Pesquisadores americanos devem começar a testar em humanos uma vacina universal contra a gripe, que combateria todas as mutações do vírus com uma única injeção.
Os cientistas da Icahn School of Medicine, em Nova York, começaram a desenvolver a vacina há três anos, após a descoberta de uma nova subclasse de antivírus.
Quando o corpo entra em contato com o vírus influenza, ele produz naturalmente anticorpos, que são capazes de reconhecer todos os tipos da doença e mutações do vírus.
Nas vacinas convencionais, esses anticorpos são fabricados pelo organismo, mas em pequenas quantidades, que não conseguem protegê-lo contra todas as cepas do vírus.
"Se nós pudéssemos fabricar uma vacina que produzisse esses anticorpos em larga escala, então nós poderíamos criar um tipo de imunidade que forneceria proteção universal da gripe", afirma o professor de bioquímica Matthew Miller, um dos autores do estudo.
Ao contrário das vacinas atuais, que buscam atacar apenas algumas mutações da gripe, a vacina universal cobriria todas as cepas, eliminando a necessidade de vacinações periódicas, além de extinguir pandemias como a H1N1.
Os pesquisadores já testaram a vacina em animais, de forma bem sucedida.
A pesquisa, publicada na Journal of Virology, eliminou o último obstáculo para a realização de testes clínicos em pacientes humanos.
As primeiras aplicações em pessoas devem acontecer durante 2015.
Se tudo der certo, a vacina universal contra a gripe deve chegar ao mercado entre cinco e sete anos.
Todos os anos, cerca de 20 mil pessoas morrem em decorrência de complicações geradas pelo vírus da gripe.
Exame.com
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