Em nenhum outro momento a NASA esteve tão determinada a encontrar vida fora da Terra como agora. No começo do mês, a cientista-chefe da agência, Ellen Stofan, previu que em uma década já teríamos indícios da existência de vida alienígena, e que em no máximo 30 anos chegaríamos a uma evidência definitiva.
Pouco tempo depois da declaração, veio o anúncio oficial de que a NASA reuniu um time interdisciplinar de experts das melhores universidades e centros de pesquisa dos EUA com um único propósito: estudar a fundo os mais de mil exoplanetas conhecidos até agora. O objetivo? Compreender aspectos desconhecidos sobre eles, principalmente os fatores que fazem com que um mundo seja habitável e possa abrigar seres vivos.
Chamado de NExSS (Nexus for Exoplanet System Science), o projeto sem precedentes promoverá um estudo científico sistêmico pois agrega ciências da Terra, ciência planetária, astrofísica e heliofísica. A melhor forma de entender questões complexas sobre planetas tão distantes é unindo diversas áreas do conhecimento. A atuação coletiva pretende desvendar como a biologia interage com a atmosfera, geologia, oceanos e o interior de um planeta, e como essas interações são afetadas por sua estrela-mãe.
“Esse esforço interdisciplinar conecta times de pesquisa de ponta e fornece uma abordagem sintetizada na busca por planetas com o maior potencial para sinais de vida”, disse em um comunicado Jim Green, diretor de ciência planetária da NASA. “A caça a exoplanetas não é apenas uma prioridade dos astrônomos, ela também é de grande interesse para cientistas planetários e climáticos”, afirma.
Uma das equipes do NExSS vai estudar elementos químicos detectados na atmosfera de outros mundos, como metano e oxigênio, para tentar descobrir se eles possuem origem biológica. “Nós realmente temos que procurar por uma bioassinatura química, porque nunca seremos capazes de medir homenzinhos verdes correndo pela superfície de um planeta”, disse Tom Zega, pesquisador do time, ao Arizona Daily Star. Em uma linha parecida, um grupo de climatologistas vai analisar a luz que passa por essas atmosferas distantes para tentar descobrir se elas são capazes de fornecer as condições para a vida.
Galileu.com
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