Um escritório de arquitetura londrino desenvolveu uma forma de construir prédios de modo que eles sejam mais verdes e ajudem a despoluir o ar. O ecoLogicStudios, de Londres, apresentou um coreto coberto por algas na Expo Milan deste ano – uma feira internacional especializada em arquitetura. A cobertura de algas parece sem graça se comparada a exuberância dos jardins verticais que, agora, surgem em algumas cidades ao redor do mundo. Mas tem suas vantagens.
O coreto verde do ecoLogicStudios é feito de um plástico chamado etileno tetrafluoretileno, o mesmo usado em alguns prédios famosos, como o Cubo D’água construído para as Olimpíadas de Pequim. O interior dessa camada de plástico é preenchido por água e por uma alga chamada espirulina – que, segundo a Smithsonian Magazine, é comumente usada como suplemento alimentar. Semanalmente, a alga que cresce na estrutura pode ser colhida para servir de alimento. A graça mesmo está no fato de que algas são extremamente eficientes quando o assunto é absorver gás carbônico e liberar oxigênio. Algas e plantas aquáticas são as responsáveis por cerca de 70% de todo o oxigênio liberado na atmosfera. O coreto apresentado na mostra tem 40 m². Suas algas são capazes de produzir cerca de 2kg de oxigênio por dia– a quantidade necessária para três adultos respirarem durante esse período sem sobressaltos. Ao mesmo tempo, a estrutura suga 8kg de dióxido de carbono do ar.
O coreto londrino está exposto em uma área da mostra dedicada ao futuro da comida. A espirulina é comumente usada como suplemente alimentar por ser rica em proteína. Muitos a veem como um possível substituto para a carne, em um mundo em que é cada vez mais custoso manter grandes rebanhos. “Muitos veem essa alga como a comida urbana do futuro”, disse Marco Poletto, cofundador da ecoLogicStudios. Por ora, o coreto pequenininho é caro – custa US$1308,00. A esperança é que os custos caiam conforme a demanda pela tecnologia cresça. A esperança da empresa é implementar coberturas de alga semelhantes em edifícios inteiros. Essa cobertura vegetal seria capaz de prover oxigênio, diminuir a quantidade de gás carbônico livre na atmosfera e fornecer comida ou combustível para as cidades.
Época.com
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