Nas regiões Sul e Sudeste, brasileiros poderão observar a olho nu a Lua
passando na frente do planeta Júpiter a partir das 21 horas (horário de
Brasília) desta quarta-feira. O fenômeno vai durar aproximadamente 90 minutos e
poderá ser observado nas seguintes capitais: Rio de Janeiro, São Paulo, Belo
Horizonte, Vitória, Curitiba, Florianópolis e Porto Alegre.
Para potencializar a visualização, o Museu de Astronomia e Ciências Afins
(Mast), em São Cristóvão, na zona norte do Rio, vai colocar à disposição dos
interessados modernos telescópios e duas lunetas tradicionais, como a Luneta
Equatorial (de 21 cm) e a Luneta Equatorial (de 46 cm), a maior do País e que
pertence ao Observatório Nacional. Além disso, o museu transmitirá em um telão,
em tempo real, a ocultação do planeta.
O astrônomo do museu, Eugênio Reis, disse que a Lua passará na frente de
Júpiter, provocando uma coincidência das órbitas. "Este é um espetáculo muito
bonito. A Lua vai estar um pouco baixa, pois vai ter nascido há pouco tempo. É
bom procurar locais onde o horizonte esteja limpo ou desimpedido. A beira da
praia, com certeza, é um bom local", indica o astrônomo.
De acordo com Reis, Júpiter vai estar muito próximo da Lua, mas no momento da
ocultação, como a Lua vai estar cheia, recomenda-se o uso de um binóculo para
poder acompanhar melhor o fenômeno. "Com um telescópio, poderemos ver que os
satélites próximos a Júpiter serão gradativamente ocultados pela Lua. Seu
reaparecimento será na mesma ordem, por volta das 22h".
Júpiter é o maior planeta do Sistema Solar, um gigante gasoso que possui
muitas luas (satélites naturais). As quatro principais são chamadas Luas
Galileanas (Io, Europa, Ganimedes e Calisto), pois foram observadas pela
primeira vez pelo físico italiano Galileu Galilei, em 1610. Elas são os
satélites mais famosos do Sistema Solar, depois da Lua que orbita ao redor da
Terra.
Segundo Reis, o fenômeno voltará a ocorrer no dia 25 de dezembro deste ano,
porém um pouco mais tarde.
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