industries (MHI), que também se encarregou da montagem do foguete H-2B, o segundo maior do Japão após o H-2A.

Buracos negros podem levar a outro universo - diz Stephen Hawking

De acordo com Hawking, os buracos negros possuem, sim, uma saída.
 
Supõe-se que seria uma viagem só de ida, mas em uma nova reviravolta nas explicações sobre o que ocorreria quando se "cai" em um buraco negro, o físico britânico Stephen Hawking afirmou que viajantes espaciais poderiam terminar em outro universo.
"Se cair em um buraco negro, não se renda", disse Hawking em uma entrevista coletiva em Estocolmo, na Suécia. "Há uma saída."
Hawking afirmou ainda que se o buraco fosse suficiente grande e estivesse girando, poderia ter uma passagem a um universo alternativo.
O famoso cientista considera que os objetos podem acabar armazenados sobre os limites de um buraco negro, região conhecida como horizonte de eventos. São as fronteiras do espaço a partir das quais supostamente nenhuma partícula pode sair, incluindo a luz.
Assegurando que essas estruturas não seriam um poço tão escuro como se pensa, Hawkins indicou que os humanos não desapareceriam ao cair em um buraco negro, mas permaneceriam como um "holograma" na margem ou "cairiam em outro lugar".
Mistério prolongado
Os buracos negros são fenômenos cósmicos que se originam quando uma estrela colapsa. O restante de sua matéria fica limitado a uma pequena região, que logo dá lugar a um imenso campo gravitacional.
Por muito tempo se pensou que nada poderia escapar de sua gravidade, nem sequer a luz.
Em 1974, Hawking descreveu como os buracos negros emitiriam radiação, algo que com o tempo passou a ser conhecido como "radiação de Hawking", ideia com a qual muitos físicos concordam hoje em dia.
Ele, contudo, também apontou inicialmente que a radiação emitida por um buraco negro acabaria evaporando e todas as informações sobre cada partícula despareceriam para sempre.
Em 2004, Hawking surpreendeu o mundo com um novo estudo, denominado O Paradoxo da Informação em Buracos Negros, em que mudava sua própria versão: em vez de absorver tudo, os buracos negros permitem que certas radiações escapem.
Deste modo, um buraco negro deixaria de ser o poço infinito que destrói tudo o que cai nele, e sua fronteira não estaria tão definida como se pensava.
Viagem 'sem volta'
En 2012, enquanto buscavam esclarecer se a informação desaparece para sempre dentro de um buraco negro, John Polchinski e outros físicos já haviam descoberto que outro destino é possível.
 
Os físicos discutem há décadas sobre o que ocorre com o estado físico dos objetos que caem em um buraco negro
 
Mas acrescentaram que o horizonte de eventos se converte em uma barreira antifogo gigante que incinera o que passar por ele.
À medida que fosse se aproximando do buraco, a diferença de gravidade entre seus pés e a cabeça aumentaria cada vez mais, e em algum momento você se partiria em dois. E logo essa força de maré, como se denomina essa atração, desgarraria cada célula, molécula e átomo de seu corpo.
Muitos físicos não gostaram dessa ideia. Segundo um dos princípios da relatividade de Einstein, uma pessoa que cruzasse o horizonte de eventos não deveria sentir nada diferente, apenas flutuaria no espaço.
A barreira antifogo, portanto, deixaria vulnerável o "princípio de equivalência", uma regra muito respeitada, daí a resistência dos físicos a descartá-la.
De toda maneira, para verificar o que ocorre em um buraco negro você provavelmente teria que viajar ao interior de um deles.
E o próprio Hawking não é candidato a essa jornada.
"(Após entrar em um buraco negro) Não poderia voltar ao nosso universo, de modo que, ainda que esteja interessado em viajar ao espaço, não vou tentar".

terça-feira, 18 de agosto de 2015

Cinco maneiras pelas quais o El Niño pode alterar o clima do planeta

AP
 
O Estado da Califórnia, no oeste dos Estados Unidos, vinha atravessando uma das maiores secas de sua história nos últimos quatro anos e a chegada do verão no Hemisfério Norte preocupava as autoridades, já que esta é normalmente uma estação com menos chuvas.
São muitos os especialistas que têm certeza que fenômenos como este estão sendo causados pelo El Niño, que se caracteriza por um aquecimento das águas do Oceano Pacífico na região equatorial e cuja atividade vem se fortalecendo nos últimos meses.

Empresa planeja elevador que abre atalho para o espaço

Arte: THOTHX.COM

Do alto de uma torre inflável de 20 quilômetros de altura, astronautas teriam um caminho consideravelmente mais curto até o espaço.
A ideia da Thoth Technology Inc. patenteada na Grã-Bretanha e nos Estados Unidos poderia economizar até 30% do combustível usado em viagens espaciais, segundo a empresa.
"Astronautas subiriam 20 quilômetros de elevador elétrico. Do alto da torre, aviões espaciais poderiam ser postos em órbita em um estágio único, retornando para o alto da torre para reabastecer e voar novamente", afirmou o inventor do sistema, Brendan Quine.

Propulsão

A grande inovação do elevador espacial é a eficiência com que seria possível chegar até altitudes extremas, acima de 50 quilômetros.
Arte: THOTHX.COM
Aviões espaciais poderiam decolar do topo da torre, poupando combustível
 
Atualmente, para superar a gravidade, é necessária uma enorme propulsão, que apenas foguetes que expelem massa em alta velocidade são capazes de produzir.
Quine diz que o elevador precisaria de muito menos energia para isso, já que não precisaria transportar esta massa de combustível usada como propulsão por foguetes.
Com a torre, a maior parte do voo vertical necessário para uma viagem espacial seria eliminada. A partir dos 20 quilômetros de altitude, seria necessário apenas voar na horizontal para entrar em órbita.
Embora o conceito de usar torres como atalho para o espaço não seja novo, ele sempre esbarrava na falta de materiais capazes de suportar o próprio peso em tamanha altitude.
O projeto de Quine elimina este problema ao utilizar uma estrutura leve, inflável e pressurizada. Ela seria guiada a partir da sua base e poderia, segundo a empresa, ser usada para geração de energia eólica e comunicações.
A presidente da Thoth Technology, Caroline Roberts, afirmou que a torre, aliada a novas tecnologias de foguetes em desenvolvimento por outras empresas, vão revolucionar o conceito de viagem espacial.
"Pousar em uma balsa no nível do mar é um grande feito, mas pousar 12 milhas (20 quilômetros) acima do nível do mar vai tornar viagens espaciais cada vez mais parecidas com viagens de avião."
 
Arte: THOTHX.COM
Para permitir viagens espaciais no futuro, a empresa aposta no desenvolvimento de novas formas de voo

Fenômeno raro, arco-íris de fogo é fotografado em praias dos EUA

Fenômeno raro, conhecido como arco-íris de fogo, é formado pelo reflexo da luz solar em nuvens cirrus (Foto: Reprodução/Instagram/icrw70)

Um arco-íris de fogo foi visto domingo (16) em Isle of Palms, na Carolina do Sul, nos Estados Unidos.

Segundo a emissora “14 News”, dezenas de pessoas registraram o fenômeno meteorológico, que pôde ser visto de uma praia local.

O raro fenômeno, popularmente chamado de arco-íris de fogo, na verdade se chama arco circum-horizontal, e é um halo formado por cristais de gelo em nuvens chamadas cirrus.

O meteorologista Justin Lock explicou à emissora americana que o sol precisa estar em um ângulo preciso para dar o efeito de prisma, com o espectro de cores. Por isso o arco-íris de fogo é considerado raro, já que o sol deve estar a uma altitude de, pelo menos, 58 graus acima do horizonte.

Lock afirma que as nuvens cirrus também causam outro fenômeno semelhante. Um pôr do sol que enche o céu de vermelho, laranja e roxo é causado pela luz solar que está refletida em um ângulo preciso das nuvens cirrus.
 
Banhistas registram arco-íris de fogo em praia na Carolina do Sul, nos Estados Unidos (Foto: Reprodução/Instagram/3rdnlong)

Em 2015, planeta Terra já 'opera no vermelho' desde o dia 13 de agosto

 Vista do Planeta Terra em foto divulgada pela Nasa
 
Em menos de oito meses, a humanidade usou o saldo de recursos naturais de um ano inteiro da Terra, segundo dados da Global Footprint Network, um organismo internacional de sustentabilidade com sedes na Europa, na Ásia e nos Estados Unidos. Desde 13 de agosto de 2015, o nosso planeta já está "no vermelho".
O Dia da Sobrecarga da Terra (Earth Overshoot Day) marca a data em que a demanda da humanidade por recursos naturais em um ano excede a capacidade da Terra de regenerar tais recursos neste mesmo ano. Nós mantemos esse déficit liquidando estoques de recursos naturais e acumulando lixo e dióxido de carbono na atmosfera.
Em 2000, o Dia da Sobrecarga da Terra ocorria no início de outubro. Ou seja, em 15 anos, os recursos passaram a se esgotar três meses antes.
A Global Footprint Network calcula o número de dias do ano e a biocapacidade da Terra de prover recursos disponíveis para a pegada ecológica da humanidade
Os custos desse déficit ecológico estão se tornando cada dia mais evidentes com o desmatamento, a escassez de água, a erosão do solo, a perda de biodiversidade e o crescimento de dióxido de carbono na atmosfera. E os problemas podem crescer ainda mais caso medidas importantes não sejam tomadas.
O astronauta americano se mostra fascinado com nosso planeta: "A Terra é linda", registra
O astronauta americano se mostra fascinado com nosso planeta: "A Terra é linda", registra
 
Entenda o cálculo
Para determinar o Dia de Sobrecarga da Terra de cada ano, a Global Footprint Network calcula o número de dias do ano e a biocapacidade da Terra de prover recursos disponíveis para a pegada ecológica da humanidade. Desse modo, a conta se dá a partir da divisão dos recursos regeneráveis pela demanda total da humanidade - ao fim, multiplica-se o número por 365. A equação é a seguinte:
(Biocapacidade do planeta / Pegada ecológica da humanidade) x 365 = Dia da Sobrecarga da Terra .
 

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Será??? Astronauta da missão Appollo afirma: ovnis evitaram a guerra nuclear

edgar mitchell (Foto: wikimedia commons)

 
Edgar Mitchell, participante da missão Apollo 14 e o sexto homem a caminhar na Lua, afirmou em uma entrevista recente que acredita que aliens pacifistas visitaram a Terra. O objetivo era impedir que ataques nucleares acontecessem durante a Guerra Fria. Isso, de acordo com ele, explicaria os avistamentos de Ovnis perto de bases militares na época.
“Falei com muitos oficiais da força aérea que trabalharam nessas estações durante a Guerra Fria. Eles me contaram que os Ovnis eram vistos com frequência e que eram capazes de desligar seus mísseis. Outros oficiais da costa do Pacífico contaram que os mísseis eram derrubados com frequência por naves alienígenas”, afirmou Mitchell.
Não é de hoje que sabemos que o astronauta acredita em visitas extraterrestres. Anteriormente ele já havia declarado crenças similares sobre a presença de ETs em Roswell. Ele cresceu no Novo México, próximo a Roswell, onde as primeiras bombas nucleares foram testadas. “Os ETs estavam por lá porque queriam saber da nossa capacidade militar”, afirmou.
Galileu.com

Erupções vulcânicas esfriaram a superfície dos oceanos

Erupções vulcânicas na Islândia podem aumentar com aquecimento global

Um estudo elaborado por cientistas internacionais sugere que a superfície dos oceanos esfriou durante o período entre 1800 e 801 A.C. por erupções vulcânicas frequentes, segundo publica nesta segunda-feira a revista "Nature Geoscience".
O grupo de especialistas, que investiga mudanças globais do passado, indicou que um aumento no número e tamanho dessas erupções nos últimos séculos pode ser a causa principal da refrigeração das águas.
A pesquisa servirá, além disso, segundo os cientistas, para entender melhor o papel dos oceanos na mudança climática.
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"As explosões vulcânicas esfriam o ambiente a curto prazo. No entanto, nosso estudo demonstra que quando as erupções são mais frequentes produzem um esfriamento dos oceanos a longo prazo", explicou Helen Mcgregor, geóloga da Universidade de Wollongong (Austrália) e principal autora do estudo.
Os cientistas explicaram que, comparados com a atmosfera, os oceanos podem absorver muito mais calor e retê-lo por longos períodos de tempo. Mediante esse mecanismo, são capazes de amortecer as mudanças a curto prazo na temperatura global.
Pelo contrário, quando são agrupados determinados eventos, como as erupções vulcânicas, em um curto período de tempo, as mudanças de temperatura podem se prolongar.
Além disso, os cientistas descobriram que o período frio que aconteceu entre os séculos XVI e XVIII, conhecido como Pequena Idade de Gelo (PEH), coincide com o esfriamento dos oceanos, o que sugere que este evento foi um fenômeno global.
As conclusões da pesquisa foram extraídas a partir de 57 estudos prévios, de livre acesso, que reconstruíram as temperaturas da superfície dos oceanos de todo o mundo, desde os pólos até as regiões tropicais.
Para averiguar as causas dos esfriamentos, os pesquisadores recorreram a modelos climáticos, a partir deles examinaram como certos fatores afetavam - tais como os gases estufa, a atividade vulcânica e a radiação solar - as temperaturas superficiais do mar.
Após examinar os resultados, os cientistas descobriram que só os eventos vulcânicos mostravam uma tendência ao esfriamento que coincidia com a hipótese ventilada.
O pesquisador da Universidade de Maryland (EUA) Michael Evans, coautor do estudo, explicou como o conhecimento das causas que forçaram certas mudanças nas temperaturas dos oceanos no passado pode ajudar "a entender as mudanças do futuro".
"Seguimos tentando entender como as variações climáticas afetam os oceanos. Necessitamos de mais estudos que combinem a observação e a simulação de modelos climáticos para entender melhor o papel dos oceanos na mudança climática", especificou Evans.
Exame.com

sábado, 15 de agosto de 2015

O Universo está morrendo aos poucos, afirma novo estudo

O universo está morrendo. Diferentes comprimentos de onda mostram que há menos energia em circulação (Foto: ESO/ Divulgação)
 
O Universo como o conhecemos, aponta a teoria mais bem aceita, começou com uma grande explosão há coisa de 14 milhões de anos. Os cientistas, já faz tempo, não esperam que ele dure para sempre. Em algum momento no futuro, o Universo vai morrer – uma morte de causas ainda indefinidas, porém certa. Até hoje, faltaram evidências claras dessa morte anunciada. Um grupo de cientistas composto por mais de 100 especialistas de todo o mundo decidiu se debruçar sobre esse problema. E descobriam que o Universo está se apagando aos poucos.

Os especialistas analisaram os dados coletados por telescópios poderosos, na Terra e no espaço. Chegaram à conclusão de que o Universo, hoje, emite metade da energia que emitia há 2 bilhões de anos. Os resultados do estudo foram publicados nesta segunda-feira (10) no site do Observatório Europeu do Sul. Os cientistas examinaram a energia de um largo espectro de ondas e de radiação eletromagnética, e concluíram que ela decaiu em todos os comprimentos de ondas.
“O Universo, basicamente, sentou no sofá, puxou um cobertor e está se preparando para uma soneca”, disse o astrônomo Simon Driver, que lidera a equipe. A maior parte da energia que circula no Universo foi gerada no Big Bang. O cosmos continua a criar novas fontes de energia – quando, por exemplo, a gravidade extrema transforma massa em energia. Ela se dissipa aos poucos, ao ser absorvida por poeira espacial, estrelas, planetas ou lentes de telescópio, por exemplo.  Os cientistas afirmam que a morte do universo não significa que ele desaparecerá. Segundo esse modelo, o Universo vai deixar de converter matéria em energia gradualmente, até se tornar um imenso espaço frio e escuro.

Mas o fim ainda deve demorar um pouco, não é nada com que se preocupar por ora – alguns tantos trilhões de anos, segundo os cientistas.
Época.com

Missão da Nasa simula exploração de Marte no Havaí

Missão no Havaí simula exploração a Marte Foto: DIVULGAÇÃO/HI-SEAS / divulgação/hi-seas


No próximo dia 28, seis pessoas serão colocadas em uma estrutura com cerca de cem metros quadrados construída a 2,5 quilômetros de altitude, no alto do vulcão Mauna Loa, no Havaí, onde ficarão confinadas por 365 dias. Durante todo esse período, a alimentação será similar a dos astronautas, composta majoritariamente por produtos desidratados, e a comunicação com o mundo exterior será apenas eletrônica, com atraso forçado de 20 minutos. Os passeios na parte exterior do complexo só poderão ser realizados com trajes especiais, e as tarefas externas serão constantes. E todo esse sacrifício é feito em nome da ciência. O objetivo é simular uma missão exploratória a Marte, para avaliar o comportamento e aspectos psicológicos e de relacionamento da tripulação.
Vai ser bastante estressante para eles. O tempo é muito longo, mas estão animados — conta Kim Binsted, pesquisadora-chefe do projeto Hi-Seas (Hawaii Space Exploration Analog and Simulation). — Nós queremos saber como apoiar e monitorar uma tripulação para que eles possam realizar missões de longa duração sem querer matar um ao outro.
São três homens e três mulheres que passaram por um intenso processo de seleção, que tinha em seu início cerca de 150 candidatos de diversas partes do mundo. A dedicação por um ano, que os obriga a darem uma pausa em suas carreiras, é praticamente voluntária. Cada um receberá uma bolsa de US$ 15 mil, bem abaixo da média salarial americana. Kim explica que a ideia foi escolher pessoas com perfil parecido com o de astronautas, que estejam preparadas para
suportar situações complexas e de extrema responsabilidade.
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— É um ambiente técnico, qualquer erro pode colocar a missão em risco — diz Kim. — Existem alguns motivos para as pessoas se candidatarem. O principal deles é que muitos sonham em se tornar astronautas de verdade, e veem a missão como interessante para terem no currículo. Outros querem testar os seus limites, ou desejam fazer uma contribuição real para a ida do homem a Marte.

A previsão é que o projeto americano de enviar os primeiros seres humanos a Marte aconteça na década de 2030. O Hi-Seas é o principal experimento de simulação de exploração marciana realizado pela Nasa. Iniciado em 2013, ele já teve três outras missões,
mas todas com duração menor: duas de quatro meses e uma de oito. Um estudo semelhante foi realizado entre 2007 e 2011 pela Agência Espacial Europeia, em parceria com Rússia e China, que confinou três voluntários por 520 dias.
Essa repetição é considerada essencial para validar estatisticamente os resultados. Apesar de terem durações diferentes, as quatro missões do Hi-Seas têm a mesma dinâmica para que os cientistas possam perceber similaridades no comportamento da tripulação.
 
— Pelas missões anteriores, nós pudemos observar que a tripulação fica estressada, alguns com sinais de depressão, principalmente na etapa final. Queremos ver se isso se
repetirá — exemplifica Kim.
As condições são extremas, mas todas as tripulações completaram o período de confinamento. Porém, ao ser questionada sobre a possibilidade de algum participante abandonar a pesquisa, seja por questões familiares do lado de fora ou por problemas de saúde, Kim deixou claro que o isolamento pode ser revisto.
— Nós podemos tirá-los — afirma Kim. — Se acontecer alguma coisa com familiares, se a pessoa tiver um problema médico, nós tiramos. Obviamente isso não aconteceria em uma missão real, mas é um estudo. Não vamos arriscar a vida de ninguém.
O Globo.com






 

 

Para conter poluição, Holanda terá maior purificador de ar do mundo

Protótipo de purificador de ar que deverá ser construído em setembro
 
Uma a cada oito mortes no mundo é causada pela exposição ao ar poluído, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Só em 2012, cerca de 7 milhões de pessoas morreram devido à poluição atmosférica, duas vezes mais do que as estimativas anteriores. De acordo com a agência da ONU, esta é a principal causa ambiental de riscos à saúde.
Ao pensar em dados preocupantes como esses, o designer Daan Roosegaarde criou o protótipo de um purificador de ar que deverá ser construído em setembro na cidade de Roterdã, na Holanda. Desenhado em forma de torre, o aparelho de 6,5 metros será o maior purificador de ar do mundo.
Por meio da tecnologia iônica, o aparelho, batizado de Smog Free Project , deverá sugar o ar poluído, purificá-lo e devolvê-lo limpo.
Outras cidades
A torre purificadora conta com a colaboração da companhia ENS Europe e do professor Bob Ursem, da Universidade Técnica de Delft, e teve um financiamento de 165 milhões de euros. A ideia é levar o purificador para outras cidades posteriormente, como Pequim, capital chinesa, e Cidade do México, capital mexicana.
 

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Tumba de Tutancâmon 'é chave' para desvendar mistério de Nefertiti

AFP/Getty
Em pleno verão boreal na Europa chega até nós uma fenomenal história do Egito digna do mais fantasioso thriller arqueológico. Uma história excitante que descartaríamos de cara se não fosse contada por um dos mais célebres estudiosos do Egito Antigo, o britânico Nicholas Reeves. Ele propõe que a tumba de Tutancâmon no Vale dos Reis (KV 62), visitada por centenas de milhares de pessoas desde a sua descoberta em 1922 por Howard Carter, e cuja estrutura tem sido explorada até a exaustão (ou assim pensávamos), esconde duas câmaras até agora desconhecidas. Numa delas, segundo Reeves, repousaria a rainha Nefertiti, consorte do pai de Tutancâmon, Akhenaton, e possivelmente corregente com este e eventualmente sua sucessora como faraó de direito pleno.
Ao encontrar as “coisas maravilhosas” que eram o formidável enxoval do jovem faraó e que deslumbraram o mundo, Carter e seu mecenas Lord Carnarvon teriam na verdade visto apenas parte da riqueza. Um dos maiores tesouros do Egito não estaria em um lugar ignoto sob as areias do deserto, e sim ao alcance das mãos: literalmente, a centímetros de um dos lugares mais visitados do país do Nilo.
São afirmações que parecem pura loucura, mas que na boca de Reeves, que as justifica num artigo imperdível e fartamente documentado, convidam a sonhar com a que seria uma das maiores descobertas arqueológicas de todos os tempos.
A argumentação especialista –contida num longo artigo publicado em 23 de julho com o título The burial of Nefertiti?– está cheia de afirmações arriscadas e que às vezes parecem desconectadas da realidade, mas é brilhante e erudita. Sua audácia é estimulante, um esplêndido revulsivo num campo que costuma avançar na ponta dos pés. E é impossível não desejar que tenha razão.
Kent Weeks, outra das grandes referências no estudo do Vale dos Reis, responsável pela nova cartografia das necrópoles tebanas e famoso escavador da tumba coletiva dos filhos de Ramsés II (KV5), mostrou-se interessadíssimo na teoria de Reeves. Disse que seus argumentos são “fascinantes”. Reeves é um notório especialista na época de Amarna, autor de uma sensacional biografia de Akhenaton e de um esplêndido e imprescindível livro de divulgação sobre Tutancâmon (The Complete Tutankhamun, publicado em espanhol como Todo Tutankamón). Escavou durante um tempo o Vale dos Reis até se desentender com o então todo-poderoso Zahi Hawass, responsável pelas antiguidades, que o expulsou acusando-o de irregularidades.
A base de toda sua surpreendente releitura da tumba de Tutancâmon está no trabalho realizado pela Factum Arte para criar uma réplica do sepulcro, uma cópia impressionante que pode ser visitada na entrada do Vale dos Reis ao lado da velha casa de Carter. Para construir a réplica, a empresa, que tem sede em Madri, escaneou e fotografou a câmara sepulcral da tumba com uma alta resolução digital e uma precisão impressionante. Ao ver essa nova documentação, disponível online, Reeves descobriu fissuras e gretas artificiais nos muros, que segundo ele sugerem a existência de duas portas dissimuladas que até agora tinham passado despercebidas.
Uma, a oeste da câmara funerária, levaria a um pequeno armazém inexplorado similar ao conhecido Anexo e contemporâneo do enterro de Tutancâmon. Já a outra, ao norte, de maneira muito mais excitante, conduziria a uma continuação pré-Tutancâmon da tumba até outro sepultamento inviolado, o do proprietário original do sepulcro que logo foi readaptado para o jovem faraó: a rainha Nefertirti.
Reeves acredita que a KV 62 foi construída para uma rainha –o que justifica mencionando sua estrutura em L, que leva para a direita–, e não para um enterramento privado relativamente modesto, que foi reaproveitado às pressas para Tutancâmon quando este morreu inesperadamente. Além do muro norte, que fecha a câmara sepulcral e que criou uma separação artificial naquele que era considerado o único corredor com a antecâmara, haveria uma tumba real. Esta teria sido disposta para Nefertiti, cujo paradeiro é desconhecido, ressalta Reeves, e cujo enxoval funerário foi utilizado, em parte, para seu enteado Tutancâmon –que ocupou a parte exterior do sepulcro.
Como provas de sua teoria, o egiptólogo fornece eruditas comparações arquitetônicas com outras tumbas da 18a dinastia.
A porta que dá para o setor oculto da KV 62 e que leva aos restos mortais da bela Nefertiti estaria na parede do outro lado de onde se encontra o sarcófago de Tutancâmon, atrás das pinturas que representam a cerimônia funerária do faraó. A nova análise iconográfica dessas pinturas é um dos elementos fundamentais (e não menos discutíveis) da hipótese de Reeves: em sua releitura, o faraó morto representado não seria Tutancâmon –motivo de consenso até agora– e sim de Nefertiti em sua função régia; e o oficiante na tradicional cerimônia de Abertura da boca não seria o sucessor de Tutancâmon, mas o próprio Tutancâmon, que teria sucedido Nefertiti. De alguma maneira, a pintura estaria dando a chave do segredo da tumba desde que esta foi descoberta.
Mas como é que um experiente arqueólogo como Carter não reparou na suposta verdadeira estrutura da tumba, que ele descobriu e estudou durante dez anos? Reeves responde a essa questão óbvia dizendo que o arqueólogo carecia dos recursos tecnológicos para ver além das pinturas e descobrir as portas secretas. Mas é estranho que uma velha raposa como Carter pudesse deixar escapar algo assim. “Pensou que os muros da câmara funerária eram sólidos e terminou sua investigação sem saber que uma descoberta mais significativa podia estar a polegadas de seu alcance”, conclui Reeves.
Como se vê, até agora nada é conclusivo. O egiptólogo britânico não descarta que também possa haver na tumba várias princesas e outros membros da família real. Está disposto a pesquisar o mais breve possível e afirma que, diferentemente do que fez Howard Carter, os estudos hoje podem ser realizados com técnicas não invasivas. “Uma investigação geofísica da tumba é atualmente a maior prioridade da egiptologia”, diz Reeves. Quem sabe, talvez Carter e Carnarvon deixaram também lá dentro a maior parte da maldição.

Hulton Archive/Getty Images

Como explicar mudanças climáticas de forma poderosa

A Lua e a atmosfera da Terra. Como explicar tudo que estamos fazendo com essa fina camada de gás em volta do planeta? (Foto: Nasa)

 
Como comunicar as mudanças climáticas ao público brasileiro? Essa é uma dificuldade persistente. Apesar de todos os esforços feitos nos últimos anos, a compreensão popular sobre o fenômeno do aquecimento do planeta e sobre a própria ciência do clima está longe do que sabem os pesquisadores. Há um fosso crescente entre o consenso popular e o consenso dos cientistas. Para alguns ativistas e comunicadores, está na hora de mudar a estratégia de comunicação. Diante desse desafio, o Instituto Arapyaú encomendou um estudo à consultoria americana FrameWorks. Ela é especializada em estudar comunicação para causas.
A FrameWorks começou fazendo um levantamento de como está a percepção popular em relação às mudanças climáticas. Foram feitas várias entrevistas em algumas das principais cidades do Brasil. Depois, a FrameWorks comparou o senso comum com o conhecimento dos especialistas científicos no tema, a partir de entrevistas com vários deles. Diante dessa comparação, chegaram a algumas descobertas.
Esse levantamento de campo é a primeira fase de um trabalho mais amplo para traçar uma nova estratégia de comunicação. Nessa fase inicial, a FrameWorks usa as entrevistas para descobrir os modelos culturais da sociedade em relação aquele tema. Os modelos culturais revelam o terreno cognitivo de um determinado assunto. Eles mostram os padrões implícitos de crenças que os indivíduos usam para enquadrar as informações que recebem. Esses modelos culturais podem ser produtivos ou danosos na hora de extrair sentido da informação.
MODELOS PRODUTIVOS
O primeiro resultado do levantamento de modelos culturais ligados a mudanças climáticas é uma lista de justaposições entre o público e os especialistas. São os chamados modelos produtivos.
A seguir, a lista de justaposições:
1. A temperatura está aumentando - As pessoas associam ondas de calor, aumento na frequência dos recordes de temperatura e derretimento de geleiros, entre outros sinais, às mudanças climáticas. O termo popular “aquecimento global” também contribui para essa percepção.
2. As mudanças climáticas são causadas pelos seres humanos - Apesar do esforço de grupos de lobby para criar uma aparência de grande incerteza científica, o senso comum está alinhado com o consenso científico de que as mudanças do clima são predominantemente efeito de nossa atividade na Terra
3. O regime de chuvas está mudando drasticamente - As ondas de seca recentes que atingiram a região Sudeste do Brasil ajudaram a reforçar essa percepção
4. Parar de desmatar e de reforestar é importante. - Isso é efeito das campanhas para mostrar que a maior fonte de emissões do Brasil é a retirada de cobertura vegetal. E que plantar árvores pode ajudar a tirar o excesso de carbono da atmosfera
5. O abastecimento de água e a produção de alimentos serão bastante impactados. - Essa visão também tem relação com a crise hídrica
6. Populações de baixa renda são mais vulneráveis. - A população sabe que, diante do desafio de se adaptar à parcela inevitável das mudanças climáticas, países ou mesmo setores sociais mais pobres sofrerão mais
7. As cidades agravam os efeitos das mudanças climáticas - Embora nem todos compreendam o conceito de ilha urbana de calor, nem como a concentração de asfalto e cimento esquentam o mundo, quase todo mundo experimenta o clima desagradável de áreas pouco arborizadas
Esses pontos de concordância são úteis para começar o discurso. Quando alguém for começar a falar sobre mudanças climáticas, usar as afirmações com as quais as pessoas já estão acostumadas deixa o interlocutor mais aberto para receber novas informações e ajustá-las ao que sabe. Os pontos de concordância são como as fundações sobre as quais é possível construir novos raciocínios e conhecimentos. "A gente quer ativar os modelos mais produtivos para comunicar sobre mudanças climáticas", diz Michael Baran, pesquisador da Frameworks.
A recomendação da Frameworks é potencializar os modelos culturais alinhados com especialistas. Também é importante complementar esses modelos. Eles são produtivos mas podem ser potencializados.
Para fazer isso, a FrameWorks elaborou algumas sugestões a partir dos seguintes modelos produtivos:
Efeitos desiguais - Tanto o público quanto especialistas concordam que as mudanças climáticas afetam as pessoas de forma desigual. Quem tem boa condição de vida, pode mudar com as mudanças climáticas. Esse conceito pode ser usado para expandir o conceito de vulnerabilidades. Em geral, imagina-se que o Brasil não é dos países mais vulneráveis porque não tem furacões ou terremotos (que não tem nada a ver com o clima mas está associado pela populaçao a desastre). Porém, o país estã vulnerável sim porque depende clima para manter a produção agrícola.
Mudanças nas chuvas e problemas no abastecimenbto de água e de alimentos - É importante aproveitar essa compreensão para mostrar que hã efeitos das mudanças climáticas que já são inevitáveis. A recomendação da FrameWorks é pegar carona nessa ideia para falar de outros efeitos do clima na saúde ou da acidificação dos oceanos.
Mudança climática é aquecimento global - As pessoas já sabem que os eventos extremos e as alterações nos padrões de clima estão associados ao fenômeno do aquecimento global. No Brasil, a pesquisa da FrameWorks não encontrou forte expressão do negacionismo, presente em outros países como os EUA. A FrameWorks recomenda usar o termo mudanças climáticas com aquecimento global para deixar claro que há algo de permanente e provocado pela humanidade no fenômeno.

MODELOS IMPRODUTIVOS
A segunda lista elaborada pela FrameWorks mostra os pontos de desconexão entre a visão popular e o consenso dos especialistas. Essa lista mostra os pontos de atenção na comunicação. São os modelos culturais improdutivos na comunicação.
A seguir, os pontos de discordância entre público e especialistas:
Definição de clima - Para os especialistas, o clima é visto como variações de longo prazo. As alterações das mudanças climáticas são mudanças na estatística de ocorrência de extremos de temperatura ou precipitação. São alterações medidas no espaço de anos ou décadas. Para a população, o clima é confundido com a condição de tempo. Mudança climática no senso popular pode ser acordar com frio e sentir calor no meio da tarde. Ou pode ser um dia forte de calor fora do comum no verão.
Atmosfera - Para os especialistas, as mudanças climáticas são consequência de alterações na concentração de gases como o gás carbônico e o metano na atmosfera. Já o público faz confusão com a camada de ozônio na camada mais alta da atmosfera. A camada de ozônio perdeu espessura por causa da emissão de outros gases, como os CFCs. Os CFCs têm um efeito menor também no efeito estufa, que aquece a Terra. Mas a rigor são dois fenômenos separados: mudanças climáticas e perda na camada de ozônio. Nos EUA, usaram o termo cobertor térmico como metáfora. A ideia é usar a imagem de um cobertor que cobre a terra e segura o calor. Mas a FrameWorks não testou a eficácia dessa metáfora no Brasil. Por isso não recomenda seu uso ainda. Recomendação seria dizer algo como: "Os CFCs (que também atacam a camada de ozônio) contribuem para um espessamento da atmosfera. Eles contribuem com algo como 12% do aquecimento enquanto o gás carbônico é responsável por 60%".
Causa principal - O principal gás responsável pelas mudanças climáticas é o gás carbônico. A população não o nomeia ainda. Para ela, o problema é provocado por uma poluição mais genérica, que pode ser confundida com a fumaça negra dos escapamentos. Um veículo a biodiesel mal regulado.
Conscientização leva a ação - Há dois problemas juntos aqui. Um deles é a visão de que basta conscientizar a população para caminharmos para uma solução. Imagina-se que basta aumentar a informação para que as pessoas mudem de atitudes, como gastar menos água em casa, e isso terá efeito positivo para o clima. O segundo problema, ligado ao primeiro, é a visão que todos têm responsabilidade igual. Imagina-se que o cidadão, as empresas e os governos têm o mesmo papel. Que é um trabalho de formiguinha. É preciso ressaltar que governos e empresas têm papel fundamental quando evitar o pior das mudanças climáticas implica em alterar o modelo energético ou de transportes do país.
Outra recomendação é evitar o catastrofismo. O discurso de que o mundo está acabando contribui para a inação. Em lugar disso, é mais eficaz enfatizar as ações para resolver o problema.
Esses pontos são as lacunas entre os conhecimento popular e o consenso científico. Se a intenção for engajar rapidamente o público, é preciso tomar cuidado com esses pontos de discordância. Se a intenção for aumentar a compreensão pública, aí esses temas deverão ser esclarecidos gradualmente.
Essas orientações podem ser usadas para construir discursos mais eficazes e comunicar melhor a complexidade do clima. A esperança é com isso conseguir engajar mais as pessoas para enfrentar esse desafio.
Época.com

Fotógrafo clica raio e arco-íris na mesma foto em deserto nos EUA

Relâmpago e arco-íris são registrados na mesma foto em um clique raro em região desértica do Arizona, nos EUA (Foto: Greg McCown)
 
Um fotógrafo do estado do Arizona, EUA, conseguiu fazer na semana passada uma foto difícil de se ver. Um forte raio cruza o céu ao lado de um arco-íris ao fim de uma tempestade de verão, e isso em uma região desértica. Greg McCown postou a imagem com um relato de como fez o clique impressionante. "Depois de anos tentando, finalmente consegui minha foto de raio com arco-íris", comemorou.
Enquanto fotografava com alguns amigos perto da pequena cidade de Marana, Greg foi pego de surpresa pela chuva e notou a formação do arco-íris. "Bryan e Chris (os amigos) voltaram para casa e eu segui na direção sudeste rumo ao arco-íris. Eu só queria um ângulo sem postes de telefone ou outras coisas no caminho", conta. Em vez dos postes, conseguiu um cacto para compor a cena.
O fotógrafo encontrou o melhor quadro no momento exato. "Esse foi o último raio logo antes de a tempestade se dissipar e desaparecer", afirma. Em seu site e perfil do Flickr é possível ver a extensa coleção de fotos que ele já fez pela região.

Sonda Rosetta registra aproximação de cometa ao Sol

Sonda Rosetta registra aproximação de cometa ao Sol

A sonda europeia Rosetta fotografou a passagem do cometa 67/P Churyumov-Gerasimenko pelo ponto de sua órbita elíptica mais próximo do Sol, ou seja, uma distância de 185 milhões de quilômetros para a estrela.
Inéditas na história da exploração espacial, as imagens mostram explosões de jatos de gás causadas pela evaporação do gelo presente no astro. "A atividade do cometa continuará alta por muitas semanas, e estamos impacientes para pegar muitos jatos", disse Nicolas Altobelli, cientista que trabalha na missão.    
As observações da Rosetta indicam que o Churyumov-Gerasimenko está lançando no espaço até 300 kg de vapor de água - algo como duas banheiras cheias - por segundo. O gás emitido é mil vezes maior do que aquele registrado em agosto de 2014, quando a sonda alcançou o astro.    Atualmente, a Rosetta acompanha o cometa a uma distância de 325 a 340 km para evitar jatos de poeira, o que poderia prejudicar a missão. Durante a aproximação ao Sol, cujo ápice foi fotografado pelo equipamento, o aumento do calor esquenta o núcleo do Churyumov-Gerasimenko e o "acende". As elevadas temperaturas derretem o gelo e o transforma rapidamente em gás, provocando jatos de vapor e dando forma à cauda do astro.    
Além da Rosetta, o robô Philae também segue a viagem do cometa pelo sistema solar. No entanto, após ter acordado de uma longa hibernação, ele está em silêncio há cerca de um mês.
 

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Cometa Tchouri e sonda Rosetta atingem ponto mais próximo do Sol na quinta

 
O cometa Tchouri, onde se encontra a sonda europeia Rosetta, atingirá na quinta-feira (13) o ponto de órbita mais próximo do sol, permitindo nova etapa na procura da origem da vida na Terra. Os cientistas esperam recolher partículas orgânicas deixadas pela formação do sistema solar e presas durante 4,6 bilhões de anos no gelo desse cometa.
Os cometas são pequenos corpos do sistema solar constituídos por um núcleo de gelo, materiais orgânicos e pedras, cercado de poeira e gás. Ao aproximarem-se do sol, as camadas de gelo interiores transformam-se em vapor, provocando tempestades de gás e poeira e projetando partículas.
Se o cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko, batizado de Tchouri, passar por essa alteração, a sonda Rosetta, que orbita na sua proximidade, estará pronta para registrar quaisquer pistas de como o sistema solar foi formado.
"Este é o momento de maior ação", disse à agência France Press o conselheiro científico da Agência Espacial Europeia, Mark McCaughrean, acrescentando que o momento oferece "a maior oportunidade para recolher material a fim de analisar, quando se procura espécies raras de moléculas", especialmente componentes orgânicos.
Queremos olhar para o material mais puro que poderá ser expelido" pelo interior da camada de pó de gelo, retirada da superfície, acrescentou.
A sonda Rosetta, lançada em março de 2004 e que orbita o cometa 67/P desde o ano passado, atingirá o seu ponto mais próximo do sol (cerca de 186 milhões de quilômetros) na quinta-feira, antes de embarcar em mais uma órbita oval que durará 6,5 anos.

Chuva de meteoros nos dias 12 e 13 será mais intensa do ano

Perseidas: a chuva de meteoros terá seu auge nesta quarta e quinta-feira

Nos dias 12 e 13 de agosto acontece o ápice da chuva de meteoros das Perseidas. O evento é um dos mais esperados pelos amantes de astronomia, já que é a chuva mais intensa do ano.
Para que uma chuva de meteoros aconteça, a Terra precisa entrar na órbita de um cometa (neste caso, o Swift-Tuttle). Durante a viagem no espaço, cometas ejetam partículas.
Quando essas partículas adentram a atmosfera terrestre, elas entram em combustão -- o atrito com a atmosfera faz com que elas queimem. O brilho que vemos no céu é exatamente o rastro deixado pelas partículas em chamas.
A chuva de meteoros poderá ser vista a olho nu. No entanto, para quem mora em grandes centros urbanos, será difícil enxergar o fenômeno. A poluição e forte iluminação nesses locais dificulta a visão dos rastros.
O evento astronômico poderá ser visto com mais intensidade nas regiões Norte e Nordeste do país, devido à trajetória do cometa Swift-Tuttle. 
Se você tem medo de que os meteoros destruam a Terra, não se preocupe. As partículas são extremamente pequenas e se dissolvem antes de colidir com o chão.
“O fenômeno não traz nenhum risco para o planeta. No máximo algum problema com satélite, mas nunca vi isso acontecer”, concluiu o professor.