sexta-feira, 6 de março de 2015

Marte pode ter tido mais água do que o Oceano Ártico

  (Foto: reprodução - nasa)

Esse pode ter sido Marte há alguns bilhões de anos - novas evidências sugerem que o planeta vermelho podia ter mais água do que o Oceano Ártico.
Na revista Science, cientistas publicaram um artigo que levanta a possibilidade de que Marte tinha água suficiente para cobrir toda a sua superfície, há 4,5 bilhões de anos. Essas conclusões foram baseados na análise da crosta de Marte, que tem um local aparentemente 'marcado' por um oceano nas suas planícies norte. Esse oceano cobriria 20% do nosso vizinho.
Durante seis anos, pesquisadores da Nasa usaram três grandes telescópios no Chile e no Havaí para comparar a diferença na quantidade de moléculas de água na atmosfera de Marte entre suas estações. Nessa atmosfera existe H2O, nossa velha conhecida e HDO, que ocorre quando um dos átomos de hidrogênio é substituído por um isótopo chamado deutério.
Essa molécula com deutério age de forma diferente da água normal, por causa de seu peso. O hidrogênio da água pode se vaporizar e 'ir embora de Marte'. Mas o deutério é mais pesado e ficaria para trás.
Como em suas calotas polares, Marte apresenta muito deutério, cientistas suspeitam que ele perdeu uma grande quantidade de água. O que isso muda? Os dados indicam que o planeta era úmido e habitável por um tempo maior do que foi estimado antes.
Mas o que aconteceu com a água? Pesquisadores acreditam que a atmosfera marciana decaiu há alguns bilhões de anos, perdendo o calor e a pressão necessária para manter a água em sua forma líquida. Então o oceano se condensou e apenas 13% dele ainda está lá, em forma de calotas de gelo ainda visíveis.
Galileu.com
 

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