A agência espacial americana (Nasa) lançou nesta quinta-feira (12) uma missão pioneira para estudar a interação do campo magnético da Terra com o de outros corpos celestes, como o Sol, e que permitirá conhecer com maior precisão como atuam estas trocas de energia no universo.
O lançamento aconteceu às 22h44 (horário local, 23h44 de Brasília) das instalações da Nasa na base de Cabo Canaveral, na Flórida.
Os quatro observatórios espaciais idênticos que compõem o Sistema Multiescala Magnetosférico (MMS) partiram a bordo de um foguete Atlas V.
A missão começará a enviar dados à terra em setembro e a previsão é que esteja em funcionamento durante dois anos, embora a Nasa não descarte ampliar sua vida útil.
A missão proporcionará a primeira vista tridimensional da reconexão magnética da Terra com o Sol, um processo que ajudará a entender como se conectam e desligam os campos magnéticos no universo.
Os cientistas esperam obter dados sobre a estrutura e dinâmica da energia que intercambiam os campos magnéticos quando se encontram, momento no qual se produz uma liberação explosiva de energia.
Os quatro artefatos espaciais, equipado com sensores de alta precisão, voarão simultaneamente em formação, a uma distância de uns 10 km umas das outras, para que a combinação de seus dados permita ter essa visão tridimensional.
A missão MMS utilizará a magnetosfera da Terra como um laboratório para estudar, além da reconexão magnética, outros dois processo fundamentais como a aceleração de partículas energéticas e a turbulência.
Esta missão também será importante para entender como esta troca energética afeta os fenômenos meteorológicos espaciais e seu efeito sobre os sistemas tecnológicos modernos como as redes de comunicações, de navegação GPS e as redes de energia elétrica.
A reconexão magnética produz fenômenos como as auroras que se veem nos pólos quando o vento solar penetra em nosso 'escudo protetor' e as partículas de energia liberadas entram no campo magnético da Terra.
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