terça-feira, 10 de março de 2015

O motor que levou uma nave até a fronteira do Sistema Solar

A espaçonave Dawn

A espaçonave Dawn passou os últimos sete anos viajando pelo Sistema Solar até interceptar o asteroide Vesta e o planeta-anão Ceres.
Quase no limite do sistema de planetas, a sonda enviou para a Terra, na semana passada, as primeiras imagens e informações desses objetos (muito) distantes.
Mas talvez o que faz a espaçonave Dawn se mover seja tão incrível quanto a jornada: a sonda é a primeira missão de exploração do espaço a usar um motor íonicos ao invés de propulsores convencionais, movidos por meio de reações químicas.
O propulsor usa energia elétrica para criar partículas magneticamente carregadas de combustível, geralmente na forma do gás xênon, acelerando essas partículas, em altíssimas velocidades.
Nos foguetes convencionais, a velocidade de exaustão é limitada pela energia química armazenada nas ligações moleculares do combustível, limitando a impulsão do propulsor a 5 km/s. Já os motores a íon são, em princípio, limitados apenas pela energia elétrica disponível na espaçonave. Por isso, a velocidade de exaustão das partículas carregadas nesse tipo de motor fica entre 15 km/s e 35 km/s.
Na prática, isso significa que os propulsores eletricamente carregados são muito mais econômicos foguetes movidos por reações químicas.
Assim, uma quantidade enorme de massa pode ser retirada do foguete, considerando que a nave precisa de menos combustível a bordo. Considerando que o custo de lançar um quilograma para o espaço custa cerca de 20 mil dólares, os custos das missões futuras da agência americana irão ficar muito menores.
A propulsão elétrica é praticamente a única forma de carregar material cientifico, de forma “rápida” pelas enormes distancias das viagens interplanetárias.
Até por isso, a NASA já decidiu que os motores a íon serão usados na próxima geração de espaçonaves que irá viajar pela galáxia nas próximas décadas.
Mas a tecnologia também será útil para fabricantes de satélites geoestacionários comerciais. A propulsão elétrica irá permitir que eles sejam manobrados, acrescentando novas capacidades para o satélite durante suas missões, além de aumentar a vida útil do aparelho.
Exame.com

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