A 900 anos-luz de distância da Terra, uma anã branca de 11 bilhões de anos esfriou o suficiente para cristalizar. Como é feita, principalmente, de carbono, ela se transformou em um diamante enorme. E quando dizemos enorme, queremos dizer enorme mesmo: ela é do tamanho da Terra.
A estrela-diamante é descrita em um estudo publicado no The Astrophysical Journal e está entre uma das mais frias anãs brancas já encontradas. Ela é tão fria que emite pouquíssima luz e não pode ser vista. Para provar sua presença, os pesquisadores analisaram a forma com que a gravidade do corpo cristalizado perturba ondas de rádio vindas de uma estrela de nêutrons próxima.
Sim, há esse detalhe que torna o sistema ainda mais bacana. O diamante gigante orbita um pulsar (uma estrela de nêutrons que gira rapidamente), chamado PSR J2222-0137. Ou seja, o sistema é um par de estrelas mortas - o pulsar é o resto de uma estrela gigante que acabou virando uma supernova. E a anã branca é o que sobrou de uma estrela que seria parecida com o Sol, até que se contraiu em uma rocha do tamanho da Terra. Se deixadas sozinhas, as anãs brancas esfriam e ficam escuras em um período de bilhões de anos.
O sistema é parecido com outro descrito em 2011, que também continha uma anã branca cristalizada orbitando um pulsar. Mas esse novo diamante é maior.
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