A sedutora leitura só começa a existir quando um leitor a inicia. Esta afirmação resume o novo olhar dos historiadores em relação à leitura. Durante muito tempo eles mantiveram frente à leitura uma atitude linear, supondo-a invariável, natural a todas as pessoas de todas as épocas. Hoje, inúmeras pesquisas nos ensinam a ver no gesto trivial de ler um texto, uma variação quase infinita, possível de ser reconstituída nos diversos momentos da história. A difusão do "livro com páginas" tal como o conhecemos, assim como a primeira revolução na história do livro- a invenção impressa da imprensa no séc.XV- provocaram um alargamento enorme no número de leitores. No final do séc.XIX o público atingiu a alfabetização em massa. Mas, a "era de ouro" da leitura foi também a última a ver o livro ainda imune à competição com outros meios de comunicação - TV, internet e todo o sofisticado aparato da mídia eletrônica do séc.XX. Ler numa tela, na minha visão, não terá o mesmo prazer do que ler num livro com páginas, mas com a correria que a modernidade nos impõe, às vezes, torna-se a única alternativa. Estaríamos hoje diante de uma terceira revolução quanto a forma de ler??? Enquanto discutem-se as novas maneiras como um estímulo à leitura, pelo menos nos tranquiliza a idéia de que não compromete futuros lançamentos literários. As obras existirão sempre nós é que teremos opções na forma que podemos e queremos lê-las!
"O livro é uma extensão da nossa memória e da nossa imaginação". A leitura enriquece a alma!!!
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