quarta-feira, 25 de junho de 2014

Estudo pede ação para salvar mares em cinco anos

Marégrafo utilizado pelo Inpe para medir a oscilação do nível dos oceanos repleto de aves atobás (Foto: Eduardo Carvalho / Globo Natureza)

Os oceanos do mundo estão ameaçados pela contaminação e a sobrepesca. Para salvar os mares, uma comissão independente, formada por ex-altos funcionários de governo e executivos advertiu ser necessário agir em menos de cinco anos para salvar os mares.
A Comissão Oceano Mundial, criada em fevereiro de 2013, informou que a redução do uso de objetos de plástico e da pesca em alto-mar e a implantação de regulamentações estritas para a exploração de petróleo e gás são a chave para este plano de resgate.
"O oceano fornece 50% do nosso oxigênio e fixa 25% das emissões globais de carbono. Nossa cadeia alimentar começa nestes 70% do planeta", afirmou José Maria Figueres, ex-presidente de Costa Rica, que codirige a comissão.
A equipe apresenta oito propostas para recuperar e preservar a saúde dos oceanos em um relatório, intitulado "Do declínio à recuperação: um plano de salvação para os oceanos do mundo".
Entre elas, defende limitar as subvenções governamentais à pesca em alto-mar para acabar com a prática em cinco anos. A recomendação afeta principalmente os Estados Unidos, a União Europeia, a China e o Japão.
"Cerca de 60% destas subvenções fomentam práticas insustentáveis e sem elas a indústria pesqueira em alto-mar não seria financeiramente viável", destacou o informe.
Falta de jurisdição atrapalha proteção As águas de alto-mar são as que vão além das fronteiras nacionais e constituem cerca de 64% da superfície total dos oceanos e a metade de toda a produtividade biológica destes anos, acrescentou.
A comissão expressou que a falta de jurisdição sobre estas águas é um grande problema e pediu a negociação de um novo acordo sob os termos da Convenção das Leis do Mar das Nações Unidas (UNCLOS).
"O alto-mar pertence a todos. Sabemos o que é preciso fazer, mas não podemos fazer isto sozinho. Uma missão conjunta deve ser nossa prioridade", disse David Miliband, ex-ministro britânico das Relações Exteriores e copresidente da comissão.
G1

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