De acordo com um relatório publicado em 4 de junho pela Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos, para reviver o programa espacial tripulado por humanos será necessário ir para Marte. O documento oferece três possíveis rotas para o planeta vermelho – e alerta que chegar até Marte exigirá que a Nasa repense como planeja suas missões.
Continuar no curso atual da agência é “um convite ao fracasso, à desilusão, e ao fim do reconhecimento internacional de que voos espaciais tripulados são o que os Estados Unidos fazem melhor”, declara o relatório.
A rota mais curta até Marte apontada no relatório começaria com uma jornada para recuperar um pequeno asteroide na órbita terrestre próxima – um objetivo apoiado pelo presidente Barack Obama – seguida por uma missão até as duas luas de Marte, e então por uma viagem para o planeta propriamente dito.
Esquemas mais complicados envolveriam parar em uma área gravitacionalmente estável entre a Terra e a Lua chamada de Ponto de Lagrange L2, em um asteroide no espaço profundo ou na superfície da Lua a caminho de Marte.
Os planos do relatório colocariam humanos em Marte entre 2037 e 2050 a um custo de centenas de bilhões de dólares e “riscos significativos à vida humana”. Chegar ao Planeta Vermelho exigiria décadas de financiamento para o programa de voos espaciais da Nasa em um nível que supere a taxa de inflação, encerrando 30 anos de orçamentos para missões tripuladas.
“Nós jamais chegaremos a Marte se não adotarmos uma maneira radicalmente diferente de fazer negócios” alerta Mitch Daniels, presidente da Purdue University em West Lafayette, no estado de Indiana, e co-diretor do comitê que escreveu a análise.
Continuar no curso atual da agência é “um convite ao fracasso, à desilusão, e ao fim do reconhecimento internacional de que voos espaciais tripulados são o que os Estados Unidos fazem melhor”, declara o relatório.
A rota mais curta até Marte apontada no relatório começaria com uma jornada para recuperar um pequeno asteroide na órbita terrestre próxima – um objetivo apoiado pelo presidente Barack Obama – seguida por uma missão até as duas luas de Marte, e então por uma viagem para o planeta propriamente dito.
Esquemas mais complicados envolveriam parar em uma área gravitacionalmente estável entre a Terra e a Lua chamada de Ponto de Lagrange L2, em um asteroide no espaço profundo ou na superfície da Lua a caminho de Marte.
Os planos do relatório colocariam humanos em Marte entre 2037 e 2050 a um custo de centenas de bilhões de dólares e “riscos significativos à vida humana”. Chegar ao Planeta Vermelho exigiria décadas de financiamento para o programa de voos espaciais da Nasa em um nível que supere a taxa de inflação, encerrando 30 anos de orçamentos para missões tripuladas.
“Nós jamais chegaremos a Marte se não adotarmos uma maneira radicalmente diferente de fazer negócios” alerta Mitch Daniels, presidente da Purdue University em West Lafayette, no estado de Indiana, e co-diretor do comitê que escreveu a análise.
A Nasa, que aposentou o ônibus espacial em 2011, agora depende de foguetes russos para carregar seus astronautas até a Estação Espacial Internacional (ISS, em inglês). A agência espacial está desenvolvendo um novo e poderoso veículo de lançamento, o Sistema de Lançamento Espacial, e uma espaçonave adicional, a Orion, para missões tripuladas ao espaço profundo. Seu primeiro voo está programado para 2017.
Mas o objetivo final do programa de exploração espacial tripulada da agência está em transição. Em 2010, Obama cancelou planos de levar astronautas americanos novamente à Lua até 2020. Em vez disso, o presidente apoiou uma missão para recuperar um asteroide e rebocá-lo até a órbita da Lua para mais estudos. De acordo com a Nasa, isso permitirá que tripulações treinem manobras no espaço profundo, com a esperança de levar humanos a Marte até a década de 2030, mas o plano gerou o ceticismo de cientistas e legisladores que duvidam de seu valor e viabilidade.
De maneira geral, a análise “certamente é uma acusação do plano atual”, aponta John Logsdon, historiador e especialista em política espacial da George Washington University em Washington, capital. “Se esta nação quiser enviar humanos para além da órbita baixa da Terra, não poderá continuar assim”.
O novo relatório favorece um retorno à Lua, argumentando que a superfície lunar tem “vantagens significativas” como primeiro passo no caminho para Marte. Usar a Lua também alinharia os objetivos dos Estados Unidos com os de seus parceiros espaciais históricos, incluindo a Agência Espacial Europeia, observa Marcia Smith, analista de programas espaciais e fundadora do SpacePolicyOnline.com, com sede em Arligton, na Virgina.
Mark Sykes, chefe executivo do Instituto de Ciências Planetárias em Tucson, no Arizona, declara estar decepcionado com o comitê do relatório porque seus membros não assumiram uma visão mais radical, como explorar uma combinação de missões robóticas e tripuladas ou até propor o desenvolvimento de uma colônia em Marte.
De acordo com Sykes, planejar uma visita curta à superfície do planeta vermelho é um beco sem saída. “Receio que o fracasso em fazer as perguntas difíceis, o fracasso em ser audacioso, poderia resultar no fim no programa de exploração espacial tripulado”, conclui ele.
Mas o objetivo final do programa de exploração espacial tripulada da agência está em transição. Em 2010, Obama cancelou planos de levar astronautas americanos novamente à Lua até 2020. Em vez disso, o presidente apoiou uma missão para recuperar um asteroide e rebocá-lo até a órbita da Lua para mais estudos. De acordo com a Nasa, isso permitirá que tripulações treinem manobras no espaço profundo, com a esperança de levar humanos a Marte até a década de 2030, mas o plano gerou o ceticismo de cientistas e legisladores que duvidam de seu valor e viabilidade.
De maneira geral, a análise “certamente é uma acusação do plano atual”, aponta John Logsdon, historiador e especialista em política espacial da George Washington University em Washington, capital. “Se esta nação quiser enviar humanos para além da órbita baixa da Terra, não poderá continuar assim”.
O novo relatório favorece um retorno à Lua, argumentando que a superfície lunar tem “vantagens significativas” como primeiro passo no caminho para Marte. Usar a Lua também alinharia os objetivos dos Estados Unidos com os de seus parceiros espaciais históricos, incluindo a Agência Espacial Europeia, observa Marcia Smith, analista de programas espaciais e fundadora do SpacePolicyOnline.com, com sede em Arligton, na Virgina.
Mark Sykes, chefe executivo do Instituto de Ciências Planetárias em Tucson, no Arizona, declara estar decepcionado com o comitê do relatório porque seus membros não assumiram uma visão mais radical, como explorar uma combinação de missões robóticas e tripuladas ou até propor o desenvolvimento de uma colônia em Marte.
De acordo com Sykes, planejar uma visita curta à superfície do planeta vermelho é um beco sem saída. “Receio que o fracasso em fazer as perguntas difíceis, o fracasso em ser audacioso, poderia resultar no fim no programa de exploração espacial tripulado”, conclui ele.
Scientific American
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